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  • É normal os médiuns levarem dinheiro para ajudar alguém?
    Iniciado por safonso
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Puca, concordo com o disseste. Eu conheço médiuns que trabalham fora dos CE e cobram valores pelas suas consultas e que, voluntariamente estão presentes nos CE para ajudar.

A questão que se coloca é exatamente igual para qualquer outra profissão. Quando vamos a um médico eles cobram-se pelos seus serviços aquilo que quiserem. O facto de cobraram não é espelho do trabalho que prestam. O que os vai definir como bons ou maus médicos é a sua postura técnica, profissionalismo e bom senso, o tal serviço diferenciado. 
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Puca
Pensando assim Chiquinho, também um talentoso, pintor escultor ou musico não deveria viver do seu dom divino de se expressar pela arte.

Pelo que foi dito os médiuns de Centros espiritas trabalham a titulo de voluntariado, assim todos têm acesso.

Então uma resposta á minha questão: "Será que quem não está disposto o retribuir o trabalho do médium merece o seu empenho, tempo e dedicação?"

Atenção não é quem não pode (mesmo o não poder é relativo), é quem não quer. Não será o pagamento uma forma de mostrar gratidão, de valorizar o seu esforço? O dinheiro é a forma criada pelo homem para retribuir serviços, nós somos todos humanos e todos necessitamos de dinheiro para viver. Se Deus permitiu ao homem a criação da moeda de troca porquê não a usar? Sim, porque tudo o que foi criado pelo "homem" foi criado por Deus.

Eu acho que aquilo que disseste Puca é muito importante. Sabes que muitas vezes tenho consulta, mesmo de Psicologia e no final as pessoas vão fazer o pagamento e já não é a primeira vez que elas deixam mais dinheiro do que o valor pedido? E muitas dizem que aquilo que eu fiz por elas (que nem sequer sou eu, mas elas próprias) que não tem preço. Isto quer dizer alguma coisa, não?
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Membro nr. 34334

Puca
Claro que quer Faty, também me acontece o mesmo. É uma mostra de gratidão e reconhecimento do teu empenho, a pessoa leva a energia para se tratar, dá-lhe valor e não fica com sentimentos de divida. :)

Boas.
A funçao da vida é viver o menos possível com o materialismo. Desta feita, o dinheiro insere-se nos "jogos" materialistas.
Jesus Cristo não terá cobrado pelos milagres, e sobreviveu.
O objetivo de vida é a dádiva, e isso é o que nos faz gente.
Como é lógico, minguém vive do ar, pelo que os médiuns têm que suportar os seus custos. Como? Através da dádiva. Quem ajuda, deve ser ajudado.

#20
Olá Faty,
Citação de: Faty Lee em 25 abril, 2015, 09:05
Olá João Paulo Soares

Bem, na verdade, tentei cingir-me à questão inicial do tópico que era "se é normal"... o que é certo é que é normal.
Muito bem, talvez o termo certo a ser usado seria "uma prática corrente". Eu é que interpretei mal.

Citação de: Faty Lee em 25 abril, 2015, 09:05
Mas, se formos a médiuns que não trabalham nos CE, é difícil encontrar quem não leve dinheiro, pois a maioria cobra pelos seus serviços, desde preços simbólicos a preços elevadíssimos, pois estes, na verdade, fazem disso profissão, ou seja não têm outra profissão que não essa.No entanto, queria apenas ressaltar que estas diferenças entre estes dois tipos de médiuns (os que estão em CE e os que não estão), e certamente que haverá outras (como o uso de materiais, produtos, etc.) não rotulam o facto de serem ou não "bons profissionais". Nos CE encontramos bons e maus médiuns e cá fora, exatamente a mesma coisa.
São as crianças que com 10 anos, ficam irritadas porque têm ainda muitos anos por estudar.
  No entanto faço sempre a mesma pergunta a esses: Alguém, alguma entidade, lhes pediu para terem tal comportamento, para ficarem em casa o dia todo e fazerem disso profissão? Ou aquando do inicio da prática, "sentiram" que o deviam o fazer? Aposto que irão responder que "algures sentiram que nasceram para isso". Estão meio certos. Propuseram-se a ser uma ferramenta, mas devido ao desconhecimento e sob o calor apaixonado do exercicio, chegaram à conclusão que o deviam fazer. Na verdade é por eles, e não para como ajuda ao próximo.
  Repara, então, o porquê de haver alguns deles, que "aceitam o que a pessoa pode dar". Porquê? Esses estão a iniciar a entender, estão a ganhar consciência.


