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  • Uma noite diferente com uma entidade de outro mundo
    Iniciado por Damiano
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Reservei o 100º post no fórum para contar uma experiência pessoal.
A situação aconteceu há muitos anos, mas recordo-a como se fosse hoje.

Desde muito cedo me interessei por parapsicologia, não perdendo leituras, conversas e discussões sobre este assunto, fazendo as minhas próprias investigações e estudos, em mim próprio, sempre que me fosse possível. Só assim o processo fica completamente controlado.
Era uma espécie de parapsicologia aplicada, com a vantagem do pesquisador, sujeito e objecto serem o mesmo.
Foi durante esse período que me aconteceram situações que vulgarmente se consideram paranormais e que eu pessoalmente, como já tenho afirmado, considero perfeitamente normais, apenas mais raras ou do desconhecimento da maioria das pessoas.

Ao contrário da esmagadora maioria das pessoas nunca desvalorizei qualquer situação que me acontecesse, fazendo os possíveis por anotar, o dia hora, local, pensamentos (o que me passava pela mente), descrição do processo e impressões finais do que me tinha acontecido. Não descurando anotações do que os diversos autores diziam sobre cada pesquisa ou experiência.
Por isso, quando começava uma experiência ou pressentia algo de anormal, todas as "antenas" ficam alertas para captar, se houvesse algo para captar. E por vezes havia.

Como acontece com todos, uns dias adormece-se mais rapidamente, outros mais leva mais tempo.
Numa dessas noites em que o sono tardava, aconteceu-me algo estranho e anormal, que nunca me tinha acontecido antes.
Algo que eu sabia que existia e era possível embora não frequente. E, no entanto, estava a acontecer-me a mim naquela noite.
Decidi que tinha que estar atento a tudo, gravar tudo, com os olhos e os ouvidos e os sentidos, com o corpo todo.

Os meus pais, no seu quarto dormiam descansados, os meus irmãos nas suas camas dormiam sem problemas.
O quarto esta com a luz apagada, com as janelas fechadas e os estores corridos, completamente às escuras. Era assim que gostava de dormir, em descanso absoluto.
Para ver ou apanhar o que existisse, uma cor, uma luz, um ruído, só podia ser assim.

Estava deitado, com o corpo estendido de barriga para cima com as mãos paralelas ao longo do corpo, por forma a que o sangue circulasse à vontade e irrigasse as extremidades.
Apenas um lençol e um cobertor a cobrirem o corpo em que apenas ficava destapada a cabeça.
A aguardar, de olhos fechados, que o sono chegasse mesmo sem avisar.
Mas ele tardava, quando...

De repente, sinto alguém aproximar-se. Vinda do nada, dos pés da cama em direcção à cabeça e ao corpo, progressivamente, devagar, vem encaixar-se em mim, tocando-me na zona da bacia e começa suavemente a envolver-se.
Mal senti o meu corpo a responder, abri os olhos e vi que não havia coisa alguma para ver, excepto, as contracções de um acto que não é.
Metódica, controladamente, vi um cobertor a movimentar-se sozinho.
A situação foi deveras embaraçosa, sentir algo em cima que não estava lá e ter uma erecção sem alo que a provocasse dá que pensar. Estava a sentir o que não podia existir: uma relação sexual. Só com um corpo na cama. Mas estavam dois corpos a tocarem-se. Estava a sentir um corpo que não existia.
E, a acontecer, o que nunca suporia que pudesse acontecer: estava a sentir-me anotado como se eu fosse simultaneamente uma máquina de filmar mental e um actor num cena a contracenar com um corpo que não estava presente mas sentia tocar-me. 
Eu não estava doido, nem a sonhar. Estava a ver e a sentir... nada.

Esforcei-me por sentir a energia da presença sem o ter conseguido. Fiquei desalentado e frustado por não ter conseguido captar as impressões digitais, isto é a qualidade da energia e apenas fui capaz de sentir preencher-me o corpo com a ideia que não era uma pessoa, um ser humano o que se tinha aproximado de mim.
Estava contente por ter conseguido captar uma descrição completa de algo que não era previsível acontecer nem sequer comigo que admitia acontecer. E no entanto tinha dificuldade em encontrar as palavra para descrever uma impossibilidade lógica que tinha vivido.
Eu não precisava dessa comprovação para saber o que tinha acontecido.

Eu sabia o que tinha presenciado e sentido.
Eu tinha acabado de estar com um sucubus, uma lendária entidade medieval... Os monges tinham razão? Mas eu não era monge? Porquê eu? Já não há monges? A imaginação soltou-se e as respostas foram com ela.

Gostei de ter presenciado e anotado a experiência ao vivo e na primeira pessoa, sabendo que nem todos teriam tido uma oportunidade destas, mas, simultaneamente senti-me utilizado e servido para algo que nem eu sabia bem para quê.
Esta foi a única vez que me encontrei com tal entidade, sem lhe ter visto o rosto e o corpo.

