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  • Segredos da NASA
    Iniciado por Sunderlandz
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#90
Citação de: Commendatore em 13 dezembro, 2011, 18:52
Transporte via rápida.... rio nilo, ou não fosse o Nilo o centro de tudo.
Se formos por aí, Maias, Incas, etc etc teriam de ter gruas.

Os maias tinham pilhas eléctricas...feitas com vasilhas de barro, cobre e sumo de fruta.

Nós é que temos a mania que temos tecnologia.
Por isso é que qd há tremores de terra vai tudo com os porcos e estas grandes construções perduram...

Corte da pedra é realmente fascinante e ainda está por esclarecer.
Temos é de reconhecer que estavam a anos luz de tudo. Até na análise do céu e dos astros.
Ferramentas de cobre??? Porquê cobre?
Qualquer material mais rijo desgaste um mais fraco?
Granito??? Não sei de nenhuma evidência onde conste a presença de micas nas pedras das pirâmides.
20 anos????? Onde está esse registo? Onde está o registo de quantos trabalhadores estiveram envolvidos?
É só uma das maiores construções de sempre logo, deviam ter milhares de pessoas a trabalhar.
Tb se pensavam que eram escravos, mas já provaram que não eram.
2 toneladas é o peso de um Jipe. Com sistemas básicos de rolos de pedra e força manual, puxas algo muito mais pesado sem grande esforço (estamos a falar claro de várias pessoas e ANIMAIS a puxar.

Vê os filmes de como se treinam elefantes na India para as construções e percebes a força que um animal tem e embora não tenham recorrido a elefantes, 3 ou 4 bois puxam o que for preciso.
AS pirâmides foram construidas recorrendo a sistemas de rampas e areia. Tal como para eregerem os monolitos etc etc.

Pelas tuas contas eles trabalhariam de sol a sol 24 horas por dia, o que não me parece de todo plausível a não ser que tivessem turnos (e deviam ter de certeza) e iluminação para as horas sem sol.

E as rampas podiam ser de areia sim, até porque se há algo que é sólido é areia. Por ser constituida por milhões de pequenos grãos é sólido e mt sólido.
Água e areia fazem milagres.

Acho que te devias aprofundar mais o estudo em relação à construção da grande pirâmide, pois denota-se falta de conhecimentos nas tuas afirmações.

- 1. Granito: a Câmara da Rainha e a Câmara do Rei foram executadas em granito vermelho (para teu conhecimento o granito é das pedras mais duras que existem).
A câmara do Rei (tem as seguintes dimensões: comprimento = 10,46 m; largura = 5,23 m; altura = 5,58 m) está executada inteiramente com blocos de granito, o tecto consta de 9 lajes de granito rosado que pesam 400 toneladas (coisa pouca!). O sarcófago também é em granito rosado e, foi achado vazio sem a múmia. Em cima da Câmara do Rei, existem cinco câmaras menores em granito construídas, cada uma em cima da outra para aliviar a pressão do peso dos blocos sobre o tecto da Câmara do Rei (em granito). As portas movediças também são todas em granito.


Corte do interior da grande pirâmide:


- 2. O perfeito corte dos blocos de granito: gostava que me explicassem como foi possível naquela altura e qual a tecnologia usada.
Maquinaria usada nos nosso dias para cortar granito:


Gruas para elevar os blocos de pedra / Transporte de blocos:


- 3. Prazo execução pirâmide: 20 anos é o que consta nos livros de história da arte. Foi o que me ensinaram na universidade, ou aqui os livros estão errados?

- 4.  Cobre: era o metal que conseguiam produzir na altura. Também está nos livros de história, ainda não havia sido inventado o aço, nem lâminas circulares, nem serras fitas...

- 5. Areia material sólido apenas com água?: a areia é sólido isso é um facto, mas não serve para executar estradas, muito menos rampas para atingirem 147m de altura. Por alguma razão as estradas nos nossos dias não são executadas com areia, mas sim com várias camadas granulares com características de base em agregado britado de granulometria extensa, devidamente compactadas com recurso à regas de água (nisso acertaste) para obter o teor óptimo de compactação e em camadas nunca superiores a 30cm. A solução areia + água apenas ganha resistência quando confinadas inferiormente e lateralmente.
Por alguma razão as estradas romanas não foram executadas com areia!
Se tivesses tido formação em Mecânica dos Solos certamente que a tua opinião era outra em relação a areia + água...

