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  • Será o Karma uma condição de vida?
    Iniciado por F.Leite
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     Neste fórum muito se fala de Karma para justificar o facto de existirem pessoas que parece serem impelidas a ter uma vida de sofrimento sem motivo aparente.

     Karma pressupõe que nesta vida "compensamos" de uma forma física e moral, o que fizemos numa vida passada.

     Jesus e deus são os exemplos de moral e palavra que servem de guia para quem procura uma evolução espiritual e portanto para quem se acredita no Karma, mas é interessante notar que em tudo o que os dois nos deixaram como fonte de conhecimento com vista a essa mesma evolução, não existe nenhuma referencia ao Karma.

     Será o Karma algo real e com consequências positivas na evolução ou pelo contrário será uma forma de condicionar a forma de os humanos executarem o seu livre arbítrio impedindo-os de conseguirem essa mesma evolução?

     Que provas temos de que seja uma condição de vida para além da palavra dos espíritos?

     Quais as consequências que gera na vida de quem tem múltiplos problemas, acreditar que que tem que passar por eles porque é o seu Karma?

      A pergunta impõe-se, pois quem mentaliza o Karma como uma espécie de castigo, intimamente e sem se dar conta, reduz a sua capacidade de lutar contra as adversidades típicas da vida. Rende-se à ideia do destino e do já tinha que ser e a força de lutar esvai-se, ao contrário de quem não crê no Karma que vê as dificuldades como um desafio e tudo faz para as ultrapassar, conseguindo-o a maior parte das vezes.

     Porque é que a religião põe os homens perante este dilema sem explicação e sem lógica e cujas consequências (ou objetivo) são sempre o retirar-lhe a liberdade que lhe permitiria ser feliz?

     Alguém aqui no fórum tem provas de que o Karma é realmente uma condição de vida? Algo que não deixe duvidas que só possam ser sustentadas pela fé?

   F.Leite

Pelo contrário ao acreditar no karma, ou seja na lei de acção e reacção sabe-se que quando acontece algo de mau se pode optar por ser o mais positivo possível e fazer boas acções de modo a ter mais felicidade no futuro...seja na vida corrente ou numa próxima.
Karma só quer dizer acção...há bom e mau karma. Boas e más consequências de acções passadas.

Pelo menos a ideia nunca me inspirou a cruzar os braços. Aliás explica muita aparente injustiça no mundo, o que não significa que não se deva ter compaixão e solidariedade por quem está em má situação. Atirar-lhe com a ideia de karma à cara...não seria uma boa acção quando alguém já está chateado com a vida

Citação de: teresabenedicta em 27 dezembro, 2015, 19:04
Pelo contrário ao acreditar no karma, ou seja na lei de acção e reacção sabe-se que quando acontece algo de mau se pode optar por ser o mais positivo possível e fazer boas acções de modo a ter mais felicidade no futuro...seja na vida corrente ou numa próxima.
Karma só quer dizer acção...há bom e mau karma. Boas e más consequências de acções passadas.

Pelo menos a ideia nunca me inspirou a cruzar os braços. Aliás explica muita aparente injustiça no mundo, o que não significa que não se deva ter compaixão e solidariedade por quem está em má situação. Atirar-lhe com a ideia de karma à cara...não seria uma boa acção quando alguém já está chateado com a vida

Concordo plenamente.
Há situações de aparente injustiça que se explicam pela ideia de karma.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Do meu ponto de vista há muita coisa que só se consegue explicar com a lei do Karma. Muitas vezes só tiramos lições da vida quando nos acontece coisas más, só nessas alturas é que mudamos comportamentos e tiramos lições.  Quando alguém recebe um mal foi porque já o fez anteriormente(nesta reencarnação ou outra anterior), ou então não poderíamos ter um Deus justo(ou outro tipo de crença). Alias, Deus dá-nos o direito de escolher se vamos fazer o bem ou o mal. Se fizemos o mal e se mais tarde vamos colher o mal só nos podemos queixar de nós mesmos porque Deus só nos deu o livre arbítrio de escolhermos aquilo que fazemos. Acho que não podemos imaginar um Deus castigador porque não é verdade. O mal é criação do homem.
Isto é a minha humilde opinião.

#4
"O Amor cobre uma multidao de pecados"

So ha duas formas de resgate, pelo Amor e pela Dor. Como ainda nao sabemos Amar escolhemos sempre o pior caminho.


