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  • A mediunidade e as faculdades psíquicas são um talento pessoal, ou uma graça?
    Iniciado por YESNO
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Desde os primeiros profetas (videntes e oráculos) há aqueles que se valem  de uma faculdade orgânica (conforme doutrinas  espiritualistas e a espírita) para auferir vantagens financeiras. Com o advento do evangelho, especialmente em Mateus  10:8 ("...dai de graça o que de graça recebeis...") houve um certo consenso moral de que essas faculdades, essa  graça divina  deveria ser espalhada com gratuidade

Vemos, no entanto,  que após a eclosão do espiritualismo moderno em 1848, muitos sensitivos e médiuns, principalmente na Europa e Estados Unidos, fazem espetáculos dessas capacidades.

No Brasil, há uma profusão de médiuns que  fazem da mediunidade um verdadeiro sacerdócio gratuito a bem de pessoas carentes e fragilizadas emocionalmente.  Em sentido contrário há (havia) vários que estão  na televisão  como artistas do além, em apresentações particulares bem remuneradas; alguns  médiuns fazem das psicografias um meio de vida e agora pela internet não faltam as ofertas de "solução de casos diversos" a preços populares.

Nos Estados Unidos há casos famosos  com Van Praagh,Jean Dixon entre outros médiuns profissionais  que cobravam caro por suas apresentações. Recentemente, vimos o anúncio(¹)  de um show espiritual de Mareen Hancock  em que ela cobra por eventuais contatos com entes queridos e amigos falecidos.

Em resumo a questão é : O médium ou sensitivo psíquico, poderia, ou não, cobrar por esse exercício?

(¹)http://www.maureenhancock.com/?post_type=tribe_events

Na minha opinião, isso vai da mentalidade de cada um...
Mas a forma correta seria "dar de graça aquilo que recebeu de graça", no entanto ninguém sobrevive apenas do ar que respira... a verdadeira questão é que muitos se aproveitam para chegarem ao preciosismo, ou seja, praticam o bem mas ao mesmo tempo estão a pecar...

Como Espirita acredito que tudo o que possuímos é nos emprestado por Deus para que possamos usufruir na Terra. A mediunidade é referente ao Espírito e não ao corpo físico, embora na carne o Espírito se manifeste através do corpo. O Espirito vem de Deus. O nosso querido medium Brasileiro Raul Teixeira quando lhe perguntaram se os mediuns devia aceitar dinheiro por usarem as suas faculdades ele responde que a mediunidade deve ser exercida gratuitamente que um medium pode bem arranjar um trabalho e usar a mediunidade nas horas livres. Mas não dá muito jeito, pois maior parte de nós entrega-se a ociosidade depois do trabalho (eu me incluo). Um Exemplo de abnegação e amor ao próximo é o nosso querido Chico Xavier, trabalhava todos os dias das 7 da manha as 17h da tarde, depois do trabalho ia para o centro para as tarefas mediunicas e ainda ficava a psicografar até as 4 da manha. A máxima que o Mestre Jesus nos deu para a salvação foi: Amar a Deus sobre todas as coisas, de toda a nossa Alma e de todo o nosso coração e Amar o próximo como a nós mesmos.

Agora pergunto, como podemos Amar a Deus se não Amamos o próximo? Quem diz que Ama a Deus e não Ama o seu irmão mente. Como podemos Amar o próximo se lhe cobramos pela ajuda prestada?
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Agora pergunto, como podemos Amar a Deus se não Amamos o próximo? Quem diz que Ama a Deus e não Ama o seu irmão mente. Como podemos Amar o próximo se lhe cobramos pela ajuda prestada?

Tudo verdade.
Repara que, se o médium depende apenas das suas faculdades para viver, poderá cobrar, mas sem exageros.
Uma coisa é cobrar o preço razoável (e aqui o "razoável" varia de pessoa para pessoa), outra, é cobrar um preço muito elevado (isso é ganância).
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Eu partilho a opinião do  Quiksilver666, ""dar de graça aquilo que recebeu de graça"".


