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  • O potencial que não se confirma
    Iniciado por credatis
    Lido 3.371 vezes
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Depois de ler este excelente tópico comecei a refletir na minha vida:
Inteligência Emocional

Durante todo o meu percurso académico e falsas modéstias à parte, vários professores me reconheceram potencialidades muito boas, desde a àrea da matemática até à área da filosofia. sendo a escrita criativa o meu maior forte. (Assim como eu, existirá outras tantas pessoas por aí)
Até ao secundário sempre fui um aluno muito pouco esforçado (e com boas notas apesar de tudo), até que a certa altura decidi fazer jus ás palavras de vários professores e atingir esse potencial que era descrito. Isto +/- aquando na entrada do secundário, porque comecei a achar injusto não trabalhar esse dito potencial e ficar "com a mania do poder e não do fazer".
Desde aí comecei a trabalhar mais arduamente... Mas apesar de dominar as várias matérias, chegar a explicar a colegas em na calma e conforto da casa conseguir fazer os vários exercícios propostos...Nunca consegui demonstrar essa sabedoria nas avaliações. Desde o secundário, até hoje...final da universidade.
Quase todos os testes\avaliações fico sempre com um amargo de boca por não atingir determinadas metas (que não são altas) e ainda pior se não resistir ao exercício da comparação (pessoas a quem expliquei conteúdos com notas bastante superiores).

Alguém aqui se revê nestas palavras?
Será que fará parte de um resgate kármico?
Que sugestões existem para alguém atingir a sua tranquilidade e potencial?

#1
Durante toda a minha vida académica que não estivesse relacionada com a parte artística eu simplesmente não estudava, não estudava, não atento nas aulas...tipo estava a lixar mesmo para aquilo.
Porém as minhas notas sempre foram muito altas.

A única cena que não tirava tão boas notas era a francês e era porque fazia de propósito por odiar a disciplina
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Bem acho que me revi um pouco nas tuas palavras,embora algo menor,pois nunca tive assim tantos "elogios",como pareces ter recebido, à minha capacidade por parte de professores,mas por colegas e familiares pelo menos até ao 10º sempre tive, embora isso vale o que vale....

Mas sempre vi que conseguia estudar menos e ter notas superiores a quem estudava mais,dado que entre o 6º e 9º,sempre era dos melhores da turma e tendo às vezes as melhores notas nos testes...ai ai o meu ego...

Porém no secundário tudo mudou,não estudava praticamente,só quase na véspera de testes,mas pronto lá me fui safando só tive que repetir matemática de 12º, de resto fiz tudo à primeira.Mas o problema é que acabei o secundário com uma média de 12 e tal, quando sei que poderia ter bem mais.Isto tudo para dizer que o meu caso,só não atingi o potencial por desleixo,preguiça e pseudo-rebeldia...Bem como não ter nada que me motivasse para tal.

A motivação,lá está é outra coisa muito importante para atingires seja o que for.Pelo menos no meu caso,só consigo atingir o máximo de mim quando é algo que gosto e me interessa,o resto infelizmente desleixo...

Porém este ano repeti o exame de Português,apenas como prova de ingresso,tive explicação e tudo....explicador,toda a gente dizia que eu tinha o necessário para tirar um 16 ou 17,com relativa facilidade,no exame...chego na 1ª fase tenho 11 na ª2 um 12...Por isso sim,percebo o queres dizer.
"Quem vive pela espada morre pela espada...Vivo pelo que digo, morrerei pela palavra"

Citação de: margemsulwtf em 01 setembro, 2015, 21:09
Bem acho que me revi um pouco nas tuas palavras,embora algo menor,pois nunca tive assim tantos "elogios",como pareces ter recebido, à minha capacidade por parte de professores,mas por colegas e familiares pelo menos até ao 10º sempre tive, embora isso vale o que vale....

Mas sempre vi que conseguia estudar menos e ter notas superiores a quem estudava mais,dado que entre o 6º e 9º,sempre era dos melhores da turma e tendo às vezes as melhores notas nos testes...ai ai o meu ego...

Porém no secundário tudo mudou,não estudava praticamente,só quase na véspera de testes,mas pronto lá me fui safando só tive que repetir matemática de 12º, de resto fiz tudo à primeira.Mas o problema é que acabei o secundário com uma média de 12 e tal, quando sei que poderia ter bem mais.Isto tudo para dizer que o meu caso,só não atingi o potencial por desleixo,preguiça e pseudo-rebeldia...Bem como não ter nada que me motivasse para tal.

A motivação,lá está é outra coisa muito importante para atingires seja o que for.Pelo menos no meu caso,só consigo atingir o máximo de mim quando é algo que gosto e me interessa,o resto infelizmente desleixo...

