Pobre eu

                                                                                                              Pobre eu

Que o meu funeral seja num tempo furioso e chuvoso,
para que sintam a quanta tristeza continha meu rosto

Que ninguém chore, porque nunca ninguém chorou por este teimoso,
e que nenhum maldoso espalhe a amor falso no meu funeral fabuloso

Que descanse depois então em paz sem qualquer olhar tenebroso,
que o meu nome espalhe por todas as bocas desse curioso povo

Povo este que estão sempre a inventar histórias e mitos,
mitos esses que viram histórias e seguidamente em atritos

Não quero fiquem aflitos, por isso que estou a escrever,
deve ser apenas mais um desabafo da minha alma a sofrer

Pobre eu, por ver o mundo de outra forma e querer
mudar coisas que são impossíveis da sociedade ver.

Mais uma vez excelente trabalho rapaz!

Parabéns .

Está tudo bem?

Porque chora a tua alma amigo querido?
O nosso mundo é feito de bem e de mal.
Olha para o Sol que brilha divertido,
E deixa pra lá essa história do funeral.


Tinha de me meter contigo, estás um bocadinho sorumbático neste registo poético.

Mas os artistas são mesmo assim...!

Amei ll0yd

Este poema, apesar de triste, mostra o quanto tu és capaz de ser "diferente", porque vês o mundo de outra forma.

"Pobre", certamente não serás... pois a riqueza em nós reside precisamente na atitude e coragem de ser "diferente".

Lindo!

Ora muito bem... caro amigo lly0d, sinto-me na obrigação de fazer alguns reparos ao seu texto.
Simultaneamente, acho que devo deixar algumas dicas a outros colaboradores do espaço poesia.

Escrever um texto poético, não é só escolher umas palavras ''bonitas'' e pôr uns versos a rimar com os outros.
Existem determinadas regras que devem ser observadas, mesmo que na ''poesia moderna'', estas sejam bem mais flexíveis do que na ''poesia tradicional''.

Penso que os pontos principais a ter em consideração, são os seguintes:

Métrica - a 'medida' do verso, tendo em atenção que as sílabas poéticas ou métricas diferem das sílabas gramaticais e onde deixo a sugestão de pesquisa sobre sílabas tónicas e átonas. O verso tradicional têm no máximo doze sílabas, sendo que no verso moderno a métrica é livre, o que leva muitas vezes a determinados 'excessos'.

Rima - Elemento essencial da poesia, onde os versos podem ser consoantes, assonantes ou soltos. Deve fazer-se atenção ao acento tónico, aos vocábulos, etc.

Que o meu funeral seja num tempo furioso e chuvoso,
para que sintam a quanta tristeza continha meu rosto

Que descanse depois então em paz sem qualquer olhar tenebroso,
que o meu nome espalhe por todas as bocas desse curioso povo

Onde está a rima nestes casos?

Ritmo - transmite a emoção e a expressão ao poema. É a melodia do verso.

Para finalizar, devo dizer que a 'ideia' que pretende transmitir através do texto é óptima, mas não verdadeiramente conseguida sob a forma de poesia.

Não é obrigatória a poesia ter rimas. E sabe que que existe uma técnica de escrita chamada encavalgamento que nos permite continuar os versos demasiado longos na linha seguinte.

Já alguma vez leu o poema "monotonia" da autora Irene Lisboa?

Rabugento, concordo consigo, mas a poesia é livre. Já reparou que apesar de haver "regras" há sempre alguém que não as cumpra? Ou seja, acho que as suas dicas foram muito importantes sob o ponto de vista "técnico". Eu também escrevo e preocupo-me com isso quando o faço, pois tem um outra sonoridade... mas a poesia nem sempre é isso mesmo, mas um estado de alma. Existem tantos poemas que nem sequer rimam, já viu? Tudo tem que ver com o gosto pessoal e os estados de alma, não possuem regras!

Não é obrigatória a poesia ter rimas. E sabe que que existe uma técnica de escrita chamada encavalgamento que nos permite continuar os versos demasiado longos na linha seguinte.

Já alguma vez leu o poema "monotonia" da autora Irene Lisboa?

É claro que existem poemas sem rimas, mil e uma figuras de estilo e recursos literários... só que a análise é sobre o 'poema' «Pobre eu», aplicando-se a outros com semelhantes características.
Assim sendo, no caso concreto deste texto, a rima é utilizada e bem conseguida em todos os versos, à excepção dos dois casos que utilizo como exemplos, o que leva a crer que a ideia seria a sua utilização na globalidade do conteúdo.

Como também neste verso: 

Povo este que estão sempre a inventar histórias e mitos

onde se pode constatar que ''estão'', é mal utilizado na frase.

Sou apologista da ideia de crítica construtiva, tendo como objectivo o melhoramento de algo com potencial elevado, discordando do 'politicamente correcto', que pode iludir negativamente as pessoas.

Muito obrigado pelas suas dicas Sr.Rabugento, sem dúvida que serão muito úteis para as minhas próximas pancadas, se é que me entende, mas como a menina Faty Lee disse e muito bem,

os estados de alma, não possuem regras!

Mas mesmo assim, volto agradecer mais uma vez pelas suas dicas, ao resto que comentaram, só tenho que agradecer pelo vosso carinho!! Muito obrigado mesmo!! Um enorme abraço deste vosso moço!

Irei ser mais persistente comigo para a próxima, para não levar nas orelhas novamente do Sr.Rabugento!

Já sabes rapaz, estamos a espera do próximo

Um grande abraço

Já sabes rapaz, estamos a espera do próximo

Um grande abraço

E eu à espera da minha próxima pancada, hehehe!! Muito obrigado amigo Cody! Um enorme abraço para si e para os seus!!!!!

Lloyd, aproveita as "lições" de gramática, que o resto das regras não interessa.

Eu estou sempre a ser criticada por causa dos enquadramentos que faço nas minhas fotos, porque há que seguir a regra de nove e eu simplesmente ignoro-a

Lloyd, aproveita as "lições" de gramática, que o resto das regras não interessa.

Eu estou sempre a ser criticada por causa dos enquadramentos que faço nas minhas fotos, porque há que seguir a regra de nove e eu simplesmente ignoro-a

"as regras existem para serem quebradas..."

Mainada!

Tu de pobre não tens nada... tens uma riqueza na escrita!

Triste, sim, mas não menos belo... parabéns!