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  • Hotel do Muxito, Cruz de Pau, Seixal
    Iniciado por ZéTubarão
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#45

ZeTubarão, eu e mais 2 amigos combinamos lá ir, somos da zona do "Laranjeiro" e arredores, se quiseres podemos combinar em ir um dia destes. Já estive a falar com eles sobre este "encontro" e eles concordam em ir.


Caro Zé Tubarão, segundo as regras do fórum não é permitido colocar duas mensagens seguidas, sempre que queiras alterar ou acrescentar algo carrega em modificar.

#47
Supostamente a zona assombrada é a da torre e não os quartos da piscina.

Tenham cuidado com os poços de elevador. Não têm qualquer sinalização e estão totalmente abertos. Tenham especial atenção  ao que está na entrada principal! As escadas que sobem desse lado rodeiam o poço do elevador, por isso, quando chegarem a cada um dos pisos não dobrem logo a esquina senão caem! o poço do elevador na zona oposta foi onde morreu o outro rapaz.

Pessoalmente digo, uma vez mais, que não sinto absolutamente nada quando lá estou. É apenas um hotel abandonado.
He was met at the gate of Hades
By the Guardian of the Lost Souls
The Keeper of the Unavenged

#48

Eu tive conhecimento que tinha morrido lá uma pessoa, mas não fazia a mínima ideia que tinha sido no poço do elevador.. fico agradecido por me ter dado esse conhecimento.

iBioz, pode-se combinar lá ir, através de mensagens pessoais, ver se nos "calha" alguma coisa.
Temos de ter bastante atenção á degradação do hotel.

#50
Citação de: ZéTubarão em 03 outubro, 2012, 19:02
iBioz, pode-se combinar lá ir, através de mensagens pessoais, ver se nos "calha" alguma coisa.
Temos de ter bastante atenção á degradação do hotel.

Não dando para modificar a ultima mensagem, citei a dita e espero que não seja mal interpretado.

Aqui vai mais um bocado da história deste local:



No dia 7 de Março de 1975, um grupo de elementos da FSP e da LUAR, acompanhado por dezenas de populares, decidiu ocupar o hotel Muxito, no Seixal, para aí instalar serviços de apoio social. 25 anos depois, Vítor Brito, elemento da LUAR que encabeçou a ocupação, fala em obra social feita mas também no acolhimento, naquelas instalações, de forças da extrema esquerda que se precaviam contra as movimentações da direita. Durante algum tempo, o Muxito foi considerado a base das forças esquerdistas e era lá que se treinavam os tiros e o uso das armas. Até que, segundo conta Vítor Brito, o armamento desviado, caiu em mãos menos próprias e o caso deu para o torto. Dos objectivos que o moviam então, restam apenas os sonhos de um país melhor.

Setúbal na Rede - Onde é que estava no dia 7 de Março de 1975?

Vítor Brito - Estava no Seixal, a preparar-me para a ocupação do hotel Muxito que ocorreu pouco depois da hora do almoço. As coisas correram sem grandes problemas, nós chegámos, abrimos as portas e avisámos a Escola de Fuzileiros que o hotel ia ser ocupado. O hotel tinha um encarregado, um guarda fiscal reformado, que dizia que não ganhava nada com aquilo mas representava os interesses da proprietária. Com essa proprietária ninguém conseguiu falar durante o processo, apesar dos esforços que foram
feitos no sentido de avisar os donos de que o hotel ia ser ocupado.

SR - Como é que surgiu a decisão de ocupar o hotel?

VB - Aquele espaço tinha imensas potencialidades para utilização comunitária e, inclusivamente, mais tarde, passou a funcionar lá a CERCISA que abrangia os concelhos de Almada e do Seixal e apoiava os cidadãos deficientes. Isso para além de muitos outros serviços que lá foram instalados. Ora, um edifício com aquele potencial estava completamente abandonado e degradado. Na altura dizia-se que já estava fechado há pelo menos 15 anos. A partir da constatação da existência daquele espaço, surgiu a ideia de o ocupar para criarmos um espaço de utilização social.

