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  • Sensações atípicas
    Iniciado por Nevez
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Pessoalmente, costumo ter a "instuição" que "lê" nas pessoas e me adverte de certas coisas sobre a pessoa..no entanto descobri que era uma "faculdade " que podemos todos desenvolver, com mais ou menos tempo para certas pessoas..
Como uma pedra na água, como um pássaro no céu, Como uma criança para o seu pai, tu nunca perguntas "porquê", apenas segues a corrente até morreres.

Nevez

Não me parece que haja forma, até agora eu pelo menos desconheço.Não se sabe ao certo como acontece, o que origina essa faculdade.É preciso ter calma e fé em ti mesma.Tu és importante, tens o direito de pedir, tanto como qualquer outra pessoa.Da mesma forma que existe o mal, existe o bem (porque vivemos na dualidade) e tal como os seres do mal se empenham em destruir os do bem também fazem  a sua parte.Não há nada de errado em pedir ajuda, afinal de contas todos necessitamos ser ajudados, cada um por seu motivo.Especialmente acredita em ti e não tenhas medo.Não estás sozinha, como pudeste verificar :)

Citação de: Nevez em 25 setembro, 2018, 22:45
Obrigada a todos pelas vossas opiniões. Tenho concluído que isto começou quando iniciei um período mau na vida (que ainda se mantém). Não sei se isto terá algum tipo de correlação directa. Tem continuado a acontecer... Poderia eu pensar que era eu simplesmente a dar mais atenção ao assunto... não é o caso. Eu tenho "sensações"/intuições de coisas que não teria como saber ou adivinhar. Até tenho medo que alguma vez tenha intuições de desgraças, só peço que isso não me aconteça. Pois agora já é tão agonizante... Haverá forma de "isto" desaparecer? Coloco entre aspas, pois não sei qual o termo adequado para esta situação. Reverter a situação para sentir coisas positivas já seria bom, mas quem sou eu neste mundo para pedir o que quer que seja... Sei que provavelmente estarei a fazer perguntas difíceis de responder, mas precisava de fazer este desabafo.

         Por vezes custa estar para aqui a escrever sabendo que é tempo perdido, pois as pessoas quase sempre querem uma solução e esquecem-se que enquanto não souberem como e porquê as coisas acontecem nunca irão conseguir solucioná-las mas sim agravá-las.

    O que se passa consigo é um problema seu e para o qual até pode ter ajuda, mas é importante que você mesma tenha consciência dos porquês. Sem isso nada feito. E o período mau que atravessa sua vida pode muito bem estar relacionado com isto que agora lhe acontece.

    Se entende que o seu problema tem a ver com mediúnidade ou outras coisas sobrenaturais, então não leia o resto pois não lhe vai servir de nada.

    O nosso cérebro é um emissor e receptor de pensamentos. Se o não treinar nunca vai chegar a saber a origem desses pensamentos nem tão-pouco saber o que fazer com eles. E de momento só capta coisas menos boas porque o nosso subconsciente está constantemente a procurar à nossa volta coisas que nos possam prejudicar para nos alertar sobre elas. Ele é o nosso guarda costas e a sua missão é proteger-nos contra o menos bom pois o bom não precisa de protecção.

    Ele avisa-a da presença das pessoas que por qualquer motivo você interiorizou que  não gosta de ter por companhia ou que lhe possam trazer noticias desagradáveis. Portanto pessoas que lhe possam alterar o que você considera bem estar físico ou emocional. E não o faz só para lhe dizer que está para acontecer, mas sim que está na eminencia de acontecer porque captou o desejo ou vontade de um terceiro fazer um determinado percurso que também está nas suas intenções fazer. Daí o pensar nessa pessoa. E se você aceitar esse aviso como algo que vai mesmo acontecer, não vai ter como evitá-lo.