O resgate das Dividas passadas serve para que nao voltemos a cometer os erros do passado e nao somos castigados pelo Altissimo, nos mesmo nos castigamos. Conhecem algo pior que uma consciencia pesada? Quantos de nos erramos fortemente na carne e mesmo em vida nos arrependemos e nem conseguimos dormir de noite? Temos aquele desejo enorme de reparar o mal que fizemos a outrem e so descansamos quando o conseguimos? Pois o Espirito quando no Mundo Espiritual tem a consciencia mais ampla, compreende melhor os erros e ele proprio escolhe as suas provacoes. Mas Deus Pai na sua infinita bondade so nos deixa submeter as provas quando realmente estamos preparados para as suportar.
Allan Kardec vai nos dizer que muitas das causas do sofrimento se encontram nesta prorpia vida. Basta olharmos para o caminho percorrido para nos apercemos o que fizemos de mal.
As vezes as solucoes estao mesmo diante dos nossos olhos e nao as conseguimos ver porque em vez de aceitar, reclamamos.
Abençoado seja o seu santíssimo nome em favor de todos nós Deus nosso Pai.

#5
F. Leite, achei o seu tópico deveras interessante e por esse motivo, deixarei aqui a minha opinião, que vale o que vale, pois é subjetiva, tal como qualquer opinião que aqui possa ser apresentada. Não quero, no entanto, que pense que as minhas respostas são um afronta a si, mas elas apenas procuram responder àquilo que colocou no seu tópico.

O karma não é apenas fruto do sofrimento. Existe bom karma e mau karma, por isso tudo aquilo que acontece obedece à lei de ação-reação, independentemente do gradiente positivo ou negativo que se lhe é colocado. Aliás, diz-se que nada é bom ou mau, pois tudo depende da perspetiva onde nos encontramos.

O karma não diz apenas respeito a esta vida. Falamos desta vida, pois é nela que estamos. Mas hoje, tudo aquilo que fazemos, dizemos e pensamos está a ser semeado para futuras vidas. Logo, o ciclo vicioso em que nos encontramos tem presente a noção de ação-reação, sejam visíveis as consequências agora ou mais tarde.

Os ensinamentos de Jesus também têm como pano de sustentação o karma, mesmo não utilizando o conceito em si. Quem bem faz, para si o faz, quem mal faz para si o faz, não lhe parece?

O karma não choca em nada com o livre-arbítrio. É preciso entender-se a verdadeira essência do karma, porque ele não é uma fatalidade, mas sim algo que deve ser compreendido, aceite e pode perfeitamente ser "limpo", "atenuado". Eu considero que muitas coisas que me acontecem só podem ter uma explicação kármica e, por conseguinte, procuro compreender essas situações e transformá-las de alguma forma, atenuando o peso que elas possam ter na minha vida. E nada disso, até ao momento, me impediu de evoluir, pelo contrário, abriu-me a consciência para aceitar-me e aceitar os outros tal como eles são.

Não entendo porque associou o karma à palavra dos espíritos (ignorância minha)... está a falar de quê, do espiritismo? Se for, sugiro que pesquise textos budistas sobre o karma, e verá que diversos monges abordam o karma por outras vias ou artes (como quiser chamar) que nada se prendem com a palavra dos espíritos :(

O karma não exige obrigatoriamente a sua aceitação. Por isso referi que é preciso primeiro compreendê-lo. Se eu tenho um problema com uma determinada pessoa que parece não atenuar, eu tenho que compreender que esse problema foi originado por mim, em primeira instância. Isso irá permitir-me uma maior reflexão sobre mim, os meus atos e os meus pensamentos. Se eu o conseguir fazer de forma honesta e íntegra, então terei que ser capaz de encontrar uma forma para transformar tudo isso numa aprendizagem positiva na minha vida. E não lhe digo isto de cor, nem porque tenha lido em algum sítio. É isso que eu faço na minha vida, ou seja, procuro compreender a situação e avançar. Assim, estou não a aceitar o meu karma cegamente, mas avanço, evoluo na abertura da minha consciência. O problema persiste quando aceitamos cegamente ou quando pensamos que não somos os atores da nossa própria vida.

