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  • Lenda dos passos de D. Leonor (Peniche)
    Iniciado por Iridium flare
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Oi!
Espero que gostem da lenda mais bonita da minha cidade!

Conta-se que, no séc. XVI, existiam em Peniche dois fidalgos abastados que nutriam um ódio recíproco, por força de antigas disputas, sendo que nada no mundo os fazia esquecer a visceral rivalidade.

Quis porém o destino que Rodrigo, filho de um deles, se enamorasse perdidamente por Leonor, a bonita e prendada filha do outro dos fidalgos desavindos.

Conhecedores do ódio que separava os pais, Rodrigo e Leonor não ousavam revelar os seus sentimentos, temendo as repercussões de tal descoberta. Todavia, tal veio inevitavelmente a verificar-se, tendo o pai de Rodrigo, perante a firmeza da decisão do filho, e na convicção da necessidade de separar os jovens amantes, resolvido degredá-lo para a ilha da Berlenga, onde ingressou como noviço no mosteiro de frades Jerónimos ali existente.

Apesar de contrariado, Rodrigo obedece a seu pai partindo para a ilha da Berlenga, convicto do seu amor e resoluto a contra tudo e contra todos continuar a amar a sua Leonor.

Com efeito, Rodrigo com a ajuda de Gil, um pescador seu amigo, faz-se transportar num pequeno batel todas as noites até uma gruta situada na orla meridional de Peniche, onde Leonor o aguardava, sinalizando a sua presença com a luz de uma lanterna.

Este encontros furtivos repetiram-se por inúmeras ocasiões, até que certa noite, descobertas as saídas de Leonor, viu-se a jovem donzela perseguida pelos servos do pai e, na precipitação da fuga, saltando de rochedo em rochedo, resvalou nos seixos da encosta e na negrura da noite tombou do alto de um penedo, afogando-se no mar.

Pouco depois, como de costume, aproxima-se Rodrigo para mais um encontro amoroso. Não observando o sinal combinado, o jovem preocupado chama em vão pela sua amada. O tempo vai passando sem sinal de Leonor até que Rodrigo angustiado consegue vislumbrar a boiar no mar o terno manto branco da sua enamorada. Então, o desespero apodera-se de Rodrigo que, na esperança de resgatar Leonor, se atira ao negro oceano do alto da traiçoeira falésia.

Dias depois, é resgatado nas areias de um carreiro vizinho o pobre corpo de Leonor que terá sido depositado no adro da capela de Santa Ana, situada não muito longe.

Quanto ao corpo do desventurado moço conta-se que terá sido encontrado na costa norte, junto a uma rocha a que se deu o nome de Laje de Frei Rodrigo.

A gruta que foi palco de tão trágico amor mantém, ainda hoje, a memória desta história sendo localmente conhecida por Passos de D. Leonor.

(Texto adaptado de Peniche na História e na Lenda, de Mariano Calado)

Dizem que em noites calmas se ouvem os passos de Dona Leonor junto da gruta!!!


Sítio dos Passos de D. Leonor

Fonte: cm-Peniche

Poweron
Não conhecia a lenda, apesar de conhecer Peniche muito bem.

Ainda recentemente tive no local dessa fotografia (penso eu), diz-me só   fica virado para a SuperTubos +/- certo?

oi!
Sim,sim.Fica na marginal sul, de onde se vê a praia Super Tubos(ao longe  :)).
Cumps

Que lindo, se fosse real...  ;D


Está janota!  ;)