Como cobrar por trabalho espiritual

Aqui, como no resto das coisas na vida o consenso e a honestidade devem determinar as ações.
Muitas pessoas, quando começam a fazer trabalho espiritual têm dificuldades em cobrar e quando cobrar.
Não querendo impor os meus métodos como verdade nem querendo fazer escola nem dar lições, venho partilhar o meu modelo de cobrança no sentido de poder ser útil enquanto elemento de comparação e eventualmente facilitar a vida a quem está a começar neste difícil ofício de curandeiro, bruxo, mestre de ocultismo, curador ou se quiserem consultor espiritual.
A fórmula que encontrei para de forma objectiva valorizar o meu trabalho, foi fazer um cálculo de valor/hora. É baseado neste padrão que cobro as consultas e o apoio que dou.  As minhas consultas têm um valor porque funcionam sobre um guião.
Primeiro vejo sobre a saúde física.
Depois vejo sobre a vida profissional e financeira.
A seguir faço uma leitura sobre emoções e relacionamentos.
Para terminar está fase analiso as questões espirituais pendentes da pessoa que está a ser consultada.
Na fase seguinte, entramos nas perguntas diretas em que a pessoa que está na consulta levanta as questões que entender.
Normalmente uma consulta tem a duração de uma hora, uma hora e meia. E para este tempo de trabalho tenho um valor definido. Mais baixo se for em video chamada, um bocadinho mais elevado se for presencial pelos custos acrescidos e pelo trabalho de passes de descarrego que sempre acontecem nas consultas presenciais.
Após a consulta, e uma vez manifestado o interesse da pessoa em fazer algum trabalho específico, vou fazer a análise prévia.
Esta análise prévia, que não é cobrada, é um estudo que faço percebendo se é possível ajudar a pessoa naquilo que pretende, se é de bem fazê-lo e se será de sucessos. Nesta análise identifico quem de entre os Espíritos da Casa vai ajudar e como. É aqui que identifico qual o trabalho a fazer e quais os custos envolvidos em termos de horas de trabalho e materiais.
No que diz à cobrança dos trabalhos espirituais com fins específicos, o conceito é o mesmo: estabeleço um valor hora e é em função do número de horas que um trabalho envolve que faço o meu preço.
Para ser claro para quem paga, descrevo sempre todas as despesas envolvidas.  Valor do trabalho, deslocações e materiais.
No caso dos materiais dou sempre a opção de ser a pessoa que está a pedir o trabalho de trazer os materiais envolvidos.
Claro que para fazer qualquer tipo de trabalho, tem de haver sempre uma consulta prévia.
Trabalhando e cobrando assim com clareza, não só estou confortável quando apresento o preço, tal como a pessoa que me contacta, está esclarecido sobre o que está a pagar e porque.
Quanto a tempos de cobranças, cobro antes de fazer o trabalho, no dia em que for comprar os materiais.
Em casos que os clientes tem dificuldades em pagar tudo de uma vez, se puder facilito. Não me preocupo com atrasos nos pagamentos, porque sei que os espíritos da casa, fazem por mim as cobranças mais difíceis.
...
Mais uma vez digo que este texto não pretende ser uma lição, antes a partilha de um modelo no sentido de facilitar quem está a começar agora.
...
Fiquem bem
Fiquem em paz

Na minha tradição cobramos um valor justo,  incluindo tempo, estudo, material (quando é necessário ).

O primeiro paço para um valor justo (segundo a minha tradição) é de perguntar ao principal interessado qual o valor que dá a sua cura, depois podemos ou não estar de acordo, e fazemos consoante sentimos (pelo valor indicado pelo principal interessado, mas, ou menos caro, etc)

Um dos grandes tabus... Vemos pessoas a levar 10€ e outras a levar 100€ pelo mesmo trabalho. Acho que descredibiliza bastante quem faz esses trabalhos. A minha avó não levava nada por ver o mau olhado. As pessoas davam o que queriam... Dark respeito a tua opinião, mas não concordo. Perguntar isso a alguém é o mesmo que os vendedores dos pacotes de crioconservação das células estaminais perguntarem: "Quanto vale a vida do seu filho?" 

Um dos grandes tabus... Vemos pessoas a levar 10€ e outras a levar 100€ pelo mesmo trabalho. Acho que descredibiliza bastante quem faz esses trabalhos. A minha avó não levava nada por ver o mau olhado. As pessoas davam o que queriam... Dark respeito a tua opinião, mas não concordo. Perguntar isso a alguém é o mesmo que os vendedores dos pacotes de crioconservação das células estaminais perguntarem: "Quanto vale a vida do seu filho?" 

Entendo o teu ponto de vista. Tens de ver outra coisa também: não vais ao médico com o braço partido a reclamar aspirinas (que não vão servir de nada), o médico sabe melhor do que tu (paciente) do que precisas.

Porque irias ao "médico oculto" e exigir um reiki se o que precisas é chapadas na tromba? (maioria das minhas terapias acabam assim[sentido figurativo]).

No caso que referes, sabem-se já antes que há encargos, material, conservação etc.

O que refiro é como ir ao psicólogo e ele te pergunta ao quanto estimas  o seu trabalho.

Os donativos muitas vezes são superiores a preços fixados.

Têm ambos razão nos vossos argumentos. Por isso estabeleci um valor pelo meu trabalho a hora e tento ser o mais objectivo e rigoroso no cálculo para que não seja nem prejudicado no preço, nem estar a fazer especulação sobre a necessidade de ajuda da pessoa que me procura.

Têm ambos razão nos vossos argumentos. Por isso estabeleci um valor pelo meu trabalho a hora e tento ser o mais objectivo e rigoroso no cálculo para que não seja nem prejudicado no preço, nem estar a fazer especulação sobre a necessidade de ajuda da pessoa que me procura.

Exatamente isso Mestre. Muitas vezes há pessoas que se aproveitam do estado econômico de quem as procura. Mas não só neste ramo. Por exemplo, faz lembrar aquele barbeiro que levou um valor absurdo para cortar o cabelo ao Cristiano Ronaldo. Como sabia que ele podia pagar... Concordo com o Dark no aspecto que por vezes as ofertas são superiores aos "preços" quem dá de boa vontade geralmente dá mais... Numa igreja evangélica que frequentei o Pastor vinha com a conversa do dízimo, claro que na altura (crise que tivemos com a entrada da Troika) nem toda a gente podia dar os 10%. Um dia o pastor mudou o discurso e começou a dizer para as pessoas doarem o que "Deus lhes mete-se no coração para doar". Quem tinha mais começou a dar muito mais que os 10% do dízimo e quem não tinha tanto para dar, não dava...

O grande problema no nosso tempo, é que ninguém percebe que o dinheiro não passa de um meio, e não de uma finalidade.

Explico-me: "tu" não queres os 5€, tu queres o hamburger que vale 5€. Não queres 120€ por semana, preferes ter a tua netflix.

Contrariamente ao que se pensa, muito facilmente se aceita kilos de batatas, ovos, ou frangos, ou outros serviços em contrapartida.