Eu posso ter sido uma grande assassina numa vida passada. Esta vida, terei certamente muitos dissabores, mas se eu abrir a minha consciência e limpar o meu coração, se eu nesta vida procurar seguir o caminho da retidão interior e exterior, acredite que atenuarei grandemente as consequências das minhas próprias ações.

O karma é a sua própria linha. Não há vítimas nesta vida. Porque se eu assumir que há vítimas, então o meu Deus deixa de ter todas as qualidades que lhe atribuo. As coisas que me acontecem são simplesmente acionadas por mim, nesta e em outras vidas e eu sou a única responsável por todas elas, em função do meu livre-arbítrio. É isso que faz de mim um ser consciente e livre, pois assumo as responsabilidades que se encontram inerentes a mim mesma enquanto ser.  

O karma não deve ser visto como um dilema, pelo contrário, ele é a explicação mais plausível para quem quer evoluir e abrir a sua consciência, por isso ele não retira liberdade a ninguém. Se isso fosse verdade, não haveria nenhuma forma de o "limpar" ou atenuar e isso não é verdade.

Eu sou um ser com pensamento. Alguém aqui no fórum tem provas de que o meu pensamento realmente existe? Ou todos vocês irão responder que eu tenho pensamento sustentados na vossa fé de que se vocês são seres com pensamento, eu também o serei??

Bem-haja!
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

    Faty Lee, bem haja pela sua resposta direta e explicita.

    Tudo o que fazemos tem uma intenção. Os tópicos que eu aqui coloco têm como intenção levar quem os lê a meditar sobre a possibilidade de haver outra realidade para além daquela que conhecemos. Não estou a dizer que é mentira o que nos ensinaram, mas simplesmente que a realidade pode ser diferente.

     Quem lê o que escrevo depreende facilmente que eu não creio no deus das religiões. Tenho os meus motivos para não acreditar mas também não digo que ele não exista, pelo contrário. Não alinho é com as suas intenções, mas no momento oportuno falarei abertamente sobre isso.

     Entendo os humanos, não como filhos de deus, mas sim cada um como uma parte ínfima da energia criadora (esse sim o meu deus), que ligada a um corpo, continua a obra da criação em tudo o que de bom ou mau produz durante a sua vivência por cá.

     O facto de sermos uma alma ligada a um corpo e este estar munido de um instinto de sobrevivência que age de uma forma, digamos que mecânica e independente da nossa vontade (da nossa consciência ou alma), torna-nos suscetíveis a sermos manipulados mentalmente.

     Constantemente lutámos contra nós próprios fazendo não o que muitas vezes deveríamos fazer para prover ao nosso bem estar, mas sim o que a sociedade nos impõe e que é contrário às nossas aspirações.

     Boas e más ações (atos passiveis de provocarem dividas Karmicas), são passiveis de avaliação diferente consoante o desenvolvimento moral da sociedade onde o individuo que as pratica se insere. Um individuo que vive numa sociedade onde as leis civis e religiosas impõem o apedrejamento dos criminosos, teria que ter a nível karmico um tratamento diferente daquele para quem esse ato a nível cívico e moral é considerado um homicídio.

      Condenar a um resgate karmico semelhante ambos os indivíduos teria lógica?. Condenar a um karma diferente cada um deles de acordo com as regras sociais e morais teria igualmente lógica?.

     A necessidade do karma prende-se com a obrigatoriedade do individuo estar condenado a evoluir moralmente, pois de uma forma ou de outra dizem que temos que o cumprir. No entanto basta olharmos à nossa volta para constatarmos que a sociedade nos seus valores morais regride de dia para dia. Até escondida sobre a capa da moral e dos bons costumes se divisa a prática da imoralidade, do vicio sádico e da depravação.

     A lei do karma simplesmente é como muitas leis dos homens que existe mas não surte o efeito desejado. As leis da natureza são imutáveis e aplicam-se a tudo o que existe sem distinguirem raças ou credos e os seus efeitos nunca são de forma a permitirem a regressão, pelo contrário. Porque falha então a lei do karma se o mundo é cada vez mais um "inferno" em lugar do "céu" que essa mesma lei deveria obrigar a construir? 

     Será esta lei uma lei do deus natureza que tem por finalidade a felicidade dos homens?