SR - De quem é que partiu a ideia?

VB - Não posso precisar de quem partiu a ideia, já lá vão muitos anos e por isso não me lembro com certezas. No entanto sei que foi uma tomada de posição da FSP que esteve connosco, da LUAR, a preparar as coisas. No dia seguinte ultimámos os pormenores e quando se juntou um número suficiente de pessoas decidimos ocupar o hotel.

SR - Quando foi decidida a ocupação, já havia uma ideia do que se podia fazer naquelas instalações?

VB - Conhecíamos bem o potencial do hotel e tínhamos ideias concretas para aquele espaço. Umas concretizaram-se e outras não. Depois da ocupação foi criada uma comissão, da qual eu já não fiz parte, para tentar gerir aquilo. As utilizações que se tornaram mais conhecidas foi a CERCISA e um campo de apoio aos artistas de circo. Havia um infantário e a piscina esteve aberta, tentou criar-se cantinas que pudessem servir refeições a preços baixos e havia a ideia de abrir o hotel a um turismo popular mas isso não funcionou. Havia mesmo quem quisesse transformar o espaço numa zona de reserva das forças de esquerda para o caso de se verificarem problemas graves.

SR - O Muxito chegou também a ser a base do sistema criado na altura, para a ligação entre a cidade e o campo?

VB - Nem vale a pena falar nisso, pois foi uma daquelas partes tristes da revolução. Parece que chegaram a vender-se lá coisas e que depois não deram o dinheiro às pessoas que as levavam, houve uma grande confusão a esse respeito. A ligação cidade/campo era, de facto, um projecto da revolução mas no concreto e nessa fase já não se estava a pensar nisso. O que havia era um boicote intencional ao transporte dos produtos do campo, nomeadamente do Alentejo, e o que se tentava romper era essa incapacidade de tornar os produtos rentáveis.
Ou seja, o que tinha acontecido era que todo o sector intermediário tinha deixado de funcionar ou então não queria funcionar. Era um fenómeno nacional, uma vez que também se verificava no norte do país. Portanto, a intenção de transformar o Muxito na base do sistema de ligação cidade/campo não chegou a passar de uma intenção porque haviam dificuldades de toda a ordem. Não com a má intenção das pessoas de ficarem com o dinheiro dos outros mas sim porque era tudo muito confuso e, às tantas, se houvesse um menos honesto no meio daquilo as coisas ficavam todas baralhadas.

SR - Como é funcionava esse sistema?

VB - Muitas vezes os produtos eram trazidos pelos militares, outras vezes saiam produtos daqui para outros sítios. Não havia uma personalização destas tarefas, as coisas funcionavam de acordo com as nossas possibilidades e com a disponibilidade dos militares. Foi uma experiência muito significativa e uma muito boa intenção mas ficou-se por aqui.

SR - Durante a ocupação, chegou a verificar-se a tentativa de maior protagonismo por parte de alguma força política?

VB - O número de que se fala, de forças intervenientes na ocupação, só pode ter essa justificação. Se depois do 25 de Novembro fosse perguntar a essas pessoas se lá estiveram elas diziam logo que não. Para além disso, alguns indivíduos que lá estiveram e cujos nomes não revelo por uma questão de ética, acabaram por desencadear acções marginais e tiveram muitos problemas com isso. Não me refiro ao PRP nem às FP mas sim a indivíduos que, podendo aparentemente estar ligados a forças de extrema esquerda, não significavam nada e eram apenas presenças.
Na altura existia muito nervosismo à esquerda e alguns destes indivíduos começaram a usar os materiais que lhes tinham sido entregues para assegurar a revolução. Ou seja, as armas acabaram por ir parar a mãos menos indicadas. Foi muito difícil recuperá-las e nalguns casos foi mesmo impossível. Mas que fique também claro que, quem as distribuiu queria mesmo ser responsável porque as armas eram destinadas à defesa das pessoas e não para atacar.