- 6. Tens razão em relação às minhas contas, mas isso só abona em meu favor pois não trabalhando eles 24h diárias, ainda tinha de assentar mais blocos por dia e olha que 237 blocos por dia não seria fácil nem nos nosso dias...

Tendo em conta a escala/dimensão da grande pirâmide e os valor associados em termos de mão-de-obra, matéria prima equipamentos e logística, construí-la nos nossos dias ainda seria uma empreitada bem difícil de executar!





Citação de: lamp em 14 outubro, 2010, 23:09
hummm.... não sei não  :-X  os Americanos ainda acham que o 9/11 foi o bin landen, lá para as Chinas o acesso à internet é supervisionado pelo governo, os de terceiro mundo estão ocupados a encontrar uma côdea para comer, etc, etc... E nós votamos 2 vezes Sócrates!!! :D


E agora provavelmente choras por não se ter votado a 3ª vez. :)

chacalnegro
#92
Citação de: Rusty em 16 novembro, 2011, 15:40
Tendo formação superior em engenharia civil, tenho sérias dúvidas relativamente à construção das pirâmides do Egipto e respectivo Templos...  :-\
O corte milimétrico das pedras (não passa uma folha de papel), o transporte e assentamento de blocos de pedras com aquelas dimensões, só recorrendo a maquinaria pesada e mesmo nos dias de hoje não seria nada fácil executar uma pirâmide com essas dimensões e muito menos levantar blocos de pedra que chegam a ter perto de 200ton.

A grande pirâmide (Quéops) tem 147m de altura que corresponde a um edifício de 49 andares...  :o

Para terem a noção de desafio que os engenheiros actuais teriam para erguer as pedras, as gruas que vemos hoje nas construções de casas e edifícios não são capazes de levantar os blocos de pedras utilizados nas Pirâmides/Templos. As gruas normalmente levantam no máximo 20 toneladas (e isso no ponto mais perto da torre, na parte mais distante, o peso máximo é cerca de 5 toneladas)...

Desculpem lá o "off topic"!

Olá, embora com formação em engenharia civil procura algo sobre técnicas de construção antigas e ficarás surprendido. Se possível tenta visitar uma pedreira onde ainda existam canteiros e ficarás ainda mais surpreendido. As pedras das pirâmides não foram erguidas, mas arrastadas através de rampas, não de areia, mas de cascalho e lama compactados. Não é verdade que não passe uma folha de papel entre as pedras e estas pedras, excepto as das camaras internas, não passam das 4 toneladas. Mas por todo o mundo tens construções com pedras que excedem as 200 toneladas. Por exemplo na base do templo, em Jerusalém, há pedras com 400 toneladas.

#93
Citação de: chacalnegro em 05 julho, 2012, 10:16
Olá, embora com formação em engenharia civil procura algo sobre técnicas de construção antigas e ficarás surprendido. Se possível tenta visitar uma pedreira onde ainda existam canteiros e ficarás ainda mais surpreendido. As pedras das pirâmides não foram erguidas, mas arrastadas através de rampas, não de areia, mas de cascalho e lama compactados. Não é verdade que não passe uma folha de papel entre as pedras e estas pedras, excepto as das camaras internas, não passam das 4 toneladas. Mas por todo o mundo tens construções com pedras que excedem as 200 toneladas. Por exemplo na base do templo, em Jerusalém, há pedras com 400 toneladas.

Como tive de estudar História da Arte, as técnicas de construção antigas não me são desconhecidas, assim como as ferramentas usadas na altura.

Já estive em várias pedreiras e não entendo onde queres chegar, pois as técnicas de construção modernas são muito diferentes das antigas, pois hoje em dia usa-se maquinaria pesada, explosivos, etc.

Relativamente à rampa, ainda não forma encontrados vestígios da mesma.

É lógico que o espaçamento das juntas onde não passa uma folha de papel, referem-se às câmaras em granito.

Eu não tenho duvidas que as pirâmides forma construídas por seres humanos, mas ainda ninguém conseguiu provar com exatidão como as mesmas foram executadas. Certamente que não foram com ferramentas de bronze que as pedras foram cortadas...
Relembro que o Cobre era o metal que conseguiam produzir na altura e ainda não havia sido inventado o aço, nem lâminas circulares, nem serras fitas...
Mesmo as serras de fitas têm de ser afiadas várias vezes por dia para conseguirem cortar pedra.