    Até as nossas crenças influenciam o nosso subconsciente para que tal aconteça, pois se interiorizou a ideia de que devemos amar o próximo e não gosta de determinada pessoa, o seu subconsciente tentará provocar um encontro com essa pessoa na esperança que façam as pazes para haver equilíbrio entre as acções praticadas e as memórias gravadas como normas de vida. Assim como se o subconsciente quisesse viver em paz com a consciência.

    Isto não é nada de transcendental e até é fácil de compreender, o problema é as pessoas já terem a cabeça cheia de espíritos e guias e entenderem tudo como mensagens deles. Pois então que seja, mas dessa forma as coisas nunca mais terão solução pois eles nunca resolvem nada. Se resolvessem as pessoas não viriam tantas vezes para aqui pedir ajuda.

Citação de: Nevez em 25 setembro, 2018, 22:45
Tenho concluído que isto começou quando iniciei um período mau na vida (que ainda se mantém). Não sei se isto terá algum tipo de correlação directa. Tem continuado a acontecer... Poderia eu pensar que era eu simplesmente a dar mais atenção ao assunto... não é o caso. Eu tenho "sensações"/intuições de coisas que não teria como saber ou adivinhar. Até tenho medo que alguma vez tenha intuições de desgraças, só peço que isso não me aconteça.
Sim, há ligação entre o período menos bom em que estás e isto ter começado a acontecer. Dizes que não é de dares atenção ao assunto, e eu até acredito que te esforces para ignorares.

Mas eis o problema: o que é que significa "dar atenção"? Pensar conscientemente nisso? Sim, isso é dar atenção. Mas o medo que dizes sentir de comecares a ver desgraças também é uma forma de dar atenção. É que apesar de não estares a pensar de forma consciente em algum pressentimento específico que tiveste, nas profundidades da tua mente o medo de comecares a pressentir desgraças existe e continua a fazer esse trabalho de dar atenção.

Disse o Bob Marley que "os homens julgam que possuem uma mente, mas é a mente que os possui". Esta frase é tão verdadeira que até dói. Nós julgamo-nos senhores da nossa vontade, dos nossos pensamentos, dos nossos sentimentos, andamos pelos dias julgando que o que fazemos são acções sem nos darmos conta que na maior parte das vezes são reacções.
Um pensamento surge e nós reagimos a esse pensamento. Um sentimento surge e nós reagimos a esse sentimento.
Nós usamos a mente de forma consciente, claro que sim, mas devemos ser conscientes também de que ela tem um funcionamento que nos escapa e que ele é maior ou menor, mais ou menos poderoso ou intrusivo consoante o nosso nível de domínio sobre ela e as coisas que ela nos faz chegar.

Por exemplo, andas a ter pressentimentos e a tua mente diz-te "e se começam a ser sobre desgraças?". A tua reacção é ansiedade e medo que isso aconteça.
Quando a minha mente produz alguma pérola deste género que só serve para incomodar e inquietar, a minha resposta costuma ser "já estás contente? pronto, então agora cala-te, sim?".
Às vezes ela insiste, então eu insisto também. Às vezes preciso de argumentar, então digo-lhe que não vale a pena preocupar-me com coisas que podem não vir a acontecer. É uma excelente frase, serve para isto e para tantas outras coisas na vida.
Um outro argumento que uso muito é um velho ditado oriental que diz "se um problema tem solução, não precisas de te preocupar; se não tem, não vale a pena preocupares-te".

A verdade é que levamos a vida a preocuparmo-nos de duas maneiras: com coisas que nunca acontecem ou com coisas que efectivamente acontecem, mas!: nunca esteve ao nosso alcance impedi-las de acontecer.
Então, preocuparmo-nos para quê? Se acontecerem, aconteceram. Na altura altura logo lidamos com a situação. Não somos perus para morrermos de véspera, pois não?
"Cedo ou tarde você vai perceber, como eu, que há uma diferença entre conhecer o caminho e percorrer o caminho". 
(Morpheus, The Matrix)