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  • Otelo Saraiva de Carvalho e os Planos da Revolução
    Iniciado por Ninfa
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Ninfa
Muito boa a entrevista que acabei de ver com o Otelo Saraiva de Carvalho no programa Alta Definição.

O Otelo com muito humor e boa disposição contou como foi os planos da Revolução do 25 de Abril, muitas aventuras e humor.

Gostei muito da parte em que ele mandou lançar balas para os vidros do prédio onde estava o presidente, ao que o amigo soldado comenta : Quem é que vai pagar os arranjos dos estragos?




se eles tivessem ficado quietos, talvez tivessemos melhor.

Perseus

Citação de: Perseus em 19 abril, 2014, 16:11
Ou não...

sabe-mos as consequencias, da falhas deles!
duas, indicam, claramente o mal que fizeram ao pais.
retornados
perda das colonias

Perseus
Neste momento vivemos numa Ditadura mascarada de Democracia. Actualmente não temos direitos nenhuns e os poucos que possam existir são violados a torto e a direito.
Segurança Social... Para que serve mesmo, se quando precisamos dela impõe-nos montes de barreiras pelo caminho?
Portugal enriqueceu porque dependia das colónias para se abastecer dos diamantes e ouro dos escravos. Decidiram acabar com isso desde que começaram a existir "Direitos Humanos" entre outros.... Instituições e ONG's defendem esses direitos.
Mesmo que pudéssemos manter uma ditadura, apanhávamos com sujeitos loucos como aquele da Coreia do Norte... Colocam o povo em constante perigo, criando conflitos com todos, só por prazer... Além disso, o "poder" passa de pais para filhos e nunca em regime de votações. E ai daqueles que se atrevam a critica-los...
  ;D

os meus conheciementos, de historia podem estar mal, mas não me lembro de ter passado de salazar para o salazar junior

Perseus
#6
Citação de: seigrefrid em 19 abril, 2014, 16:57
os meus conheciementos, de historia podem estar mal, mas não me lembro de ter passado de salazar para o salazar junior

Salazar não tinha filhos... Mas não o impedia de colocar lá outra pessoa da sua confiança. lol

Porém repara nos país com ditaduras quem se sucede aos que lá estiveram.

Há países como a Venezuela que vivem uma Democracia e foi o próprio Hugo Chavez que nomeou o seu sucessor caso morresse.  ;D

Votos?
Para quê?

Coitadinhas das árvores que são abatidas para fazer esses malditos papeis de voto  ;D

Ninfa
De toda a maneira isto fica na história.


O problema é que ao fim de quarenta anos ...eles que fizeram a revolução devem estar a pensar que foi uma luta para nada.

A respeito das colónias talvez ainda hoje tivessemos a lutar lá na selva...mas antes do 25 de Abril não vimos os diamantes de Angola...Portugal foi sempre pobre...


Agora a revolução foi cá uma aventura, eles apenas queriam que não houvessem mais soldados mortos...simplesmente isso.

Reparei nos tiques do Otelo Saraiva de Carvalho na sua entrevista...(era tal e qual os homens da luta os cantores)

Bem seja como for estamos pobres mas em paz ;)


Bem ainda temos as ilhas...isto para responder aqui aos comentários :laugh:

Podem dizer muito mal sobre Salazar, mas pergunto de quem foi a ideia do plano das barragens(ex:Castelo de Bode), a rede de estradas nacionais?

Ninfa
Mas quando veio o 25 de Abril já o Salazar tinha falecido ao tempo, estavam lá no governo o Américo Tomás e o Marcelo Caetano, o Salazar foi só ministro das finanças...o resto não sei...

Salazar em 1928 foi convidado para ser ministros das finanças, aceitou o cargo com a condição de poder controlar todas as contas dos outros ministérios, só depois é que foi presidente do conselho de ministros. Posso ser duramente criticado pelo que irei dizer, mas Salazar prendeu os ladrões, e o 25 de Abril foi retira-los à cadeia.

Ninfa
Citação de: the_bohemian em 19 abril, 2014, 22:47
Salazar em 1928 foi convidado para ser ministros das finanças, aceitou o cargo com a condição de poder controlar todas as contas dos outros ministérios, só depois é que foi presidente do conselho de ministros. Posso ser duramente criticado pelo que irei dizer, mas Salazar prendeu os ladrões, e o 25 de Abril foi retira-los à cadeia.

Aqui no tópico toda a gente é livre de dizer o que vai na alma, que estejas à vontade para dizeres a tua opinião e outras pessoas também.


Os que saíram da cadeia foram uns tolos, porque pelo que o povo comenta foram esses que foram negociar com a Comunidade Europeia sobre as pescas e deram de mão beijada o nosso mar, a comunidade Europeia com muitos Países que nem mar têm e todos gulosos, mandaram Portugal abater a maioria dos barcos de pescas, vieram cá com arrastões e redes finas e limparam nessa altura tudo o que era peixe, para ser vendido para a Europa, e mandavam para nós peixe Espanhol pescado em Marrocos (Peixe de má qualidade). Isto tudo por causa das leis Europeias feitas por vigaristas. Nessa altura esses tolos que saíram das prisões pelo 25 de Abril, não só deram África de mão beijada como também deram o seu mar aos invejosos Europeus, mar esse que ultrapassa as ilhas dos Açores e ilha da Madeira. Isto é o que o povo conta. Portugal só evoluiu em questões tecnológicas. Estes tolos de agora que estão no governo dizem para os Portugueses imigrarem.