SR - As armas foram distribuídas a mando de quem?

VB - Não me lembro bem mas acho que foi através do capitão Fernandes, naquele processo da entrega de armas ao povo. Algumas desapareceram e outras devem ainda estar enterradas. Aqui, alguns indivíduos tiveram práticas pouco coerentes com o que se pretendia inicialmente. Estamos a falar de um espaço enorme, pouco iluminado e onde as pessoas tinham que permanecer durante a noite. Esta também é uma justificação para a existência de armas.

Por outro lado, alguns 'negociantes' que periodicamente provocavam incidentes por estarem habituados a andar por lá à vontade, a partir de determinada altura começaram a ter mais dificuldades de andar por ali e isso tornou-os muito mais agressivos. Então as pessoas tinham que se defender. Não quero tirar as culpas a quem as teve mas as coisas foram assim mesmo.

SR - O Muxito chegou mesmo a ser uma espécie de quartel general das forças de esquerda?

VB - Sim, havia uns treinos com armas e o pessoal a aprender a dar tiros. Na altura era importante a esquerda sentir-se unida e preparada porque estávamos todos aterrorizados com as questões da direita, do ELP e da insegurança que se vivia. Depois, as campanhas do PCP não ajudaram muito nessa altura e a questão era quem ia fazer o quê. As imagens do terror do Chile estavam muito próximas, éramos todos muito novinhos e poucos de nós éramos informados em termos políticos e históricos.
Na altura eu era aluno de História na Faculdade de Letras, mas o problema era que a História que tinha aprendido até então não me servia de grande coisa. Acima de tudo, as pessoas tinham medo e estavam convencidas de que as coisas poderia retroceder. Veio o Verão Quente e parece que as pessoas tiveram mesmo razão

SR - Que consequências teve o 25 de Novembro para o Muxito?

VB - Quem chegasse aqui no dia seguinte ia encontrar uma enorme quantidade de material abandonado e o Muxito deserto. Nos dias seguintes a CERCISA e o infantário voltaram a funcionar mas as coisas nunca mais voltaram a ser como antes. Eu continuei ligado por mais algum tempo porque era professor da CERCISA e pude assistir a todo este percurso.

Ou seja, o hotel acabou por ser desocupado à pressa no 25 de Novembro de 1975 porque, entretanto, como ninguém teve cuidado com coisa nenhuma aquilo estava mais que cheio de miúdos da extrema direita. Mais tarde, a cooperativa foi transferida para um outro local, através da Câmara do Seixal, e o infantário foi transferido através de um acordo com a proprietária do Muxito. O hotel foi entregue à dona já perto da década de 80 e ainda hoje está abandonado.

Fonte: VNN Forum -"Visita de Estudo" (Industria Portuguesa)

Gostaria de saber se alguém tem mais informações deste local. Vi numa página do facebook dum programa da fatima lopes em que uma mulher diz que aquilo está assombrado:

