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  • Quinta dos Salgueiros (também conhecida como Quinta dos Ingleses) - Antas, Porto
    Iniciado por tonycarreira
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Lá dentro tem uma igreja bem grande e a volta dela, quando lá fui a uns anos, tinha imensos numeros nas paredes....uma escrita estranha e aparecia tipo em quadrados numeros muito estranhos... Caso tenham visto o filme "Knowing" com o nicholas cage, era esse tipo de numerologia que tinha a volta da igreja... isto por volta de 2005...
Não conseguimos entrar lá dentro apesar de estar tudo destruído e ser perigoso... Aquilo é mais ruinas do que outra coisa.. mas aqueles numeros eram muito estranhos... tinha lá na altura uma enorme fonte... tirei lá bastantes fotos na altura, era miudo...mas aquilo é giro...

Fica ao lado da VCI.... Ao lado do antigo estadio das antas... pesquisei na net sobre esta igreja/quinta mas não encontro nada.

PS: Meu primeiro post... gosto mais de ler do que participar...mas fica aqui a dica.. ;)





Mensagem editada por Fallen Phoenix


Fonte: portosombrio


Fonte: portosombrio

Citação de: NeonFlow em 20 julho, 2010, 15:08






Colaboração:
NeonFlow


AndreiaLi
Olá, bem-vindo ao forum.

Existe algum indicio de assombração no local? á alguem referiu a existencia de fenomenos estranhos no local?

Quando lá fui, presenciei a "escrituras" estranhas nas paredes da igreja.. e vi algumas velas....
Segundo o que vai na boca do povo, aquilo tem que se lhe diga ... agora se é verdade ou não, não sei ... só falo no que vi..que é aquela "numerologia" .


Diz-se que antes da contrução do antigo estádio das antas existia no mesmo local um cemitério, e quando o estádio foi derrubado ainda se encontraram alguns vestigios do cemitério.
E essa suposta quinta dos ingleses fica mesmo ao lado de onde era o estádio ( agora é o Dolce Vita ).
Será que o cemitério pertecia a essa Igreja da quinta ?
Quando tiver tempo vou pesquisar sobre isso e digo aqui alguma coisa ;)

Fiquem Bem

Ji
Citação de: SofiaPG em 21 junho, 2010, 15:10
Diz-se que antes da contrução do antigo estádio das antas existia no mesmo local um cemitério, e quando o estádio foi derrubado ainda se encontraram alguns vestigios do cemitério.
E essa suposta quinta dos ingleses fica mesmo ao lado de onde era o estádio ( agora é o Dolce Vita ).
Será que o cemitério pertecia a essa Igreja da quinta ?
Quando tiver tempo vou pesquisar sobre isso e digo aqui alguma coisa ;)

Fiquem Bem

Eu moro bem pertinho e nunca fui lá apesar de ter bastante curiosidade.
O melhor seria tentarmos saber de que ano é a igreja e comparar com a existencia do cemitério .. e depois iamos lá tirar umas fotos  :P
Que dizes ?
"O tímido tem medo antes do perigo; o covarde, durante; o corajoso, depois." Johann Paul Richter

Citação de: Ji em 06 julho, 2010, 16:52
Eu moro bem pertinho e nunca fui lá apesar de ter bastante curiosidade.
O melhor seria tentarmos saber de que ano é a igreja e comparar com a existencia do cemitério .. e depois iamos lá tirar umas fotos  :P
Que dizes ?

Era uma boa ideia, primeiro comparavamos as datas e depois organizavamos uma investigação lá :)

Cumprimentos.




já pesquisei alguma coisa e nunca encontro nada sobre aquilo. Não sei se o nome é mesmo "quinta dos ingleses",mas é o que na altura nós chamavamos.

Citação de: tonycarreira em 07 julho, 2010, 11:59
já pesquisei alguma coisa e nunca encontro nada sobre aquilo. Não sei se o nome é mesmo "quinta dos ingleses",mas é o que na altura nós chamavamos.
Pois, eu também pesquisei e não encontrei nada.


Ji
"O tímido tem medo antes do perigo; o covarde, durante; o corajoso, depois." Johann Paul Richter

esta bastante complicado encontrar resultados sobre essa quinta:)

mas com trabalho tudo se arranja....

comprimentos

falando melhor acho que achei algo...

vou ja postar para voces verem

#14
 No século XVIII, aí por 1720, a quinta, então chamada do Lindo Vale ou da Boa Vista, pertencia a um fidalgo chamado Pais de Andrade. Pela morte deste passou, por herança, para duas filhas que a venderam a um negociante chamado Manuel José do Covelo. A partir daqui fica-se a saber por que é que a quinta se passou a chamar do Covelo. No século XIX há o registo de nova mudança de dono por 1829 ou 1830, a quinta foi vendida, pelos descendentes do Covelo, a Manuel Pereira da Rocha Paranhos e passou a ser conhecida, também, por Quinta do Paranhos. O Manuel José do Covelo foi sepultado num mausoléu de pedra no interior da capela que tinha Santo António como padroeiro. O que resta dessa grande propriedade pertence, hoje, à Câmara do Porto que ali instalou um parque público.

