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  • Parábola dos Níveis Evolutivos
    Iniciado por Miguel Fernandes
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( Não costumo copiar textos dos outros, gosto de fazer tudo por mim mesmo,
mas esta é uma rara excepção de copiar um dos melhores textos, ou parábolas que já li,
e que considero sempre actual, mesmo que tenha milhares de anos,
tanto dá para ateus, ou crentes, cépticos ou fanáticos, penso que dará para tudo e todos )  :

Certa vez, um discípulo aproximou-se de seu mestre e disse:
— Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.
— Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.

— Mas, mestre, que níveis são esses?
— Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação. Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.

O mestre colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do discípulo e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do espaço e do tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, o mestre disse:
— Dê-lhe um tapa no rosto.
— Mas por quê? Ele não me fez nada...
— Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!
E o homem aproximou-se mais do mestre e do discípulo. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou. Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o discípulo foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o mestre e o discípulo já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro quando outro homem se aproximava. O mestre, então comentou:
– Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua "muleta". Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.
Quando o homem se aproximou, o discípulo pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o discípulo, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.
Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de "muleta" usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o discípulo e assim falou:
– O que é isso, moço?... Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!
– Eu e o mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.
– E querem ver como reajo?
– Sim. Exatamente isso...
– Já reparou que não tem sentido?
– Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar...
– Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?
– Queremos verificar – interferiu o mestre – as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?
– De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: – Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?
– Enfim – perguntou o discípulo – como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?
– Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço... São uns perfeitos idiotas... Imagine só, dar tapas nos outros... Besteira... Idiotice... Falta do que fazer... E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento... Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!
Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o mestre comentou:
– Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas "muletas" que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo "pra lá", pois "não tem tempo" para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os "outros" resolverem. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá... É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o "Dono da Verdade", que se acha muito "entendido" e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra "muleta") e se gaba por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das "muletas" para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por "preguiça vital" e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar.
Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.
E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o discípulo e perguntou:
– Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?
– Não é nada pessoal. Eu e o mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.
– Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?
– É... Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?
– Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?
– E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? – perguntou o mestre – Como reagiria a isso?
– Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?
Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O mestre assim comentou:
– O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas "muletas" há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis.
Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.
– Filho meu... Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?
– Não entendi... Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?
– Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?
– Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal...
– Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?

Brilhe de tal maneira que as sombras irão recuar em sua presença.Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o mestre assim se expressou:
– Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa "muletas" diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a "muleta" que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra.
Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.
– Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?
– Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.
– Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: – Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo?
Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime...
Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o mestre falou:
– Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7.
Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o discípulo pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.
– Bata nele! – ordenou o mestre.
– Não posso, mestre, não posso...
– Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!
– Não, mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!
– Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.
– Não posso... Não posso... Não tem o menor sentido fazer isso...
– Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.
– Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de "muletas" e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?
– Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! – volveu o Homem com suavidade e convicção – Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?

– Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas "muletas" – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente...
tumblr_nbzfw7cScr1twigzco1_1280– A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar "muletas". O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: – Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.
– Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?
– Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
– Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.
– E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra.
O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios?
É só uma questão de tempo...



http://despertarcoletivo.com/parabola-dos-niveis-evolutivos/
A psicologia é um grão de areia. A espiritualidade a praia inteira.

#1
     É uma história linda e digna dos contos de fadas. Típica de uma qualquer religião que não respeita as pessoas como seres inteligentes, ou que no mínimo não entende o que significa ser inteligente. Não só chamam aos crentes de cordeiros, como procuram fazer deles carneiros retirando-lhes a capacidade de pensar.

         Imaginem os homens pré-históricos sem a agressividade que nos caracteriza! Conseguem imaginar? A raça humana teria sido dizimada logo no seu inicio não fora o instinto natural dos homens de lutarem contra as ameaças que atentam contra o seu bem estar físico e emocional.

    O que esta pseudo parábola conta é contra a natureza humana.

    Um pai está no nível 5 de evolução e vem um energúmeno e rapta-lhe a filha. Ele delicadamente questiona-o: - "Diz-me o que te preocupa e eu farei o que puder para te ajudar.  Sinto-me capaz de guiar os teus passos e de te ajudar".

