Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • O que é o Tarot?
    Iniciado por IceBurn
    Lido 20.460 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
O Tarot é um baralho composto de 78 lâminas (ou cartas), dividido em 2 grupos principais: os Arcanos Maiores, composto por um grupo de 22 lâminas (numeradas de 0 a 21 ou de 1 a 22) e os Arcanos Menores, composto por um grupo de 56 lâminas,distribuídas em 4 naipes (Copas, Paus, Espadas e Ouros - como no baralho tradicional), cada um com 14 lâminas, dispostas de As a 10, inclusas em cada grupo as figuras do Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajen ou Valete. As lâminas são ilustradas com o simbolismo universal, relacionadas às imagens arquetípicas que compõem os mitos e lendas, artisticamente representadas através do conjunto de formas (geometria), cores, figuras humanas, animais e vegetais, objetos e números, totalizando em códigos especiais de acesso à Alma humana.

O termo Arcano, foi criado pelo médico e alquimista Paracelso (Phillipus Teophrastus Bombastus Von Hohenheim). O termo em latim Arcanum, literalmente significa oculto ou misterioso, evocando a idéia de um conteúdo ainda hermético que precisa ser aberto e revelado.

O Tarot reflete o homem e seu estado e esses o seu meio. Não que suas lâminas espelhem o processo em si, mas evocam o estágio em que o homem se encontra. Temos em mente aí, que sua linguagem é universal, mas no momento de ser consultado, sinalizará o processo anímico individualmente, independente das combinações que se repetirem e dos significados estabelecidos dentro do núcleo das imagens arquetípicas. Servindo como instrumento advinhatório, ele servirá apenas para vislumbrar o futuro, conectando-se aos eventos presentes e passados. Como instrumento divinatório, estabelece a relação do homem com sua alma e essa, com Deus. Embora, no dicionário os adjetivos "advinhatório" e "divinatório" sejam sinônimos, estabelece-se aí a seguinte reflexão: nem todos que advinham, divinizam e nem todos que divinizam, advinham. No meu entender, advinhar significa decifrar de forma até mesmo leviana, algo que está oculto; já divinizar, estabeleceria a idéia de conectar com sua alma, com o universo, com o Criador. Um Tarot advinhatório, parece refletir na mente das pessoas, um mero jogo de salão para brincar de descobrir o futuro. Já o Tarot divinatório, teria assim relação com uma ponte entre o homem e Deus. Nesse processo, temos o chamado auto-conhecimento.

O Tarot é um legado dos tempos para os tempos. Muitos pesquisadores vieram e já foram e outros virão, dando suas contribuições a esse interessante e misterioso estudo. A concepção purista de um Tarot que tenha nascido nos braços do esoterismo, é no mínimo, pretensiosa, pois o Tarot não pertence necessariamente a nenhuma linha de pensamento ou sistema estabelecido. O Tarot, enquanto veículo livre de co-relações, é um alfabeto simbólico para orientar o homem em sua jornada. Pode ter nascido na arte de um povo, comparativamente às runas, que era o alfabeto dos vikings e também seu oráculo, mas também no berço de uma civilização perdida e mesmo, na cultura e nos ritos de alguma sociedade. Muito do contexto esotérico e espiritualista, que sobreveio principalmente a partir do século XVII, deu margem à maior parte da literatura que temos sobre o Tarot, que devemos considerar um legado dos pesquisadores e não considerar como uma regra para estudos ou pesquisas. Cada livro que fala sobre o Tarot, seria, por assim dizer, um tratado, uma abordagem do baralho através da ótica de seus pesquisadores, trazendo importantes toques e insights para o estudante do assunto. Mas, definir a regra de que o Tarot é só um oráculo, implicará em leviandade, preconceito e até mesmo num embotamento para vislumbrar outros caminhos que o Tarot oferece. Estudar o Tarot é observar, com a mente aberta e o discernimento dirigido, todas as associações e maneiras de como pode ser utilizado, livre de determinismos ou concepções afirmativas. Vale lembrar que o Tarot é uma experiência pessoal, cada um pode criar suas próprias regras ou convenções, apenas para efeito de pesquisas e consultas de cunho pessoal. Enfim, podemos seguir até o pensamento de um ocultista e ou pesquisador, mas jamais, identificar-se com ele a ponto de não aceitar outras propostas.

