Bem-vindo ao Portugal Paranormal. Por favor, faça o login ou registe-se.
Total de membros
19.509
Total de mensagens
369.625
Total de tópicos
26.967
  • Como e classificada aqui a doutrina umbandista e candoblecista do Brasil??
    Iniciado por Fada
    Lido 4.515 vezes
0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.
Ola eu gostaria de saber em qual classe se encaixa,o candomble e a umbanda,pois aqui no Brasil chamamos de espiritismo e umbandista ou condoblesista e aqui no site eu não consigui achar nada que revele os espiritas mediunicos do transy com as divindades os orixás, por favor se puder me ajudar aceito.
Agradecida a quem responder.

Fada
.
Fada das aguas doce e calmas.

Candomble e a Umbanda são religiões afro-brasileiras, encaixam-se em crenças e não estão ligadas ao Espiritismo.

A Umbanda pode ter algumas semelhanças com o Espiritismo assim como pode ter algumas semelhanças com o Candomblé por causa dos Orixás.


Citação de: IceBurn em 12 novembro, 2009, 20:01
Candomble e a Umbanda são religiões afro-brasileiras, encaixam-se em crenças e não estão ligadas ao Espiritismo.

A Umbanda pode ter algumas semelhanças com o Espiritismo assim como pode ter algumas semelhanças com o Candomblé por causa dos Orixás.


Obrigada pelo esclarecimento,eu tinha duvidas,mas já compreendi e que aqui no Brasil tudo e só candomble e umbanda,ou kardecismo,e e como se fosse tudo um só sendo que com don diferentes.
Fada das aguas doce e calmas.

Bom, umbanda é religião afro-brasileira de fato.

Candomblé é religião de matriz africana, não é afro-brasileira.

A Umbanda surgiu no Brasil na época da escravidão, quando os escravos queriam cultuar seus orixás e seguir sua religião natal, Candomblé, mas eram impedidos por seus senhores. Por isso mesclaram a religião Católica com o Candomblé, para "disfarçar" seu culto.

Os orixás passaram a ser os Santos da Igreja, por exemplo Xangô do Candomblé, na umbanda é São Jorge e etc...

Agora em um sentido mais amplo Umbanda e Candomblé são espiritismo sim, só não são Espiritismo Kardecista, o criado por Alan Kardec.

Espiritismo é a prática da Necromancia, invocação de mortos, de entidades e tanto o Kardecismo quando a Umbanda e o Candomblé fazem isso, de formas diferentes é claro. Mas acredito que tudo se encaixa como espiritismo.
Na verdade, em um sentido mais profundo, nem nascemos e nem morremos. São as identidades e sonhos que vão mudando...

É um erro comum considerar tais religiões como espiritismo, assim como é comum a comunicação social usar o termo espiritismo erroneamente.

Embora tais religiões (Candomblé e Umbanda) sejam espiritualistas e tenham características mediúnicas, não constituem variante nem modalidade do espiritismo.

No livro "O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas" isso é esclarecido com a seguinte conclusão:
«O Espiritismo é uma doutrina que se basta por si mesma, sem empréstimos nem acréscimos artificiais.»

O Espiritismo é portanto a doutrina codificada por Allan Kardec, recebida de vários «Espíritos Superiores», que respeita princípios de ordem científica, filosófica e religiosa.

O simples facto de haver comunicação com espíritos não pode ser considerado espiritismo.


Passo agora a citar um texto que encontrei sobre este assunto:

   - A doutrina de Umbanda foi originalmente criada pelos índios e depois, com a imigração negra e, posteriormente, a imposição religiosa católica, assumiu carácter sincrético, isto é, agregou em seus princípios crenças africanas, vindas de várias seitas - das quais várias variações do Candomblé - e, por impositivo da Igreja Católica, cultuavam seus orixás com correspondência aos santos católicos, para não serem reprimidos. Toda a doutrina de Umbanda passou por várias adaptações locais e pessoais, por não ser uma doutrina codificada.

  - A doutrina Espírita foi codificada na França do século XIX pelo Prof. Denizard Rivail, também conhecido por Allan Kardec, mais especificamente em 1858 com a primeira edição de O Livro dos Espíritos. A Doutrina Espírita é uma filosofia científica de conseqüências religiosas, não sincrética e codificada, isto é, contém nos livros das Obras Básicas toda a base doutrinária que lhe é própria, sendo as demais obras complementares. Obras básicas da codificação espírita: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno.
   Só pela origem histórica e pelas características já é possível ver uma diferença significativa entre as duas filosofias, mas entraremos um pouco mais nos seus postulados para verificar quais são as diferenças doutrinárias mais marcantes (embora existam muitas).
   
