Conversas de cemitério

Chego à entrada do cemitério e começo a subir a rampa. Lá em cima a rampa bifurca-se e num dos caminhos surgem quatro pessoas a descer. Uma delas é uma rapariga que vem com uma urna nas mãos e está visivelmente transtornada.

Passo por essas pessoas e vejo que lá no cimo junto à bifurcação há um banco à sombra onde está sentado um homem.  O homem aparenta ter 60 e tal anos e está a falar com alguém. À medida que me vou aproximando percebo que é comigo que ele fala. Oiço-o a perguntar "Já viste? Tanta coisa para acabar assim". Digo-lhe que não estou a perceber, assim como? Morto?
"Assim", responde ele, "dentro de uma coisa deste tamanho. Aquela rapariga que vai ali, estás a ver?, leva ali o pai, veio buscar as cinzas dele".

Não sei bem o que dizer, mas isso não o impede de continuar: "De que serve em vida fazermo-nos (abre os braços como quem diz "grande") para depois acabarmos num pote deste tamanho?"
"Já estiveste no Alto de S. João? (...) A minha mulher não foi cremada, foi enterrada lá e comida pela terra. Esteve... 7 anos lá. Depois ligaram-me para ir buscar os ossos. Quer dizer, eles não dão os ossos, eles trituram os ossos, esmagam-nos e depois entregam-nos as cinzas, o pó, também dentro de um ponte assim deste tamanho. É sempre deste tamanho..."

A Morte tem este interessante efeito de nos pôr a pensar nas escolhas diárias, nas decisões de fundo e no uso que damos ao tempo que temos nesta vida.

E o tempo está contado. Hoje estamos cá, amanhã quem sabe?
Andamos a viver a vida como gostaríamos? Estamos a valorizar o que realmente importa?

Ou estamos presos a essas outras coisas, as "grandes", que no fim cabem todas na mesma urna?

Lido diáriamente com a morte. E a verdade é que poucas são as pessoas que fazem introspecções antes da velhice ou quando sentem a morte chegar. Mas como já aqui foi dito, depende do nível da evolução (espiritual para uns, intelectual para outros) de cada um. Nada há a mudar.

Bom dia

Costumo dizer que a morte é a única "coisa" que temos por certo e garantido na vida.

Não costumo pensar muito no assunto, pois é algo inevitável e que nada podemos fazer para contornar.

Costumava ouvir no ttabalho as colegas a dizer que tinham medo da morte, etc...

Um dia perguntei se tinham medo da morte ou se na realidade tinham medo era de como iria acontecer.

Chegou se a acordo de que a maioria tinha medo era de como iriam morrer. Se ia doer, se iriam ter a consciência disso,....

Todos nós morremos um dia.
Não existe volta a dar ao facto.
Um dia a maquina (corpo humano) cansa e dá defeito, "queima" de vez.

Por isso ha que se aproveitar o tempo, fazer tudo o que se deseja da melhor maneira, para mais tarde não haver o famoso "e se...".

Costumava ouvir no ttabalho as colegas a dizer que tinham medo da morte, etc...

Muitas pessoas têm medo da morte, porque receiam o que poderão encontrar no outro plano...terão medo, mesmo que ele se apresente de uma forma inconsciente de que poderão sofrer as consequências dos seus actos imorais que até poderão passar impunes neste plano mas não no outro.

Muitas pessoas têm medo da morte, porque receiam o que poderão encontrar no outro plano...terão medo, mesmo que ele se apresente de uma forma inconsciente de que poderão sofrer as consequências dos seus actos imorais que até poderão passar impunes neste plano mas não no outro.

Mas isso é fruto do "medo", do "temor" incutido pelas religiões.

O tal mito do céu e do inferno.

Se formos bons e seguirmos os principios de uma religião, vamos para cima.

De contrário,  espera nos uma vida "calorosa" la em baixo.

Mas isso é fruto do "medo", do "temor" incutido pelas religiões.

O tal mito do céu e do inferno.

Se formos bons e seguirmos os principios de uma religião, vamos para cima.

De contrário,  espera nos uma vida "calorosa" la em baixo.

O medo não será completamente fundado pelo que as religiões nos dizem, mas sim num sentimento que pode ser algo inexplicável de que existe uma justiça no outro mundo que não está presente neste.

O medo não será completamente fundado pelo que as religiões nos dizem, mas sim num sentimento que pode ser algo inexplicável de que existe uma justiça no outro mundo que não está presente neste.

Pode sim ser causado pelas ideias incutidas pelas religiões.

Hoje em dia nem tanto, mas se formos procurar as pessoas mais antigas, aquelas que acreditam piamente na sua religião têm medo de ir parar ao inferno.

