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  • Santa Maria Adelaide
    Iniciado por os enigas
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                                                                                               O Oculto...
Bem para começar convém que nos apresentemos... Nós somos um grupo de Área de Projecto do 12º ano da Escola Secundaria de Palmela! E tivemos a ousadia de escolher abordar este tema (O Oculto) ate ao final do ano lectivo! Com este projecto pretendemos tratar a nossa temática de forma séria sem falar exageradamente em fantasmas e macumbas, pois este é um tema sério e um problema que pode levar ao suicídio, como verão com o decorrer do tempo através das notícias que formos publicando! Mais do que publicar informação nós pretendemos recolhe-la para fazer-mos um trabalho o mais completo possível e para isso contamos com a vossa colaboração!
Fonte: http://www.catolicosdobrasil.com.br/santos-da-igreja-catolica/santa-maria-adelaide/


                                                                                      Santa Maria Adelaide


Destes cultos não reconhecidos pela Igreja, a Santa Maria Adelaide, em Arcozelo, é um dos mais conhecidos, talvez o maior de Portugal. À frente está a
Junta de Freguesia de Arcozelo. «É uma situação que nenhum de nós poderá concretamente explicar a não ser pelo facto da Igreja não reconhecer a Santa Maria Adelaide, nem a ter santificado.
«O povo se sobrepôs à vontade da Igreja e manifesta um culto à Santa Maria Adelaide que, independentemente das convicções religiosas ou crenças de cada um, deverá ser respeitado e ser admitido».
D. Maria Adelaide de Sam José e Sousa nasceu na cidade do Porto no ano de 1835. Quem conta a sua história é Augusto Gomes dos Santos, que se apaixonou pelo caso e iniciou as investigações publicando A Santa Maria Adelaide,  livro que narra a vida de D. Maria Adelaide. Foi para o convento Corpus Christi de Vila Nova de Gaia onde adoeceu. Mudou-se para o largo do Moinho de Vento, no Porto. Mas piorou e o médico aconselhou-a a ir para uma zona marítima com pinheiros e eucaliptos. Arcozelo foi o lugar mais propício. Chegou em Maio de 1876. Melhorou. Fazia renda e pastéis. Com essas rendas que vendia, mais com os pastéis, auxiliava muita gente pobre de Arcozelo. Gostava de crianças, dava-lhes diariamente pão, doces, roupas, catequizava-as. Estava sempre pronta a reconciliar lares desavindos. Mas o mal que a havia levado para ali agravou-se devido a uma forte constipação. Morreu a quatro de Setembro de 1885.
A 23 de Fevereiro de 1916 o caixão foi retirado, pois a campa tinha sido vendida. Abriram-no. «Encontraram o corpo de uma senhora completamente intacto, como intactas estavam as roupas que o cobriam e exalava um acentuado aroma a rosas». O corpo foi «coberto com carboneto em pedra e regado com ácido nítrico ou água-forte» e foi sepultado na vala comum, próximo da casa das ossadas. Foi pedido segredo mas alguns dos rapazes que ajudaram a fazer o trabalho falaram. «Na sexta-feira de manhã, dia 25, em Arcozelo e freguesias vizinhas, ouvia-se grande gritaria a incitar o povo a ir ajudar a desenterrar uma santa, enquanto os sinos tocavam a rebate». No dia 27, «de enxada na mão, a ti Joaquina Rainha e a ti Rosa Caleira saltaram o muro traseiro do cemitério e deram as primeiras cavadelas para tirar a terra da campa para onde fora a santinha três dias antes». Maria Adelaide de Sam José e Sousa foi retirada. O seu corpo continuava incorrupto. O local foi evacuado. A santa foi lavada e «dentro de uma capela vestiram-lhe roupas novas e colocaram-na numa urna». Foi exposta e de forma ordenada todos viram os seus restos mortais. «Deitaram-lhe cal em pó, a urna foi fechada [...] Tinham decorrido cinco anos quando foi feita a transladação para a nova capela. A urna foi novamente aberta e o corpo, um tanto queimado pelos produtos que lhe juntaram, continuava incorrupto e a exalar um acentuado aroma de rosas [...] D. Maria Adelaide podia ser exposta a público [...] A 17 de Maio de 1924, um sábado ao fim da tarde, o corpo de D. Maria Adelaide foi transladado para a nova capela». Para o povo houve duas coisas que a tornaram santa. Diz Augusto Gomes dos Santos que «consideraram isso pela sua bondade e pelo corpo aparecer intacto».
Depois de vários atentados e roubos, em 25 de Maio de 1983 um homem entrou levando na mão um ramo de flores «e uma saca. Só junto ao túmulo tirou da saca uma marreta com a qual tentou desfazer a santinha».
Hoje, com aspecto disforme, numa capela riquíssima, a Santa Maria Adelaide está exposta. Num tumulo de mármore, tapado com vidro, é preciso subir três degrau de escadas para a ver. Os degraus, também de mármore, estão gastos. Tudo é luxuoso. Atrás, um altar com imagens de santos. Ao lado da capela a casa dos milagres. Aqui vende-se cera, cruzes com Cristo, porta-chaves, terços, postais. Fora, estende-se o cemitério e, no fundo, o museu onde se expõem alguns dos objectos oferecidos à santa pelas graças concedidas: mais de 600 vestidos de noiva, vestidos de baptizados, comunhão, moedas e notas de mais de 25 países, peças de artesanato, cerâmicas, colares, anéis, cordões, velas, cera, próteses, cabelos cortados, relógios, camisolas de jogadores de futebol, um mundo de fotografias com a descrição de milagres e agradecimentos. Enfim, há de tudo.
Aceitamos como facto consumado a veneração. E merece respeito porque não é imposto, não é obrigatório, não é legalizado nem ilegalizado. Tem a ver com as convicções pessoais de cada um e nós respeitamos essas mesmas convicções.