   1) Ritos, talismãs, pontos, vestimentas especiais e hierarquia sacerdotal
    O Espiritismo não adota qualquer tipo de ritual, não adota talismãs, não possui qualquer tipo de chamativo aos Espíritos sob a forma de pontos e também, para nenhuma de suas atividades, sejam elas quais forem, adota vestimentas especiais.
A Umbanda adota em seus princípios rituais próprios (giras, festas, etc), talismãs (guias, pembas, etc), pontos riscados e cantados, hierarquia sacerdotal (babalorixá, yalorixá, filho de santo, ogã, etc) e vestimentas especiais (branco ou uniforme da casa em questão).
   
   2) Trabalhos materiais, fluidos materializados
   O Espiritismo não adota em suas práticas qualquer tipo de oferenda ou trabalho material. Todas as manipulações fluídicas são feitas pelos Espíritos, com o auxílio de médiuns passistas quando se faz necessário, utilizando deles também os fluidos animalizados, sem necessidade de trabalhos materiais.
A Umbanda adota em suas práticas o uso de oferendas e trabalhos de ordem material. Além disso, propõe-se à manipulação de fluidos pesados, materiais, nas práticas da "magia branca". Tal é, no mais das vezes, a finalidade das oferendas na Umbanda - a manipulação desses fluidos.
   
   3) Hierarquia Espiritual
   O Espiritismo não adota qualquer tipo de divisão desse tipo. Apenas mostra que os Espíritos são distintos por seu nível intelectual e moral, ou seja, pelo maior ou menor conhecimento das coisas e pela maior ou menor disposição em fazer o bem. Não adota distinção entre "Falange X" ou "Falange Y", simplesmente entre elevação espiritual que demonstra pertencer por seu linguajar, sua postura e o conteúdo de sua mensagem. Além disso, os Espíritos designam-se pelos nomes de suas últimas encarnações ou os nomes que queiram, sem assumirem "cargo" algum. O máximo que há é a assinatura das mensagens como "Um amigo" ou "Um Espírito amigo da casa", etc.
   A Umbanda adota em suas crenças uma hierarquia dos Espíritos dividida em 7 vibrações, regidas cada uma por um Orixá, e subdividida cada uma delas em mais 7. Há uma caracterização espiritual por "vibração" a que o Espírito diz pertencer. Além disso, os Espíritos designam-se, normalmente, por nomes-chave, que são, na realidade "cargos espirituais", como Pai Joaquim, Vovó Maria Conga, Exu Pinga-Fogo, Ogum Beira-Mar, entre outros tantos.
   
   4) Mediunidade
   O Espiritismo utiliza a mediunidade segundo uma óptica de educação mediúnica, baseada principalmente no estudo aprofundado e prévio de O Livro dos Médiuns. O processo de treinamento mediúnico, na Casa Espírita, não é empírico, segue as orientações de Allan Kardec e verifica-se por aulas mediúnicas onde há uma acomodação gradativa do médium e este acompanha com estudos relativos à mediunidade, para se tornar mais consciente do trabalho que realiza. O Espiritismo trabalha todas as formas de mediunidade, muito visivelmente a psicografia e a psicofonia. Muito raramente é utilizada a psicopraxia. Normalmente o Espírito só fala pelo médium, não há necessidade que movimente seu corpo físico além da fala. Além de tudo isso, a prática mediúnica espírita é sempre fechada a um grupo de pessoas que já tenham acumulado um mínimo estudo sobre os fenômenos e, por isso, sejam mais capazes de compreendê-los.
   
   A Umbanda utiliza a mediunidade de maneira empírica, por assim dizer, na medida em que o "desenvolvimento mediúnico" fica a cargo dos Espíritos comunicantes e do próprio médium, seguindo uma "tradição" da casa. Além disso, utiliza-se quase que em 100% do tempo da incorporação ou, no dito espírita, da psicopraxia. Outras formas de mediunidade, como a psicografia, a mediunidade de transporte, a mediunidade de efeitos físicos, são bastante pouco utilizadas na Umbanda. Além de tudo isso, a prática mediúnica é, em alguns casos, aberta ao público.