Citação de: Faty Lee em 25 abril, 2015, 09:05
Não dei a minha opinião pessoal, pois sei, à luz daquilo que já li em outros tópicos, que suscitará discussão e certamente não chegaríamos a lado nenhum. Tentei apenas focalizar-me nas questões colocadas pela safonso. E naturalmente que tenho a minha opinião interior sobre a temática :)

Bem-haja!

  Claro que sim. Desculpa se transmiti algo em contrário, não era a minha intenção. Gosto sempre de ler todas as opiniões, e a sua, mostra uma sensatez que aprecio.
  As questões que mais originam polémica são as que mais devemos debater, com calma e respeito.

Abraço,


Olá Puca,

Citação de: Puca em 26 abril, 2015, 12:37
Pois um médium pode passar facturas "Prestação de serviços". Ainda á bem pouco tempo não estava oficializada a minha profissão, no entanto sempre passei facturas. Um tarólogo leva dinheiro, um terapeuta de qualquer coisa leva dinheiro, porque o médium não deveria cobrar?

  Comparas um médium a um tarólogo ou a um terapeuta? O terapeuta deve receber a compensação pelo seu trabalho, tempo, estudo. O tarologo, não devia, mas como pensa que é ele que faz o trabalho, a sua ignorância ameniza a "falta".
 
Citação de: Puca em 26 abril, 2015, 12:37
Não creio que o factor "dinheiro" seja discriminativo do bom ou mau médium. Porém nesta citação parece que "se cobra é charlatão", acho que o problema não está no dinheiro, mas na forma como se lida com ele.

 O factor "dinheiro" não é no sentido discriminativo, mas no demonstrar, a quem procura ajuda, que terá alguém a querer ajudar sem interesse. Nos tempos de hoje, acho válido, ser demonstrativo que, pelo menos em termos materiais, não existe um charlatão.
 Porque fique a saber, que até pode haver charlatanismo a nível moral num médium. Há mediuns que não cobram dinheiro, mas têm que receber como "pagamento" um reconhecimento de superioridade, alimento para o seu Orgulho... mas isso é outra conversa.
 O que quis dizer, com o parágrafo meu que citou, é que não levar dinheiro, serve como parâmetro, dentre de vários, para reconhecer um médium sério de um charlatão. Pode haver médiuns sérios que cobram sem ser charlatões? Por certo, são aqueles que estão no inicio da caminhada, são os que dizem" dê o que possa", mas aí pode-se usar outros parametros para a questão de serem charlatões ou não.
 No entanto, se usarmos a questão se levam dinheiro ou não, já separa um pouco as àguas,não é?
   
Citação de: Puca em 26 abril, 2015, 12:37
Daí colocar a questão ao contrário: "Será que quem não está disposto o retribuir o trabalho do médium merece o seu empenho, tempo e dedicação?"
Suponho que se recorra a uma consulta com um médium para procurar resolver um problema, assim como se recorre ao psicólogo ou ao médico, porquê ser colocado de lado a nível financeiro?