Porém este ano repeti o exame de Português,apenas como prova de ingresso,tive explicação e tudo....explicador,toda a gente dizia que eu tinha o necessário para tirar um 16 ou 17,com relativa facilidade,no exame...chego na 1ª fase tenho 11 na ª2 um 12...Por isso sim,percebo o queres dizer.


Relembrando o secundário até me safei muito bem nos exames, tirando matemática...curiosamente aquela onde estava mais a vontade.
Presumo que ainda não tenhas entrado na universidade. Eu fui para Eng. Electro. e neste campo a frustração dificilmente poderia ser maior. Apesar do curso não ser propriamente fácil as expectativas são defraudadas muito facilmente

KBTA
#4
No meu secundário pouco me esforcei, nunca me importei em ter grandes notas, até porque na altura não tinha o objectivo de ir para a universidade. Passar chegava perfeitamente. No meu 12, na disciplina de história o meu prof dizia que havia lá muita gente que ia chegar ao exame e reprovar, então eu sabia que aquilo também era para mim, anulei a minha inscrição na disciplina, e no exame tinha que tirar positiva para passar. Estudei afincadamente, assistia as aulas, tive que saber os volumes dos livros todos, eram três, mas cheguei ao exame e passei, e claro, calei o prof, até lhe mandei um email. E assim como eu, outro aluno que se baldava e chegou ao exame e teve 15.

Na universidade, embora seja mais exigente o esforço também não é muito, no primeiro semestre ia as aulas todas e apesar de ter menos cadeiras para fazer , tinha 4 e fiz 3, no segundo semestre tinha 6 e fiz 5, e com 3 exames seguidos em avaliação final por opção, com muita matéria consegui passar, estar atento nas aulas ajuda e ter boa memória também. Há aquelas disciplinas em que uma pessoa desanima totalmente e desistindo não há nada a fazer, ou se encara ou não vale a pena, há professores que também não cativam. Tive direito fiscal, pensei que ia ser horrível, pois contas não é comigo, mas tive dois professores muito bons, um apesar de ser o director das finanças da zona norte era do mais acessível que há, e lá consegui passar, porque apesar de não gostar de contas interessei-me.

Se tivermos em mente um objectivo conseguimos ter boas notas. O problema é que a vida não é só a escola,e é necessário estar bem nos outros campos para sermos bem sucedidos nos estudos. Quem é que nunca viu uma pessoa que até nem é nada inteligente mas que por marrar e decorar tudo tem altas notas ?
Todos somos capazes, haja é força de vontade.
Contra mim falo, quando temos mais tempo para estudar é quando deixamos andar e andar e só vamos estudar à ultima da hora e depois claro, até chega para passar mas podia ter sido melhor . :)

Uma coisa que me deixa satisfeita é que entrei neste curso pelos maiores de 23, parece fácil, mas são muitos candidatos e poucas vagas , tive que fazer um exame de português, andei a fazer os meus apontamentos com a matéria dos 3 anos do secundário, e lá andei a estudar, e também podia ter optado por ter aulas de preparação na universidade, com custos claro, mas não estava para pagar se podia estudar sozinha e safar-me. E o que é certo é que tive nota mais alta do que muita gente que ia as aulas a pagar ou que andavam em explicações.

Uma coisa que os professores aconselham sempre, é ir rever os testes,ver em que erramos, pois as vezes achamos que nos correu bem e não é bem assim. E só ao ver os nossos erros é que podemos melhorar.

Não credatis não entrei,talvez ,(e é um grande talvez...),entre este ano e se entrar não será um curso nem de 1ª nem de 2ª opção,mas enfim.Mas algo que aconselho sempre é que as pessoas tentem sempre fazer aquilo de que gostam.Por exemplo,se vais entrar para a faculdade tenta o curso que queres,mesmo que não seja o melhor em termos de arranjar trabalho posteriormente,se vais arranjar trabalho também escolhe o que te cativa mais,e sim eu sei que nem sempre é possível,sou prova disso bem como o único culpado ,mas tentem!

Isto para dizer,e não sei se aconteceu contigo ou não, mas as pessoas tendem a atingir o máximo a serem melhores naquilo que realmente gostam.E todos nós temos limitações em algo.Exemplificando eu quer gostasse ou não de matemática,certo que poderia ter notas razoáveis até,mas sei que há pessoas que necessitavam de uma tarde e eu para perceber demorava 2 dias...

