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  • Prime Directive - A Directiva Primária
    Iniciado por raindogs
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No universo Star Trek, existe a Prime Directive a qual proíbe todas as naves e/ou membros da Frota Estelar de interferir com o desenvolvimento normal de uma cultura ou sociedade, sendo estas sociedades, (em geral) primitivas ou que não detêm o mesmo nível tecnológico da Federação.

Tendo em conta o Paradoxo de Fermi https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_de_Fermi, poderá ser esta teoria, real!?

Acrescento ainda mais.
Até que ponto é a Prime Directive ética?

Obrigado pelas respostas.
Live long and prosper. \\//,
The only thing worse than being blind is having sight but no vision.

Podemos começar a falar da ética da interferência olhando para o que aconteceu no nosso planeta durante os séculos de "descobertas" e colonizações feitas pelos países europeus da África, América e Oceânia.

Claro que podemos sempre argumentar que os supostos alienigenas ao estilo star trek seriam muito mais inteligentes e sensíveis e porque saberiam ver um pouco mais além, teriam a clareza de espírito necessária para não nos provocar constragimentos com o choque cultural.
Mas se há muitas civilizações alienigenas, é provável que todas elas tenham esse tipo de evolução ética e moral? E quem é que pode adivinhar as repercussões de se mexer na civilização alheia? Terá o alienigena forma de prever todos os futuros possíveis?


Vamos fazer um "suponhamos":
Imaginemos que surgia um vírus mauzinho, como o da gripe espanhola, que começava a dizimar a população mundial. O alienigena saía do esconderijo, compadecia-se com o sofrimento humano e dava-nos a cura. Salvavam-se milhões, mas com o passar do tempo, o crescimento da população mundial e o continuar da exploração dos recursos naturais levavam a uma situação insustentável a nível planetário que podia desencadear, sei lá, uma nova e derradeira guerra mundial. Com armas mais sofisticadas, a guerra levava ao envenenamento do planeta e à morte dos humanos que tivessem sobrevivido à dita guerra.

Mas... se o alienigena não se tivesse compadecido e tivesse deixado a natureza seguir o seu curso, muitos milhões morreriam mas outros sobreviveriam. A diminuição drástica da população permitiria gerir de outra forma os recursos naturais, regenerar e limpar alguns. Eventualmente, todas as espécies se hão-de extinguir. Mas o facto de o alienigena não ter caído na ânsia de interferir poderia ter dado mais uns séculos ou milénios à espécie humana.

Claro que o alienigena podia interferir e essa nova certeza de que há vida alienigena elevaria a humanidade a um novo patamar de entendimento da vida e do universo e isso faria de nós seres muito mais felizes. 


...voltamos ao início: quem pode garantir o que vai acontecer ao certo quando se mexe numa das variáveis de um sistema como uma civilização?

Interferir sem saber o que pode acontecer e sem ter a neutralidade necessária para não interferir de modo a tirar proveito da interferência e do outro que é menos evoluído que nós, é uma situação com demasiadas variáveis, demasiados pressupostos. Se essa directiva fosse real, e porque nesse caso existiriam muitas civilizações alienigenas, e porque não será provável que todas cumpram os requisitos para a interferência correr bem, então o mais sensato é que a regra seja, de facto!, não poder fazer nada. Não poder interferir de maneira nenhuma.

Nadica de nada. Nem sequer dizer um "olá" do espaço profundo. Zero! Silêncio absoluto.
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)

Boa noite e obrigado pela resposta.

Note-se que a suposta "não interferência" tem apenas a ver com o nosso nível civilizacional na Escala de Kardashev.
A civilização humana está aproximadamente em 0,7 nessa escala (de 1 a 6), ainda falta controlar com mais eficiência as reservas de energia sem contar que ainda não pode controlar o clima.

A escala de Kardashev implica também a nossa evolução enquanto entidade.
Se nos damos bem com todo o mundo (literalmente).
Se ainda fazemos guerra.
Se ainda existem desequilíbrios no meio (ambiental, social e/ou económico).

Imagina que um ET vêm e diz a celebre frase: Leva-e ao teu lider?
A que o levarias!? A um cientista? A um político?

Depois teriamos implicações geo politicas em jogo.
Aquele que tivesse primeiro contacto poderia omitir muitas coisas e/ ou tentar ganhar toda a vantagem possível sobre o resto da humanidade.

Creio que o mais interessante da "Prime Directive" é mesmo essa dualidade, esse pensamento lógico que implica.
Como tu dizes, (...)quem pode garantir o que vai acontecer ao certo quando se mexe numa das variáveis de um sistema como uma civilização?(...)
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