Eu sabia que existiam e não precisava de sentir que existiam...
Só que por vezes me vinha à memória uma outra possibilidade que enquanto pesquisador não podia descartar: e se não era o corpo de um sucubus mas de uma entidade bem mais terrena?
Então porque é que eu não conseguira captar a energia humana?

Enquanto estive ligado apenas à parapsicologia só aceitei indícios e provas ainda que não os pudesse apresentar a mais ninguém (e quem é que estava interessado em experiências pessoais em que acumulara tudo o que não seria suposto estar junto no mesmo corpo: pesquisador, sujeito e objecto)?

Hoje não me importa quem é que pode pode estar interessado na história que me aconteceu há anos atrás se os leitores deste fórum, habituados a ler de tudo, não vão acreditar. Ou será que vão?
E é por falta de leitores que uma história deixa de ser verdadeira?


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Alguns anos depois, tive a oportunidade de ver o filme O Ente Misterioso (The Entity, 1981, actualmente em DVD com o título O Enigma do Mal) que aborda uma temática que me recorda o que passei. O facto e não os pormenores são bem mais violentos no filme, que se baseia em factos reais.

Tive algum tempo depois a oportunidade, de me ver chegar ás mãos um manual medieval de protecção contra os íncubus e sucubus, mas eu não era monge sujeito à «tentação do demónio sob a forma de uma bela mulher», como descrevia o manual.
«Para aqueles que não querem pensar existe o alimento dos templos»
(Manuscrito de Urga)

#1
Parabéns, um bom relato duma experiência insólita, mas enriquecedora.
Mais um caso estranho sobre tantas coisas estranhas que nos acontecem na vida.
Já tinha ouvido falar sobre essas entidades "tentadoras" e outras que se alimentam da poderosa energia sexual; mas é sempre diferente quando ouvimos um relato de alguém que partilha um mesmo espaço de discussão que nós.


AndreiaLi

Sim,  bom relato. E isso faz-me lembrar a situação de uma amiga médium que, há cerca de dois anos, anda com imensas dores de cabeça. Numa das últimas vezes que falei com ela, relatou-me que, havia uns tempos, se sentia explorada durante a noite, nomeadamente por volta das três da manhã. Numa dessas últimas situações, ela esteve prestes a "vomitar", "vomitou"algo, algo que tinha dentro dela, mas alguém com um capuz, que ela não conseguiu identificar, a obrigou a engolir de novo aquela, nuvem que tinha dentro do corpo. Tens alguma ideia de que possa ter sido, Damiano? Ela, até hoje, embora esteja bastante familiarizada com experiências paranormais, essa transcende-a.

Um beijinho e obrigada.

Templa
Templa - Membro nº 708


nunca tinha ouvido falar nessa entidade... Mas então o que ela faz? tira-te energia da satisfação? è uma entidade boa ou má? O que sabem do seu historial? Isto é como é que é a sua história...

O seu 100º post faz me recordar o meu 1º post aqui no fórum, pois foi falei exactamente sobre esse filme. Fui rever o que lá tinha e talvez tenha algo interessante e relevante para o que se passou consigo: https://portugalparanormal.com/index.php/topic,13217.msg139949.html#msg139949
They say he died ten years ago but the list of victims seems to grow.

Claro que acredito, sim é completamente possivel o que lhe aconteceu !

Eu tenho uma historia mais ou menos identica !

:)

Eu acredito! Até porque não tive uma situação em nada idêntica, a não ser sentir que alguém me tocou em partes superiores por norma utilizadas nesses actos :p
E eu não tinha ninguém comigo na cama... Mas o que senti depois foi terror porque aquilo foi bem real, mas não vi nem senti mais nada.
E só me aconteceu uma vez. Felizmente :p

Uma questão....
Porque tens a certeza que era um sucubus e não "uma entidade bem mais terrena"? Não podes ter sido apanhado (intencionalmente ou não) nos sonhos/viagens de alguém?

Pelo que entendo as succubus alimentam-se da energia sexual duma pessoa e dos seus desejos. Ou seja, ficamos drenados totalmente após sermos "violados". O que acontece é que esse tipo de criaturas, succubus e incubus só atacam quando temos desejos exacerbados ou absorvemos as energias de alguém com esse tipo de desejos.. Corrijam-me se estiver errado...

Mas também pode ser que tenha sido um descarnado a aproveitar-se.. Há muitas coisas que podem ter acontecido.. digo eu..

Muito estranho porém. E não quereria nada passar por essa situação de ser atacado por uma succubus... O que fazem é dor pior... 
"To have faith is to trust yourself to the water. When you swim you don't grab hold of the water, because if you do you will sink and drown. Instead you relax, and float." - Alan Watts

Boa noite, achei curioso este tema e queria perguntar se podia dizer o nome do livro que referiu sobre protecção e se existe alguma forma de evitar este tipo de energias de outras pessoas que infelizmente pessoas sensitivas tem a infelicidade de captar. obrigado