Já muitos cultos cá em Portugal dizem e eu também estou de acordo que se faça, os Portugueses têm que estudar este caso bem estudado sobre o Salazar, 25 de Abril, não têm que haver tabus.

A comunidade Europeia foi o Abutre que os tolos deixaram entrar...as consequências estão à vista. Portugal já nem sabe produzir: Acabaram com as pescas, agricultura, abateram as vinhas e sobreiros...agora no verão vivemos de fogos e desastres nas estradas feitas com o dinheiro da comunidade Europeia... andamos a pagar facturas da crise que nem temos nada a ver com isso.


Penso que só quem viveu antes do 25 de Abril pode avaliar o valor da LIBERDADE. A maior parte dos "users" já nasceu em LIberdade . Todavia, penso que agora o país está de novo a viver um período de tirania e essa Liberdade, tão dificilmente conquistada, está a fugir-nos a velocidade relâmpago. Hoje, os jovens são livres e não estão sujeitos a ir para o "matadoro". Antes da revolução, todos os pais temiam pela vida dos seus filhos e tinham medo da hora em que os veriam partir num enorme paquete do Cais de Alcântara. Noivas, mulheres e pais, com lenços brancos acenavam até que o paquete se esfumasse ao longe, com o coração apertado, sabendo que aquele seria para muitos o último Adeus!
Quando um paquete chegava com um Grupo de tropas que tinha terminado a comissão, chegavam sempre as urnas dos muitos que tinham lutado pela pátria e em Terras de África tinham deixado a sua juventude. Não deveremos esquecer esses heróis que "não voluntariamente" deixaram a vida ´nas colónias, deixando filhos órfão, ´viúvas quase ainda adolescentes, pais destroçados de desgosto. Sim, o 25 de Abril, terminou pelo menos com essa ceifa permanente da nossa juventude.
Ainda hoje, estropiados da Guerra são o símbolo vivo dessa guerra que parecia não ter fim.

Ninfa
#13
Oculto é exactamente o que os capitães de Abril fizeram foi libertar os jovens da guerra, como em todos os países que são libertos para novos governos...há sempre depois quem governa mal...o Otelo Saraiva de Carvalho e os companheiros fizeram a revolução com a intenção do fim da guerra.
Gostei da entrevista do Otelo e até agora não encontrei o video porque foi transmitido ainda ontem...

Entrevista a Otelo Saraiva de Carvalho - SAPO Vídeos
No sistema em que estamos metidos seria muito difícil fazer-se outra revolução.





Ninfa
#14
Citação de: oculto em 20 abril, 2014, 08:25
Penso que só quem viveu antes do 25 de Abril pode avaliar o valor da LIBERDADE. A maior parte dos "users" já nasceu em LIberdade . Todavia, penso que agora o país está de novo a viver um período de tirania e essa Liberdade, tão dificilmente conquistada, está a fugir-nos a velocidade relâmpago. Hoje, os jovens são livres e não estão sujeitos a ir para o "matadoro". Antes da revolução, todos os pais temiam pela vida dos seus filhos e tinham medo da hora em que os veriam partir num enorme paquete do Cais de Alcântara. Noivas, mulheres e pais, com lenços brancos acenavam até que o paquete se esfumasse ao longe, com o coração apertado, sabendo que aquele seria para muitos o último Adeus!
Quando um paquete chegava com um Grupo de tropas que tinha terminado a comissão, chegavam sempre as urnas dos muitos que tinham lutado pela pátria e em Terras de África tinham deixado a sua juventude. Não deveremos esquecer esses heróis que "não voluntariamente" deixaram a vida ´nas colónias, deixando filhos órfão, ´viúvas quase ainda adolescentes, pais destroçados de desgosto. Sim, o 25 de Abril, terminou pelo menos com essa ceifa permanente da nossa juventude.
Ainda hoje, estropiados da Guerra são o símbolo vivo dessa guerra que parecia não ter fim.

Quando abri este tópico é com a intenção de escrevermos aqui um livro todos juntos, com diversas opiniões e espero que todos respeitem os pontos de vista uns dos outros. Depois do 25 de Abril e findo a guerra de ultramar, alguns países de lingua Portuguesa de Africa continuaram por lá as suas guerras, teve tudo a haver com poderes e ambições...interesses internacionais de outros países...andaram metidos por lá...

Lembrei-me  de algo para acrescentar ao teu comentário:

http://youtu.be/_XHh_APvFoU

http://youtu.be/a90y3-7Jb_M

http://youtu.be/JXA3QS9dKzc






Designa-se por Guerra Colonial, Guerra do Ultramar (designação oficial portuguesa do conflito até ao 25 de Abril), ou Guerra de Libertação (designação mais utilizada pelos africanos independentistas), o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre 1961 e 1974. Na época, era também referida vulgarmente em Portugal como Guerra de África.

O início deste episódio da história militar portuguesa ocorreu em Angola, a 4 de Fevereiro de 1961, na zona que viria a designar-se por Zona Sublevada do Norte, que corresponde aos distritos do Zaire, Uíje e Quanza-Norte. A Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a democratização do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.

Ao longo do seu desenvolvimento foi necessário aumentar progressivamente a mobilização das forças portuguesas, nos três teatros de operações, de forma proporcional ao alargamento das frentes de combate que, no início da década de 1970, atingiria o seu limite crítico. Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinental e multi-racial. Pelo outro lado, os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de autodeterminação e independência, num quadro internacional de apoio e incentivo à luta.