Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.508
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Desafio: Homenagem ás nossas mascotes
    Iniciado por LuaMoLiSh
    Lido 1.233 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Boa tarde

Desde tenra idade, até aos meus 20 e poucos anos, sofri de uma terrivél fobia.Tinha um absurdo medo de cães, que não se justificava, visto nunca ter sido atacada por nenhum.O medo era tal, que se visse um cão ao longe, era capaz de atravessar uma estrada movimentada, sem olhar ao trânsito, sujeita a ser atropelada, só para fugir ao bichinho.Por volta dessa idade, o meu pai apareceu em casa com uma cria, que lhe tinha sido oferecida por um amigo.Essa criaturinha, aos poucos, durante 18 anos e meio (altura em que partiu),foi-me atenuando a fobia até que esta desapareceu por completo.Graças a ele, tive a feliz oportunidade de oferecer um lar a um outro cãozinho, que encontrei, abandonado na rua com um ferimento na pata, o qual levei ao veterinánio para ser tratado.Há pouco tempo, conversando com a minha mãe pude entender donde surgiu essa fobia.Os meus primeiros 2 anos de vida, foram passados numa fazenda de café em áfrica.Nessa altura os meus pais costumavam deixar-me sózinha no átrio da fazenda, enquanto se dedicavam aos seus afazeres.A questão é que, havia na fazenda um cão que na suas ausências, cuidava de mim, não deixava ninguém aproximar-se, ladrando muito, e sempre que eu chorava ía avisar os meus pais.Deduzo que a fobia venha dessa época, pois quase desmaiava quando ouvia um cão a ladrar.Nenhum destes meus 3 amigos, se encontra já neste mundo.

Hoje quero aqui deixar um desafio aos interessados e amantes destes nossos pequenos irmãozinhos, que tanto nos dão, sem pedir nada em troca.

Que tal, deixar aqui a nossa homenagem, digitanto o nome das nossas mascotes?

Eu: Aos meus pequenos/grandes amigos, cujas iniciais dos seus nomes formam o meu nome neste forum.Lua,Molato,Liszt e Shumann, todo o meu amor e gratidão.

Ah, acho que nunca mais sairia daqui se fosse a dizer tudo o que quero...

A minha primeira cadela chamava-se Sissi. O meu médico otorrino da altura sugeriu aos meus pais que arranjasse uma companhia, porque diz-se que ajuda as crianças surdas a não se isolarem tanto, por isso acharam que era uma boa ideia para mim. Então apareceu a Sissi, uma pequenota amorosa que criámos desde bebé. Depois teve a primeira ninhada e demos alguns para adopção, mas ficámos com uma, e chamamos-lhe Tucha.

Depois por um descuido nosso, a Sissi voltou a ter outra ninhada. E eu com pena dela, inventei para os meus pais que uma amiga minha queria um dos filhotes... e ele foi ficando, ficando... e chamamos-lhe Tintim.

A Sissi morreu de insuficiência renal com 10 aninhos; a Tucha morreu atropelada também com 10 anos.

Uns dois anos depois, a minha irmã apareceu aqui com uma cesta de cão e lá dentro trazia uma outra cadelinha. Claro que ao princípio não queríamos, mas aquela forma de vida tão pequenina, tão frágil conquistou-nos. E connosco ficou. Chamei-lhe Mini.

Uns 3, 4 anos depois o Tintim morreu com 16 anos de felicidade e a viver como um rei. Já a Mini morreu com 11 anos, com um linfoma numa pata.

Actualmente adoptei uma na Ornimundo e dei-lhe o nome de Arya (a peste da Guerra dos Tronos) e posso dizer que foi amor à primeira vista. Quando a trouxeram ao pé de mim e ela começou a lamber-me as mãos, a cara, tudo o resto eu sabia que tinha de a trazer. E assim foi. Sinceramente não imagino já a minha vida sem um anjo de 4 patas.

São criaturas maravilhosas, autênticos protectores, dispostos a amar sem sequer pedirem algo em troca e isso para mim, é das formas mais puras de amor. Quem me ouve falar dos meus cães parece que estou a falar de filhos e na verdade - chamem-me o que quiserem, não estão muito longe disso.

A todos eles, um obrigada por me terem amado e por me terem ensinado o conceito de felicidade sem querer nada em troca.

Citação de: fonseca em 17 outubro, 2018, 17:22
Ah, acho que nunca mais sairia daqui se fosse a dizer tudo o que quero...

A minha primeira cadela chamava-se Sissi. O meu médico otorrino da altura sugeriu aos meus pais que arranjasse uma companhia, porque diz-se que ajuda as crianças surdas a não se isolarem tanto, por isso acharam que era uma boa ideia para mim. Então apareceu a Sissi, uma pequenota amorosa que criámos desde bebé. Depois teve a primeira ninhada e demos alguns para adopção, mas ficámos com uma, e chamamos-lhe Tucha.

