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  • Feitiço Médico
    Iniciado por Faty Lee
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Feitiço Médico

Quando os médicos revelam aos seus pacientes as estatísticas como "nove em cada dez pessoas com o seu problema morre num prazo de seis meses" ou "você tem 20% de hipóteses de sobrevivência em cinco anos", será que isso é diferente das práticas de vudu de algumas culturas nativas?

Estarão os médicos a amaldiçoar os seus pacientes, a despertar reações de medo nas suas mentes, levando-os a ativar reações de stress, quando aquilo que o corpo precisa é de reações de descontração?

Quando os médicos rotulam os seus pacientes como "incuráveis" ou até lhes atribuem o rótulo de "doentes crónicos" como no caso da esclerose múltipla, da doença de Crohn ou da hipertensão e lhes dizem que padecerão toda a vida, não estarão no fundo a fazer mal aos seus próprios pacientes? Que provas eles possuem de que os seus pacientes não serão daqueles casos que acabam no Projeto de Remissão Espontâneo, recuperando das ditas doenças incuráveis?

Sem saber médicos fazem aquilo que se chama de "feitiço médico" quando dizem aos seus pacientes que possuem doenças "crónicas", "terminais" ou "incuráveis", estando a programar as suas mentes inconscientes com crenças negativas e a ativar reações de stress que fazem mais mal do que bem. Ao rotular o paciente com um prognóstico negativo e ao privá-lo da esperança de que a cura é possível, podem estar apenas a provar que o diagnóstico que lhes é atribuído é correto.

A médica Lissa Rankin refere no seu livro que: "quando diagnosticaram melanoma metastático ao meu pai, juntamente com metástases no cérebro e no fígado, as notícias foram sombrias. Como médicos, conhecíamos as estatísticas - menos de 5% das pessoas com a doença do meu pai sobreviviam cinco anos, sendo que a maioria morria num prazo de três a seis meses. Olhando para trás, e sabendo o que sei hoje, gostaria sinceramente de que não conhecêssemos esses números quando descobrimos que ele tinha melanoma no cérebro. Bastou olhar para os números para se perder toda a esperança - para ambos. Nunca nos concentramos nos 5% de pessoas que sobrevivem. E quem podia adivinhar que o meu pai não seria uma delas? Só pensamos nos 95% que morriam e geralmente muito depressa".

Eis o meu relato:  "há dois anos atrás quando engravidei pela segunda vez, a médica do hospital para onde fui encaminhada, logo na primeira consulta, quase nem olhou para mim e começou a falar da amniocentese. O que ela me disse sem eu questionar nada foi de que a amniocentese era uma procedimento invasivo e 1 em cada 100 procedimentos corria mal. Fiquei indignada naturalmente e disse-lhe, sim mas 99 correm bem, correto? E ela abriu os olhos olhou para mim e disse: não, há um risco de 1 em cada 100 não correr bem! Bom fiquei estupefacta naturalmente pela falta de profissionalismo que a caraterizou. Em seguida, perguntou-me se eu sabia que o feto estava vivo. Acho que esta foi a cereja em cima de um bolo cujos ingredientes não eram certamente para mim. Levantei-me, pedi-lhe desculpa e disse-lhe que não queria ser seguida por ela. Certamente que outras médicas bem mais competentes poderiam seguir-me. E acabei por ligar a uma amiga que é médica de família e me encaminhou para outro hospital e fui seguida por uma médica com profissionalismo fora de série". E agora pergunto, e aquelas mulheres que são suscetíveis ou influenciadas por isto ou que não podem dar-se ao luxo de mudar de médico, o que fazem?

Pois é, os médicos que revelam estes números aos seus pacientes podem estar, na verdade, a prejudicá-los inadvertidamente. Os médicos não consegue prever o futuro, não têm forma de prever que pacientes desafiarão as probabilidades e quais os que irão sucumbir rapidamente. As suas intenções são as melhores, pois motivam-se pela honestidade, no compromisso para com a autonomia do paciente e desejo de o preparar para o pior, para que não fique em estado permanente de negação.

O objetivo também não é regressar ao modelo paternalista de "não se preocupe com estas coisas, pois tudo vai ficar bem". O segredo para a cura está algures na interseção da esperança, do otimismo, do cuidado afetuoso e da parceira com o paciente capacitado.

Fonte: Lissa Rankin (A Cura pela Mente)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Bom tópico,

De facto há profetas da desgraça em qualquer profissão.
É mau encontrar um médico negativo: diminui logo a perspetiva do paciente, mesmo que não tenha a intenção consciente de o fazer.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Puca
Ora aqui está algo muito importante que todos os médicos deviam ler e assimilar.

Tenho neste momento em mãos 2 casos de AVC em que os médicos deram o caso como encerrado e sem evolução possível. Pois estas duas pessoas, depois de "desmanchada" esta programação mental e emocional com que me chegaram, estão a fazer grandes progressos na recuperação da sua funcionalidade motora e sensorial. Um dos casos  já sigo faz 2 anos, a senhora que me chegou de andarilho, já anda sem nada, sobe e desce escadas, consegue fazer as tarefas do dia a dia de forma autónoma, só ainda não consegue coser reclama ela pois era costureira.

Que tal reverterem esse feitiço no sentido da esperança e da cura, empenhar o doente na sua própria recuperação?

Lembrei-me agora de uma situação em que um médico afirma convictamente "Escusa de ir a correr, essa já não se safa" foi-me dito a mim, "essa" era a minha mãe!


É verdade que há pessoas facilmente influenciáveis e quando essas noticias são dadas pelo seu medico de confiança, é como se fosse uma sentença de morte certa. Muitas vezes é preciso lutar contra as estatísticas e mesmo quando as hipóteses de sobrevivência são poucas, temos de acreditar que a cura é possível. Quantas pessoas tiveram esses diagnósticos fatalistas e afinal sobrevivem e vivem muitos anos? Os médicos chamam-lhe remissão espontânea, outros chamam-lhe milagre. Seja como e porque for, é preciso nunca perder a esperança mesmo quando as hipóteses são de 1 num milhão. :)

sofiagov
Citação de: anascorpion em 28 junho, 2015, 10:59
É verdade que há pessoas facilmente influenciáveis e quando essas noticias são dadas pelo seu medico de confiança, é como se fosse uma sentença de morte certa. Muitas vezes é preciso lutar contra as estatísticas e mesmo quando as hipóteses de sobrevivência são poucas, temos de acreditar que a cura é possível. Quantas pessoas tiveram esses diagnósticos fatalistas e afinal sobrevivem e vivem muitos anos? Os médicos chamam-lhe remissão espontânea, outros chamam-lhe milagre. Seja como e porque for, é preciso nunca perder a esperança mesmo quando as hipóteses são de 1 num milhão. :)
verdade anascoopion.

Excelente partilha!

Há, de facto, uma diferença - grande - entre informar sobre os riscos associados a determinado procedimento e estar com aquele "aviso" de que "Olhe que pode correr mal! Se correr, eu avisei!"

O médico deve informar sim, sobre tudo ao seu paciente, e ao mesmo tempo deverá tranquilizá-lo, mostrando o seu profissionalismo, experiência e fé de que tudo vai correr bem. E se algum dos riscos se concretizar, mais uma vez, ele lá estará para controlar e minimizar!

Digo eu!

Puca, os meus parabéns pelo trabalho que fazes com essas duas pessoas. Faço-te uma vénia. :)