     Eu entendo o karma numa perspectiva social em que as alterações que nós humanos provocámos neste mundo, serão as condições em que teremos que viver aquando de um futuro regresso. Essas alterações englobam a forma como tratamos a natureza e a forma como fazemos germinar uma boa conduta moral nos nossos descendentes.

     F.Leite

F. Leite, também concordo com isso. Mas amplio a minha visão sobre o karma não apenas para a dimensão social, mas inicialmente individual. Eu possuo um karma pessoal que fui eu que o criei. E o facto de ter nascido em Portugal e não em outro país qualquer, significa que tenho um karma coletivo ou social que é também perfilhado pelos portugueses.

Mas compreendo o que diz e não digo que a sua leitura não seja correta, pelo contrário, é na imensidão de interpretações que dissecamos a realidade.

Bem-haja por isso.
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

bom dia,

interessante tema,

em meu entender, o karma quando utilizado na sua expressão individual fica limitado, reduzido a uma infima questão egoística...

deixem que conte uma história;...aqui há meia dúzia de anos quando se falava pelos cotovelos em TGV, uma vez que gosto bastante de comboios, pediram a minha opinião...

acedi, mas pondo de lado o caracter politico, ficando apenas pelo técnico...

...para quem não sabe o que é a "bitola", é o espaço entre eixos, "buggy" das carruagens, ou o espaço entre os carris de ferro onde circulam os comboios.

...não sei por que intercederam os "deuses", os reis de Portugal, Espanha e Inglaterra, aquando da construção dos caminhos de ferro da península Ibérica, que os fizeram com a bitola, cerca de 1,64m, enquanto que os mesmos construtores o fizeram com cerca de 1,44m no resto dos países vizinhos e que hoje na sua maioria constituem a organização "europa".

...É logico pensar que quando a invasão dos paises vizinhos pela Alemanha no sentido de expulsar os judeus, os seus comboios ficaram na fronteira da França com a Espanha e não puderam continuar viagem...imaginem se tivessem continuado...

...hoje falaríamos alemão, mas não desesperemos, o karma continua...

...e a invasão do continente pelos árabes, com a nossa cúmplice hipocrisia, pode ser a continuação de uma obra (pensamento) de uma ordem...que queremos afastar das nossas preocupações...

...o karma pode ser individual e colectivo, podemos abrir os braços e dizer que somos livres, que queremos utilizar o nosso livre arbítrio, e usufruir da nossa liberdade no espaço cerca de metro e meio a que estamos confinados, mas não devemos esquecer que vivemos em grupos, sociedades, nações...até no próprio planeta...!

...paremos parar um pouco para pensar...porque nascemos dentro dentro de determinada familia...?...em determinado local...?

...acham que foi por acaso...?

abraço,

Paulinus,

Boa reflexão.
Aqui fica a minha opinião, que vale o que vale: o livre arbítrio existe, mas está condicionado pelo karma de cada um.
Por exemplo: se uma pessoa nasce e vive a vida inteira num bairro pobre de uma cidade e sonha em viajar por vários países, estudar, adquirir bens materiais, mas não possui dinheiro suficiente para isso. Que livre arbítrio existe? O karma está lá a travar o livre arbítrio !!!
Uma pessoa que nasce com grave deficiência física ou intelectual, como pode fazer valer o seu livre arbítrio? Não pode.

Tudo de bom.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: Paulinus em 16 janeiro, 2016, 11:01
em meu entender, o karma quando utilizado na sua expressão individual fica limitado, reduzido a uma infima questão egoística...

Não concordo. A soma dos karmas individuais produz o karma colectivo. Não tens colectivo sem indivíduos. Assim, não podes falar de egoísmo.

Citação de: Paulinus em 16 janeiro, 2016, 11:01
...o karma pode ser individual e colectivo, podemos abrir os braços e dizer que somos livres, que queremos utilizar o nosso livre arbítrio, e usufruir da nossa liberdade no espaço cerca de metro e meio a que estamos confinados, mas não devemos esquecer que vivemos em grupos, sociedades, nações...até no próprio planeta...!

O viver integrado em sociedade tem o seu preço. Principalmente a nível de liberdade. No entanto, não condiciona o uso do livre-arbítrio.