Depois por um descuido nosso, a Sissi voltou a ter outra ninhada. E eu com pena dela, inventei para os meus pais que uma amiga minha queria um dos filhotes... e ele foi ficando, ficando... e chamamos-lhe Tintim.

A Sissi morreu de insuficiência renal com 10 aninhos; a Tucha morreu atropelada também com 10 anos.

Uns dois anos depois, a minha irmã apareceu aqui com uma cesta de cão e lá dentro trazia uma outra cadelinha. Claro que ao princípio não queríamos, mas aquela forma de vida tão pequenina, tão frágil conquistou-nos. E connosco ficou. Chamei-lhe Mini.

Uns 3, 4 anos depois o Tintim morreu com 16 anos de felicidade e a viver como um rei. Já a Mini morreu com 11 anos, com um linfoma numa pata.

Actualmente adoptei uma na Ornimundo e dei-lhe o nome de Arya (a peste da Guerra dos Tronos) e posso dizer que foi amor à primeira vista. Quando a trouxeram ao pé de mim e ela começou a lamber-me as mãos, a cara, tudo o resto eu sabia que tinha de a trazer. E assim foi. Sinceramente não imagino já a minha vida sem um anjo de 4 patas.

São criaturas maravilhosas, autênticos protectores, dispostos a amar sem sequer pedirem algo em troca e isso para mim, é das formas mais puras de amor. Quem me ouve falar dos meus cães parece que estou a falar de filhos e na verdade - chamem-me o que quiserem, não estão muito longe disso.

A todos eles, um obrigada por me terem amado e por me terem ensinado o conceito de felicidade sem querer nada em troca.

Olá Fonseca

Que as nossas almas brindem a isso e que os nossos preciosos animaizinhos se encontrem felizes, a brincar uns com os outros, correndo livremente pelos campos em flor!

Eu sempre sonhei ter um animal de estimação, mas tal não foi possível ao longo de toda a minha infância e adolescência (os meus pais nunca quiseram, por mais que eu pedisse).
Aos 22 anos ganho de presente uma tartaruga aquática. Ao início era giro pegar nela e ela trepar as minhas mãos, dar-lhe comer à boquinha, chegar a vê-la pendurada ao trincar uma petinga (ficava doida com peixe) e outras brincadeiras. Ela depois cresceu e sossegou (deixou de estar dependente da minha atenção ou da minha família). Apesar disso, fazia barulho com as patas e a carapaça para a tirarmos do aquário (gostava de andar no chão, ou para se esconder nalgum canto ou para apanhar sol. Infelizmente, foi esse mesmo hábito de querer sair do aquário que ditou o seu fim.
Ao fim de 16 anos, ela tenta sair do aquário e cai no chão. Ganhou uma ferida na cabeça e em poucas horas fica com os olhos inchados.
Passaram 2 ou 3 dias e ela não melhorava, não comia e parecia fazer um esforço para abrir a boca. Pedi ajuda e deram-me um contacto de um veterinário de exóticos. Liguei para ele, mas a minha família não quis marcar nada com ele. Eu estava praticamente sem dinheiro e sem rendimentos, só a minha família podia ajudar. Apesar da minha insistência, nunca o fizeram. Acredito que foram 3 meses agonizantes para ela e eu não podia fazer nada por ela (fazia miminhos no pescoço e ela fechava os olhos e se acalmava por momentos). Dizia tantas vezes que ela estava a sofrer e que ia morrer, mas ninguém me deu ouvidos.
A 15 de Agosto deste ano, quando me levantei, ela já estava morta.
Cheguei a fazer uma homenagem a ela numa rede social e a mostrar o quanto isto me estava a custar e fui praticamente ignorada. Mesmo quem me era mais próximo parece não ter dado grande importância ao assunto. Não senti apoio e nem umas palavras de conforto (tirando uma amiga virtual com quem até antes nem falava muito). Parece que a sociedade não admite o luto e a dor por um animal. E eu percebi o que sentiria uma criança quando perde o seu primeiro animal de estimação (aos 38 anos é que vivencio isso).
Enfim... este tópico é sobre homenagem aos nossos animais. Eu fiz a minha e com isso ajudei a diminuir a minha dor: fiz uma pequena escultura em argila, representando-a o melhor que pude (embora mais pequenina, mais com ar de cria), acrescentando um murinho com um laguinho e um peixe. Pintei e apliquei um verniz para imitar o brilho da água.
Hoje sinto-me bem melhor por lhe prestar essa homenagem e por poder ter a sensação de olhar para ela. Desta forma, nunca será esquecida e terá sempre um lugar de destaque no meu coração e no meu quarto (rodeada por 2 fadas lindas que comprei há muito tempo atrás).