Uma importante observação a ser considerada, é a escolha do baralho. Com a massificação industrial e com o aumento indiscriminado da mídia, em explorar o meio esotérico, muitas informações estão sendo jogadas no mercado, sem nenhum filtro. A exemplo, milhares de baralhos são encontrados hoje nas lojas, um mais lindo que o outro, mas distorcidos simbolicamente de seu conteúdo simbólico original. Encontramos Tarots das Crianças, dos Orixás, dos Anjos, dos Xamãs, dos Magos, etc e tal, cada vez mais distanciados daqueles símbolos ilsutrados em baralhos tradicionais como o de Marselha, de Wirth, de Waite (Rider), entre outros, desfavorecendo quem inicia na prática. Com isso, a confusão criada na cabeça dos iniciantes é grande, fortalecendo a idéia de que o Tarot é aquele baralho bonito, mas longe do simbolismo universal, que acabou de ser adquirido. Não há mal nenhum se identificar com o baralho que gostamos, apenas devemos começar nos familiarizando com os símbolos e suas combinações tradicionais. Após isso, é da livre-escolha do estudante escolher seu baralho.

Não existem "lâminas positivas ou negativas" dentro do Tarot. Cada lâmina é adequada ao padrão de consciência do ser humano e definitivamente, a interpretação deve fugir da visão fatalista. Fatos "negativos ou positivos" analisados em consultas, podem trazer até efeitos contrários, pois vivemos num universo impermanente. Por isso, quem determina a interpretação é o tarólogo e não o Tarot, pois o profissional deve apenas estar "afinado ou sintonizado" com seu inconsciente e as forças superiores.



Fonte: Giancarlo Kind Schmid

white92
Dado certos acontecimentos recentes de que fiz parte foi-me sugerido por uma amiga que recorresse ao tarot afim de procurar respostas ou caminhos a seguir.

Na passada sexta-feira tive a oportunidade de ter uma experiência positiva com o tarot dado que as cartas que surgiram, ilustravam a minha situação passada, actual e provavelmente futura..

Contudo é de referir que é importante que a pessoa que faz a leitura do tarot não esteja envolvida em nenhum aspecto com a situação da outra pessoa pois esse facto poderá comprometer a leitura realizada se a pessoa que faz a leitura não mostrar imparcialidade aquando da mesma.


Cumps.

Olá

Li o post com toda a atenção e gostaria de vos colocar a seguinte questão:
Tenho uma relação que dura há mais de 1 ano e no inicio da mesma foi-me dito e ao meu companheiro que a nossa relação era uma prenda do universo, que seríamos felizes para todo o sempre, blá, blá ...

Isto dito por varias tarologas. Passados meses as mesmas disseram que a nossa relãção estava terminada e quando eu questionei se era uma fase foi-me dito que era para sempre.

Fiquei estupefacta pois tinha sido dito o contrário.

Entretanto a nossa relação continua e cada vez mais forte.

Agora as indicações dividem-se umas continuam a dizer que a nossa relação está terminada, outras que renasceu...

Inclusivé, uma tarologa ao ser questionada sobre esta minha duvida disse-me que as cosas podem ser simbólicas e a leitura não pode ser levada a letra.

Eu que era fascinada em tarot hoje estou completamente descrente.

Será que me podem esclarecer?

Obrigada

Fénix

Colocamos à frente o medo para não deixar passar o nosso futuro - Rudolf Steiner

Para começar, o facto de andares a fazer as mesmas perguntas a uma data de tarólogos diferentes já influêncía o resultado da leitura, pois na primeira consulta foste com a mente livre de preconceitos, ao passo que depois de saberes algum resultado, a tua própria atitude mental com uma opinião formada ajuda a influenciar a leitura das cartas.
Outra coisa, as cartas de tarot não são donas da verdade absoluta, nem comandam o nosso destino, apenas dão pistas de como será o futuro em circunstâncias normais ou como será se seguires o conselho que as próprias cartas te dão, convém não esquecer que acima de tudo o ser humano tem o dom livre-arbítrio, e se deliberadamente tomares uma decisão que parece ir contra o que estaria destinado, dessa forma estarás a alterar irremediavelmente todo o futuro.

