É comum o Espirito assistir ao seu proprio funeral?

Pelos relatos que se tem até hoje em reuniões mediúnicas, é de certo modo comum pessoas assistirem seu funeral, estando algumas inclusive deitadas dentro do caixão, e ouvindo tudo o que falam sobre elas. Algumas são desligadas durante o velório, algumas ainda no hospital, ou em casa, ou no necrotério.

Tudo isso depende só da pessoa que morre. Quem não tem medo da morte, e leva uma vida digna, sem fazer o mau a ninguém, sempre tem apoio e suporte para o devido desligamento do corpo físico antes do sepultamento, na maioria das vezes no hospital, onde há sempre equipes espirituais especializadas em desencarne. Há aqueles que querem assistir ao seu enterro, mas com muita tranquilidade, para dar apoio aos que ficaram. Não é por apego ao corpo! Mas esses são raros entre nós!

Em o livro Conduta Espírita, o Espírito André Luiz adverte: "proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte. O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se."

É importante expulsar de nós "quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecermos". Até porque, a "solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana".

Fontes:
Luiz Roberto, escritor; e
Fórum Espírita.

Já tinha a noção de que o espirito assiste ao próprio funeral, mas não sabia que era por apego ao corpo.
Um ser mais elevado, já tem outra atitude: assiste por respeito aos familiares e amigos que deixou, sendo o corpo apenas uma veste que deixou de servir.

Há um processo natural que completa a separação do Espirito e do corpo. Leva 3 dias e nesses momentos o corpo devia ser deixado em sossego para esse processo ser o mais pacifico possível. Ora na nossa cultura isso não acontece, nesse período há autópsias, velórios, funerais, etc. O corpo anda num reboliço e altera esse processo que deveria ser absolutamente tranquilo. Por isso acredito que sim, que o "Espirito" ainda não está liberto do corpo nesse momento e acompanha o ritual pós-morte.

Depois podem haver outros factores, mortes repentinas e/ou violentas em que a separação é mais lenta, pois o Espirito ainda não se "apercebeu" que morreu e acompanha sempre o seu corpo. Nestas situações a separação pode dar-se apenas uma semana mais tarde.

O desprendimento depende de muita coisa, nem todas as mortes são iguais, mas pelo que dizem maior parte no momento do funeral o Espírito ainda está ligado. E por assistir ao velório não quer dizer que necessariamente ainda esteja ligado ao corpo. Emmanuel aconselha nos casos de Cremação que se deva aguardar até 72 horas após a morte

Já agora, uma questão: podemos ajudar as almas a "perceberem" que morreram e encaminhá-las a seguir o seu caminho no Além, rezando por elas?

Será esse o sentido de se rezar pelos que estão a morrer e pelas almas dos mortos?

Na cultura oriental o corpo do falecido é deixado num local tranquilo e sem qualquer interferência durante esses 3 dias. Ninguém lhe mexe, ninguém lá entra. Só depois é que prosseguem com os rituais fúnebres.

Existe energeticamente uma coisa parecida com o cordão umbilical, chamada cordão de prata que liga o corpo ao espirito durante toda a vida. É o "corte" desse cordão que demora os 3 dias, só depois o espirito se pode libertar.

Eu acredito que sim João Luís Aguiar e presenciei isso por 2 vezes. Não rezo as orações católicas porque não o sou. No entanto tenho muitas conversas interessantes com o outro lado, posso contar um destes episódios.

A minha mãe faleceu com uma morte repentina e inesperada. Nessa noite, tudo em minha casa mexia, a televisão acendia, o despertador tocava (desligado da corrente), papeis moviam-se em cima da mesa, etc. Duraram uns 2 ou 3 dias estes fenómenos. Nunca senti medo, nem algo do género, sabia e sentia precisamente que era a minha mãe a querer comunicar comigo, a tentar perceber o que tinha acontecido. Acendi uma vela, sentei-me no chão e simplesmente conversei com ela, expliquei-lhe o que se tinha passado, que eu ficava bem e que ela não se devia mais preocupar com as coisas da terra, que agora ela tinha era de ir para a luz e fazer o que seria a sua nova vida. Um facto é que nunca mais aconteceu nada em casa e sinto que foi nesse momento que ela realmente percebeu o sucedido.

Por isso acredito que rezar com essa intenção seja uma ajuda a essas pessoas sim, pois devem ficar muito desorientadas nos momentos seguintes á morte.