Mas isto até se compreende, vejamos por este lado: se eu pegar numa  criança desde pequena, e vamos ter em conta que uma criança nasce sem qualquer noção do que é medo ou perigo, e lhe incutir desde nova que se ela fizer algo errado que vai para o inferno quando morrer, essa crianca vai crescer a acreditar nisso.

Mas acho que isto ja está a fugir um pouco ao tema.

Ontem li este post à tarde e fiquei com o "tenho que comentar" na cabeça... mas entretanto a azáfama do fds não permitiu.

Eu até diria mais ... se calhar as pessoas não temem o derradeiro "julgamento" mas sim o desconhecido. E se o outro lado não for como "pintam" aqui?

Se não existir a tal Lei que tudo ordena?

E se for td ao molho e fé em "Deus"?

Falo diariamente com pessoas mais velhas e ao longo dos anos apercebi-me que na maioria não é a morte física que os assusta ... nem a tal justiça divina ... mas sim o que há fo outro lado e se é como acreditaram ao longo da vida.

A maioria em desabafo quase confissão nem crê que exista o tal Deus ... mesmo indo à missa.

Pode sim ser causado pelas ideias incutidas pelas religiões.

Hoje em dia nem tanto, mas se formos procurar as pessoas mais antigas, aquelas que acreditam piamente na sua religião têm medo de ir parar ao inferno.

Mas isto até se compreende, vejamos por este lado: se eu pegar numa  criança desde pequena, e vamos ter em conta que uma criança nasce sem qualquer noção do que é medo ou perigo, e lhe incutir desde nova que se ela fizer algo errado que vai para o inferno quando morrer, essa crianca vai crescer a acreditar nisso.

Mas acho que isto ja está a fugir um pouco ao tema.

Muitas pessoas existem que não se fiando em religiões, acreditam que no outro plano existam dois polos, o negativo e o positivo e claro que cada um terá o seu conceito sobre o significado destes dois polos.
Por isso como vez, as opiniões são como os fregueses, existem para todos os gostos.

A maioria em desabafo quase confissão nem crê que exista o tal Deus ... mesmo indo à missa.

Agora é que disseste tudo.
A grandessisima maioria das pessoas que vão à chamada missinha adora um Deus morto, que eles bem sabem que não existe.

Agora é que disseste tudo.
A grandessisima maioria das pessoas que vão à chamada missinha adora um Deus morto, que eles bem sabem que não existe.

Neste caso acho que vai para além do Deus Bíblico... o que queria dizer é que até os mais crentes na reta final deixam de acreditar no Deus todo poderoso que tudo ordena e julga.

Neste caso acho que vai para além do Deus Bíblico... o que queria dizer é que até os mais crentes na reta final deixam de acreditar no Deus todo poderoso que tudo ordena e julga.

Acho que cada vez mais pessoas se estão a desacreditar nesse Deus todo poderoso, porque este mundo nao é compativel com um ser superior justo e correcto.
A Igreja Católica sabe desta realidade já há muito tempo, e é esse o facto que justifica a podridão em que a mesma está imersa com os inumeros casos de violações por parte de padres a freiras, crianças, etc.

Acho que cada vez mais pessoas se estão a desacreditar nesse Deus todo poderoso, porque este mundo nao é compativel com um ser superior justo e correcto.
A Igreja Católica sabe desta realidade já há muito tempo, e é esse o facto que justifica a podridão em que a mesma está imersa com os inumeros casos de violações por parte de padres a freiras, crianças, etc.

Sem ofensas a ninguém mas para mim a Religião em si é podre ...

Cria as ilusões necessárias para controlar massas!

Sem ofensas a ninguém mas para mim a Religião em si é podre ...

Cria as ilusões necessárias para controlar massas!

Sim o objetivo das religioes sempre foi controlar as massas, afinal como é que o Vaticano conseguiu a sua fortuna?...aliando-se ao poder.
Contudo a história tem-se invertido e atualmente a religião é utilizada pelos fieis para por exemplo encontros sociais para troca de favores onde a hipocrizia reina.
Afinal o que vão fazer os católicos à igreja ao Domingo?...vão mostrar a sua roupa chique, o seu carro e encontrar-se e fazer amizades com pessoas muito especificas que lhes podem vir a ser uteis no futuro.
Mas esta realidade não é só da Igreja Católica, mas sim de todas as religiões, isto porque a fé na hipocrizia é cada vez maior e a Deus basta-lhe ser venerado, porque ele adora que lhe alimentem o ego...o resto, a compaixão, ajuda ao próximo, a justiça...isso é o resto e não importa nada.