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  • A moral de cada um
    Iniciado por F.Leite
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É costume dizer-mos que os humanos são seres cheios de defeitos. Mas será que temos mesmo defeitos ou cada um em si mesmo é a mais perfeita obra da criação?

Nós consideramos defeito tudo aquilo que um indivíduo faz, diz ou pratica, que nos possa de alguma forma prejudicar. Mas será que isso é mesmo um defeito?

Peguemos nesse indivíduo cheio de defeitos e coloque-mo-lo num mundo em que só ele vive e então vê-mos que todos os defeitos que lhe atribuímos, simplesmente desaparecem. Nesse mundo só seu, o indivíduo em questão não consegue fazer dano algum a ninguém. Terá uma experiência de vida em que o mal ou o bem que daí resultar para si mesmo, será a sua experiência de vida. Nesse seu mundo será o ser humano perfeito, tal como tudo o resto que a natureza produz.

As imperfeições só surgem quando esse mesmo ser humano é trazido para a vida em sociedade, pois ao confrontar-se com a mesma perfeição individual de todos os restantes dá-se o choque das diferenças e a perfeição de uns passa a ser defeito para outros. A imperfeição que vemos nos outros não é mais do que aquilo que os outros fazem e que interfere no nosso bem estar criando-nos desconforto.

Todo o ser humano é perfeito até ao momento em que tomamos conhecimento dos seus atos e os comparamos com as nossas próprias ações. O bem e o mal, são por isso mesmo, definições individuais do que consideramos ser o melhor para cada um de nós e não propriamente para a sociedade em que vivemos. Por isso mesmo foram criadas as leis que pretendem conformizar toda uma série de comportamentos que visam estabelecer o bem estar comum. Mas daí a dizer-se que os seres humanos são imperfeitos vai um grande passo.

A moral passou a ser a medida com que avaliamos a forma de um indivíduo se relacionar na sociedade, mas a moral em si mesma não muda nada nem ninguém ois é somente um rotulo ou etiqueta. O necessário mesmo será moldar o mundo de cada um de forma a sentir-se membro da sociedade e não um caso à parte onde só os direitos imperam. A perfeição de cada um de nós é tal, que isso seria possível se esse tipo de respeito fosse ensinado logo desde tenra infância.

A natureza criou-nos de forma a podermos moldar a nossa própria personalidade, mais precisamente, criou-nos de forma a que a nossa personalidade seja moldada de acordo com o que aprendemos durante a nossa juventude. Todas as experiências e os seus resultados, sejam eles bons ou maus, irão no futuro ditar a forma de nos comportar-mos.

Temos contudo uma característica individual e única a ter em conta. Nem todos nascemos para mandar ou para ser guerreiros.

Se observar-mos bem, vemos que há pessoas que por natureza não têm espírito de iniciativa, embora sejam capazes de cumprir tarefas bem difíceis. Outros que têm um intimo belicista e em quem o medo parece não existir. Outros ainda que têm uma propensão natural para arregimentar multidões à sua volta e tornarem-se lideres. São pessoas que embora possam ser boas ou más, segundo a nossa forma moral de qualificação, não conseguem superar facilmente a característica da personalidade que as define.

A natureza teve o cuidado de nos fazer diferentes nesses aspectos, pois para viver em sociedade, é necessário haver quem a organize, quem a defenda e quem obedeça. Sem essas características individuais a sociedade nunca se aguentaria.

Evolução moral é boa e necessária para a vivência em sociedade, mas deve ser ensinada desde cedo e sempre tendo em conta as características individuais, pois exigir-se a uma criança o que ela não pode dar, será criar um adulto inconformado com a sua vida e por isso predisposto para a revolta contra o bem estar dos restantes.

Quanto menos traumas uma criança viver melhor aceitará a sociedade em que se inserir e mais facilmente aceitará as regras morais dessa mesma sociedade.

Cabe-nos a nós criar uma sociedade assim pois o futuro será construído pelos nossos descendentes.

A natureza na sua perfeição fez-nos também perfeitos, tão perfeitos que nos deu a capacidade de adaptação. Precisamos sim é de aprender a utilizar as nossas capacidades para aquilo que foram criadas e não as desvirtuar de acordo com as conveniências e os benefícios pessoais.

Somos perfeitamente imperfeitos :)
Acho que é um pouco de tudo, questão de adaptação, relatividade, de evolução, talvez no ponto de equilibrio se consiga estar mais perto daquilo que a nossa mente entende por " perfeição " nem 8 nem 80 para nada desta vida. Ate o dia precisa de umas horas nocturnas para ser dia...ou num sítio onde só haja luz, também nada se veria sem alguma forma de penumbra, demasiada luz ofusca como acontece com 2 carros à noite com os máximos ligados ao mesmo tempo.
Se eu antes via muitos defeitos nas pessoas, o involuído era eu, à medida que ia entendendo e crescendo, os " defeitos " não me incomodavam mais ao ponto de não serem mais defeitos, mas feitios, hoje no fundo talvez não consiga ver mais defeitos em ninguém, todos nos estamos evoluindo para um mesmo objectivo, uma mesma meta, só os caminhos é que se tornam diferentes em cada um de nos, ou como aquela frase " todos os caminhos vão ter a Roma " então defeito perde quase o sentido da palavra, mas evolução cada um ao seu ritmo, cada um no caminho que decide trilhar, e no fundo no fundo, problemas, doenças, defeitos e outras coisas negativas, só as entendem que realmente passou ou passa por elas, elas podem ser o caminho embora que desagradável para as nossas virtudes surgirem , há uma coisa chamada de amor, e essa talvez seja a unica coisa objectivamente perfeita que temos ao alcance aqui na terra, talvez por não ser algo criado pelo homem, mas por algo divino ou maior que nos mesmos, enquanto o homem comum procura o amor através do apego analisando defeitos e virtudes na outra pessoa ( eu também o faço ainda por vezes, seria hipócrita dizer que não ) mas o homem e mulher já mais evoluídos tanto aceita o belo como o feio, o bom como o mau, isso é o amor verdadeiro, talvez seja essa a meta da real perfeição do ser humano...quem sabe ?
bem divaguei um pouco...mas excelente artigo, tal como outros mais que nos traz.
A psicologia é um grão de areia. A espiritualidade a praia inteira.