Obrigado Puca Eu costumo rezar as orações católicas, porque o sou.
Mas acho que o mais importante é pedir a Deus luz e paz para os que partem, independentemente da origem da oração!

Claro, cada um reza segundo as suas crenças, o segredo não está nas palavras, mas sim nas intenções.

É comum o espírito acompanhar o seu próprio funeral. Já ouvi, em diversas incorporações, espíritos a falarem do seu próprio funeral. No entanto, há outros que não têm essa noção. Talvez porque a aceitação da morte ainda não tenha ocorrido, sendo que o seu véu ainda é muito denso. Já presenciei, para estes últimos espíritos, médiuns que pediram que os mesmos vissem o seu funeral. Alguns surpreenderam-se pois ainda consideravam-se vivos. Lembro-me de um em específico que dizia para a filha: "vocês estão todos mal-educados e vou ter que vos castigar. Todos os dias ao jantar sento-me e pergunto-vos coisas e nenhum de vocês me responde. Porque é que vocês não falam comigo?"

Relativamente à oração, a ideia que tenho é que durante os 3 dias, como a Puca referiu, não devemos rezar diretamente ao espírito pois poderá ser energeticamente negativo, pois ele poderá sentir-se preso a não partir. O ideal será durante esses 3 dias rezar a Deus e aos espíritos de luz para o ajudarem. Os 3 dias são também referenciados pela corrente Nova Era como fundamentais para o desapegar do espírito ao corpo, pelo que o corpo deverá ser cremado ou enterrado depois disso.

Então, o espírito que acompanha o funeral do seu corpo não se apercebe que está morto? Ou ainda vai precisar de ajuda? Há ainda a possibilidade de o espírito ficar cá sabendo que já não está no corpo?

Então, o espírito que acompanha o funeral do seu corpo não se apercebe que está morto? Ou ainda vai precisar de ajuda? Há ainda a possibilidade de o espírito ficar cá sabendo que já não está no corpo?

Cada caso é um caso. Se a pessoa é muito materialista e está apegada aos bens materiais probalvelmente fica cá preso. Não há regra defenida cada morte é diferente. Uma pessoa que tem uma morte violenta pode não se aperceber que morreu.Só há uma coisa em comum, há sempre um periodo de adaptação ao Mundo Espiritual

Então, o espírito que acompanha o funeral do seu corpo não se apercebe que está morto? Ou ainda vai precisar de ajuda? Há ainda a possibilidade de o espírito ficar cá sabendo que já não está no corpo?

Sim, há espíritos que apesar de acompanharem o seu funeral, não possuem a compreensão de que estão mortos. Apenas acham estranho tudo aquilo que se está a passar e não possuem grande consciência da situação. Naturalmente estes irão precisar de ajuda. Os espíritos que não possuem essa compreensão, mesmo não tendo o corpo, ficam por cá. Conheço histórias que mostram que alguns inclusivamente, estão de tal forma agarrados ao seu corpo que ficam no cemitério junto a ele Tudo reside na abertura de consciência que se tem relativamente ao mundo espiritual e à capacidade de deixarem para trás o corpo físico.

se é comum ou não não o sei sinceramente, mas poderá acontecer isso sim...

Há muitos anos, era mesmo pequena, sonhei que tinha morrido e estava a assistir ao meu funeral. Ainda hoje me lembro desses sentimentos - nem tanto de confusão - mas de preocupação em querer consolar a minha família que chorava por mim. E depois do funeral voava por cima da casa onde o meu pai nasceu, foi muito interessante.

Bom tópico.

também já sonhei com o meu próprio enterro, faz já bastantes anos, mas marcou-me tanto que me lembro do sonho todo ao pormenor...acho que nunca suei tanto na vida como naquela noite.
Lembro-me que levava um fato azul escuro e uma gravata azul clara e sapatos pretos. Tinha um terço na mão e no fundo do caixão aos pés estava uma rosa branca que brilhava intensamente...nunca entendi porque brilhava tanto. Lembro-me dos meus pais e irmãos e dos meus queridos avós, todos arrasados e transtornados, e eu falava, berrava e ninguém me ouvia. O que achei estranho também na altura é que a minha voz soava como um eco, isto é, como quando falamos a um micro que não está bem afinado e parece que estamos a falar do "fundo de uma caverna".. sempre fiquei na dúvida se será mesmo assim?