Em termos de logística (mão-de-obra, equipamentos, ferramentas, materiais, alimentação de 100 mil pessoas ao longo de 20 anos), em 2550 a.C. não deve ter sido uma operação nada fácil de realizar....

Existem ainda muitas questões para responder, relativamente à construção das pirâmides.  ;)


TinaSol
Do que me recordo, a disciplina onde mais aprendi sobre a construção das pirâmides foi Física.
Supõe-se que ambos os métodos tinham sido utilizados: elevação e rampas.
A construção das pirâmides muito evoluiu a física e o cálculo matemático, uma vez que não era apenas uma simples alavanca ou guindastre, mas um sistema de elevação resultante de combinação de forças.
A par disso utilizavam-se as rampas, já referidas, que iam acompanhando a altura da pirâmide, mas não me lembro quais os materiais utilizados nestas para segurar a pedra à medida que subia, se a memória não me falha, no caminho para transporte das peças, feito por animais, era colocada argila.
Também já li algures uma teoria de um  minério raro que no passado existia, não me lembro do nome, que combinado, podia não só fazer os cortes como reduzir drasticamente o peso das pedras.

chacalnegro
Citação de: Rusty em 18 julho, 2012, 10:15
Como tive de estudar História da Arte, as técnicas de construção antigas não me são desconhecidas, assim como as ferramentas usadas na altura.

Já estive em várias pedreiras e não entendo onde queres chegar, pois as técnicas de construção modernas são muito diferentes das antigas, pois hoje em dia usa-se maquinaria pesada, explosivos, etc.

Relativamente à rampa, ainda não forma encontrados vestígios da mesma.

É lógico que o espaçamento das juntas onde não passa uma folha de papel, referem-se às câmaras em granito.

Eu não tenho duvidas que as pirâmides forma construídas por seres humanos, mas ainda ninguém conseguiu provar com exatidão como as mesmas foram executadas. Certamente que não foram com ferramentas de bronze que as pedras foram cortadas...
Relembro que o Cobre era o metal que conseguiam produzir na altura e ainda não havia sido inventado o aço, nem lâminas circulares, nem serras fitas...
Mesmo as serras de fitas têm de ser afiadas várias vezes por dia para conseguirem cortar pedra.

Em termos de logística (mão-de-obra, equipamentos, ferramentas, materiais, alimentação de 100 mil pessoas ao longo de 20 anos), em 2550 a.C. não deve ter sido uma operação nada fácil de realizar....

Existem ainda muitas questões para responder, relativamente à construção das pirâmides.  ;)



Boas, espero que não tenhas ficado ofendido com o meu comentário, porque não tive intenção de aviltar o teu percurso académico. Quando me refiro a visitar pedreiras, estou a falar de locais de extracção que ainda usem processos pré-industriais. Volto a citar o exemplo que presenciei de um mestre canteiro que fendeu um penedo de granito do tamango de uma vivenda com meia dúzia de cunhas e uma marreta. Obviamente estas pessoas trabalharam toda a vida neste ofício e têm uma longa experiência no comportamento físico das rochas. Por vezes bastava o som da marreta nas cunhas para perceber os pontos frágeis e a área exacta da fractura. Outro exemplo era outra pedreira, em Alpalhão (Portalegre), onde para fender grandes blocos acendiam fogueiras sobre a rocha ao início de uma tarde de Inverno. Quando se extinguiam as fogueiras, a meio da noite, o frio provocava o seu estalamento. Geralmente as fogueiras eram acesas de forma a orientar a área de fractura.
Os egípcios, para talhar granito usavam bolas de dolerito, uma rocha mais dura, e iam jogando com a diferente dureza das ferramentas conforme o tipo de pedra que queriam talhar. Para acabar blocos à esquadria usavam serras de cobre. No entanto não eram as serras que cortavam, mas a areia de quarzo que deitavam no rasgo (previamente aberto com ferramentas de quartzo, mais duro que o granito), que se alojava nos dentes da serra. Segundo experiências que fizeram recentemente com o granito vermelho da pirâmide de Djedefre (Abu Rawash), um bloco de 1m de espessura demorava 4 dias a ser cortado por este processo. Tempo e trabalhadores eram coisas que não faltavam no Egipto. Aliás pego na noção de tempo para justificar aquilo que atrás disse. Na Antiguidade e mesmo na Idade Média, as grandes construções tinha um objectivo preciso, que era o que contava e não o tempo que demoravam a ser edificadas. Por isso algumas catedrais demoravam séculos a ser acabadas. Os mestres de obras e os operários tinham plena noção de que nunca veriam a sua obra acabada, mas o que contava é que um dia haveria de o ser e eles tinham tomado parte nela.
Não existem vestígios de rampas nas pirâmides, porque foram retiradas depois da conclusão da obra, à semelhança dos andaimes de qualquer obra. No entanto, no pilone do templo de Karnak (se não me falha a memória), ainda é possível ver uma destas rampas de lama e cascalho, que nunca foi retirada. O núcleo de uma das pirâmides de Snefru, que ficou inacabada, mantém a forma básica para apoio das ditas rampas.

