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  • Sonho com o meu falecido pai mas ele nunca fala comigo?!
    Iniciado por missju
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Acredito no significado bruto desse seu sonho.
Apenas saudade, é muito difícil perder um ente querido...
na verdade qualquer pessoa é difícil perder ou se afastar
Vivendo e Aprendendo. Tenho um blog http://sonhosesimpatias.com/

#16
Boa tarde. Vi este tópico e como me identifico parcialmente, decidi comentar. O meu Pai faleceu há 7 meses. Ele estava no hospital com um cancro terminal e na última semana de vida dele não consegui ir lá visitá-lo como ia todos os dias e quando lá fui, ele já não falava. A última coisa que me disse foi literalmente isto uns dias antes da morte dele, ao mesmo tempo que me agarrou na mão com força: "Vai-te embora porque não quero que me vejas a sofrer. Até outro dia.". Eu respeitei-o e saí do quarto e vim-me embora. Nesse último dia de vida, agarrei na mão dele, tentei chamá-lo, falar para ele porque a enfermeira de serviço disse-me que à hora do almoço (eu cheguei lá por volta das 3 horas) ele ainda tinha falado para ela. Mas já não me disse literalmente nada. Morreu no dia seguinte. Nunca mais sonhei com ele até ao final do mês de Dezembro, que foi quando comecei a ter sonhos com o meu Pai... sem o ver nos meus sonhos. Eu apenas sentia a presença dele. Tive três ou quatro sonhos deste género: eu andava a fazer coisas normais do meu dia-a-dia, que muitas vezes fazia com ele, como conduzir, ir ao hospital para os tratamentos de quimioterapia que ele tinha de fazer, passear, e eu sentia a presença dele ali ao meu lado. Eu não sei explicar melhor que isto: eu sentia o meu Pai ali ao meu lado, a proteger-me, sentia amor puro e verdadeiro, sinceramente era isto que eu sentia. Depois disto tive um outro sonho: eu estava novamente a viver o meu dia-a-dia e sentia a mão direita do meu Pai por cima do meu ombro direito. Eu não via uma mão física, nem sentia nenhum "peso" no sonho sobre o ombro, apenas sentia protecção e amor. Depois disso só sonhei com ele mais uma vez, mais recentemente e eu ia a andar na rua e encontrei-me com o meu Pai. Nem queria acreditar que ele estava ali à minha frente, então corri para ele e disse-lhe: "Eu sabia que estavas vivo e que isto era tudo um grande pesadelo!!!". E ele não me disse nada e o sonho acabou.

Com isto tudo chego à conclusão que se calhar o meu querido Pai está comigo a proteger-me à maneira dele. Se calhar aparecer nos meus sonhos como um espírito, a coisa da mão direita e tudo, será um sinal que está comigo. Se calhar sou eu que quero acreditar que ele está comigo, sinceramente gosto da ideia que ele está ao meu lado e vê o que se passa comigo. Às vezes esqueço-me que isto aconteceu, que ele já não está fisicamente comigo, porque se calhar está na mesma. Eu nunca acreditei muito em espíritos e coisas do género porque sempre tive amigas que os associavam a coisas más, como portas a bater com força, coisas a partirem e a caírem no chão sem ninguém lhes mexer... mas agora penso que se calhar as pessoas que mais amamos, que têm uma forte ligação connosco, nunca nos deixam, de forma alguma. Eu quero acreditar nisso. :) :)