Neste local circula muito dinheiro. «Se as pessoas deixam esmolas, é por vontade expressa. Não há pagamentos para entradas, para nada. Tudo é livre. Há um controlo absoluto das receitas e é evidente que as receitas são contabilizadas e as despesas alvo de uma extraordinária burocracia».
Os valor anual das receitas ultrapassa os 40 mil contos. «Se essas receitas acabassem subitamente, sem pré-aviso, a Junta de Freguesia de Arcozelo passaria por graves dificuldades financeiras. Porque uma das razões criticáveis na gestão destas receitas é que uma parte delas se destinam a fazer face a despesas correntes. Isso é grave porque é desequilibrado. Até servem para pagamentos salariais». O dinheiro permitiu que a freguesia fosse adquirindo volumoso número de terrenos, prédios rústicos. A nova igreja de Arcozelo, o actual Instituto Piaget, bem como o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, a CerciGaia, estão edificados em terrenos vendidos a preço simbólico. O centro de dia da terceira idade e a gestão desse centro depende desses dinheiros. Irá ser construído nos terrenos existentes um centro de saúde, um quartel da GNR novo, a sede da Cruz Vermelha Portuguesa. «Grande parte do património da freguesia foi adequirido graças à possibilidade que essas receitas permitiram». A santa é «uma grande ajuda para o orçamento de Junta A noção de correcção ou incorrecção está dependente das convicções ou das concepções de cada um. A igreja tem tido um papel de moderação. Põe-se numa acção um bocadinho passiva, dado que a santa não é beatificada. Os devotos são da opinião que deveria ser beatificada ou, pelo menos, seguir o processo para beatificação. Seria boa política porque e daria uma certa dignidade ao povo da freguesia de Arcozelo, pois esta situação coloca-os perante uma situação falsa em relação ao seus sentimento
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Os Enigmas :D