Bom, mas voltando ao que havias dito, sim ainda há umas quantas questões por explicar nestas grandes construções. Porém, vão sendo sucessivamente explicadas à medida que se investiga. Creio que muitas vezes nos deixamos iludir com a noção contemporânea de construção e esquecemo-nos de pensar como uma pessoa da altura, com os meios da altura.

All
Boas

Achei interessante o tópico criado pelo amigo Sunderlandz, e como tal, tive de deixar a minha opinião/conclusões no tópico   :laugh:


Não tenho qualquer dúvida de que a NASA esconde a maior parte das suas operações bem como as verdadeiras intenções para a realização das mesmas. Se observarmos as noticias que constumam sair da NASA chegamos à conclusão de que para uma agência com tamanhos recursos as suas "novidades" ficam muito aquem das expectativas (descobrir um cometa ou algo do gênero não me parece grande trabalho...).

Nunca vi nenhum video original da viagem à lua de Armstrong e Buzz Aldrin para confirmar se a dita bandeira dos EUA encontrava-se a mover como se estivesse a levar com vento. Não me acredito que se fosse farsa iriam esquecer-se de um pormenor tão básico como a falta de vento no espaço...

A verdadeira questão na minha opinião é a seguinte porque é que nunca mais foram enviados astronautas à lua?
Em primeiro lugar, se foram as pessoas não o sabem porque não fora divulgado, por outro lado, se não foram parece-me clara a existência de algo a esconder...A única e última vez que pessoas foram à lua foi em 1969, passados 43 anos, com o avanço tecnologico brutal em comparação com essa data a curiosidade de enviar o Homem à lua outra vez, com melhores equipamentos e máquinas para pesquisar a lua e etc, esgotou?

O que é ainda mais engraçado é que agora pensa-se viajar ou explorar Marte?! Ora bolas, fomos supostamente uma única vez à lua e já queremos ir para marte!... Algo não está a bater certo...

Existe alguma pesquisa e relatos de pessoas que trabalhariam para a Nasa na época de 1969 que dizem que quando a nave espacial estava a chegar perto da lua os astronautas começaram a ver estranhos objetos que deambulavam pela lua (OVNI´s). É indicado nessas pesquisas que a NASA não revelou imensas fotos da viagem, onde nessas fotos constariam os tais objetos. Também existem relatos de que quando a nave chegou à lua, aquando da aterragem, a lua "ressonou" como um sino, como se fosse oca! Dai alguns autores e pesquisadores destes assuntos dizerem que a lua é oca, que seria um corpo celeste artificial...
Tais pessoas que relatam tal "facto" trabalhavam para a NASA e estavam presentes nas ditas salas de controlo aquando da aterragem, dizendo que essa ressonância/vibração durou por mais de 20min.

Se é verdade ou não é algo que está dependente de investigação. De quaquer das formas acredito que algo não bate certo...

Curiosamente a lua tem um lado oculto, um lado que não é visivel da Terra e onde as comunicações via rádio não funcionam. Espera lá! Então não são enviadas sondas para explorar o sistema solar, onde as mesmas chegam até Júpiter, aliás, tirasse fotos de Marte e envia-se robos para Marte que são controlados via radiofrequência julgo eu! Então porque é que não é possível a comunicação por rádio nesse tal lado oculto? Não, definitavemente algo não está a bater certo...