     Estão a ver bem a cena e o resultado? O energúmeno dá-lhe dois murros e leva-lhe a filha e o pai fica feliz pois não ripostou e embora tenha ficado sem a filha conquistou um lugar de mérito na evolução. Não vai sentir remorsos da sua cobardia pois soube amar o próximo como exige a sua luta pela evolução moral embora saiba que a sua filha irá sofrer nas mãos desse criminoso. Mas um alento o mantém firme, a certeza que se tal aconteceu é porque ela, a filha, numa vida passada cometeu algum crime e que agora na inocência dos seus 6 anos, chegou o momento de acertar contas com o seu karma.

    Somente um louco ou um fanático destas teorias iria agir desta forma. Um pai ou uma mãe "normais" lutariam com unhas e dentes para evitar o rapto da filha. Expor-se-iam à morte para o evitar e caso não o conseguissem e sua mente condená-los-ia e faria sofrer pelo fracasso, infundindo-lhes remorsos de toda a espécie. Esta sim é a natureza humana. É esta necessidade básica e inata de nos defendermos que nos caracteriza embora tenha-mos a consciência que também nos alerta que não é preciso matar para nos defender-mos.

    A evolução moral é outro dos ensinamentos espíritas que a meu ver é contrário à natureza humana.

    Querer que o homem mereça o "paraíso" por via da evolução moral, é o mesmo que querer fazer um camelo passar pelo buraco de uma agulha.

#2
Citação de: F.Leite em 20 julho, 2019, 16:32
     que não é preciso matar para nos defender-mos.



Será mesmo assim?

Se alguém nos atacar por uma qualquer razão, seja num assalto, briga por um qualquer assunto em que nos apercebamos que o "instinto" tomou conta do atacante e que está em causa a nossa vida, como nos vamos defender e preservar a nossa vida, se não ripostarmos da mesma forma?
Se alguém num ataque de furia e desprovido de qualquer tipo de racionalidade nos atacar de uma forma a nos eliminar?...náo teremos nessa situação que responder da mesma forma?
Para isso existem por exemplo técnicas de combate corpo a corpo que nos dão a possibilidade de maneatarmos o atacante de forma a que ninguém se magoe mais do que o desejável.
Contudo isso são teorias e qualquer tipo de técnica de combate corpo a corpo pode resultar como pode falhar redondamente.
Uma coisa é a teoria, outra completamente diferente é a vivência do dia a dia que já me ensinou há alguns anos que existem pessoas que matam sem qualquer tipo de remorsos.

O instinto básico e violento serviu ao ser humano na sua devida a altura, contudo não vamos estar toda a eternidade agarrados a algo que está na altura se desaparecer, isto porque algo que serviu no passado para nos preservar como espécie, pode ser atualmente o principal factor da nossa destruição.
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

Não tenho vergonha da minha "muleta". Tenho um curso universitário e não vejo qual o problema nisso. Na parábola parece visto como algo negativo. Pois a aprendizagem é importante, independentemente da área.
E o exemplo da bofetada é ridículo. Na minha adolescência recebi uma bofetada que não estava a contar (e não havia motivos suficientes para tal) e não reagi. Grande erro! Se ela tivesse levado uma bofetada bem dada, não tinha feito a vida negra como me fez, porque eu lhe teria mostrado que comigo não se brinca!
Tive um ex-namorado que fez o mesmo e mais uma vez, burra, não reagi (porque também não estava a contar) e o sofrimento da agressão, por menor que seja, marca!
Pois prometi a mim mesma que se alguém se atrever no futuro a me fazer igual, vai levar o troco! Eu posso ficar mal, mas a outra pessoa também não fica a rir!
Se isso fará de mim ficar no nível 2, azar! Também no cristianismo nos mandam dar a outra face e isso para mim nunca fez sentido algum.

