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  • Trabalho num Forte que eu creio que esteja assombrado
    Iniciado por Titusca
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Boa Noite a todos!
Gostaria de relatar algumas experiências "inusitadas" que tenho vivenciado nos últimos tempos.
Eu trabalho na área de vigilância e foi destacada para ir trabalhar para o Forte de Santo António da Barra - Estoril (na decorrência de um evento e ali permaneci visto que, gostaram da minha prestação e do meu trabalho).

Breve descrição acerca do Forte:
O Forte de Santo António da Barra, foi a residência sazonal de António de Oliveira Salazar. Local que o mesmo elegeu para passar a temporada de verão.
Ocorrendo, a 3 de agosto de 1968, a célebre queda da cadeira, que o condicionou física e intelectualmente e lhe ditou a morte dois anos depois.
O Forte, também foi a Casa de Verão das meninas do Instituto de Odivelas (até 2015 - altura em que encerrou).
Consta que a edificação foi construída em 1590 por ordem de D. Filipe I e mandada ampliar por D. João IV em 1643.
Durante a ocupação filipina, teve um papel relevante no âmbito da Restauração da Independência (1640), constituindo um ponto importante do sistema de defesa marítima de Lisboa.
Esta Fortaleza militar, esteve ao abandono por muitos anos, abrigando pessoas mais desfavorecidas. Estava num estado totalmente decrépito, muitos dos espaços foram vandalizados.
Posteriormente (2018), foi entregue pelo Ministério da Defesa à Câmara Municipal de Cascais, que procedeu à recuperação do forte. E por um período de 50 anos, vão ali ser desenvolvidas obras de fundo e implementado o Museu da Mar e da Língua, devolvendo ao forte a dignidade que merece e colocando-o ao serviço dos cidadãos.

Num primeiro momento, eu fiquei bastante entusiasmada por trabalhar num local tão enigmático e simbólico.
Mas com o decorrer dos meses, fui testemunhando coisas muito esquisitas.
Desde, falhas de energia sem motivo aparente sendo que as obras são muito recentes. Tivemos que chamar dois eletricistas para averiguar o que se estaria a passar e as palavras que um dos senhores proferiu descreve com exactidão os meus pensamentos, toda a minha análise desta situação: "Isto parece que tem vida própria"
Ambos se indagaram e acharam muito estranha toda aquela situação.
Outras ocorrências:
- Pombos que são encontrados sem cabeça;
- Bandos de corvos (algo muito incomum  de se ver num local pouco propício para a permanência destas aves);
- Uma tentativa  de suicídio;
- Cobras que aparecem e desaparecem misteriosamente;
- Um homem que escorregou das escadas e foi levado de imediato para o hospital mas infelizmente, não resistiu. O senhor era um engenheiro que estava a acompanhar as obras de reabilitação do forte (foi-me dito pelos meus colegas).

Eu já ouvi murmúrios e risadas "abafadas", já me senti observada inúmeras vezes. Já fiquei totalmente arrepiada, desconfortável, sonolenta e com um enorme peso nos ombros e nas costas. As "bruscas" mudanças de temperatura também são muito recorrentes ao circular pelos diferentes espaços.
Eu ando sempre com uma medalha de proteção de São Bento (ao peito) e uma turmalina negra (no bolso). E faço banhos de sal grosso.
Como tenho que abrir e fechar as portas das salas de exposições, fazer rondas por todo o perímetro,  ir ao escritório de Salazar sempre que me pedem (e sendo que é algo que faço sozinha na grande maioria das vezes), eu confesso que não é uma tarefa muito agradável.
É no escritório de Salazar que se sente um peso muito grande, uma energia muito pesada (não preciso de me aprofundar  no assunto). Foi uma das figuras mais desprezíveis, odiadas do nosso País. É óbvio que nem o tempo, ameniza todo o mal que ele originou e que ficou enraizado.
É um tema muito contraditório, há quem o idolatre e quem o odeie de morte! Falo por experiência própria, de todas as pessoas que me abordam e acabam por partilhar as suas histórias, vivências dessa época.
Eu estive a fazer umas pesquisas e acho muito estranho, não citarem o Forte de Santo António da Barra quando se trata de locais assombrados.
Já houve quem me dissesse, que possivelmente já prenderam e torturaram muitas pessoas naquele local (no período das lutas liberais).
Certa vez, eu estava a desligar o quadro geral e a preparar-me para fechar as portas, quando ouço no piso de cima os móveis a moverem-se, e alguns estalidos.
Nem ousei ir ver o que era.
O som vinha precisamente do escritório de Salazar. Que tem estado permanentemente fechado visto que, estão a restaurar os móveis.
Alguns dias depois, eu vim a constatar que a porta do louceiro que está no escritório de Salazar e que eu já tinha visto no chão, não foi deixada nesse sítio intencionalmente.
A senhora responsável pelo restauro da mobília também se questionou como é que aquilo foi parar ao chão, ficou perplexa.
Quem entra no escritório, são somente as pessoas que estão autorizadas. E todas elas sabem que são peças valiosas, de valor inestimável e que não se pode mexer em absolutamente nada.
Por isso, não se consegue perceber o que terá ocorrido.

Para finalizar:
Uma coisa é certa, até agora só tenho sentido algumas presenças incómodas, mas no dia em que eu vir alguma coisa, farei questão de pedir para mudar de posto.
Sem qualquer dúvida!



Carina Ferreira