Ela estava lá e não a reconheci

Entrei Há pouco aqui em busca de respostas, no entanto apesar do medo que tive em entrar num espaço desta natureza, tenho vindo a ler coisas que pensei terem acontecido só a mim pelo menos da forma que as senti.
Enfim como estava enganada.
Faz agora um ano que fui operada de urgência a uma apenticite aguda, nada demais, a operação correu bem mas quando a deram por terminada eu já conseguia ouvir as vozes dos médicos.
Só que tinha um tubo enfiado na boca e não conseguia respirar, tentei espernear mas devido ainda ao efeito de anestesia não me conseguia mover, não conseguia falar, senti uma aflição que não desejo a ninguem, o sofocar lentamente até me ver num lugar estranho, muito branco com um túnel escuro.´
à sua porta estava uma senhora bonita, baixinha com uma casaco preto com uma pele castanha ao pescoço que me dizia: - Vamos está na hora!
Fiquei a olhar para todos os lados tentar perceber onde estava, e ouvi-a dizer-me novamente: - Vamos está na hora!
Como não tinha reacção ouvi a mesma frase vinda do fundo do Tunél mas numa voz masculina e grave.
Percebi que tinha de ir mas não queria, achei que ainda tinha assuntos inacabados e refilei: - Então e os meus filhos? quem toma conta deles? ainda são tão novos, precisam de mim... Vou! Vou mas vou contrariada!

Nesse momento senti-me cair, tiraram-me o tubo da boca e disseram-me: tenha calma a operação correu bem!
Tiraram-me a temperatura e estava com 34.5º o que me enfiaram logo num cobertor e numa prata e ligaram de seguida um aparelho que parecia um secador com um ar quente até a minha temperatura normalizar.

Sempre que revivo na minha memória esta experiencia sei agora que a Senhora bonita era simplesmente a minha avó materna a quem eu muito amei em criança.

No entanto ficou-me uma tristeza profunda porque ela estava lá e eu não a reconheci, Será que se a tivesse reconhecido teria "ido" sem argumentar?

Passei mesmo para o outro lado? ou foi apenas um sonho em consequencai da anestesia?


Margarida

Relato impressionante
Perguntou ao médico se a anestesia ou outro medicamento que tenham dado, podiam ter provocado algum tipo de alucinações/sonhos?

Infelizmente não! na altura não me passou pela cabeça, depois da operação o que mais queria era ver-me do hospital para fora, os meus filhos estavam à espera de mim e o meu marido também.
Tentei perceber o facto, mas tenha sido real ou não, o facto de ter "visto" a minha avó é algo que guardo preciosamente no meu coração.

Pode ter sido o cérebro a "enviar" memórias agradáveis de pessoas que amou, com o intuito de a ajudar a superar um momento bastante assustador.
Mas alguém da área da saúde saberá, certamente, aprofundar melhor o assunto e eliminar algumas hipóteses.
Cumps

acredito que sim,que era a tua avó que te vinha receber...é muito tranquilizante,e aconchegante esse pensamento de que,um dia na morte não estamos sozinhos...

Sim acredito que haja uma resposta científica para o facto.
O que me disseram é que não há explicação para a minha temperatura corporal.
Muito abaixo do normal para estar viva.

Verdade? Mentira? Perguntei a um médico que se riu na minha cara e disse que se tivesse essa temperatura estaria defunta.
Mas facto verdadeiro, a temperatura existe no meu processo clínico no hospital, essa eu não sonhei! está preto no branco.

Margarida


Olá Nita

De certa forma, acho que fiquei desiludida comigo mesmo, pois se tanto a amei, porque não a reconheci? quando olhava para ela no momento sabia que a conhecia, mas não sabia quem era.
Enfim é também um amargo de boca que sinto nesse aspecto.
Mas o meu pensamento na altura foram os meus filhos. ok ok Já sei que sou mãe coruja... sou não o nego.

Margarida

Claro. Eu não disse que não era paranormal.
Só acho importante ter a certeza de que qualquer fenómeno não tem explicação científica, antes de avançar para uma explicação "sobrenatural".
De facto, o sonho parece-me que pode ser cientificamente explicado. Já a temperatura corporal... Se um médico lhe disse que estaria defunta com aquela temperatura, é muito estranho. Por acaso não sabe se foi usado termómetro digital, um "tradicional" (de mercúrio) ou outro tipo de máquina?