Achei interessante que este tópico tenha levado também a que alguns amigos do forum chegassem ao tema das mega construções da antiguidade clássica.
Quanto a isso não irei debroçar-me, valeria sim a pena a criação de um tópico sobre o assunto, mas apenas digo que, por exemplo, o Homem não poderia de forma alguma construir o Templo de Baalbek onde tem pedras com mais de 1000 toneladas, sim, 1000 toneladas! Se hoje em dia para levantar algo com tal peso seria considerado um trabalho "difícil", nós que possuimos atualmente tanta tecnologia que parece às vezes impossível, como conseguiram as pessoas desse tempo movimentar tais pedras quando a tecnologia mais avançada que teriam seria uma carroça puxada a cavalos, burros ou bóis!...


Continua a parecer-me que de facto alguma coisa não está a bater certo...

#97
Citação de: chacalnegro em 18 julho, 2012, 13:03
Boas, espero que não tenhas ficado ofendido com o meu comentário, porque não tive intenção de aviltar o teu percurso académico. Quando me refiro a visitar pedreiras, estou a falar de locais de extracção que ainda usem processos pré-industriais. Volto a citar o exemplo que presenciei de um mestre canteiro que fendeu um penedo de granito do tamango de uma vivenda com meia dúzia de cunhas e uma marreta. Obviamente estas pessoas trabalharam toda a vida neste ofício e têm uma longa experiência no comportamento físico das rochas. Por vezes bastava o som da marreta nas cunhas para perceber os pontos frágeis e a área exacta da fractura. Outro exemplo era outra pedreira, em Alpalhão (Portalegre), onde para fender grandes blocos acendiam fogueiras sobre a rocha ao início de uma tarde de Inverno. Quando se extinguiam as fogueiras, a meio da noite, o frio provocava o seu estalamento. Geralmente as fogueiras eram acesas de forma a orientar a área de fractura.
Os egípcios, para talhar granito usavam bolas de dolerito, uma rocha mais dura, e iam jogando com a diferente dureza das ferramentas conforme o tipo de pedra que queriam talhar. Para acabar blocos à esquadria usavam serras de cobre. No entanto não eram as serras que cortavam, mas a areia de quarzo que deitavam no rasgo (previamente aberto com ferramentas de quartzo, mais duro que o granito), que se alojava nos dentes da serra. Segundo experiências que fizeram recentemente com o granito vermelho da pirâmide de Djedefre (Abu Rawash), um bloco de 1m de espessura demorava 4 dias a ser cortado por este processo. Tempo e trabalhadores eram coisas que não faltavam no Egipto. Aliás pego na noção de tempo para justificar aquilo que atrás disse. Na Antiguidade e mesmo na Idade Média, as grandes construções tinha um objectivo preciso, que era o que contava e não o tempo que demoravam a ser edificadas. Por isso algumas catedrais demoravam séculos a ser acabadas. Os mestres de obras e os operários tinham plena noção de que nunca veriam a sua obra acabada, mas o que contava é que um dia haveria de o ser e eles tinham tomado parte nela.
Não existem vestígios de rampas nas pirâmides, porque foram retiradas depois da conclusão da obra, à semelhança dos andaimes de qualquer obra. No entanto, no pilone do templo de Karnak (se não me falha a memória), ainda é possível ver uma destas rampas de lama e cascalho, que nunca foi retirada. O núcleo de uma das pirâmides de Snefru, que ficou inacabada, mantém a forma básica para apoio das ditas rampas.

Bom, mas voltando ao que havias dito, sim ainda há umas quantas questões por explicar nestas grandes construções. Porém, vão sendo sucessivamente explicadas à medida que se investiga. Creio que muitas vezes nos deixamos iludir com a noção contemporânea de construção e esquecemo-nos de pensar como uma pessoa da altura, com os meios da altura.