Se, em vez de uma bofetada na parábola, falassem alto e/ou de modo grosseiro, talvez aí ela até fizesse sentido. Haveria quem agredisse, haveria quem insultasse ou falasse igualmente alto e haveria quem falasse de modo educado ou tivesse outra atitude contrária ao do "discípulo".
Numa agressão verbal só reage quem quer, mas numa agressão física funciona o instinto de sobrevivência.
Espero que me tenha feito entender.

Quem souber se desviar, que se desvie. Além de não se magoar não terá necessidade de magoar o próximo, já para não falar dos problemas que vêm posteriormente (policia, advogados, tribunais, indeminizações, cadástro etc)

O diálogo será sempre a melhor ferramenta para criar entendimento e esclarecimento. Quem souber dialogar e souber compreender o seu próximo, possivelmente conseguirá demover qualquer agressor de uma possivel agressão. (Pensa na tua familia, olha os teus filhos pequenos que vão ficar tristes se fores preso, a tua exposa irá passar dificuldades se fores preso, pensa nos teus pais e na tristeza que lhes vais dar, etc)
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein

Citação de: _Indigo_ em 21 julho, 2019, 00:36
Quem souber se desviar, que se desvie. Além de não se magoar não terá necessidade de magoar o próximo, já para não falar dos problemas que vêm posteriormente (policia, advogados, tribunais, indeminizações, cadástro etc)

O diálogo será sempre a melhor ferramenta para criar entendimento e esclarecimento. Quem souber dialogar e souber compreender o seu próximo, possivelmente conseguirá demover qualquer agressor de uma possivel agressão. (Pensa na tua familia, olha os teus filhos pequenos que vão ficar tristes se fores preso, a tua exposa irá passar dificuldades se fores preso, pensa nos teus pais e na tristeza que lhes vais dar, etc)

Diz isso às vítimas de violência doméstica. Já muitas morreram no nosso país, porque perdoaram os agressores no passado ou tentaram compreender, em vez de lhes darem o troco, ou ainda esperaram que a justiça as protegesse! Nem tudo é tão preto no branco!

Citação de: arteycuerpo em 21 julho, 2019, 01:48

Diz isso às vítimas de violência doméstica. Já muitas morreram no nosso país, porque perdoaram os agressores no passado ou tentaram compreender, em vez de lhes darem o troco, ou ainda esperaram que a justiça as protegesse! Nem tudo é tão preto no branco!

Compreendo o seu ponto de vista. Mas diga-me, a seu ver, como considera ser mais eficaz resolver uma discussão? Gritando mais? Fazendo um combate? Dando um tiro? Uma facada? Isto é o dia-a-dia em Portugal. É o dia-a-dia de quem não sabe dialogar... É o dia-a-dia de quem se refugia no alcool e drogas para tentar esquecer.
Eu compreendo que há pessoas a perderem vidas porque perdoam... Mas a meu ver, não é a pessoa que perdoa que está errada, mas sim a pessoa que permanece no mesmo caminho destrutivo. Poderia ficar aqui desejando a morte a tanta gente, mas não seria correcto entrar no mesmo caminho que essas pessoas. Violência só traz mais violência e nunca ninguém ganhará nada com isso.

Cumprimentos
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein

Citação de: _Indigo_ em 21 julho, 2019, 00:36
Quem souber se desviar, que se desvie. Além de não se magoar não terá necessidade de magoar o próximo, já para não falar dos problemas que vêm posteriormente (policia, advogados, tribunais, indeminizações, cadástro etc)

O diálogo será sempre a melhor ferramenta para criar entendimento e esclarecimento. Quem souber dialogar e souber compreender o seu próximo, possivelmente conseguirá demover qualquer agressor de uma possivel agressão. (Pensa na tua familia, olha os teus filhos pequenos que vão ficar tristes se fores preso, a tua exposa irá passar dificuldades se fores preso, pensa nos teus pais e na tristeza que lhes vais dar, etc)