Citação de: NinaGilmour em 04 março, 2016, 17:59
Boa tarde. Vi este tópico e como me identifico parcialmente, decidi comentar. O meu Pai faleceu há 7 meses. Ele estava no hospital com um cancro terminal e na última semana de vida dele não consegui ir lá visitá-lo como ia todos os dias e quando lá fui, ele já não falava. A última coisa que me disse foi literalmente isto uns dias antes da morte dele, ao mesmo tempo que me agarrou na mão com força: "Vai-te embora porque não quero que me vejas a sofrer. Até outro dia.". Eu respeitei-o e saí do quarto e vim-me embora. Nesse último dia de vida, agarrei na mão dele, tentei chamá-lo, falar para ele porque a enfermeira de serviço disse-me que à hora do almoço (eu cheguei lá por volta das 3 horas) ele ainda tinha falado para ela. Mas já não me disse literalmente nada. Morreu no dia seguinte. Nunca mais sonhei com ele até ao final do mês de Dezembro, que foi quando comecei a ter sonhos com o meu Pai... sem o ver nos meus sonhos. Eu apenas sentia a presença dele. Tive três ou quatro sonhos deste género: eu andava a fazer coisas normais do meu dia-a-dia, que muitas vezes fazia com ele, como conduzir, ir ao hospital para os tratamentos de quimioterapia que ele tinha de fazer, passear, e eu sentia a presença dele ali ao meu lado. Eu não sei explicar melhor que isto: eu sentia o meu Pai ali ao meu lado, a proteger-me, sentia amor puro e verdadeiro, sinceramente era isto que eu sentia. Depois disto tive um outro sonho: eu estava novamente a viver o meu dia-a-dia e sentia a mão direita do meu Pai por cima do meu ombro direito. Eu não via uma mão física, nem sentia nenhum "peso" no sonho sobre o ombro, apenas sentia protecção e amor. Depois disso só sonhei com ele mais uma vez, mais recentemente e eu ia a andar na rua e encontrei-me com o meu Pai. Nem queria acreditar que ele estava ali à minha frente, então corri para ele e disse-lhe: "Eu sabia que estavas vivo e que isto era tudo um grande pesadelo!!!". E ele não me disse nada e o sonho acabou.

Com isto tudo chego à conclusão que se calhar o meu querido Pai está comigo a proteger-me à maneira dele. Se calhar aparecer nos meus sonhos como um espírito, a coisa da mão direita e tudo, será um sinal que está comigo. Se calhar sou eu que quero acreditar que ele está comigo, sinceramente gosto da ideia que ele está ao meu lado e vê o que se passa comigo. Às vezes esqueço-me que isto aconteceu, que ele já não está fisicamente comigo, porque se calhar está na mesma. Eu nunca acreditei muito em espíritos e coisas do género porque sempre tive amigas que os associavam a coisas más, como portas a bater com força, coisas a partirem e a caírem no chão sem ninguém lhes mexer... mas agora penso que se calhar as pessoas que mais amamos, que têm uma forte ligação connosco, nunca nos deixam, de forma alguma. Eu quero acreditar nisso. :) :)



Olá! :)

E podes acreditar que ele está mesmo contigo... Quando o vês em sonhos, ou o sentes, é porque ele tem faz uma visita e para que tenhas noção que só existe entre vós, a distância fisica.

O Único conselho que te posso dar, é que ele sente o teu sofrimento e a tua angústia, e isso deixa-o igualmente triste e angustiado.
Passou muito pouco tempo e é normal a dor, mas aos poucos vai tentando substituir a dor da ausência, pela saudade dos bons tempos que passaram juntos.  Dessa forma, dás-lhe a tranquilidade que ele necessita.

Muita força e coragem!

É possível que nesses sonhos esteja a pesar o facto de não te teres despedido.

Teu pai está agora em outra caminhada e só o pensamento de que ele por amor se encontra sempre contigo não o ajuda a desligar-se por completo deste plano. E precisa desligar-se para finalizar a caminhada que está a fazer.

Quanto te lembrares dele faz uma oração pelo sucesso do seu percurso. Por exemplo, se és católica reza um Pai-nosso.

Nina, vou-me repetir: amar também é deixar partir...

