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  • As ajudas dos espiritos
    Iniciado por F.Leite
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#15
Citação de: misticopt28 em 28 outubro, 2017, 22:32
Nós temos por hábito humanizar Deus. Pensamos num homem de idade com barbas brancas sentado num trono apontar o dedo a sua criação. Acreditamos num Deus vingativo e punitivo que está sempre a espera de um deslize nosso para deferir o seu golpe de graça e deixar-nos na lama. As leis naturais são imutáveis, Deus não está sempre a mudar a seu belo prazer e como lhe dá mais jeito. São leis eternas.
etc...
Falo por experiência da minha vida, não pelo que ouvi dizer.

    Se Jesus fosse o primeiro a falar de deus a um mundo ateu, seriam dele as premissas da religião, a sua palavra seria lei, digamos assim. Contudo não foi ele o primeiro e o que ele veio fazer, foi atestar e dar continuidade às ordens do deus dito seu pai. Nunca ele disse que as palavras anteriores de deus deixavam de vigorar como lei, pelo contrário utilizou narrativas bíblicas onde fundamentou as suas palavras. Tentou criar uma harmonia entre deus e os homens num tempo em que o sofrimento desligava os homens de deus e da fé.

    Voltamos a ver isso a acontecer nos tempos actuais em que o Papa ao ver a igreja a perder fiéis devotos, abranda as leis e os costumes para abrir as portas aos que até aqui não eram aceites. Embora seja religião, não deixam de ser atitudes políticas.

    O que aconteceu foi uma necessidade divina, ou a maior religião do mundo hoje não existiria sequer e a história da humanidade seria bem diferente.

    O deus de que Jesus fala apresenta-se aos homens como um ser de carne e osso e convive com a "sua criação", Adão e Eva, que embora possam ser até dois símbolos do inicio da humanidade, representam os seres que existiram na época e deus passeava entre eles.

    Você diz e muito bem que deus não muda as leis da natureza como lhe dá mais jeito, e por isso não foi em espírito que fez roupas para que Adão e Eva se vestissem, porque contrariava as leis imutáveis da natureza.

    Para vermos deus da forma que hoje em dia no-lo querem apresentar, teremos que esquecer o deus bíblico e todos os seus conselhos, leis e ensinamentos e dessa forma até se vai por terra a teoria da alma e da vida pós morte pois foi ele o da ideia dessas coisa existirem.

    As pessoas se pensarem um pouco vêm que o ideal de deus que têm em mente não é de um deus criador, mas sim de um deus que deu origem a tudo numa fase inicial e que se transformou em vida em resultado das leis naturais a que deu origem. Isso sim, a evolução que ainda hoje se manifesta e acontece no universo. Deus é o universo, a matéria de que corpo e alma são feitos e não criados porque surgiram desse deus que é energia viva, amor e doação. Talvez nos devêssemos ver como partículas de deus e não como filhos de um qualquer deus e talvez assim nos soubéssemos respeitar mais a nós mesmos e ser mais conscientes dos nossos atos e deveres para com o mundo que nos rodeia.

    O deus bíblico nunca poderia surgir do nada nem de uma qualquer energia pois demonstra uma inteligência complexa que para existir teria que ser criado por outra inteligência superior à dele. Além disso quem ler com atenção a bíblia dar-se-á conta de que é um individuo com taras e traumas.

    Eu não vejo contradição entre o antigo e o novo testamento, só vejo um amenizar da pena, no amai-vos uns aos outros que Jesus pregou e difundiu. Ele mesmo disse que não veio trazer a paz, mas sim a guerra e falou nos tempos do apocalipse em que deus viria punir os homens pelos seus desmandos às leis do seu "pai". Contradição existe é no discurso de Jesus pois fala de um deus que perdoa, mas que não se coíbe de punir quem não obedecer cegamente às leis de deus.

    Nos tempos em que comunicava com os profetas, deus sempre escolheu médiuns que lhe obedeciam e nunca quem o questiona-se de forma incisiva. Parece a Maria das aparições que sempre escolheu crianças e sempre em locais afastados das populações e da proteção dos pais. Algum motivo tem que haver para esta reincidência de práticas, mas se tivermos em conta que resultaram podemos concluir que foi com essa intenção de sucesso que assim procederam ambos.

