Pessoas hiper-sensíveis (HSP)

Nas relações amorosas também sou assim, aliás, se queremos uma relação séria e estável temos que ser nos próprias.
Escondemos os nossos sentimentos de quem não nos compreende , apesar de serem família não nos sentimos à vontade para desabafar e mostrar o que quer que seja. Numa relação é diferente, se vamos fingir a relação está de inicio condenada.

Às vezes, odeio ser como sou. Chorona, demasiado sensível, por vezes sinto-me até ridícula.
Gostava de mudar, mas não consigo. Posso fingir que estou bem, mas muitas vezes não estou e fico a fervilhar por dentro e acabo por rebentar em lágrimas.

Alguém ao lado de alguém assim, tem de saber entender essa faceta e ter muita paciência. Perceber que a pessoa é assim, mas não é por mal e não controla. Há quem precise de exteriorizar dando uns murros na parede, eu, por exemplo, enquanto não chorar um rio inteiro, não fico bem. E eu acho que a pessoa ao nosso lado deve ser também um ombro amigo. Se não podes mostrar o teu lado fraco ao teu parceiro, então nada vale a pena, na minha opinião.

Eu sou outra chorona, as vezes vejo aqueles casos no você na tv, ou na tarde é sua, e é logo uma vontade enorme de chorar, as vezes só de pensar em alguma coisa fico assim, a ver novelas e tudo. Então quando vou a conduzir sozinha e dá aquelas músicas giras , quando estou mais em baixo lá vem a vontade de chorar. Mas sempre sozinha. Já tive situações em que tinha uma vontade enorme de desabafar com alguém da minha família mas depois não o fiz. Há certas situações que nem sabemos o porque de acontecerem e deixam-nos assim.

Eu tenho um cão que era abandonado, quando andei atrás dele para o levar para minha casa, parou uma senhora a perguntar se era meu e que ele já andava lá a uns dias, e eu a responder-lhe quase a chorar. Depois cheguei a casa, vi a minha madrinha e ao mostrar-lhe o cão mal conseguia falar porque dava-me vontade de chorar.

Ás vezes sinto-me ridícula mesmo.

Claro, a pessoa que está ao nosso lado tem que nos ajudar e ter muita paciência sobretudo. Tem que haver muita cumplicidade e não haver medos.

Eu não diria que é para compensar, é porque se gosto da pessoa X ou Y obviamente que faço por lhe agradar, para que se sinta bem comigo. Mas, não é nesse sentido bajulador, "é algo genuíno, que precisamos para estarmos bem", seja família, amigos,....

Concordo. Identifico-me totalmente com o tema do tópico.
Mas se não gosto de alguém ou se me desilude, bem pode esquecer que eu existo, porque não há aproximação possível.

Caramba identifico-me me mesmo muito com o texto.

Eu devo de ser mesmo insensível... Quase totalmente oposto.

Eu sou outra chorona, as vezes vejo aqueles casos no você na tv, ou na tarde é sua, e é logo uma vontade enorme de chorar, as vezes só de pensar em alguma coisa fico assim, a ver novelas e tudo. Então quando vou a conduzir sozinha e dá aquelas músicas giras , quando estou mais em baixo lá vem a vontade de chorar. Mas sempre sozinha. Já tive situações em que tinha uma vontade enorme de desabafar com alguém da minha família mas depois não o fiz. Há certas situações que nem sabemos o porque de acontecerem e deixam-nos assim.

Eu tenho um cão que era abandonado, quando andei atrás dele para o levar para minha casa, parou uma senhora a perguntar se era meu e que ele já andava lá a uns dias, e eu a responder-lhe quase a chorar. Depois cheguei a casa, vi a minha madrinha e ao mostrar-lhe o cão mal conseguia falar porque dava-me vontade de chorar.

Nem me fales em animais... A minha gata tem 13 anos e não há um dia que eu não pense que ela não vai durar muito. Às vezes choro quando olho para ela. Quando ela é tosquiada, é sedada e eu só de a ver aos tombos, com falta de forças, mesmo sabendo que é normal, farto-me de chorar a vê-la nesse estado.
Animais é um assunto sensível mesmo lol

Sozinha é sempre mais fácil de 'rebentar'. São raras as pessoas com quem consigo naturalmente exprimir-me. Mas quando consigo, não se safa nunca mais de levar comigo

Mas isto é uma "doença"? E que como a psiquiatria considera tudo doença, já nada é normal ou saudável.

