II - Falar da alma não é dizer a verdade

Falar da alma não é dizer a verdade
Verdade é o fruto da inconsciência.
Falar da alma é aceitar a incongruência
Em leves traços de vindoura ansiedade.

Por ventura da verdade, a pura incisão
Introspeção do segredo, força da visão.
Prepotência em ventos amainados
É a incidência no fundamental.

Em que vitalidade da visão
É inclusão dos aventurados.
No alcance da imaginação
Que entristece como tal.

Sina é aquela que se leu
Em leituras de tendências
Para lá e para cá, certamente
Não que vem, mas que se foi.

O futuro é a madrugada,
O passado, o entardecer.
A lua alcança a permanência
Das estrelas no presente,

Olhai Sirius lá no alto
Na nova aurora do tempo
E senti a luz do alto
A caminho do saber.

J. S.