Acerca de 3 anos atrás, ia eu a sair tranquilamente do metro quando de repente tropeço num pé de um tipo que se pôs à minha frente.
Eu que até poderia ficar indignado com a situação, não liguei, mas o senhor decidiu travar-se de razões comigo, e quando eu lhe ia responder vi somente um clarão à minha frente que era o cotovelo do tipo na minha cara.
Pensando ele que a cotovelada era suficiente para eu cair, ficou algo surpreendido por isso não ter acontecido e tentou novamente por-me no chão...e o que poderia eu fazer nessa situação?...fugir? tentar o diálogo?...não, tive que lutar pela minha "sobrevivência".
Então foi soco, pontapé, cabeçada, tudo no meio da multidão que se encontrava na estação do metro...entretanto reparei que o senhor se fazia acompanhar por um grupo de amigos que tinha saido numa outra porta do metro e quando se aperceberam da confusão, foram logo em seu auxilio.
Entretanto vi-me na situação de estar agarrado num a bater-lhe e a receber pontapés e socos no tronco e costas de 5 individuos que tinham somente por intuito a minha "eliminação".
O que me valeu na altura foi o meu "background" de alguns anos de desportos de combate, caso contrário e da forma que as coisas correram, poderia ter-me dado muito mal.
Entretanto o tipo a quem eu estava agarrado, deixou de suportar a pancada que lhe estava a dar e decidiu fugir juntamente com o grupo e ao sair da estação de metro ainda se lembrou de dar um pontapé na cabeça de uma rapariga..sim, um pontapé...notei perfeitamente que ele devia como eu ter "conhecimentos" de desportos de combate.
A rapariga ao cair, deu com a cabeça no chão e sinceramente não sei como os estragos não foram maiores...mas não perdeu os sentidos e levantou-se, por isso para mim foi um alivio.
Eu fiquei com o abdomen todo pisado com hematomas, e a multidão apesar de não me ajudar (sim, porque ninguém ajuda ninguém hoje em dia) chamou a policia.
Foi-me dito pela policia depois de terem tido a descrição dos individuos, que andavam já há algum tempo no encalce desse grupo que pelos vistos tinha por hábito fazer assaltos com armas brancas no metro, por isso eu deveria-me ter dado por sortudo por não ter sido esfaqueado.
Entretanto posteriormente andei durante algum tempo à procura deles na estação de metro, para lhes dar a devida resposta de forma igualitária também com um grupo a "apoiar-me".
Contudo nunca mais os vi, e apesar do ministério publico ter aberto um processo em relação ao que se passou, ninguém da multidão que assistiu à cena quis dar a cara, e a Metro do Porto comunicou ao M.P. que as cameras cctv estavam na altura desligadas...que explicação conveniente.

Esta minha história serve para demonstrar que vivemos numa sociedade em que por mais que não queiramos problemas, eles vêm ao nosso encontro e se não lutarmos pela nossa sobrevivência, corremos o risco de sermos apanhados de surpresa por um qualquer criminoso/a que ainda vive no tempo do homem das cavernas.
Existe lugar nesta sociedade para homens e mulheres das cavernas? existe sim, mas na minha opinião não deveria existir.
O instinto e a violência que nos fizeram sobreviver como seres humanos neste planeta, já não nos serve, porque já não precisamos nesta altura de lutar pela nossa sobrevivência enquanto espécie.
Estamos em altura de deixar de ter essas amarras que nos ligam ao passado, por isso o texto do Miguel Fernandes tem a sua lógica e de facto é um caminho de evolução e deve por isso ser assim interpretado, o problema é que o ser humano ainda está muito longe desse estado de consciência.
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

Caro Kyrie

Histórias como a sua sempre irão existir, eu próprio tenho as minhas histórias, mas tudo isto reflecte uma sociedade pouco evoluida, ou seja, primitiva em que vivemos (uhuhuh mim usar moca, mim procurar piolhos para comer) - Dizem que têm muitas proteinas.

Mas adiante...