   5) Semelhanças    
   Apesar de inúmeras diferenças, há entre o Espiritismo e a Umbanda pequenas semelhanças, que, se não de forma profunda, pelo menos de forma geral, existem:
   - Acreditam na sobrevivência do Espírito
   - São reencarnacionistas
   - Utilizam em suas práticas a mediunidade (embora de formas distintas)
   - Reconhecem Jesus como o maior dos Espíritos que já esteve na Terra (Oxalá é Jesus na Umbanda, e Orixalá ou Oxalá Maior é Deus, seu Pai) - embora não haja na Umbanda um estudo sobre o Evangelho
   - Visam o trabalho para o bem
   - Difundem a prática da caridade como meio de elevação espiritual
   Além de tudo isso, cabe ainda ressaltar que, embora guardem diferenças profundas, por seu objetivo comum da difusão do bem e da paz e pelo uso da mediunidade, algumas vezes Espíritos ligados à Umbanda auxiliam-nos nas práticas espirituais na Casa Espírita, sendo recebidos como irmãos queridos, como todos aqueles que se dedicam ao bem e ao amor.
   Os Espíritos que se apresentam na Umbanda, seja qual for o nome que carreguem, são Espíritos individuais como nós, tiveram um nome em sua última encarnação - embora não se apresentem com ele -, têm dores, sofrimentos e angústias como todos nós. São Espíritos, portanto, do nosso mesmo nível médio de evolução. Cabe, no entanto, que façamos sempre a diferenciação do seu nível evolutivo. O que queremos dizer com isso?
   O que o Espiritismo nos ensina é que os Espíritos são atraídos pela Lei de Afinidade. Em um grupo em que se preze pelo bem, pela caridade, pela gentileza, pelo estudo, pela preocupação com as pessoas, que ensine aos médiuns a boa conduta da prece e da correção de atitudes, logicamente Espíritos bem mais elevados se aproximarão para o trabalho (mesmo que com os mesmos nomes dos outros) - veja o livro "Loucura e Obsessão" recomendado abaixo. Mas, de outro modo, em locais onde isso não haja, os Espíritos que se apresentarão, sob os mesmos nomes, serão Espíritos inferiores, brincalhões e por vezes perversos, quando não somente ignorantes. Falam com autoridade, mas sua postura moral não lhes dá essa autoridade. Não são capazes de seguir um raciocínio lógico, porque seu nível intelectual não o alcança. São, portanto, Espíritos inferiores.
   Não importa o nome com que um Espírito se apresente, é importante saber se aquela individualidade espiritual apresenta elevação o suficiente pelas suas palavras, suas intenções, suas orientações, sua sabedoria, mesmo que revestida de simplicidade, como era Jesus.



#5
Olá IceBurn, não é querendo causar polêmica não,  :) porque realmente acabei de dar uma pesquisada e parece que o termo espiritismo pra essa religiões não é o mais adequado, mas te apresento outro texto:

"O termo espiritismo (do francês antigo "spiritisme", onde "spirit": espírito + "isme": doutrina) surgiu como um neologismo, mais precisamente uma palavra-valise, criada pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail para nomear especificamente o corpo de ideias por ele sistematizadas em "O Livro dos Espíritos" (1857).
Contudo, a utilização do termo, cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina ou anglo-saxónica, fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso quotidiano para designar tudo o que dizia respeito à comunicação com os espíritos. Assim, por espiritismo, entende-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via rituais ou naturalmente.
O presente artigo visa a tratar do espiritismo levando em consideração todos os diferentes usos do termo, enquanto que o artigo doutrina espírita está voltado para descrever o espiritismo conforme sistematizado por Kardec. Essa divisão entre espiritismo (geral) e doutrina espírita (específico) é meramente didática, não implicando apologia a nenhum dos dois usos."


Segundo o kardecista, Silvio Seno Chibeni, em artigo publicado na Revista "O Reformador":

"A palavra 'Espiritismo' tem realmente sido utilizada com acepções bastante diversas. Trata-se de um fato comum em toda linguagem natural; somente em linguagens artificiais, como certas linguagens da lógica e da matemática, consegue-se evitar a polissemia. As palavras, quer escritas, quer faladas, são símbolos com os quais representamos idéias ou conceitos. Essa relação de representação é arbitrária, ou seja, associamos tal palavra a tal idéia de forma inteiramente livre e convencional."

;)
Na verdade, em um sentido mais profundo, nem nascemos e nem morremos. São as identidades e sonhos que vão mudando...

Citação de: Resurgam em 09 dezembro, 2009, 19:42
Olá IceBurn, não é querendo causar polêmica não,  :) porque realmente acabei de dar uma pesquisada e parece que o termo espiritismo pra essa religiões não é o mais adequado,

Claro que não causa polémica Resurgam, estamos apenas a dar as nossas opiniões e a debater amigavelmente o assunto :)