Mas como a KBTA disse e bem,com esforço chega-se lá.Podes não atingir hoje,mas não fiques frustrado hás de chegar lá!Sê persistente.
"Quem vive pela espada morre pela espada...Vivo pelo que digo, morrerei pela palavra"

Citação de: margemsulwtf em 01 setembro, 2015, 21:48
Não credatis não entrei,talvez ,(e é um grande talvez...),entre este ano e se entrar não será um curso nem de 1ª nem de 2ª opção,mas enfim.Mas algo que aconselho sempre é que as pessoas tentem sempre fazer aquilo de que gostam.Por exemplo,se vais entrar para a faculdade tenta o curso que queres,mesmo que não seja o melhor em termos de arranjar trabalho posteriormente,se vais arranjar trabalho também escolhe o que te cativa mais,e sim eu sei que nem sempre é possível,sou prova disso bem como o único culpado ,mas tentem!

Isto para dizer,e não sei se aconteceu contigo ou não, mas as pessoas tendem a atingir o máximo a serem melhores naquilo que realmente gostam.E todos nós temos limitações em algo.Exemplificando eu quer gostasse ou não de matemática,certo que poderia ter notas razoáveis até,mas sei que há pessoas que necessitavam de uma tarde e eu para perceber demorava 2 dias...

Mas como a KBTA disse e bem,com esforço chega-se lá.Podes não atingir hoje,mas não fiques frustrado hás de chegar lá!Sê persistente.
Já é tarde para isso.. Ahah. Só não acabo este mês o meu curso  porque decidi melhorar a tese...na altura era o que mais gostava e pensava ser aliciante. Juntamente com a componente de empregabilidade que é muito forte, tanto cá como lá fora.
Passado este tempo todo... 5 anos.. Não estou arrependido... Mas não estou satisfeito e cheio de alegria e entusiasmo para começar a trabalhar na área. De facto não tive o factor "gosto" sempre do meu lado. Mas pronto, ainda somos jovens e talvez futuramente dê para investir noutra área. O grande problema é não saber do que gosto.. Porque farto me das coisas rapidamente, ou seja, tudo parece apelativo e no momento da verdade deixa de o ser. Noutro país e noutra capacidade financeira dava me ao luxo de um gap year. Assim é trabalhar para esquecer ahahahah

KBTA
Margemsul, pode ser que entres, ha sempre esperança. Claramente tem de se ir para aquilo que se gosta, já tive noutro curso, que apesar de interessante não tem nada a ver comigo, e este já é outra coisa, motiva me. Para sermos bons profissionais temos que estar naquilo que gostamos para fazer mais e melhor e nunca nos acomodarmos.

Boa noite,

Revi-me mais ou menos nas palavras do credatis.
Sempre fui a melhor da turma, desde o 1º ciclo até ao 12º ano. Entrei na faculdade com a média mais alta entre 350 alunos. Acabei a licenciatura com média de 17 e um curso técnico como melhor da turma. Sempre tive elogios de professores de todas as áreas, professores de matemática e química a chorarem literalmente e implorarem para eu não seguir Artes.

Apesar de sempre me ter saído bem em avaliações, ao contrário do credatis, sinto que tudo isso não me adiantou de nada e ando aqui a  encher chouriços na minha vida. Não me sinto feliz, nem aos pulos. Sinto que não estou a usar devidamente o potencial que tenho e, em especial, o meu gosto pelas artes plásticas e literárias. Mas como dar o passo? Não sei.

Se soubesse como atingir o tal potencial com naturalidade e tranquilidade era uma pessoa bem mais feliz. Mas não desistirei de tentar ou de sonhar com isso. Se é algo kármico? Não sei.
Mas do que estudei de astrologia, o nosso Sol está onde encontramos a felicidade e nos sentimos realizados. O meu Sol está nada mais nada menos do que na casa das Artes, da auto expressão. E a verdade é que muitos astrólogos acreditam que enquanto não ultrapassarmos esse desafio proposto no nosso mapa astral, vamos sempre sentir um buraco dentro de nós, um impasse.

Penso que o caminho para todos nós está no autoconhecimento, para nos livrarmos do 'bloqueio'.

#9
Citação de: SaraRS em 01 setembro, 2015, 22:24
Boa noite,

Revi-me mais ou menos nas palavras do credatis.
Sempre fui a melhor da turma, desde o 1º ciclo até ao 12º ano. Entrei na faculdade com a média mais alta entre 350 alunos. Acabei a licenciatura com média de 17 e um curso técnico como melhor da turma. Sempre tive elogios de professores de todas as áreas, professores de matemática e química a chorarem literalmente e implorarem para eu não seguir Artes.

Apesar de sempre me ter saído bem em avaliações, ao contrário do credatis, sinto que tudo isso não me adiantou de nada e ando aqui a  encher chouriços na minha vida. Não me sinto feliz, nem aos pulos. Sinto que não estou a usar devidamente o potencial que tenho e, em especial, o meu gosto pelas artes plásticas e literárias. Mas como dar o passo? Não sei.

