Visita do Além?!

Esta situação passou-se em África, com o meu irmão. Aqui, vou alterar propositadamente os nomes das pessoas, por razões que compreendem. Por isso vou chamar de Carlos ao meu irmão e Miguel ao meu primo.

Recentemente faleceu-nos um primo, de doença prolongada, chamado Miguel, que era muito chegado ao meu irmão. Como eram da mesma idade, foram colegas de escola, de brincadeiras, juventude, pelo que eram, e sempre foram, muito chegados. Tinham as cumplicidades naturais de quem andaram à procura dos seus primeiros namoricos, beberam a primeira cerveja um com o outro, o mesmo com o primeiro cigarro, e isto cria laços que vão para além da relação familiar.
Nos últimos meses de vida deste, e quando nós já sabíamos do nefasto desfecho, embora ele ainda andasse iludido, o meu irmão falava-lhe de África, das suas gentes, das aventuras dele por lá, e fazia-o com tanta vida que o nosso primo lhe dizia que ainda havia de lá ir visitá-lo.
Na última vez que estivemos com ele, talvez um mês antes de falecer, o meu irmão foi-se despedir dele, pois tinha que partir para África. A conversa andou, novamente, à volta do país africano para onde o meu irmão ia. E o nosso primo disse-lhe, na minha presença e na da mulher, que ainda lá ia visitá-lo. Deixá-mo-lo com várias sementes de árvores de fruto desse país africano, que o meu irmão lhe havia trazido, pois ele (o Miguel) tinha uma grande afeição por plantas, árvores de fruto e animais, tendo um jardim lindíssimo, com gaiolas grandes com uma variedade enorme de pássaros, com porcos da índia à solta.
Assim nos despedimos. Deixá-mo-lo com os olhos cheios de brilho, decerto a imaginar a sua visita ao meu irmão. Sei que o meu irmão tentou conter as lágrimas, pois sabia que era a última vez que o veria com vida.
Pouco depois do meu irmão partir, o nosso primo faleceu, sem nunca chegar a ir a África.

O meu irmão quando soube, ficou destroçado. Sei que foi a uma igreja e lhe mandou rezar uma missa.

Algum tempo depois, o meu irmão teve que se deslocar a uma localidade diferente daquela onde vivia, para ir ao funeral dum familiar de um amigo. Nessa localidade o meu irmão nunca tinha estado nem lá conhecia ninguém.

O funeral ocorreu já ao fim da tarde, e o meu irmão foi percorrendo, nostálgico, aquele cemitério, e a pensar sempre no seu falecido primo Miguel.

Estava o cemitério já praticamente vazio, quando o meu irmão ouve uma voz sonante: Carlos!
Ele virou-se e viu um rapaz com os seus 12 a 14 anos, junto duma sepultura. E o rapaz, de seguida, disse-lhe: Sou o Miguel!

O meu irmão ficou petrificado, pois naquele país africano é muito raro os nomes serem portugueses, e muito menos lá existir o nome como o do meu primo.

De seguida, o meu irmão foi até junto dele e perguntou-lhe se ele o conhecia, e ele diz que sim a sorrir. Mas mais nada sabe explicar ao meu irmão, nem porque resolveu chamá-lo e anunciar-se. O meu irmão nunca o tinha visto, e achou aquilo tudo exageradamente insólito, por isso deu-lhe um grande abraço, e saiu dali com os olhos cheios de lágrimas.

 
tão bonito,sempre o foi visitar...

epa ate a mim me tocou faço ideia ele

um tio meu antes de ganhar uma doença no estômago que teve que ser retirado e que mais tarde faleceu
e no funeral passado cerca de um ano de lhe ser retirado o estômago  o inevitável veio e no velorio tava um amigo dele a dizer assim (foram aquelas ~mulher da vida~# que o mataram disse o nome delas e desmaiou então um delas apareceu la sentisse mal foi para o hospital morreu

um tio meu antes de ganhar uma doença no estômago que teve que ser retirado e que mais tarde faleceu
e no funeral passado cerca de um ano de lhe ser retirado o estômago  o inevitável veio e no velorio tava um amigo dele a dizer assim (foram aquelas ~mulher da vida~# que o mataram disse o nome delas e desmaiou então um delas apareceu la sentisse mal foi para o hospital morreu

Não percebi patavina...


Arph, que bela amizade que o teu irmão e o teu primo tinham. É o tipo de amizade que dura para sempre, literalmente.