Fátima Lopes - A Tarde é Sua • 77.653 curtiram isso
9 de Julho às 08:15 •
•   Ruídos estranhos, objetos que mudam de lugar e edifícios que são habitados por pessoas que já morreram... Portugal está recheado de casas assombradas! Conheça o livro "Histórias de um Portugal Assombrado" onde poderá encontrar relatos e casos de assombrações do nosso país.
3Curtir • Comentar
o   Aurea Da Visitação M, Carla Testa, Paula Marques e outras 24 pessoas curtiram isso.
o   Exibir todos os 13 comentários
o   
Rafael Martins fala tambem dos diplomas fantasmas da lusofona:P
9 de Julho às 08:16 • 4
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Elsa Natália Francisco heheheVer tradução
9 de Julho às 08:17
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Viviana Ferreira Excelente Livro!!!
9 de Julho às 08:18
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Maria Joao Rocha Temos de ter medo é dos vivos......porque os mortos e os fantasmas (estes últimos se é que existem??) não fazem mal a ninguém !!!!
9 de Julho às 08:19 • 2
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Catarina Pereira Gaito sim eu acredito pro que no seixal no muxito antigo hotel ultimo andar ainda hoje se ouve ruidos passos e voz ainda tem protas entatas...
9 de Julho às 08:19 • 1
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Jorge Marmelo Rodriguez fatima tou te a ver na tv quero te dizer ke estas mt bonita hoje
9 de Julho às 08:24
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Jorge Marmelo Rodriguez tou a espera fatima
9 de Julho às 08:25
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Maria Videira boa .... :))
9 de Julho às 08:33
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Sónia Pinto As pessoas que dizem que devemos só ter medo dos vivos é pq nunca viveram uma situação dessas, pq se não, não diziam isso!
9 de Julho às 08:37 • 2
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Maria Portela Eu acredito em paranormal e temos de respeitar que acredita que existem. Mais um livro que vou adquirir mal possa comprar.
9 de Julho às 09:00 • 1
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Antonio Soberano tambem o quero adquirir
9 de Julho às 09:31

Fonte: Fátima lopes - A Tarde é Sua (página facebook)

Obrigado.

Ligeia
Qual a fonte da postagem, ZéTubarão?

#52
Boas tardes, gostava de saber a historia deste hotel, ando a preparar uma investigação.

Para quem quer investigar andas um pouco distraído... Tens óptimos posts neste tópico que te contam a história do local. Se calhar seria um bom começo...

Vai estrear um filme no cinema filmado no local!
http://www.imdb.com/title/tt2043971/?ref_=sr_1

É um filme de scifi, com o Rutger Hauer e com um misto de actores nacionais e estrangeiros. A realização está ao cargo do produtor Tino Navarro...  :o
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The Keeper of the Unavenged

#54
Boas, estou interessado em entrar nesta equipe. Estou a começar agora e preciso de pessoas com mais experiência para acompanhar. Sou da Quinta do Conde.

#55
Hoje por acaso fui passear para estes lados e lembrei-me logo de ir visitar o Hotel do Muxito. Pena que já era de noite e eu não tinha uma lanterna, que me dava grande jeito para ver alguma coisa. Como disse, já era de noite e não passei da entrada, onde do lado direito estão algumas das vivendas, mas estava uma corrente na entrada para não deixar passear. >:( Eu pensava que o complexo dava para entrar e explorar com o carro. Não sabia que tinha que se fazer tudo a pé. :-\
Agora, ao fazer alguma pesquisa na net, encontrei este vídeo que tem muitas fotos dos seus tempos áureos, bem como do seu estado actual. Como não o encontrei neste tópico, vou postar aqui, ok. Espero te-lo colocado bem.

http://http://www.youtube.com/watch?v=ONL8gitdVmw
"Everybody Lies." House M.D.
There's no such thing as too late! That's why they invented death!

Esta bonita imagem que foi tirada nesse Hotel, é considerada Arte Fotográfica, pois eu também sou Artista de Fotografia e esta imagem chamou-me muita atenção pela beleza que têm, apesar de estar neste estado o Hotel.
O Actor é desconhecido o da foto, encontrei-a no Google Imagens.
Por vezes nós como artistas de Fotografia gostamos muito de apostar em edifícios abandonados, mas eu sou mais pela Natureza e Paisagens, se bem que numa das fotos já vi algo do estranho mas sinceramente nem liguei para aquilo.  ;)

Rui Márcio

BlackMiau
Citação de: DinoFunny em 22 março, 2014, 14:52
O Actor é desconhecido o da foto, encontrei-a no Google Imagens.

O autor da foto é o autor do blog Ruin'arte. A foto vem ligada ao post, bastava ter atenção...