Acabaste de deitar por Terra a teoria dos Ancient Astronauts, e a sua colaboração na construção das pirâmides... :(

Mas continua sem haver explicação para a deslocação de outras pedras gigantes, como as de Stonehenge, sendo que a origem das pedras fica a milhas de distância, e cada uma pesa toneladas, certo? Diz-me que é assim, please!!!???
:::Verinha Mágica:::

chacalnegro
Verinha, Stonehenge foi construído da mesma maneira que todas as outras edificações de grandes pedras: cordas, rolos, preserverança, sabedoria e força bruta. Comparadas com o esteio de cabeceira ou a tampa da Anta Grande do Zambujeiro (Évora), são brincadeiras de criança. ;)
A questão aqui é que as pessoas que faziam essas obras, eram muito mais práticas e trabalhavam nisso uma vida inteira. Hoje como precisamos de máquinas para quase tudo, esquecemos a nossa própria capacidade inventiva e o espírito de equipa. Se olhares para as gigantescas colunas da praça de S. Pedro, em Roma, facilmente percebes que são maiores e mais pesadas do que qualquer pedra de Stonehenge. No entanto, para um pedreiro do séc. XVII o seu fabrico e transporte não tinha mistério nenhum. Todos sabemos que foi Bernini que concebeu a praça, sabe-se quem foram os operários, os custos e os meios envolvidos. No entanto, entre o Calcolítico e o séc. XVII, os meios de transporte pouco evoluíram, só passou da força de braços para a tracção animal. Mesmo assim continuou a ser precisa muita força bruta.
Ninguém arrisca uma hipótese alien ou põe em causa quem foram os construtores desta praça, até porque existem os recibos de pagamento. A única diferença da praça de S. Pedro, para Stonehenge reside simplesmente no facto de existirem provas documentais. Tudo isto para dizer que não é pelo facto de não sabermos como construiram que temos de aventar uma argumentação mística.

Citação de: chacalnegro em 18 julho, 2012, 14:25
Verinha, Stonehenge foi construído da mesma maneira que todas as outras edificações de grandes pedras: cordas, rolos, preserverança, sabedoria e força bruta. Comparadas com o esteio de cabeceira ou a tampa da Anta Grande do Zambujeiro (Évora), são brincadeiras de criança. ;)
A questão aqui é que as pessoas que faziam essas obras, eram muito mais práticas e trabalhavam nisso uma vida inteira. Hoje como precisamos de máquinas para quase tudo, esquecemos a nossa própria capacidade inventiva e o espírito de equipa. Se olhares para as gigantescas colunas da praça de S. Pedro, em Roma, facilmente percebes que são maiores e mais pesadas do que qualquer pedra de Stonehenge. No entanto, para um pedreiro do séc. XVII o seu fabrico e transporte não tinha mistério nenhum. Todos sabemos que foi Bernini que concebeu a praça, sabe-se quem foram os operários, os custos e os meios envolvidos. No entanto, entre o Calcolítico e o séc. XVII, os meios de transporte pouco evoluíram, só passou da força de braços para a tracção animal. Mesmo assim continuou a ser precisa muita força bruta.
Ninguém arrisca uma hipótese alien ou põe em causa quem foram os construtores desta praça, até porque existem os recibos de pagamento. A única diferença da praça de S. Pedro, para Stonehenge reside simplesmente no facto de existirem provas documentais. Tudo isto para dizer que não é pelo facto de não sabermos como construiram que temos de aventar uma argumentação mística.


Pois, tens razão... :( mas eu gostava da ideia... :(
:::Verinha Mágica:::

chacalnegro
Também eu Verinha. Era muito mais giro e emocionante ;)