Se soubesse como atingir o tal potencial com naturalidade e tranquilidade era uma pessoa bem mais feliz. Mas não desistirei de tentar ou de sonhar com isso. Se é algo kármico? Não sei.
Mas do que estudei de astrologia, o nosso Sol está onde encontramos a felicidade e nos sentimos realizados. O meu Sol está nada mais nada menos do que na casa das Artes, da auto expressão. E a verdade é que muitos astrólogos acreditam que enquanto não ultrapassarmos esse desafio proposto no nosso mapa astral, vamos sempre sentir um buraco dentro de nós, um impasse.

Penso que o caminho para todos nós está no autoconhecimento, para nos livrarmos do 'bloqueio'.
Revejo me completamente na última parte. Eu tive o meu secundário com um modesto 16 na media.. O curso deve fechar no 13. Nunca chumbei, por isso podem acusar de estar a ser chorão a vontade :-P mas acho que a malta aqui percebe perfeitamente o "drama". A questão é que parece cada vez mais que a nossa geração tarda em apanhar o seu verdadeiro rumo e por fim o seu potencial. Não sei se foi da educação na escola, dos entulhos que a comunicação social despeja.. Mas realmente isto é facto.
As gerações anteriores apanhavam o "rumo" muito mais cedo, talvez, por terem de crescer mais cedo. Mas nem todos viveram em dificuldades e isso é transversal nas  mesmas .
Mas pronto talvez isto seja típico da idade ;D

Não sei se é tipico da idade. Vejo pessoas das nossas idades já com a vida completamente organizada, trilhada...com um rumo verdadeiramente traçado. Eu passo o tempo a sentir-me a 'anhar' por aqui, sem perceber o que fazer e como fazer. Acaba por me desmotivar ver outros a saberem o que fazer com as suas vidas e eu a ficar a vê-los passar...

O meu problema não é não gostar de nada, é sentir que gosto de muita coisa mas não saber como agarrá-la.
Enfim, dilemas e dilemas :P

Todos nós queremos ser cada vez melhores e melhores.

Eu fiz um recital quando tinha 15 anos e tirei nota máxima, 20/20 e comecei a chorar porque tinha feito a 100% aquele ataque que tanto tinha estudado.
Por mais estupido que pareça eu chorei por achar que podia ter sido melhor
I see now that the circumstances of one's birth are irrelevant, is what you do with the gift of life that determines who you are"

Citação de: cody sweets em 01 setembro, 2015, 22:50
Todos nós queremos ser cada vez melhores e melhores.

Eu fiz um recital quando tinha 15 anos e tirei nota máxima, 20/20 e comecei a chorar porque tinha feito a 100% aquele ataque que tanto tinha estudado.
Por mais estupido que pareça eu chorei por achar que podia ter sido melhor
Também é um bom tópico para a discussão. Estaremos a ser demasiado perfeccionistas? Existentes connosco próprios? Também é um caminho a apontar. Mas acho que o sistema de ensino não nos dá verdadeiramente asas para voar. Foca se demasiado em assimilar conhecimentos e não em dar ferramentas em bruto para depois trilhar mos o caminho. No norte da Europa, já vão tirar disciplinas do ensino e vai se  mais aberto. Os resultados são excelentes.. Mas com isto não devemos remover a culpa própria.

Eu fui e sempre serei perfecionista demais, eu quero sempre fazer melhor do que fiz. Eu nunca estou satisfeito com as horas de estudo diárias acho sempre que podia fazer mais uma :)

Devo salientar que o meu ensino não era normal, era focado no ensino artístico apesar de termos certas disciplinas como escolas normais.
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#14
Sim, há muitas falhas no sistema de ensino, é um facto. Mas mesmo assim, isso não impediu tanta gente que eu conheço de brilhar e cometerem feitos 'grandiosos', apesar de serem muitos jovens.
Tudo começa dentro de nós...se há algo que nos bloqueia, consciente ou inconscientemente, nunca seremos felizes ou realizados, por mais que tudo seja perfeito à nossa volta.
No meu caso não é perfeccionismo certamente, apesar de dar o meu melhor sempre. Mas há coisas que vão para lá disso, são sentimentos que se sentem ou não, conforme estamos no nosso caminho ou não, a seguir a nossa verdadeira vocação.
Quando fazemos aquilo para que viemos cá a Terra, é um sentimento inexplicável que nada mais consegue preencher, diferente de tudo o resto. Quando não fazemos, sentimo-nos a sobreviver, em vez de viver.