Luz


smaiza, isto ainda é muito recente e por vezes até me esqueço que isto aconteceu no sentido de pensar "Tenho de contar isto ou aquilo ao meu Pai...", "Tenho de lhe perguntar o que ele acha sobre isto..."... Eu ainda digo muitas vezes que vou a casa dos Pais, e não a casa da minha Mãe. E quando me apercebo do que digo, do que penso, a angústia é enorme... Ainda no outro sábado fui visitar com a minha Mãe um sítio que ele gostava muito e de repente vi-o no caixão. Foi a imagem que me veio à cabeça. E contive-me por respeito à minha Mãe, que está a sofrer muito... porque a tristeza foi enorme. Eu ainda não consigo viver a minha vida sem o meu Pai, confesso. E isso que me dizes deixa-me ainda mais triste, pois sinto que estou a prejudicá-lo, e a deixá-lo infeliz... mas por enquanto é esta a realidade. Muitas vezes tenho de ir ao cemitério e estar lá um pouco e aperceber-me da realidade, aperceber-me que o meu Pai nunca mais vai falar comigo, estar comigo... tenho de me esforçar por sentir a realidade, e conformar-me que ele está ali naquele sítio, no cemitério... Não sei se me faço entender...

Malik_, confesso que a minha Madrinha, muito crente em Deus e em espíritos e outras temáticas deste género, já me disse que eu devia deixar de fazer certas coisas que habitualmente faço: ando sempre com o relógio de bolso do meu Pai e de vez em quando apetece-me vestir um certo casaco dele. A minha Madrinha disse-me que isso faz com que ele se "encoste" a mim e nunca mais consiga fazer a "passagem" para o outro mundo. Ela disse-me literalmente que o meu Pai já "não é de cá". Para ser honesta, eu nunca senti em nenhum dos sonhos que a presença dele fosse má, antes pelo contrário... Eu nunca tive medo que ele estivesse comigo, antes pelo contrário. Mas consigo entender que se realmente os que amamos têm de partir para um outro "mundo" ou lugar, temos de os deixar partir...

Citação de: NinaGilmour em 04 março, 2016, 18:39
smaiza, isto ainda é muito recente e por vezes até me esqueço que isto aconteceu no sentido de pensar "Tenho de contar isto ou aquilo ao meu Pai...", "Tenho de lhe perguntar o que ele acha sobre isto..."... Eu ainda digo muitas vezes que vou a casa dos Pais, e não a casa da minha Mãe. E quando me apercebo do que digo, do que penso, a angústia é enorme... Ainda no outro sábado fui visitar com a minha Mãe um sítio que ele gostava muito e de repente vi-o no caixão. Foi a imagem que me veio à cabeça. E contive-me por respeito à minha Mãe, que está a sofrer muito... porque a tristeza foi enorme. Eu ainda não consigo viver a minha vida sem o meu Pai, confesso. E isso que me dizes deixa-me ainda mais triste, pois sinto que estou a prejudicá-lo, e a deixá-lo infeliz... mas por enquanto é esta a realidade. Muitas vezes tenho de ir ao cemitério e estar lá um pouco e aperceber-me da realidade, aperceber-me que o meu Pai nunca mais vai falar comigo, estar comigo... tenho de me esforçar por sentir a realidade, e conformar-me que ele está ali naquele sítio, no cemitério... Não sei se me faço entender...

Malik_, confesso que a minha Madrinha, muito crente em Deus e em espíritos e outras temáticas deste género, já me disse que eu devia deixar de fazer certas coisas que habitualmente faço: ando sempre com o relógio de bolso do meu Pai e de vez em quando apetece-me vestir um certo casaco dele. A minha Madrinha disse-me que isso faz com que ele se "encoste" a mim e nunca mais consiga fazer a "passagem" para o outro mundo. Ela disse-me literalmente que o meu Pai já "não é de cá". Para ser honesta, eu nunca senti em nenhum dos sonhos que a presença dele fosse má, antes pelo contrário... Eu nunca tive medo que ele estivesse comigo, antes pelo contrário. Mas consigo entender que se realmente os que amamos têm de partir para um outro "mundo" ou lugar, temos de os deixar partir...

Absolutamente errado, se usar o relógio dele ou o casaco lhe dá um certo conforto e a ajuda a passar este momento difícil, é mesmo isso que deve fazer.
Tanto se diz.... -.-
"Light thinks it travels faster than anything but it is wrong. No matter how fast light travels, it finds the darkness has always got there first, and is waiting for it."