  Mas ainda não percebeste que uma caracteristica de um médium, é ser um mero instrumento e que terá que ter abnegação com a sua pessoa em serviço ao próximo?
  Claro que ninguém tem retribuir ao médium nada!
  Quer agradecer, agradeça a Deus, ao Cosmos, a quem queira, por ter algum tipo de ajuda! Não é ao médium! Bom, se mais tarde, houver alguma melhoria como pessoa pela a "ajuda" da qual o médium participou como transmissor, perfeito, é realmente um agradecimento para o médium.

 O médico, o psicologo, fazem as coisas por eles, mérito do seu trabalho, o médium tem que se esquecer de si por uns tempos para ajudar o outro. É um instrumento, não faz nada por si.

Citação de: Puca em 26 abril, 2015, 14:17

Então uma resposta á minha questão: "Será que quem não está disposto o retribuir o trabalho do médium merece o seu empenho, tempo e dedicação?"

Atenção não é quem não pode (mesmo o não poder é relativo), é quem não quer. Não será o pagamento uma forma de mostrar gratidão, de valorizar o seu esforço? O dinheiro é a forma criada pelo homem para retribuir serviços, nós somos todos humanos e todos necessitamos de dinheiro para viver. Se Deus permitiu ao homem a criação da moeda de troca porquê não a usar? Sim, porque tudo o que foi criado pelo "homem" foi criado por Deus.

  Esse trabalho, empenho, tempo e dedicação é Amor ao próximo. Que retribua ele, o "cliente", com uma tentativa de se aperfeiçoar. O médium agradece e Deus também.
 E já agora, tudo que foi criado pelo o "homem" foi criado por Deus !!?? :) Bom, então ele criou o Amor, porque não pode a pessoa pagar ao medium com Amor?

Abraço,

  Não confundir mediunidade com profissões. Imagina a pratica da mediunidade como voluntariado. :)

 

João Paulo Soares a sua energia clarificadora é sempre bem-vinda neste tipo de tópicos. Obrigada por isso.

Após a leitura do seu comentário, outras questões se afloraram na minha mente ;D

Aqui, pressupomos que a mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, por isso um médium é todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos, certo?.

Então, se assim é, quando alguém utiliza a sua mediunidade (não importa qual), não deverá cobrar pelos seus serviços, já que ele é apenas "instrumento", correto?

Assim, por exemplo:

- Há terapeutas holísticos que estudaram determinadas áreas, utilizando nos seus trabalhos, técnicas e metodologias que aprenderam. Mas, muitas vezes, na realização do seu trabalho essas técnicas e metodologia são utilizadas a par da sua própria mediunidade. E nestes casos? A mediunidade continua a ser o veículo de tratamento...

- A maior parte dos tarólogos também apostou na sua formação, ou seja, contam-se pelos dedos os tarólogos autodidatas que aprenderam "intuitivamente" por si, já que a maior parte tirou cursos, frequentou workshops, seminários, etc.... E nestes casos, a mediunidade (de alguma forma) é também utilizada....

- E no caso dos "bruxos", "feiticeiros" e afins, que também realizam o seu trabalho com  recurso à sua mediunidade?

Como devemos fazer a separação disto tudo neste contexto específico do tópico? Ou seja, como devemos separar a "atividade" realizada com o uso ou não da "mediunidade"?

Bem-haja!
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sofiagov
Citação de: João Paulo Soares em 26 abril, 2015, 23:51


 (...) Imagina a pratica da mediunidade como voluntariado. :)

 

a pequena frase do João Paulo Soares diz tudo ... :)

Dispor desse dom sob forma de voluntariado parece uma boa colaboração para ajudar o próximo.

um bem haja também pela sua excelente participação no fórum.

Eu acho que nos casos já referidos, como a profissão da Puca, os referidos pela Faty, de facto não se consegue dissociar da mediunidade, pois ela acaba por ser parte integrante do trabalho. E sim, obviamente são (e devem) ser remunerados. Como qualquer outra terapia!