Cumprimentos
O possível faz-se, o impossível demora mais um bocado.

Olá

Muito obrigada pela resposta. Foi mesmo de encontro ao que eu pensava. O futuro sou eu que o faço.

Fiquei esclarecida.

Fénix
Colocamos à frente o medo para não deixar passar o nosso futuro - Rudolf Steiner

Exactamente!

O futuro depende das nossas decisões, as artes divinatórias apenas nos fornecem algumas pistas e ajudam a que tenhamos mais algumas bases para decidir, bem como para alertar para algo importante que nos esteja a passar despercebido.

Cumprimentos
O possível faz-se, o impossível demora mais um bocado.

Gostaria de aproveitar para poder colocar uma questão: é verdade que o nosso primeiro baralho deve ser-nos oferecido voluntariamente por alguém?
Ouvi histórias de um jovem de 16 anos que comprou o seu próprio baralho e fartou-se de "brincar" com as cartas e acabou com a alma rasgada.

Ligeia
O que significa "alma rasgada"?

Citação de: Ligeia em 09 dezembro, 2011, 14:02
O que significa "alma rasgada"?


Creio que seja alguém que cuja alma já não é 100% sua, como se lhe tivessem arrancado um bocado, acho eu. Mas não tenho certezas nenhumas.

Ligeia
Obrigada Lalluna  :)

Nunca tinha ouvido tal expressão e despertou-me a curiosidade...

"Alma rasgada"????
Cada um tem a sua! Não me parece que seja possivel "rasgar" uma alma, ou ficar sem uma parte.... No entanto, enquanto taróloga, sempre ouvi dizer que o 1º baralho deveria ser oferecido, e isto aconteceu de facto comigo. O meu pai ofereceu-me o meu 1º baralho tinha eu 14 ou 15 anos. Fiquei feliz da vida. :) Agora, se assim não fosse, não acredito que iria ficar com uma alma "detiorada", "rasgada" ou "amolgada"... estou a levar para a brincadeira, como é evidente, com todo o respeito por quem o preferiu, mas gostava que explicassem melhor como isso é processado e qual o verdadeiro sentido da expressão.

Cumps. :)
:::Verinha Mágica:::

nem sempre é possível ter um baralho desta natureza oferecido, mas quando se compra um ou vários, há que "trabalhar sempre com o primeiro" que nos vem parar às mãos, e antes de iniciar esta arte há um ritual a ser cumprido.
Margarida
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

#12
Muito obrigada pela a ajuda de ambas :)

Olá! Sou novo aqui e fiquei agora com uma dúvida. Afirmaram que, se tivermos mais de um baralho, deveríamos trabalhar sempre com o primeiro.

Pois bem, tenho já há alguns anos um baralho cigano e já fiz diversas leituras por meio dele (estou "parado" há mais de dois anos, mais ainda sei bem como usá-lo!). Estava planejando adquirir um baralho de Tarot para estudos e aprendizado, mas agora fiquei com essa dúvida: posso adquirir o baralho de Tarot e usar ambos ou o fato de já ter um outro baralho, mesmo não sendo do mesmo tipo, pode prejudicar minhas leituras no segundo?

Gostaria de estudar o Tarot pois o mesmo é "mais completo" que o cigano, visto que lida com um maior número de símbolos e há um número maior de usuários com quem eu poderia conversar e tirar alguma dúvida.

Citação de: Margarida em 12 dezembro, 2011, 14:39
nem sempre é possível ter um baralho desta natureza oferecido, mas quando se compra um ou vários, há que "trabalhar sempre com o primeiro" que nos vem parar às mãos, e antes de iniciar esta arte há um ritual a ser cumprido.
Margarida
O ritual é passar o baralho por 7 ondas do mar e rezar uma oração?