    Depois temos um deus que deixou de aparecer aos médiuns. Como pai que emigra e deixa a foto e o testamento para não ser esquecido este deus assim nos deixou a liberdade de escolher o nosso caminho, desde que seja o caminho que ele quer que sigamos. Temos a liberdade de fazer o que ele quer que façamos e nada mais que isso e que se traduz em adorá-lo acima de todas as coisas e pessoas do universo.

    As leis da causa e efeito existem sim, mas no plano da matéria, pois é na matéria que se produz a acção e reação. Se eu agredir física ou psicologicamente alguém, a vitima irá sofrer dessa violência, mas eu só sofrerei se me arrepender de o ter feito. Se for um psicopata até sentirei prazer nesse sofrimento que provoco nos outros. Onde estaria a lei da causa e efeito nestes casos que são aos milhares? Numa vida futura? E os milhares de milhões que até hoje foram vitimas inocentes dessa violência, que lhes aconteceu? Será que a pancada que levaram e as dores que passaram às mãos dos algozes lhes proporcionaram um livre transito para o céu?

    Se assim é podemos considerar que é à custa da pancada e do sofrimento que se evolui espiritualmente? Que raio de lei de evolução mais estúpida é essa?

    E como fica Jesus por ter dito que eram somente 144 000 os escolhidos? Será que deus já tinha feito as contas e decidiu que não cabiam mais no céu e por isso estabeleceu esse limite? Desculpe a ironia mas há coisas que não têm cabimento dentro dos padrões de um amor divino sem limites.

    Respeito quem tem fé, mas não é por respeitar que me devo inibir de questionar o que entendo não ter sentido nem lógica.

    Ao menos que alguém saiba dizer qual a utilidade que têm para o universo os espíritos evoluídos, não vejo nessa pretensa evolução mais do que uma forma de manter a rastejar aos pés de um deus, milhões de seres humanos que embora inteligentes são mais infelizes por serem inteligentes, que os animais sem inteligência que habitam as selvas do planeta.

    Eu lido com muita gente, pobres e ricos, formados e iletrados e você nem imagina o sofrimento de que muitos padecem por se acreditarem em coisas que leram sobre destinos, karmas e espíritos e que acabaram por lhes condicionar a vida de forma trágica, a alguns até provocando problemas mentais.

    Haverá segundas intenções nesses ensinamentos? Eu tenho a "minha" certeza que sim e o que está a acontecer no nosso planeta só me dá razão para continuar à procura de provas, por mim, por si e por todos os que se podem tornar vitimas inocentes de pseudo vontades divinas.

#16
Os livros do Novo Testamento foram escritos muito depois da morte de Jesus, a essência que o Mestre quis deixar está lá, mas os apóstolos de certeza não andavam com um bloco de notas apontar as suas façanhas para depois juntar tudo num livro só, alias que à época poucos são os que sabiam ler e escrever. Se ler com atenção as passagens dos vários Evangelistas verá que descrevem o mesmo acontecimento mas de maneiras diferentes. Creio que o numero de 144.000 seria a Legião de Espíritos que estariam na Terra para nos ajudar avançar e Jesus o Mestre dos Mestres. Como pode ser apenas simbologia.  Não é Deus que nos pune, é a nossa própria consciência, pois como diz e bem se houver arrependimento vou sofre também e lá do outro lado como o estado de consciência é maior pois o sofrimento também. Quando andamos com a consciência pesada por algo não nos sentimos amargados e arrependidos? Pensamos que poderíamos ter feito aquilo diferente se tivéssemos oportunidade e é isso mesmo que acontece, Deus não pune. Eu acredito num Deus como uma consciência cósmica, não como um Deus Humano, um Deus de Amor que cria não para o sofrimento, mas para a Alegria, o mal vem do Homem não de Deus.
Quanto aos livros que mencionou, dou-lhe razão, pois à pessoas que acreditam em tudo o que lêem e isso afeta-lhes o psicológico, infelizmente há muita gente a ganhar dinheiro com a ilusão e desgraça do próximo.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.