Agora, quando vamos a um médium, aqueles que têm um "dom natural", isto é, sem cursos, sem formações nem workshops, apenas têm uma mediunidade muito desenvolvida e sabem "trabalhar", aí acho que não devem ser cobrados quaisquer "serviços". Concordo com o que foi dito, a mediunidade não é "comprada" e o médium é apenas um veículo.
Também esses por norma têm os seus empregos e praticam a sua mediunidade "fora de horas".

Conheço dois casos, de dois médiuns, em que o primeiro tem horário de atendimento diário e só faz isso. No final da consulta, quando perguntam quanto é apenas responde "não faço preço" e cada um dá o que quer e se quiser. Mas o que é certo é só vive de atender as pessoas. O segundo só atende um dia por semana porque tem o seu emprego e diz "que não cobra nada, porque é algo que ele tem de fazer desde os 15 anos, ele precisa de trabalhar". Mas claro que também deixam-lhe sempre ficar alguma coisa.

Se médium não é profissão.
Ser tarologo é. Ser curandeiro tambem é. Ser feiticeiro tambem é. Ser quimbandeiro tambem é.
Comunicar com o "outro lado" só por si não é trabalho.
Usar essa capacidade para executar coisas, ajudar, construir soluções ou prever situações é um trabalho.
Fazer um oraculo, fazer uma limpeza espiritual, "limpar" um lugar, atrair clientes para um negocio, ajudar a fazer esquecer um amor... são trabalho.
E todo o trabalho deve ser cobrado.
E não venham com o argumento do "dom"... porque se eu preciso de um casa no quintal, não vou esperar que o pedreiro me faça o trabalho de borla só porque tem o dom de ser um bom pedreiro.
Por isso, o trabalho deve ser cobrado.
E tambem deve ser pago... porque quem paga os trabalhos espirituais rapidamente o dinheiro é recuperado... Quem não paga e não cobra... o dinheiro fica bloquedado... dinheiro atrai dinheiro....
"Sabemos o que está certo, sabemos o que está errado, fazemos o que esta certo e evitamos o que está errado"

Dinheiro atrai dinheiro ....

cabe cada um viver e conviver com a sua consciência


"Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento." Mateus 10:8-10

"De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão." 1 Timóteo 6:6-11.



A verdade doi, mas liberta

Puca
Compreendo tudo isso, de praticar o voluntariado. Também reconheço que em relação ao Espiritismo sou ignorante como tão delicadamente afirmou o colega.

No entanto algo me está a passar ao lado, para os católicos e como explica o Kalki o que é recebido de graça não deve ser cobrado, tudo bem é uma crença. Mas afirma "A grande fonte de lucro é a piedade e o contentamento.". Isto é uma completa utopia, quando chegam as contas para pagar, não chega eu rir-me para elas, tenho de ter dinheiro para as pagar.

Como ser Médium não está apenas relacionado ao Espiritismo e todos temos mediunidade, pode estar mais ou menos desenvolvida, mas temos, geneticamente está lá, vejamos o meu caso: Pratico medicina chinesa, em muitos casos e pela mediunidade que possuo altero a forma de tratamento para algo que sinto ser mais eficaz que o protocolo pré-estabelecido (comunico com um guia digamos assim), ajudo assim o paciente a recuperar mais eficazmente, converso com ele de uma forma que por vezes é tão fluida, clara e consciente que até eu própria me surpreendo, do género..."Sou eu que estou a dizer isto? ". Não, não são as minhas palavras, é uma informação que é "plantada" na minha cabeça e eu apenas a "leio". Isto é mediunidade, correcto? E eu uso-a para ajudar outros, correcto? Então as minhas consultas deveriam ser grátis pois faço uso de algo que me foi dado gratuitamente. E vivia do quê? "Piedade e contentamento"?

