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  • Conversas Contigo XIV - A Cruz e o pecado
    Iniciado por César Pedrosa
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(A crucificação não era uma forma judaica de punição. Tanto os gregos quanto os romanos aprenderam esse método de execução com os fenícios. Mesmo Herodes, com toda a sua crueldade, não recorreu à crucificação. Os romanos nunca crucificaram um cidadão romano; apenas os escravos e os povos subjugados eram submetidos a esse modo desonroso de morte.
Durante o sitiamento de Jerusalém, exactamente quarenta anos depois da crucificação de Jesus, todo o Gólgota esteve coberto por milhares e milhares de cruzes nas quais, dia a dia, a flor da raça judaica pereceu. De facto foi uma colheita terrível pelo que se semeou nesse dia.)

Não há nenhuma relação directa entre a morte de Jesus e a Páscoa judaica. Verdade é que o Mestre entregou a sua vida na carne nesse dia, o Dia da Preparação para a Páscoa judaica, e por volta da hora do sacrifício dos cordeiros da Páscoa no templo. Mas a coincidência desses acontecimentos de nenhuma maneira indica que a morte do Filho do Homem na Terra tenha qualquer ligação com o sistema de sacrifícios dos judeus. Jesus era um judeu, e como Filho do Homem ele era um mortal dos reinos. Os acontecimentos já narrados, que conduziram a esse momento da crucificação iminente do Mestre, são suficientes para indicar que a sua morte por volta desse momento foi uma questão natural e manipulada pelos homens. Foi o homem, e não Deus, que planejou e executou a morte de Jesus na cruz. A verdade é que o Pai recusou-se a interferir na marcha dos acontecimentos humanos na Terra, mas o Pai não decretou, nem exigiu ou solicitou a morte do seu Filho como foi executada na Terra. É um facto que, de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde, Jesus teria tido que se despojar do corpo mortal, da sua encarnação nessa carne, mas ele poderia ter cumprido essa tarefa de inúmeros modos, sem que fosse necessário morrer numa cruz entre dois ladrões. Tudo isso foi um feito do homem, não de Deus. Na época do baptismo do Mestre, ele já havia concluído a técnica da experiência exigida na Terra e na carne, necessária para completar a sua sétima e última auto-outorga no universo. Nessa mesma época o dever de Jesus na Terra estava já cumprido. Daí em diante toda a vida que ele viveu e mesmo o modo da sua morte foram uma ministração puramente pessoal da sua parte para o bem-estar e para a elevação das suas criaturas mortais neste mundo.
O evangelho das boas-novas, de que o homem mortal pode, pela fé, tornar-se consciente espiritualmente de que é um filho de Deus, não depende em nada da morte de Jesus. É bem verdade, de facto, que todo esse evangelho do Reino foi imensamente iluminado pela morte do Mestre, no entanto foi muito mais iluminado pela sua vida. Tudo que o Filho do Homem disse ou fez na Terra embelezou grandemente as doutrinas da filiação a Deus e da fraternidade dos homens, mas essas relações essenciais entre Deus e os homens são inerentes aos factos universais do amor de Deus pelas suas criaturas e à misericórdia
inata do Filho divino. Essas relações tocantes e divinamente belas, entre o homem e o seu Criador. O Pai no céu amava os homens mortais na Terra antes da vida e da morte de Jesus, tanto quanto ele ama depois dessa demonstração transcendental de co-participação entre o homem e Deus. Essa transação poderosa da encarnação de Deus , como um homem, não poderia aumentar os atributos do Pai eterno, infinito e universal, mas enriqueceu e iluminou a todos. Conquanto não há de ser por isso que o Pai do céu em nada mais nos amaria, é, todavia, em vista dessa autodoação de Jesus que todas as outras inteligências celestes nos amam mais. E isso é assim porque Jesus não apenas fez uma revelação de Deus para o homem, mas porque, do mesmo modo, ele fez uma nova revelação do homem a Deus e às inteligências celestes do universo dos universos. Jesus não esteve na iminência de morrer num sacrifício pelo pecado. Ele não iria expiar a culpa moral inata da raça humana. A humanidade não tem uma culpa racial perante Deus. O pecado e a rebelião nada têm a ver com o plano fundamental das auto-outorgas para o Filho do Paraíso de Deus, embora pareça a nós que o plano de salvação seja um aspecto provisional do
plano das auto-outorgas. A salvação dada por Deus aos mortais  teria sido tão efectiva e inequivocamente segura se Jesus não tivesse sido levado à morte pelas mãos cruéis de mortais ignorantes. Se o Mestre tivesse sido favoravelmente recebido pelos mortais da Terra e se tivesse partido por meio da renúncia voluntária da sua vida na carne, o facto do amor de Deus e da misericórdia do Filho – o facto da filiação a Deus – não teria, de nenhum modo, sido afectado. Vós mortais sois filhos de Deus, e apenas uma coisa é exigida para que essa verdade seja factual na vossa existência pessoal, e esta é a vossa fé nascida do espírito.

 פֵהֵל PeHeLa guardião da religião, moral, e teologia Divina te Saúdo na Paz e na Luz Daquele que tudo realiza e te digo... A Paz do Eterno vos envolva   

(como pedido assim é feito)  
Bem hajam na luz e com a Luz  
P.S. todos os post's que têm por titulo "Conversas Contigo" ou "Conversas no Silêncio" são por mim formatados e inseridos. Esta é a parte que me cabe em reconhecimento de Autoria.
Que a LUZ que nos une prevaleça sobre as trevas que nos afastam.
Bem Hajam