Citação de: cleopatra em 20 março, 2016, 16:47
Agora pergunto, como podemos Amar a Deus se não Amamos o próximo? Quem diz que Ama a Deus e não Ama o seu irmão mente. Como podemos Amar o próximo se lhe cobramos pela ajuda prestada?

Tudo verdade.
Repara que, se o médium depende apenas das suas faculdades para viver, poderá cobrar, mas sem exageros.
Uma coisa é cobrar o preço razoável (e aqui o "razoável" varia de pessoa para pessoa), outra, é cobrar um preço muito elevado (isso é ganância).


Exactamente Cleopatra, há mediuns que aceitam o que a pessoa quiser dar e se não podem dar tudo bem na mesma, porque o intuito é ajudar e não enriquecer a custa do desespero dos outros. Muitas das vezes são eles próprios que dizem para a pessoa não dar, pois sabem que além do problema que as levou lá, também têm dificuldades financeiras.
As pessoas no desespero e sofrimento do problema enganadas pelos charlatães são capazes de dar o que têm e o que não para resolverem o problema.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Olá  Smaiza,
até por princípios íntimos, eu compartilho dessa ideia também, mas vejamos:

Se a faculdade mediúnica é algo orgânico segundo a própria Doutrina Espírita e o indivíduo já nasce com essa capacidade, até por característica ou influência genética, não podemos dizer que é uma graça especial.  Em situações semelhantes poderíamos situar o talento para a música, para a pintura, a inspiração poética. .. E todos esses não dão de graça as músicas que compõem, as pinturas que fazem  e,  os escritores cobram altos direitos autorais.  Os sensitivos que cobram, alegam isso.   Não estou concordando, mas apenas fazendo o papel de advogado do diabo.

Citação de: YESNO em 20 março, 2016, 22:32
Olá  Smaiza,
até por princípios íntimos, eu compartilho dessa ideia também, mas vejamos:

Se a faculdade mediúnica é algo orgânico segundo a própria Doutrina Espírita e o indivíduo já nasce com essa capacidade, até por característica ou influência genética, não podemos dizer que é uma graça especial.  Em situações semelhantes poderíamos situar o talento para a música, para a pintura, a inspiração poética. .. E todos esses não dão de graça as músicas que compõem, as pinturas que fazem  e,  os escritores cobram altos direitos autorais.  Os sensitivos que cobram, alegam isso.   Não estou concordando, mas apenas fazendo o papel de advogado do diabo.



Isso depende daquilo que recebas e do que fazes ao dinheiro. O egoísmo neste caso, imagina que és musico e recebes as tuas letras através de inspiração, ganhas fortunas em direitos autorais e não ajudas ninguém, tudo o que ganhas gasta-lo em teu próprio beneficio. Ai esta o problema.
De certo conhece o nosso querido Chico Xavier, 25 milhões de livros vendidos e nunca recebeu 1 real sequer pelos direitos das suas obras. Nasceu pobre e morreu pobre. Poderia ter ficado milionário, mas sempre recusou todo o dinheiro que viesse dos livros. O que dizer disto?  Acho que quem tem mediunidade sabe quando as coisas são suas ou não.
Para que a mediunidade se possa manifestar através do corpo tem que haver autorização de Deus, há quem a tenha e a perca se não faz uso correto dela, então se não é uma faculdade que possamos controlar, não nos pertence. É o Espírito que controla o corpo e não o corpo que controla o Espírito, claro que para a mediunidade se possa manifestar tem que haver um componente físico, neste caso a ciência crê que seja através da Glândula Pineal. Na decada de 40, o Espírito André Luiz já nos tinha dito no seu livro Missionários da luz que a Glândula pineal é o "piloto" para que se manifeste a mediunidade
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Este tópico discute estas questões e já vai longa (17 páginas).
https://portugalparanormal.com/index.php/topic,26432.0.html

As pessoas aqui do fórum que têm mais experiência nestas matérias das capacidades psíquicas dizem que a mediunidade e afins é uma característica, tal como as outras características pessoais. Talvez seja uma característica especial que em alguns casos se perca devido ao estilo de vida que se leva.
No entanto, um cantor nato também perderá um pouco dos seus dotes se deixar de praticar ou se tiver hábitos que danifiquem o aparelho vocal e respiratório.