Também pratiquei voluntariado, com sem-abrigo, e estou plenamente de acordo em entregar-mos parte do nosso empenho sem esperar retorno. Agora digam-me uma coisa o que é que nós temos, como seres humanos, que não nos foi dado de graça? A nossa existência é gratuita, a capacidade de aprender também, os talentos também, então vai tudo trabalhar á borla?

Sei bem que não vamos chegar a conclusão nenhuma. :) Mas resumindo acho que recompensar a prestação de um serviço é uma forma de agradecimento ao prestador e a Deus. Não há uma frase que diz: "Estas são as únicas mãos de Deus que verás em vida."?

Bem Hajam!

Boa tarde amigos/as!
Permitam-me que deixe aqui a minha opinião sobre se os "mediuns" ou "espíritas" devem ou não cobrar pelos serviços. A meu vêr nesta área tão específica e/ou especial de ajuda ao próximo, julgo que não deveriam cobrar. Se há quem cobre (são vários a fazê-lo) é porque fazem da atividade uma profissão ou modo de vida. Por outro se há quem cobre apesar de ter uma outra profissão bem mais lamentável o é. Eu estou a escrever estas palavras porque fui ajudado num estado limite ou quase com apenas 5/6 anos por Medium Vidente (oxalá sua alma descanse em paz eterna pois merece) e não me consta ou meus pais nunaca me disseram se cobrou ou não. Eu estava presente (lógico) e não me lembro sequer de minha mãe ter carteira, aliás a senhora só precisou de estar comigo uma vez em sua casa e de vir outra à minha para resolver uma situação muito grave que para sempre me marcou e vai marcar. Não cobrou dinheiro mas até aproveito para perguntar à minha mãe mas não creio. Deslocação ainda foi grande e julgo que a nossa primeira auto-estrada nem sequer estava ainda concluida...Concordo em absoluto com a citação do amigo "Misticopt28" quando refere: "Dai de graça ou que de graça recebeis". Afinal de contas quantas pessoas não chegam a estas pessoas mediuns num estado de total desespero e aflição!? Julgo que esta é daquelas áreas em que apetece tanto "ajudar sem olhar a quem"... A mim ocorre-me isto muitas vezes... Se vir-mos bem há tanto modo de pagar e ser grato sem o miserável dinheiro sempre na frente de tudo... Esta senhora que me ajudou há 35 anos já deve ter morrido claro mas não me vou cansar nunca de descobrir onde está sepultada pois quero estar perto dela nem que seja por uma última vez nesta vida... É o meu modo de gratidão e de lhe pagar pelo que tão bem me fez. Minha mãe é que não acha boa ideia... Abraços e beijinhos - José Santos 

     


Olá Faty,
Citação de: Faty Lee em 27 abril, 2015, 08:08

Aqui, pressupomos que a mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, por isso um médium é todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos espíritos, certo?.
Sem dúvida. Embora neste tópico esteja a evidenciar a prática do medium, ou a filosofia para a prática do médium. Nesse aspecto, a questão de abnegação da sua personalidade para a prática da mediunidade, seja sob que avaliação da "corrente/religiosa", é verificável. Veja nas várias religiões, correntes espirituais, filosofias, que abordam este assunto, em todas é elucidado, que o médium deve-se abstrair da sua personalidade no uso da mediunidade.
   Neste tópico, estamos a questionar a pratica do médium com terceiros.
 
 

Citação de: Faty Lee em 27 abril, 2015, 08:08

Assim, por exemplo:

- Há terapeutas holísticos que estudaram determinadas áreas, utilizando nos seus trabalhos, técnicas e metodologias que aprenderam. Mas, muitas vezes, na realização do seu trabalho essas técnicas e metodologia são utilizadas a par da sua própria mediunidade. E nestes casos? A mediunidade continua a ser o veículo de tratamento...