Já foi Há um ano atrás.
Os pormenores seguidos ao acordar estão já distantes, não lhe sei responder.
Mesmo porque naquele momento eu estava gelada queria aquecer, como me tiraram a temperatura não foi preocupação minha uma vez que estava supostamente em boas mãos, ou seja de profissionais de saúde.

Margarida

Olá,
acredito que podes ter visto a tua avó, o facto de não a teres reconhecido não é motivo para te lamentares, aquele momento estaria a ser muito traumatico, e como disseste estavas ali contrariada. nessas situações so vemos o que queremos, que no teu caso foi o pensamento nos teus filhos.
pensa que ja passou e que quando um dia partires, que seja só quando fores mt velhinha, sabes que alguém que gosta muito de ti vai-te acolher.
bjs

Obrigada Susy

O facto de não a ter reconhecido creio que tem a ver com alguns factores.

Embora ela tenha falecido em 1975 e nessa altura eu tinha apenas 8 anos, ainda hoje se fechar os olhos consigo ver o rosto dela tal como era.

Ali não a reconheci, aparentava mais nova, mas as roupas eram dela. E o rosto apesar de mais novo era o dela,
Fiquei contente por voltar a ver os meus filhos, mas por outro lado, recusei supostamente ir na hora que parecia estar marcada.
Haverá consequências?
Enfim, agora estou aqui, com a minha família e vou vivendo um dia de cada vez.

Margarida

Olá Margarida

aceita as minhas explicações

o tubo que tinhas na boca era um tubo oro traqueal que estava ligado a um ventilador para efectuar a tua ventilação, porque estando sedada e analgesiada podes deixar de respirar.

a temperatura corporal é perfeitamente normal, no bloco operatório baixa sempre muito porque a temperatura lá é baixa para evitar produção de microorganismos, quando os doentes regressam á enfermaria são sempre aquecidos com cobertores, colchas e até aparelhos próprios. a prata que falas-te é muito usada pelos bombeiros e inem para cobrir pessoas acidentadas para evitar arrefecimento corporal.

depois a sedação, principalmente propofol, provoca muitos sonhos, e o acordar é um pouco alucinatório, as pessoas geralmente acordam um pouco desorientadas.

agora Margarida, estas minhas explicações são como enfermeira, mas eu não sou céptica, acredito sim, que a tua avó te tenha aparecido em sonhos, não para te levar, mas para te proteger e ajudar-te a acordar da operação, porque ainda não era a tua hora. e acredita que muitos não chegam a acordar.

qualquer dúvida diz

Lena

Obrigado pela explicação, de facto o que me contas faz-me sentido, pelo menos para mim já me deu alguma luz e acalma-me pois é sinal que não estou louca.
Tenho tido experiências a nível clínico traumatizantes, em estados entre a vida e a morte mas esta experiência foi a que me marcou por este episódio, o que me agrada é que tem uma explicação plausível e isso tranquiliza-me.

Por graça costumo dizer que já ultrapassei a vida dos gatos, mas a verdade é que já estive tantas vezes com os pés na cova, que daquela vez até achei a situação estúpida, com tantos problemas que já tive, era muito irónico que "fosse" por uma simples operação à apendicite.

Enfim coisas da vida

Mais uma vez obrigado pela informação.

Margarida

Relato impressionante !!!! , obrigado pela tua partilha .

Já li muitos depoimentos de pessoas que foram dadas clinicamente  como mortas. Na maioria, todos se referem ao túnel, contactos  com entidades e familiares que já partiram. A ciência não tem dado uma cabal resposta a este fenómeno. Cada vez leva-me mais  a acreditar na vida para além da morte.
Obrigado pelo seu testemunho.

Relato impressionante !!!! , obrigado pela tua partilha .

Já li muitos depoimentos de pessoas que foram dadas clinicamente  como mortas. Na maioria, todos se referem ao túnel, contactos  com entidades e familiares que já partiram. A ciência não tem dado uma cabal resposta a este fenómeno. Cada vez leva-me mais  a acreditar na vida para além da morte.
Obrigado pelo seu testemunho.


Obrigados meninos pela leitura e o vosso comentário

Margarida