Acredito que qualquer característica-base que temos é uma ferramenta que temos ao dispor no início da "missão" que temos pela frente. Podemos usá-la, ignorá-la, perdê-la no caminho ou deixá-la esquecida numa caixa. Mas se a temos nos foi dada, é porque é importante por alguma razão.

Citação de: misticopt28 em 20 março, 2016, 23:43
Isso depende daquilo que recebas e do que fazes ao dinheiro. O egoísmo neste caso, imagina que és musico e recebes as tuas letras através de inspiração, ganhas fortunas em direitos autorais e não ajudas ninguém, tudo o que ganhas gasta-lo em teu próprio beneficio. Ai esta o problema.
De certo conhece o nosso querido Chico Xavier, 25 milhões de livros vendidos e nunca recebeu 1 real sequer pelos direitos das suas obras. Nasceu pobre e morreu pobre. Poderia ter ficado milionário, mas sempre recusou todo o dinheiro que viesse dos livros. O que dizer disto?  Acho que quem tem mediunidade sabe quando as coisas são suas ou não.
Para que a mediunidade se possa manifestar através do corpo tem que haver autorização de Deus, há quem a tenha e a perca se não faz uso correto dela, então se não é uma faculdade que possamos controlar, não nos pertence. É o Espírito que controla o corpo e não o corpo que controla o Espírito, claro que para a mediunidade se possa manifestar tem que haver um componente físico, neste caso a ciência crê que seja através da Glândula Pineal. Na decada de 40, o Espírito André Luiz já nos tinha dito no seu livro Missionários da luz que a Glândula pineal é o "piloto" para que se manifeste a mediunidade
No limite deste raciocínio não poderíamos ficar com nenhum dinheiro proveniente do uso das nossas capacidades, "paranormais" ou normais. :)
Se eu conseguisse por via mediúnica em full time ajudar a polícia a encontrar os autores de crimes não poderia ficar com dinheiro por exercer essas funções...
Teria de viver pobre (pergunta retórica)? Acredito que tenhas uma opinião moderada e não neste extremo, não é? :)

Citação de: onetruth em 21 março, 2016, 00:10
Este tópico discute estas questões e já vai longa (17 páginas).
https://portugalparanormal.com/index.php/topic,26432.0.html

As pessoas aqui do fórum que têm mais experiência nestas matérias das capacidades psíquicas dizem que a mediunidade e afins é uma característica, tal como as outras características pessoais. Talvez seja uma característica especial que em alguns casos se perca devido ao estilo de vida que se leva.
No entanto, um cantor nato também perderá um pouco dos seus dotes se deixar de praticar ou se tiver hábitos que danifiquem o aparelho vocal e respiratório.

Acredito que qualquer característica-base que temos é uma ferramenta que temos ao dispor no início da "missão" que temos pela frente. Podemos usá-la, ignorá-la, perdê-la no caminho ou deixá-la esquecida numa caixa. Mas se a temos nos foi dada, é porque é importante por alguma razão.
No limite deste raciocínio não poderíamos ficar com nenhum dinheiro proveniente do uso das nossas capacidades, "paranormais" ou normais. :)
Se eu conseguisse por via mediúnica em full time ajudar a polícia a encontrar os autores de crimes não poderia ficar com dinheiro por exercer essas funções...
Teria de viver pobre (pergunta retórica)? Acredito que tenhas uma opinião moderada e não neste extremo, não é? :)


Sim claro que sim. Mas o problema não é esse, tinhas um trabalho onde a mediunidade te era util, usavas a mediunidade em favor do proximo. Neste caso as familias das vitimas e a propria vitima. O problema é o egoismo e avareza. Isto é um tema muito extenso e dificil exprimir por palavras. Fizeste-me lembrar de uma serie chamada Medium que creio que dá ou dava na fox life.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

Citação de: YESNO em 20 março, 2016, 22:32
Olá  Smaiza,
até por princípios íntimos, eu compartilho dessa ideia também, mas vejamos:

Se a faculdade mediúnica é algo orgânico segundo a própria Doutrina Espírita e o indivíduo já nasce com essa capacidade, até por característica ou influência genética, não podemos dizer que é uma graça especial.  Em situações semelhantes poderíamos situar o talento para a música, para a pintura, a inspiração poética. .. E todos esses não dão de graça as músicas que compõem, as pinturas que fazem  e,  os escritores cobram altos direitos autorais.  Os sensitivos que cobram, alegam isso.   Não estou concordando, mas apenas fazendo o papel de advogado do diabo.