   Sim, é uma boa pergunta e que gostaria de citar uma parte do post da Puca, aproveitando a responder às duas, como calão que sou :)

Citação de: Puca em 27 abril, 2015, 13:25

Pratico medicina chinesa, em muitos casos e pela mediunidade que possuo altero a forma de tratamento para algo que sinto ser mais eficaz que o protocolo pré-estabelecido (comunico com um guia digamos assim), ajudo assim o paciente a recuperar mais eficazmente, converso com ele de uma forma que por vezes é tão fluida, clara e consciente que até eu própria me surpreendo, do género..."Sou eu que estou a dizer isto? ". Não, não são as minhas palavras, é uma informação que é "plantada" na minha cabeça e eu apenas a "leio". Isto é mediunidade, correcto? E eu uso-a para ajudar outros, correcto? Então as minhas consultas deveriam ser grátis pois faço uso de algo que me foi dado gratuitamente. E vivia do quê? "Piedade e contentamento"?

   Então. Sublinhei as palavras estudaram, aprenderam e medicina chinesa, para realçar a existência do resultado do ser humano. Isto é, esses estudos/ciências é fruto humano, por vezes milenares, onde muitos de nós passamos e contribuirmos para isso. É merito nosso.

   Agora a questão é? E se juntarmos a mediunidade? E se o terapeuta holístico mencionado da Faty, e se o terapeuta da medicina chinesa, como a Puca, usarem a mediunidade em conjunto com esse conhecimento, deve ou não ser cobrado?
   Para mim, é simples.
   Depende da intenção.
   Depende do "produto" que os mesmos apresentam para venda.
   
   Se o terapeuta holistico, ou a Puca, produzirem algo, que tenha que conter algo resultante da mediunidade, então está errado. Se apresentarem o seu produto como resultado da sua profissão, então é correcto. Se a terapeuta vender a sua terapia, se o psicologo, vender a sua psicologia, resultante da profissão, não há mal algum usar a mediunidade no processo. Agora se vender a terapia+mediunidade, ou a psicologia+mediunidade, aí já será algo erróneo. As pessoas não tem que saber se usamos a mediunidade ou não, o que irão obter, será uma terapia e uma assistência psicológica.
   
   Isto é, e vamos usar o exemplo da Puca, uma maneira certa é usar a mediunidade na sua profissão, mas apresentá-la, como produto final, a ciência que estudou.(apenas e só a  ciência da medicina chinesa).
   Por outras palavras, a Puca tem o mérito do pagamento como terapeuta em medicina chinesa, pode e deve, usar a mediunidade para um melhor resultado, mas jamais deve fazer "publicidade" por usar a mediunidade no processo ou cobrar mais pelo o seu uso.
   A mediunidade, deve sim ser usada, em qualquer profissão, como auxiliadora, mas jamais como acrescento para reconhecimento qualificativo superior, ou como acrescento monetário.
 
   Imaginemos que a Puca criou uma terapia sua que é: Medicina Chinesa + Informações Mediunicas = Terapia XPTO.
   Ora se a sua profissão for como terapeuta XPTO, é charlatanismo. Porque a parte das "informações Mediunicas", não são dela.
   Ela jamais pode garantir essas informações mediunicas, pois a suspensão da mediunidade existe, é real, por vários casos, logo apresentar um produto final a um cliente que contenha algo que não domine é charlatanismo. É como vender chuva. Ela não consegue garantir, nem a constante mediunidade, nem a constante persença e auxilio de entidades.

   Bem, relendo isto, ficou complicado.
   
   Resumindo, não há mal nenhum usar a mediunidade nas nossas profissões, desde que não a apresente como produto final, o uso da mesma.
   Se a Puca, amanha, o seu Guia, não lhe "intuir" nada, ela será sempre terapeuta e usará sempre o seu conhecimento adquirido como terapeuta da medicina chinesa e pode continuar a exerce-la. E é como terapeuta que recebe o merecido pagamento.
   A sua profissão é como terapeuta. Se um terapeuta tem mediunidade, e tem a ajuda, que aproveite, não deve é vender a sua terapia como algo mais, por ter o auxilio mediunico.
 