Não é uma doença mas também não é apenas um traço de personalidade:
Já li vários artigos, pelo que percebi, é uma maneira do cérebro funcionar e reagir... reage mais a estimulos do que a média mas não pode ser considerado doença.

Identifico-me com o que aqui disseram em especial a Amunet. Sou muito sensível ao que os outros dizem, ás vezes a pequenas coisas que se calhar a pessoa que as diz nem repara.
Não sou de chorar a toda a hora, porque também sou mais de guardar, mas costumo chorar apesar de tudo.
Também tem um pouco a ver com a insegurança e o facto de sofrer por antecipação.

Uma coisa que me faz sentir genuinamente mal quando vou na rua é pessoas cegas, fico angustiado por não ter poderes para chegar ao pé da pessoa, estalar os dedos e devolver-lhe a visão.
Animais abandonados na rua que não posso levar para casa e cuidar é a mesma coisa.

E também é normal estar atento ao que as pessoas gostam e fazer uma surpresa mais tarde por exemplo, mas só a pessoas de quem realmente gosto.

Ás vezes é tanta coisa que só apetece morrer porque fica super difícil de aceitar a realidade.

Identifico-me em parte com o tópico, mas mais ainda com os comentários. Tenho as emoções à flor da pele, mas evito mostrar em frente às pessoas. Já com o meu namorado simplesmente não consigo, por mais que tente. Basta uma crítica para o meu tom de voz se alterar, ou a expressão do rosto mudar. Às vezes, lá surge aquela lágrima no canto do olho e se ninguém notar, consigo disfarçar, mas basta que alguém veja e comente, para ficar o caldo entornado, ou neste caso as lágrimas entornadas.
Também fico emocionada com os animais... despertam-me muita ternura ou profunda tristeza (dependendo das situações).

Carlin,
Compreendo-te bem. Também sou muito insegura e sofro muito por antecipação.
Muitas vezes fico às voltas na cama a pensar nos problemas dos outros e em como os poderia ajudar. Quando vejo que é impossível ajudar, fico a imaginar realidades paralelas em que seria possível estalar os dedos (como tu dizes) e tudo ficar melhor.
Situações com animais e pessoas muito doentes, tento nem ligar muito porque se não, das duas uma: ou fico a chorar um dia inteiro e com bruta enxaqueca, ou esbanjo o meu dinheiro todo a tentar ajudá-los.

Arteycuerpo,
É isso mesmo. Uma pessoa sente muito profundamente, mas depois pouco o expressa em frente dos outros.
E com o meu namorado é a mesma coisa...qualquer tipo de comentário mais negativo cai-me o mundo aos pés, começo logo a chorar feita bébé, mas é mais forte que eu. Fico a sentir-me péssima e depois ainda me sinto mais estúpida por chorar, acaba por se tornar um ciclo vicioso.
Entendo-te bem, é aquele sentimento de aperto no peito quando algo nos magoa ou incomoda... Já chegaram a perguntar "estás bem?" e eu simplesmente nao respondo ou só respondo com monossílabos porque sei que mal comece a falar, perco a compostura.

SaraRS,
É exactamente o que se passa comigo... choro e sinto-me mal com isso, de tal forma que às vezes chego a dizer "isto já passa". Respiro fundo, as lágrimas continuam a cair, deixo-me estar em silêncio e aos poucos recomponho-me. E sinto vergonha porque tive uma fase da minha vida (após uma grande desilusão amorosa) em que eu não era assim. Fazia-me de durona (tinha de o ser para me conseguir manter em pé) e só chorava à noite, quando estava sozinha.
Se as críticas nos abalam profundamente, já os elogios ditos por quem nos é mais querido dão-nos uma satisfação enorme!

Sim Nem tudo é rosas, nem tudo é espinhos.
Tanto se sente o mal profundamente, como o bem.
Ainda há bem pouco tempo me foi dito algo muito bonito que ansiava ouvir e fiquei em lágrimas lol
Não é defeito, é feitio

Sara

Muito obrigado por esta partilha! Vim aqui ter meio ao calhas, e desde a primeira palavra até à ultima vírgula, fez todo o sentido.
Eu já me tinha perguntado a mim mesma se não haveria uma disfunção psicológica qualquer que me tornasse demasiado empática com os outros.
É uma qualidade saber pôr-me na pele dos outros, mas mais, é demais! E é isso que me acontece muito. O que curiosamente vai contra outros traços de personalidade meus, pelo que tenho os meus mecanismos para contrariar os tsunamis de emoções que esta condição me proporciona. Senão, a vida era demasiado avassaladora!