Infelizmente ainda vivemos numa sociedade em que mulheres são arrastadas pelos cabelos para dentro das suas grutas (casas), ainda vivemos numa sociedade em que é preciso recorrer à moca para lidar com problemas.
Vivemos numa sociedade em que é preciso matar primeiro, para depois perguntar ao corpo estendido no chão se está bem e o que queria afinal.

Como é óbvio, ninguém gosta de sair prejudicado e ferido, daí ter dito, quem souber se desviar que se desvie. Não quero afirmar que a pessoa se deva desviar dos problemas, mas sim saber se desviar dos ataques que nos dirigem.
Como diz o ditado popular (Heróis há muitos, mas já estão enterrados). Acredito que o diálogo será sempre uma ferramenta que atenua discussões, por mais cabeças que tenham cortado nas vossas vidas. Haverá sempre discussões que quando partem para a agressão, muitas das vezes vêm com objectos ilegais que podem tirar a vida em poucos segundos. O que adianta ser o Chuck Norris sem barba ou o Rambo em ceroulas que mora lá do fundo da rua, se depois acabam estendidos dentro 4 tábuas?
Continuo a acreditar que a inteligência vence a ignorância que por sua vez gera violência. (Uhuh mim dar porrada com fartura.. uhuh mim estar com tripas de fora mas festejar com amigos na tasca de Manel da Esquina uhuh... mim ligar a mulher "Mulher que ser jantar?" uhuh... Mulher não atender, mulher ter amante... uhuh onde está moca? uhuh ) E assim sucessivamente...

Cumprimentos
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein

#9
Claro Indigo.

Por isso a lógica texto do Miguel Fernandes tem razão de existir, contudo o ser humano ainda se encontra num estado evolutivo em que não se dessamarrou do seu instinto básico que atualmente não serve para a sua sobrevivência enquanto espécie, mas sim para lhe servir interesses como a ganância, ego, etc.
Mas sabes que numa qualquer discussão, disputa, etc o diálogo por vezes e ao contrário do que pensas, pode servir como rastilho que pode fazer explodir uma bomba.
Por vezes quando alguém quer dialogar com alguém que se mostra violento, essa mesma pessoa pode achar que quem  quer dialogar está apenas a se sobrepor e a chama-la indiretamente de ignorante, e então a coisa pode mesmo descambar para uma cena de pancadaria.
Por vezes a unica forma de apaziguar uma discussão é o confronto que pode não ser violento, mas terá que ser feito de uma forma "ameaçadora", isto porque se nos depararmos com um "urso" (sem querer ofender esse tão belo animal), ele pode também entender a tentativa de diálogo como medo de quem quer evitar problemas.
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

     Esta parábola pretende elucidar que num contexto religioso o homem tem que perdoar a tudo e a todos para para se tornar um espírito de luz. Quem não gostaria de viver num mundo sem violência? Poderíamos ficar aqui horas a falar dos benefícios de um mundo assim mas a questão importante não é essa. A questão está é esta: Foi o homem criado com as condições mentais necessárias para ser capaz de perdoar a tudo e a todos? A meu ver a resposta é simples: Não!

     Fomos criados para funcionar-mos por sentimentos e esses sentimentos não são princípios morais. Os sentimentos são provocados por produtos químicos que as glândulas do nosso corpo produzem como resposta imediata ao ambiente que nos rodeia. São portanto uma resposta biológica e não uma resposta da consciência ou espírito.

     Eu posso gostar de uma pessoa porque encontro nelas atributos que me agradam, porem a paixão eu não consigo controlar. Um individuo apaixonado é cego aos "defeitos" do outro e pode-se dizer que se existisse paixão entre os casais não existiriam divórcios. Mas o que é que provoca esse sentimento forte a que chamamos paixão?

     A paixão é provocada pela dopamina e a noradrenalina que são produzidos pela amígdala cerebelosa e acontece devido aos índices baixos de serotonina. Estes produtos bioquímicos que o nosso organismo produz fazem com que uma pessoa apaixonada se torne irracional. E vejam só, tudo isto é necessário para a preservação da espécie. 