Compreendo o teu ponto de vista, mas subscrevo as palavras do misticopt28.

Mantenho que o que recebemos de graça, devemos dar de graça. No caso de um artista, escritor... em que as suas obras, sejam decorrentes de inspiração, deverá encaminhar os dividendos, para quem deles mais necessita. Evitando utiliza-los para alimentar o seu ego ou a sua ganância.

Comparar o enriquecimento através do normal e do paranormal, acho que é comparar o que não é comparável, porque existe um grande distanciamento entre as duas. Enquanto a pessoa pode enriquecer através do seu talento, do seu trabalho, neste mundo materialista, em diversas areas da nossa sociedade, seja ela a música,  desporto, medicina, especulação bolsista, imobiliária etc, pode utilizar o dinheiro como bem entender, seja em seu proveito próprio ou ajudando os outros, depende dos seus princípios morais, pessoais e espirituais  de cada pessoa.  No paranormal existe uma ligação espiritual, onde a ganancia, os bens materiais , não devem estar presentes no espirito de quem pensa ajudar e fazer bem ao próximo, deve estar o seu horizonte focado num  futuro bem melhor no plano espiritual  para alem desta vida terrena que é apenas uma breve passagem para todos nós.

Para mim é apenas uma caracteristica, como quem nasce com um sexto dedo...afinal a palavra medium significa meio...ou seja, não é nenhuma graça divina, é algo que alguns tem e outros não têm...no meu ponto de vista não vejo o mal de cobrar (o justo...e não exurbitâncias)...ha quem se desgaste bastante fisicamente...ela/ele da de si para ajudar outros, assim como um cozinheiro, pasteleiro...por essa ordem de ideias trabalhava-mos todos de graça...
"Um dia eu lhe disse para esconder o seu coração... Você deveria ter escutado"

Citação de: misticopt28 em 21 março, 2016, 05:28



Sim claro que sim. Mas o problema não é esse, tinhas um trabalho onde a mediunidade te era util, usavas a mediunidade em favor do proximo. Neste caso as familias das vitimas e a propria vitima. O problema é o egoismo e avareza. Isto é um tema muito extenso e dificil exprimir por palavras. Fizeste-me lembrar de uma serie chamada Medium que creio que dá ou dava na fox life.
No fundo nós concordamos um com o outro. É uma questão de escolha de palavras. :)

E o Pirk disse, e concordo, que os mais elevados espiritualmente sabem que os bens materiais não devem ser o foco da nossa acção, mas sim o ajudar quem precisa e pede...embora precisemos de alguns bens materiais para as necessidades do dia-a-dia.

Cobrar ou não, como escrevi no outro tópico tem a ver com a consciência de cada um. Mas se fosse eu, ou não cobrava ou cobrava (pelo tempo gasto) um valor acessível em vez de pequenas fortunas.

Citação de: moonchild em 21 março, 2016, 13:54
Para mim é apenas uma caracteristica, como quem nasce com um sexto dedo...afinal a palavra medium significa meio...ou seja, não é nenhuma graça divina, é algo que alguns tem e outros não têm...no meu ponto de vista não vejo o mal de cobrar (o justo...e não exurbitâncias)...ha quem se desgaste bastante fisicamente...ela/ele da de si para ajudar outros, assim como um cozinheiro, pasteleiro...por essa ordem de ideias trabalhava-mos todos de graça...

Dom ou "característica" deve ser colocado ao serviço dos outros, sem que sirva os "nossos interesses". Podes e deves ser "cozinheiro, pasteleiro" e nos tempos livres ajudares terceiros.
Agora se, fizeres dessa "característica" a tua actividade profissional, ai sim, tens de cobrar pelos teus "serviços". E a "característica" deixa de servir os "interesses", a que se propõe.