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  • Desafio: Jogo das Quadras
    Iniciado por Margarida
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Eu não sou de futbois
Mas é uma malta tramada
Jogam 11 atrás da bola
O resto está na bancada


São todos uns magnatas
de dinheiro, quero dizer
O resto é tudo foleiro
Quase não sabem escrever


Vieram de pés descalços
Com camisinha poída
Hoje usam ouros e brilhantes
Aquilo é só boa vida!

Há quem esteja sentada
Toda a tarde descansada
À beira mar, de esplanada
Religiosamente, sem fazer nada.

Há os felizes engatatões
Dizendo piropos e outros palavrões...
Que bela vida têm estes trapalhões...
- "É que trabalhar, é só pra calões"!

As suas crianças em plena liberdade,
Destroem o que não é seu, é verdade
E desculpam-se os pais em igualdade...
- "São anjinhos! Não foi por maldade"...

Neste mundo ridículo, que vejo
Falo a Deus do meu desejo
Em que não os admiro nem invejo
Mas outra vida digna, eu ensejo
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Boa vida, vida boa
Quem a tem leva a melhor
Tudo em alto, todo em bom
Já lhes conheço o tom


Os finos, as tias e os afilhados
Viagens, almoços e roupa à borla
Em casa própria, enjeitados
Só podem fazer uma sorna


Como gatos pingados
Em dia de funeral
Encenam o seu papel
Ninguém deles diga mal


Parecem grandes damas e senhores
Mas de seu não têm nada
Falsos ricos sim senhor
è uma gente tramada

Tanta gente à espera
duma oportunidade
tanto que se desespera
em toda esta ansiedade.

Fichas há que preencher
dar toda a informação
para conseguir, obter
uma simples colocação

Cuida-se da apresentação
para a dita entrevista
a fim duma aprovação
com um emprego à vista.

Novos, menos jovens ali
em fila e alinhados
o que será de mim... de ti?
se não formos contratados?
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

#379
Num mundo de desespero
Porque não tentar a sorte?
Com tentativas falhadas
às vezes só resta a morte

Mas para os senhores Pançudos
Nada pode faltar
Empregos, empresas públicas
Nunca vão desesperar...

Saltitam do Governo para a PT
Ontem estavam na Assembleia
Hoje de barriga cheia
Perguntem a quem os vê

Galp, CGD, andam a saltitar
Quem quer empregos
Não tem de se esforçar
Se por político a vida iniciar

Com eles podemos aprender
Pitada aqui, pitada ali...
Não há como tentar
basta num partido entrar


Os cursos obtêm-se comprando
Ou prometendo favores
Os lugares vão-lhes chegando
Com alguns ramos de flores

Senhor doutor, engenheiro
Andam bem empertigados
Pois não lhes falta o dinheiro
E estão sempre empregados

Com favores e mordomias
Estão sempre bem recheados
Falam grosso e olham de soslaio
Como se fossemos seus empregados

Com uma vida assim tão boa
É só a vê-los correr
Quando se muda o governo
E o tacho se está a perder


Estou a ficar triste
afinal somos só nós os dois
a Sobrinhada não me assiste
como vai ser depois?

Vou ficar sem internet
e é já amanhã
vejo que tudo se repete
As quadras ficarão numa palavra vã...
Sou como sou, quem gosta, muito bem.
Quem não gosta, paciência!
Viva a liberdade de escolha!

Nada pois poderei fazer
Se os pequenos não chegarem
Sabe que nada posso colocar
Se no meio não escreverem


Assim, vamos ter
Quadras em férias
E a Margarida vai sofrer
Por nada aqui mais ver.

#382
Cheguei à pouco a casa
Depois de uma boa almoçarada.
A mousse de chocolate não faltou
Pois, louca por chocolate eu sou.

Enfim, retomando a chegada a casa
De tudo um bocado fiz
Logo, agora, estou rota e cansada
Mas, obrigado ninguém me diz.

Para quê cansar-me até mais não
Quando ninguém reconhece o trabalho feito?
Mais levar levar um sermão,
Nada fazer e quem sabe ir deitar-me no leito.
"Rise and rise again until lambs become lions." - Robin Hood (2010)

Bem-vinda a estes caminhos
Tão pouco procurados
Talvez com a barriga cheia
Eles fiquem mais desejados

Menina traquina e gulosa
Coma lá sempre uma mousse
Pois se é mui saborosa
Talvez outro apetite lhe aguce

Assim já tem forças para escrever
Estará com inspiração
Para poder colocar
O que lhe vai no coração

A Tia vai de vacances
E não poderá escrever
Em Abrantes será?
Não poderá ter outras chances?

Assim, tenho de ter parceiros
Para isto continuar
Vamos lá meninas
Venham aqui versejar


#384
Perdoem gente,ai que esqueci
De deixar por cá alguma mensagem
Para a quadras sem querer morri
Contudo aqui estou,nada de ter má imagem.

Ainda estou no trabalho
Contando as horas para ir descansar
Na hora de comer é que não falho
E após uma leitura irei dormitar.

Leio constantemente, mesmo a comer
O meu cérebro precisa de fantasia
Sem evasão sinto-me ensandecer
Gosto de sonhar noite e dia.

Ultimamente tenho andado longe de poesia
Não sei que se passa com minha escrita
Sem imaginação a vida fica vazia
Prejudicial esta preguiça maldita.

Já começo a sonhar com o Outono
Sentir o vento no rosto, divinal
Hibernar num longo e contemplativo sono
Contemplar as folhas caídas, num paraíso outonal.



#385
venho hoje cá eu
que de rastos estou
cansado de tanto trabalho
e para ferias eu não vou

desculpem esta ausencia
mas tenho muito trabalho
estraga a minha isencia
e o trabalho faz-me cheirar a alho ;D

nao tinha com que rimar
tive de alguma palavra ir buscar
nao me lembrei de rima para trabalho
tive de ir buscar o alho

;D ai que ainde com ele levo
por usar sem pensar
palavras palavrinhas
sou mais um burro á ca estar

sem ofensas a ninguém
apeteceu-me a todos picar
a palavra amém para rimar con ninguém
ai ai com o chinelo da tia vou levar ;D

Amén Luistorres pela tua participação
As tuas rimas não são más de todo
Agora só falta continuares a oração
E começar uma quadra que sirva como engodo.

Enquanto muitos vão à praia
Eu cá estou é a dormir
Com este calor como há quem saia
Fico é com vontdade de fugir.

Durmo de dia e vivo de noite
Excepto nos dias de descanso
Quando o cansaço dói como açoite
Adormeço como o pinheiro manso.



:) mais vale de dia dormir
a noite trabalhar
nela viver e sorrir
e de dia sonhar

O jogo das quadras está a morrer
Garanto que não sou eu a criminosa
Tanta gente por aqui passou
Cada rima, cada quadra maravilhosa.

Só me apetece ficar à janela
E contemplar a queda do orvalho
Chove nesta tarde tão bela
Sem este esplendor, nada valho.

Chove sem pressa, docemente
Lavando o verde que cobre o mundo
São lágrimas que caem, levemente
Numa cadência de um sono profundo.

Se houver no mundo perfeição
É a chuva que cai, sem destino
Num momento de pura evasão
Conforta a terra com seu beijo de velino.

Se um dia cessar de chover
O universo será estéril e pobre, vazio
Não desejarei estar presente para ver
A sobrevivência do mundo por um fio.

as quadras aqui não morrem
sao feitas com tanto fervor
pensamentos belos se veêm
com rimas de amor