Citação de: cleopatra em 16 janeiro, 2016, 12:47
Aqui fica a minha opinião, que vale o que vale: o livre arbítrio existe, mas está condicionado pelo karma de cada um.
Por exemplo: se uma pessoa nasce e vive a vida inteira num bairro pobre de uma cidade e sonha em viajar por vários países, estudar, adquirir bens materiais, mas não possui dinheiro suficiente para isso. Que livre arbítrio existe? O karma está lá a travar o livre arbítrio !!!

Não concordo. O nosso livre-arbítrio só pode ser condicionado por nós mesmos. O livre-arbítrio não se aplica no exemplo dado.

No uso do meu livre-arbítrio decido a cada instante de acordo com as condições que tenho e não com as que gostaria de ter.








Eu faço uma pergunta com um sentido também afirmativo, espero não fugir do tópico, nem criar controversia, é uma opinião.
Eu acredito que antes de encarnarmos pedi-mos determinadas missões consoante aquilo que acharmos melhor para a nossa evolução, ou que precisamos como ser evolutivo, o que nem sempre nos é permitido, será essa negação do nosso pedido uma consequência do karma? Fazendo-nos fazer determinada expiação para corrigir erros, erros esses que chamam de karma? Sendo assim, não posso fugir ao karma, por que fui eu que o criei. Aguardo resposta, gostaria de ouvir algum raciocinio á minha ideia. Obrigado


Citação de: spuky em 16 janeiro, 2016, 14:42
Sendo assim, não posso fugir ao karma, por que fui eu que o criei. Aguardo resposta, gostaria de ouvir algum raciocinio á minha ideia.

Não sei se compreendi bem a questão, no entanto...

O teu pedido só te será negado se comportar uma carga superior à força que terás. Senão, todos pediriam uma reencarnação que lhes permitisse em apenas uma vida a expiação de tudo o que de negativo acumulou nas várias anteriores...

Do karma tu não foges. Não podes fugir da tua vida. O teu karma é o teu histórico de vida desde a tua primeira existência. É como que a uma conta-corrente. Em função do saldo dessa tua conta estás agora a viver...


Citação de: spuky em 16 janeiro, 2016, 14:42
Eu acredito que antes de encarnarmos pedi-mos determinadas missões consoante aquilo que acharmos melhor para a nossa evolução, ou que precisamos como ser evolutivo, o que nem sempre nos é permitido, será essa negação do nosso pedido uma consequência do karma? Fazendo-nos fazer determinada expiação para corrigir erros, erros esses que chamam de karma? Sendo assim, não posso fugir ao karma, por que fui eu que o criei. Aguardo resposta, gostaria de ouvir algum raciocinio á minha ideia. Obrigado

     Se o karma fosse uma condição à qual estivesse-mos realmente sujeitos de nada serviria tentar fugir-lhe ou minimizar os seus efeitos, porque ele sendo lei, inexoravelmente far-se-ia cumprir como sentença.

     Escusava-mos de estar aqui no forum pedindo ajuda para resolver situações difíceis pois não haveria ajuda possível para situações pelas quais teríamos que passar.

     Se fosse uma lei da natureza nada haveria que a alterasse pois as leis da natureza não mudam ao sabor da vontade dos homens.

     Se fosse uma lei de deus que previsse a possibilidade de alguns homens, por uso da vontade, a pudessem contornar e não a cumprirem, seria uma lei injusta.  Dizem que as várias reencarnações são para esses casos, que são para pagar o que não ficou pago nas anteriores, mas se alguém mantiver sempre a sua força de vontade activa nunca terá de pagar nada, pois terá força e saber para não ser vitima do seu karma.

     Acho duvidosas as leis que não prevêem todas as hipóteses (capacidade de alguém as contornar) e que arranjam alternativas (livre arbitro) como justificação para esses casos em que não se cumprem.

     

     



boa noite,

apercebo-me de alguma tendência para humanizar os temas Karma e Livre Arbítrio...

embora consiga seguir vossos raciocínios "quase" humanistas, especialmente daqueles a quem desponta um alvorecer espiritual, sou de opinião que os valores atribuidos a karma e livre arbitrio serão de caracter espiritual...

mais uma vez, não somos um Zé ou um Jaquim com um espirito, mas um espirito encarnado a que deram o nome de Zé Jaquim...

um espirito enquanto encarnado deve sujeitar-se aos actos e modos dos encarnados, por muito que custe ao seu livre arbitrio, porque é o seu karma...

abraço