Citação de: NinaGilmour em 04 março, 2016, 18:39
smaiza, isto ainda é muito recente e por vezes até me esqueço que isto aconteceu no sentido de pensar "Tenho de contar isto ou aquilo ao meu Pai...", "Tenho de lhe perguntar o que ele acha sobre isto..."... Eu ainda digo muitas vezes que vou a casa dos Pais, e não a casa da minha Mãe. E quando me apercebo do que digo, do que penso, a angústia é enorme... Ainda no outro sábado fui visitar com a minha Mãe um sítio que ele gostava muito e de repente vi-o no caixão. Foi a imagem que me veio à cabeça. E contive-me por respeito à minha Mãe, que está a sofrer muito... porque a tristeza foi enorme. Eu ainda não consigo viver a minha vida sem o meu Pai, confesso. E isso que me dizes deixa-me ainda mais triste, pois sinto que estou a prejudicá-lo, e a deixá-lo infeliz... mas por enquanto é esta a realidade. Muitas vezes tenho de ir ao cemitério e estar lá um pouco e aperceber-me da realidade, aperceber-me que o meu Pai nunca mais vai falar comigo, estar comigo... tenho de me esforçar por sentir a realidade, e conformar-me que ele está ali naquele sítio, no cemitério... Não sei se me faço entender...


Entendo sim, perfeitamente. Eu passei por uma situação semelhante e também levei o meu tempo para compreender e aceitar...
Como te disse e tu confirmas, é pouco tempo e os sentimentos estão muito à flor da pele.
Os bebés quando nascem, também levam tempo até aprender a andar, certo?! Tudo tem o seu tempo... e já é muito bom, tu teres a consciência que ele sente a tua angústia.

Só tens de deixar de ver as coisas tal como vês. O facto dele ter partido, não quer dizer que ele não exista, nem tão pouco que deixou de te ser querido. Ele existe sim, está vivo... mas noutro plano, que nós não temos a capacidade de aceder nem compreender.
Lembras-te do sofrimento que ele estava? Pois bem, agora já não existe! Qual é a melhor coisa que saberemos que os nossos queridos estão bem, sem dores...? Pensa nele saudável e feliz! Fala com ele e pede-lhe para seguir o seu caminho.
Acredita que mesmo "longe", ele estara perto!


Citação de: NinaGilmour em 04 março, 2016, 18:39
eu nunca senti em nenhum dos sonhos que a presença dele fosse má, antes pelo contrário... Eu nunca tive medo que ele estivesse comigo, antes pelo contrário. Mas consigo entender que se realmente os que amamos têm de partir para um outro "mundo" ou lugar, temos de os deixar partir...

A tua madrinha falou bem. O relógio dele devia estar guardado como recordação. As suas roupas podiam ser dadas, não? Há tanta gente necessitada, não achas que ele ia gostar desse gesto? Como é que poderias sentir a presença dele como má se o que vos unia e une não é mau? É bom que consigas entender, mas é pouco. Tens que interiorizar.

O meu pai faleceu há 6 anos. Não me dei "ao luxo" de chorar pois não queria que a minha mãe visse que tê lo perdido doía muito. Ainda lembro as últimas palavras do meu:"que cara é essa?", pois nesse dia tava furiosa e de "trombas". Mal sabia que ele, ao fim do dia, ia ter um enfarte. Todos os dias, até hoje, penso nele e como ele sempre me dizia: "um dia mais tarde vais dizer aquele filho .... tinha razão" e sim, em muita coisa, ele tinha mesmo razão. Mas ontem percebi uma coisa, pai é pai, não importa onde esteja, vai sempre estar ali quando precisarmos de uma mãozinha, de um puxão de orelhas, de alguém que nos passe a mão na cabeça quando estivermos em baixo. Ele partiu, mas tenho a certeza, que onde quer que esteja, olha por nós. Aprendi que se morreu foi porque chegou a hora, foi porque cumpriu a sua missão.