     Para que uma pessoa ame outra, basta que o seu organismo produza oxitocina e vasopressina que são os bioquímicos do amor, além de que provocam a sensação de calma e de segurança.

     Retirem do nosso organismo estes bioquímicos e ser-nos-á impossível sentir o amor ou a paixão, que é o que acontece com muitos criminosos que têm os primeiros em excesso e não produzem os segundos. Tornam-se obsessivo-compulsivos e incapazes de raciocinar.

     Meditem um pouco sobre isto, que se calhar desconheciam e vejam se a consciência moral pode contrariar a forma como o nosso corpo foi criado para poder funcionar.


Uma discussão pode ser controlada e até acho isso absolutamente necessário. Nesse caso sim, poderia-se estudar o nível de evolução de cada um, dependendo da reacção de resposta à discussão.
O mesmo não acontece com a violência. Perante uma agressão, o instinto de sobrevivência fala mais alto e isso para mim não é ser primitivo (a não ser que, em resposta a um estalo, o outro parte-lhe os ossinhos todos). Violência gera violência se eu, perante um murro que recebi, chamo o meu gangue todo para deixar o outro todo pisadinho e quem mais tiver com ele.
Agora perante o caso de violência doméstica, por exemplo, se a mulher tiver hipótese de ripostar para defender-se dos ataques do marido/companheiro, não vejo nisso nada de mal, pois é a sua vida que está em risco. Não vai dialogar com o agressor e dizer que este precisa de ajuda, porque como resposta vai apanhar ainda mais!
As parábolas e as histórias são todas muito lindas em teoria, mas na prática não funcionam. Não vivemos num mundo perfeito, por isso temos de nos adaptar a ele.
Sou a favor da paz e contra a violência, mas se a minha vida ou dos meus estiver em risco, não posso ficar quieta. Não sou Jesus Cristo e acho que aqui ninguém o é.  E isso é errado? Não!

Boa noite

Irei usar este facto como exemplo:

Suponham que vão na rua todos/as contentes da vossa vida e um sujeito ao acaso, mesmo sem vos conhecer de parte alguma, intercepta-vos com uma arma pronta a disparar. O sujeito não tem motivos para tal, mas faz porque acha que tem esse direito de vos subjugar.

Como reagiriam, tendo em conta que a arma leva apenas alguns milissegundos para vos atingir?

Dialogavam mesmo sabendo que um tiro poderia surgir, ou partiam para a agressão levando um tiro na mesma?
"Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso o universo de cada um se resume ao tamanho de seu saber." - Albert Einstein

Citação de: _Indigo_ em 22 julho, 2019, 01:29
Boa noite

Irei usar este facto como exemplo:

Suponham que vão na rua todos/as contentes da vossa vida e um sujeito ao acaso, mesmo sem vos conhecer de parte alguma, intercepta-vos com uma arma pronta a disparar. O sujeito não tem motivos para tal, mas faz porque acha que tem esse direito de vos subjugar.

Como reagiriam, tendo em conta que a arma leva apenas alguns milissegundos para vos atingir?

Dialogavam mesmo sabendo que um tiro poderia surgir, ou partiam para a agressão levando um tiro na mesma?


Estás a partir do principio que o diálogo iria conseguir impedir que o tipo não disparasse.
Sim, na maioria dos casos isso poderia acontecer..mas e se ele estivesse mesmo disposto a disparar independentemente da reação da outra pessoa?
Tomando como exemplo o relato que eu fiz da situação que aconteceu comigo, achas que uma tentativa de diálogo da minha parte iria acalmar ou resolver a situação?
Sim, o diálogo pode ajudar em algumas situações, em outras é completamente inutil, porque tudo depende do estado de espirito e intenções da pessoa que nos quer "atacar",
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente

#14
Depende muito dos casos sim..e o nosso instinto de sobrevivência é extremamente útil, para casos sem " outro tipo de solução ", mas existem tb outros casos em que aparentemente a gente sente que deve entrar com tudo, do tipo ataca antes que te ataquem a ti, mas nem todos o são, vou expor também um caso simples meu para elucidar melhor o que quero dizer:

Há cerca de 10 atrás, eu estava a namorar com uma moça nova, eu não sabia que ela tinha acabado um relacionamento ainda há pouco tempo, e o ex dele era extremamente ciumento, não fazia ideia de nada...certo dia eu tinha-me despedido da namorada, e eu não sabia que nos estávamos a sermos vigiados e seguidos desde alguns dias..ela foi embora, e eu como ainda andava a estudar, estava à espera do autocarro, entrei nas casas de banho públicas, a cidade aonde ela morava era pequena, então não havia muita gente na central de camionagem, quando entrei no wc não estava lá ninguém, quando entrei, logo atrás de mim entraram 2 gaijos um pouco mais velhos do que eu, e o suposto líder,  ou seja o ex-namorado dela, começou-me a ameaçar que deixasse a Catarina em paz, senão ia " sofrer as consequências " e eles estavam preparados para me darem uma valente surra no wc, enquanto eu estava a tentar processar e analisar a situação, olhei para a porta da saida, e vi uma sombra, ou seja havia um 3 gaijo à espera do lado de fora, no caso de eu fugir a correr ele estaria a minha espera. Bom eu pensei " epá são 3 gaijos ! e eu sozinho, se for só para a porrada ok tudo bem, o problema é de alguns destes palhaços tem uma faca ou algum assim, eu não sei até que ponto podem ser malucos ! " então tb tive que pensar, confesso que se eu tivesse a certeza que não teriam facas, talvez ate partisse para o " dar e levar " mas e se tivessem alguma faca escondida ? então achei melhor dialogar, e fiz precisamente o oposto daquilo que o meu instinto de sobrevivência me estava a gritar , vai ao ataque ! fui manhoso, e fiz bluff! inventei, que não tinha medo nenhum deles, e o primeiro F D P que ousasse me tocar estava Fxxxxx! porque eu tinha um amigo muito importante naquela cidade...talvez por verem que eu falei sem medo, o que é certo, é que eles não avançaram para mim, o ex dela falou ( não sei se era verdade ou não ) falou que tb tinha amigos e dentro da própria policia, por isso que não teria problemas se me desse uma surra... então eu fiz um bluff ainda maior e disse " eu quero que se Fxxxxx todos os teus amigos da Mxxxx da policia, o que eu conheço é chefe dos tribunais oh seu ~malandro~ ..e se não acreditas vamos lá agora mesmo ter aos teus amiguinhos da Mxxxx que eu provo o que estou a dizer ...vamos lá ! " ... bom o que é certo é que funcionou, ou ele desistiu da ex ou simplesmente acreditaram tão bem na minha história que nunca mais me xatearam...

claro cada caso é um caso,
e tive que falar de forma de muito baixo nivel,
mas o que é certo é que o diálogo resultou, poderia não ter resultado eu sei,
e claro que nos não somos assim tão evoluidos a ponto de ninguém nos conseguir fazer mal algum, só de olharmos para eles, cada caso é um caso, mas acho que a agressão deve ser sempre a última das últimas soluções, violência apenas gera mais violência.
Na altura eu tb ainda nem conhecia espiritualidade,
e não conhecia ninguém que me falasse sobre essas coisas,
mas de qualquer modo eu já tinha consciência que guerra só traz mais guerra.

Acho que daria um bom tópico falar-se sobre agressividade, razões, causas, motivos, a evolução que teve no papel no história do ser humanos, mas de qualquer forma a gente evoluiu, antigamente guerreavamos por tudo e por nada, hoje o futebol e outro tipo de competições funcionam como " tubo de escape " para as nossas pulsões e instintos mais básicos e primitivos. Apesar que eu nem gosto de guerra, nem de futebol, só paz e amor, uma espécie de eremita em busca de conhecimento com uma mistura de hippye dos dias actuais.
A psicologia é um grão de areia. A espiritualidade a praia inteira.