Citação de: arteycuerpo em 18 outubro, 2018, 09:20
Eu sempre sonhei ter um animal de estimação, mas tal não foi possível ao longo de toda a minha infância e adolescência (os meus pais nunca quiseram, por mais que eu pedisse).
Aos 22 anos ganho de presente uma tartaruga aquática. Ao início era giro pegar nela e ela trepar as minhas mãos, dar-lhe comer à boquinha, chegar a vê-la pendurada ao trincar uma petinga (ficava doida com peixe) e outras brincadeiras. Ela depois cresceu e sossegou (deixou de estar dependente da minha atenção ou da minha família). Apesar disso, fazia barulho com as patas e a carapaça para a tirarmos do aquário (gostava de andar no chão, ou para se esconder nalgum canto ou para apanhar sol. Infelizmente, foi esse mesmo hábito de querer sair do aquário que ditou o seu fim.
Ao fim de 16 anos, ela tenta sair do aquário e cai no chão. Ganhou uma ferida na cabeça e em poucas horas fica com os olhos inchados.
Passaram 2 ou 3 dias e ela não melhorava, não comia e parecia fazer um esforço para abrir a boca. Pedi ajuda e deram-me um contacto de um veterinário de exóticos. Liguei para ele, mas a minha família não quis marcar nada com ele. Eu estava praticamente sem dinheiro e sem rendimentos, só a minha família podia ajudar. Apesar da minha insistência, nunca o fizeram. Acredito que foram 3 meses agonizantes para ela e eu não podia fazer nada por ela (fazia miminhos no pescoço e ela fechava os olhos e se acalmava por momentos). Dizia tantas vezes que ela estava a sofrer e que ia morrer, mas ninguém me deu ouvidos.
A 15 de Agosto deste ano, quando me levantei, ela já estava morta.
Cheguei a fazer uma homenagem a ela numa rede social e a mostrar o quanto isto me estava a custar e fui praticamente ignorada. Mesmo quem me era mais próximo parece não ter dado grande importância ao assunto. Não senti apoio e nem umas palavras de conforto (tirando uma amiga virtual com quem até antes nem falava muito). Parece que a sociedade não admite o luto e a dor por um animal. E eu percebi o que sentiria uma criança quando perde o seu primeiro animal de estimação (aos 38 anos é que vivencio isso).
Enfim... este tópico é sobre homenagem aos nossos animais. Eu fiz a minha e com isso ajudei a diminuir a minha dor: fiz uma pequena escultura em argila, representando-a o melhor que pude (embora mais pequenina, mais com ar de cria), acrescentando um murinho com um laguinho e um peixe. Pintei e apliquei um verniz para imitar o brilho da água.
Hoje sinto-me bem melhor por lhe prestar essa homenagem e por poder ter a sensação de olhar para ela. Desta forma, nunca será esquecida e terá sempre um lugar de destaque no meu coração e no meu quarto (rodeada por 2 fadas lindas que comprei há muito tempo atrás).

Arteycuerpo

Lamentavelmente, há ainda muita gente que considera os animais como seres inferiores.Eles não nos são inferiores, são apenas diferentes de nós e a verdade é que sabem muitas vezes ser mais humanos do que o proprio ser humano.Também tenho uma tartaruga, e acho muito linda a homenagem que fizeste à tua, não só aqui, contando a sua historia,como também pela escultura que fizeste, com tanto amor, pensando nela.Imagino-a feliz, a nadar num lago tranquilo, mordiscando um pedacinho de peixe para em seguida se esticar ao sol em cima da sua pedra preferida :)

Citação de: LuaMoLiSh em 18 outubro, 2018, 10:52


Arteycuerpo

Lamentavelmente, há ainda muita gente que considera os animais como seres inferiores.Eles não nos são inferiores, são apenas diferentes de nós e a verdade é que sabem muitas vezes ser mais humanos do que o proprio ser humano.Também tenho uma tartaruga, e acho muito linda a homenagem que fizeste à tua, não só aqui, contando a sua historia,como também pela escultura que fizeste, com tanto amor, pensando nela.Imagino-a feliz, a nadar num lago tranquilo, mordiscando um pedacinho de peixe para em seguida se esticar ao sol em cima da sua pedra preferida :)
É exactamente assim, tal e qual como descreveste, que eu penso nela e foi assim que eu a quis representar. Se sofreu nos últimos meses da sua vida, que agora tenha paz e seja feliz... e é assim que eu quero lembrá-la.

Muitos vêem os animais como inferiores e o amor que partilhamos com eles igualmente inferior.

A minha mãe tem um canário há 4 anos (o segundo e actualmente único animal que temos em casa), o Cid (de José Cid, por causa da peruquinha 😁) e sei que um dia também custará a sua partida, dada a ligação que ele tem connosco. Sai da gaiola e voa para os nossos ombros, dá beijinhos e gosta de rondar quando estamos a comer (a ver se sobra algo para ele). É muito esperto e maroto, mas um amor 😊