A casa e a capela, um belíssimo conjunto da Arquitectura setecentista, foram incendiadas e destruídas, em 16 de Setembro de 1832, na sequência de combates entre liberais e miguelistas, ocorridos durante o Cerco do Porto. Logo a seguir à entrada no Porto do Exército Liberal, a 9 de Julho de 1832, os miguelistas trataram de montar, a partir do que, então, eram considerados os arrabaldes da cidade, um apertado cerco aos sitiados. Nesse sentido , criaram posições ofensivas em sítios de onde mais facilmente, através das suas peças de artilharia, lhes fosse possível atingir o centro da cidade e, ao mesmo tempo, impedir o reabastecimento das tropas liberais e dos próprios civis.


O alto do Covelo, a que popularmente se chamava "o monte", foi considerado pelas tropas absolutistas como o sítio ideal para montar a artilharia que havia de metralhar o centro do Porto e vigiar as movimentações de civis no sentido de impedir, por exemplo, que os lavradores de Paranhos introduzissem na cidade mantimentos e outros viveres através da estrada da Cruz das Regateiras. E com estes propósitos criaram uma autêntica fortificação na Quinta do Covelo. Só que os liberais não ficaram quedos. Consta que por iniciativa do próprio D. Pedro IV as tropas constitucionais resolveram, em 16 de Setembro de 1832, desalojar os miguelistas do reduto do Covelo, a fim de ficarem com o controlo daquela zona, de grande importância estratégica para os combates que estavam para vir. Os objectivos dos liberais foram conseguidos. Uma força de "mais de 1400 baionetas", além de terem escorraçado os miguelistas, a quem causaram inúmeras baixas, ainda arrasaram fortificações e destruíram baterias e canhoneiras. Mas por muito pouco tempo os soldados de D. Pedro lograram manter as posições que haviam conquistado. Os absolutistas contra atacaram, em Março de 1833, e conseguiram, depois de renhidos combates, com enormes perdas para as duas partes, retomar as posições que pouco antes haviam perdido. De imediato iniciaram a construção de "defesas do monte" erguendo ao redor estacadas ou paliçadas com o que pretendiam ocultar os trabalhos de fortificação que andavam a fazer. E os liberais? Que fizeram ? Voltaram ao ataque. Numa das digressões que diariamente fazia aos locais onde o perigo mais se fazia sentir, D. Pedro passou pela Aguardente (actual Praça do Marquês de Pombal) e apercebeu-se do perigo que constituía para a sua causa o facto de os miguelistas terem retomado o Covelo e providenciou para aquela posição voltasse a ser ocupada pelos liberais. Isso aconteceu a 9 de Abril de 1833. E a delicada e arriscada tarefa foi confiada ao coronel José Joaquim Pacheco que, mais tarde, viria a morrer, em combate, na Areosa. A cidade, agradecida, deu o seu nome à antiga Praça do Mirante que é hoje a Praça do Coronel Pacheco. Uma crónica da época refere esta segunda tomada do Covelo pelos liberais, da seguinte forma "a 7 de Abril descobriu-se a longa estacada feita pelos miguelistas desde as primeiras casas de Paranhos até às eiras do Covelo. Queriam fortificar-se ali. Não havia tempo a perder. Era preciso desalojá-los. A artilharia dos liberais começou a responder desde as primeiras horas da manhã do dia 9 e durou o fogo até ás seis da tarde. Cruzaram-se os fogos das baterias da Glória (Lapa), do Pico das Medalhas (Monte Pedral), do Sério (alto da Lapa), da Aguardente (Marquês de Pombal) e de S. Brás. Uma força de mil homens saiu fora das linhas parta tomar de assalto o monte do Covelo. Mas no dia seguinte (10 de Abril) os absolutistas voltaram com o intuito de retomarem as posições perdidas e onde os liberais haviam levantado um reduto em menos de oito horas. Estavam lá dentro apenas 200 soldados. Foram atacados por mais de 2000 do inimigo. Foram momentos decisivos. Duzentos homens livres conseguiram pôr em fuga 2000 do inimigo.»


Observação: Como muitos dos habitantes da Cidace Invicta saberão, a Quinta do Covelo não desapareceu, pelo menos na sua totalidade. É actualmente em parte (45%) um Jardim Público, pertença da C.M. do Porto, com baloiços e diversões para as crianças. Os outros 65% pertencem pelo que soube ao Ministério da Saúde e são compostos por uma parte ainda rural onde se encontram os restos das ruínas da casa senhorial, uma segunda casa rural envelhecida que está actualmente ocupada por uma família que excuta as funções de "caseiros" e um pequeno bosque. Esta parte que engloba as Ruínas está interdita ao Público e em continua degradação.