Citação de: Faty Lee em 27 abril, 2015, 08:08

- A maior parte dos tarólogos também apostou na sua formação, ou seja, contam-se pelos dedos os tarólogos autodidatas que aprenderam "intuitivamente" por si, já que a maior parte tirou cursos, frequentou workshops, seminários, etc.... E nestes casos, a mediunidade (de alguma forma) é também utilizada....

- E no caso dos "bruxos", "feiticeiros" e afins, que também realizam o seu trabalho com  recurso à sua mediunidade?

Como devemos fazer a separação disto tudo neste contexto específico do tópico? Ou seja, como devemos separar a "atividade" realizada com o uso ou não da "mediunidade"?

Bem-haja!

   A questão dos tarologos,bruxos, feiticeiros, é que vendem, as tais informações mediunicas, informações espirituais, ao qual o comum mortal não tem acesso.
   É esse seu produto.
   Mas não o podem garantir.
   Bom, há tarologos, que nada têm de mediunidade, dizem apenas o que aprenderam na leitura, e a esses, nada mais fazem que vender ar. No entanto, há muitos que tem mediunidade, e que o tarot lhes serve como auxiliadores. Esses, e todos que recorram a informações exteriores a eles, e provenientes da espiritualidade, não devem ou não deviam, aceitar qualquer tipo de pagamento.

   Vamos lá ver um coisa, e sermos sensatos.
   Alguém tem coragem para afirmar que controla a vontade de entidades inteligentes incorporeas? Que dispoem ao seu belo prazer, para nos dizer coisas?
   Alguém consegue afirmar que consegue manter a sua mediunidade para sempre?
   Às vezes parece que sim, que existe uma percentagem de pessoas, que se esquecem, que as almas/espiritos,etc., que têm a sua vontade, são livres, e que não são uns animais às nossas ordens. Eu até já ouvi, num certo centro fraternal espiritual que prendem, sim prendem, a entidade principal auxiliadora dessa fraternidade, lá para não sair??!!
   Enfim...

Citação de: Puca em 27 abril, 2015, 13:25
Compreendo tudo isso, de praticar o voluntariado. Também reconheço que em relação ao Espiritismo sou ignorante como tão delicadamente afirmou o colega.

   Olá Puca,
 
   Desculpa, não havia intenção nenhuma delicada ou não, de qualificar seu conhecimento sobre o Espiritismo :) , mas desde o principio não estou a usar a explicação espirita, nem a mencionar o Espiritismo. O que quis dizer, foi que reconheci, que não conhecias uma caracteristica de um médium, quando perguntaste se:
"  Será que quem não está disposto o retribuir o trabalho do médium merece o seu empenho, tempo e dedicação?"
Suponho que se recorra a uma consulta com um médium para procurar resolver um problema, assim como se recorre ao psicólogo ou ao médico, porquê ser colocado de lado a nível financeiro?"

   Isto demonstra o desconhecimento de uma das caracteristica do médium, que volto a referir, é dispor-se aos outros por amor a outros, por abnegação.
   Mas fica descansada, pois com bom senso, percebes que não há mal nenhum no uso que dás na tua profissão.

   Claro que vamos chegar a uma conclusão. :) Pelo menos na questão de usar a mediunidade na profissão. Podemos e devemos, mas recebemos como pagamento o resultado produtivo da profissão e não pelo uso da mediunidade.
   
   Num tom de brincadeira: :)
   
   Se tivesses um empregado como o Antonio, sem mediunidade, mas um excelente terapeuta em termos praticos e de conhecimento e pagas X,  mas se tivesses o Manuel, tambem bom terapeuta ao nivel do António, mas tem mediunidade, pagarias o dobro do ordenado? :)

   E os médiuns que cobram pelas "consultas", eles pagam a si mesmos, sempre que "consultam" para suas questões? :)


Abraços,