Mas Arph, desculpa lá, o rapazinho era de carne e osso, ou era o espírito do Miguel com a idade de 12 anos? Pelo título,  dá a ideia que era mesmo uma visita do além, embora isso não esteja muito explicito no texto. Qual foi a sensação do teu irmão?  Desculpa o tratamento, mas aqui é frequente...


Templa

Não percebi patavina...


Arph, que bela amizade que o teu irmão e o teu primo tinham. É o tipo de amizade que dura para sempre, literalmente.

tambem nao fiquei muito esclarecido

Mas Arph, desculpa lá, o rapazinho era de carne e osso, ou era o espírito do Miguel com a idade de 12 anos? Pelo título,  dá a ideia que era mesmo uma visita do além, embora isso não esteja muito explicito no texto. Qual foi a sensação do teu irmão?  Desculpa o tratamento, mas aqui é frequente...


Templa

Tens razão, não fui explícito o suficiente.

O rapaz era de carne e osso. Era africano (negro). O nosso primo era branco (caucasiano).
Quanto aos indivíduos (o miúdo e o meu primo), não havia qualquer semelhança.
O desconcertante foi apenas o facto do meu irmão estar num cemitério, a milhares de kms de casa, num local remoto de África onde nunca tinha estado e onde não conhecia ninguém, compenetrado a pensar do nosso primo Miguel, recém falecido, e, nestas circunstâncias, um miúdo virar-se para ele e chamá-lo pelo nome (o que só por si já era insólito) e depois dizer-lhe que "Sou o Miguel" ( o nome do nosso primo). A estas situações insólitas, soma-se ainda o facto do rapaz não lhe conseguir explicar porque razão resolveu chamar o meu irmão e dizer que se chamava Miguel. O meu irmão ficou com a convicção que o rapaz agiu de uma forma que nem o próprio soube explicar.

Talvez incorporação mediúnica inconsciente...

Provavelmente o rapaz era medium sem o saber e o seu primo falou através dele, para que o seu primo soubesse que ele estava ali, tal como tinha prometido antes de morrer.

so uma curiosidade não sabes se tipo a voz do rapaz na altura que chamou estava tipo igual a do Miguel e depois a foz do rapaz mesmo fosse diferente algo deste género (não sei se isto é possível mas tenho ouvido falar nestas situações)

Ok, vou abrir um pouco mais o jogo, até por respeito ao vosso direito à verdade, uma vez que coloquei à vossa disposição uma história que escrevi.

Isto passou-se na Guiné-Bissau, numa zona de etnia Fula, onde os nomes são Djaló; Omar; Ibraim, Moameth, etc, etc. Os Fulas são esmagadoramente muçulmanos. Falam o crioulo. Português correcto ou "mal-amanhado" é coisa que não sabem (sei do que falo, pois já lá estive). Português só em Bissau (capital) e entre os Papeis (etnia de Bissau). Os das outras etnias (manjacos, balantas, bijagós, etc. etc.) só falam alguma coisa de português se tiverem estado na capital a morar durante muito tempo, pois lá é onde se fala algum português, uma vez que todos se entendem é pelo crioulo, que praticam diariamente. Eu tive grandes dificuldades em me fazer entender na capital, e só conseguia falar português com pessoas letradas, pois essas é que cultivam a nossa língua: na rua é o crioulo, e esse é uma mistura de língua, tendo por base o nosso português (mas o português antigo).
O rapaz falou para ele em português, quando disse "Sou o Miguel". Depois falou-lhe em crioulo. Mas o meu irmão nunca me disse que identificou essa sua voz com a do nosso primo.

Boas a todos,

Antes de mais, os meus sentimentos e compreendo como deve ser dificil para o teu irmão perder alguém com tanta importância na sua vida...

Em relação ao seu comentário, na minha opinião e tal como já foi dito anteriormente, talvez o rapaz seja medium e o espírito do "Miguel" tenha pedido ao rapaz para comunicar com o teu irmão, para demonstrar que estava com ele

Atenciosamente,

Giles.

É muito possível, Giles.
Ele ficou com essa ideia, de que o rapaz foi o canal de transmissão duma mensagem.

Há um episódio fantástico passado lá com o meu irmão, mas vou colher melhor os pormenores e irei postar oportunamente esse relato.

Sendo assim, irei aguardar o seu novo tópico

Atenciosamente,

Giles.