Citação de: chacalnegro em 18 julho, 2012, 13:03
Boas, espero que não tenhas ficado ofendido com o meu comentário, porque não tive intenção de aviltar o teu percurso académico. Quando me refiro a visitar pedreiras, estou a falar de locais de extracção que ainda usem processos pré-industriais. Volto a citar o exemplo que presenciei de um mestre canteiro que fendeu um penedo de granito do tamango de uma vivenda com meia dúzia de cunhas e uma marreta. Obviamente estas pessoas trabalharam toda a vida neste ofício e têm uma longa experiência no comportamento físico das rochas. Por vezes bastava o som da marreta nas cunhas para perceber os pontos frágeis e a área exacta da fractura. Outro exemplo era outra pedreira, em Alpalhão (Portalegre), onde para fender grandes blocos acendiam fogueiras sobre a rocha ao início de uma tarde de Inverno. Quando se extinguiam as fogueiras, a meio da noite, o frio provocava o seu estalamento. Geralmente as fogueiras eram acesas de forma a orientar a área de fractura.
Os egípcios, para talhar granito usavam bolas de dolerito, uma rocha mais dura, e iam jogando com a diferente dureza das ferramentas conforme o tipo de pedra que queriam talhar. Para acabar blocos à esquadria usavam serras de cobre. No entanto não eram as serras que cortavam, mas a areia de quarzo que deitavam no rasgo (previamente aberto com ferramentas de quartzo, mais duro que o granito), que se alojava nos dentes da serra. Segundo experiências que fizeram recentemente com o granito vermelho da pirâmide de Djedefre (Abu Rawash), um bloco de 1m de espessura demorava 4 dias a ser cortado por este processo. Tempo e trabalhadores eram coisas que não faltavam no Egipto. Aliás pego na noção de tempo para justificar aquilo que atrás disse. Na Antiguidade e mesmo na Idade Média, as grandes construções tinha um objectivo preciso, que era o que contava e não o tempo que demoravam a ser edificadas. Por isso algumas catedrais demoravam séculos a ser acabadas. Os mestres de obras e os operários tinham plena noção de que nunca veriam a sua obra acabada, mas o que contava é que um dia haveria de o ser e eles tinham tomado parte nela.
Não existem vestígios de rampas nas pirâmides, porque foram retiradas depois da conclusão da obra, à semelhança dos andaimes de qualquer obra. No entanto, no pilone do templo de Karnak (se não me falha a memória), ainda é possível ver uma destas rampas de lama e cascalho, que nunca foi retirada. O núcleo de uma das pirâmides de Snefru, que ficou inacabada, mantém a forma básica para apoio das ditas rampas.

Bom, mas voltando ao que havias dito, sim ainda há umas quantas questões por explicar nestas grandes construções. Porém, vão sendo sucessivamente explicadas à medida que se investiga. Creio que muitas vezes nos deixamos iludir com a noção contemporânea de construção e esquecemo-nos de pensar como uma pessoa da altura, com os meios da altura.

Nada ofendido, pois julgo que estamos a debater o assunto com cordialidade  ;)

Todos os métodos que referes para extrair as pedras das pedreiras são correctos, mas isso seria o trabalho mais fácil de executar. O pior seria executar o acabamento e o respectivo transporte e assentamento dos blocos. 
No caso da pirâmide Quéops os historiadores estimam que a mesma foi construída em apenas 20 anos, o que me parece um prazo bastante otimista para a escala da construção.
As pirâmides teriam de ser concluídas no tempo de vida do faraó, caso contrário não serviriam o seu propósito, contrariamente as construções das catedrais que poderiam demorar séculos, conforme bem referiste.
Agora matematicamente "falando" se bloco de 1m de espessura demorava 4 dias a ser cortado por esse processo (julgo te te referes aos de granito), como a grande pirâmide tem 2,3 milhões de blocos, mesmo que as rochas de arenito demorassem apenas 1 dia a serem cortadas, já dá para ver que os 20 anos não seriam suficientes para a construção.

Deixo aqui mais uma foto para terem a noção da escala da construção:


Pirâmide de Snefru


Os egípcios, antes de terem o conhecimento para executarem as pirâmides na sua perfeição, fizeram muitas tentativas, e algumas até chegaram a correr mal, esta, parece-me ser mais um caso disso... 



chacalnegro
Boas novamente. O acabamento das pedras era feito directamente nas pedreiras exceptuando aquelas que era necessário o seu ajuste correcto na obra. Por exemplo o "miolo" da grande pirâmmide de Khufu não necessitava de grandes requintes no talhe e foram extraídas directamente do planalto de Gizé. A grande cavidade onde se encontra a Esfinge é o que resulta da extracção intensiva para a construção das pirâmides e dos restantes complexos funerários. No caso de matérias mais raras como o caso do granito de Assuão, faziam um percurso de 900 km Nilo acima em barcos especialmente construídos para o efeito. Os blocos exteriores da pirâmide de Djedefre foram pré-formados na pedreira e acabados no local da obra.

Relativamente ao calcário e arenito, consegue-se facilmente uma superfície lisa por abrasão com uma rocha mais dura. Nesse caso, o trabalho pode durar apenas algumas horas na pior das hipóteses. Os maias, por exemplo, como usavam um calcário muito brando, depois de molhado conseguiam esculpí-lo até com escopros de madeira dura.

No caso das hipóteses que apresentam para a duração dos trabalhos, aí concordo contigo, é pura especulação. No entanto, trabalhava aqui muita gente. Foram escavadas várias cidades em redor destes monumentos e percebeu-se que comportavam vários milhares de operários.