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  • Perda de Consciência com repercussões físicas
    Iniciado por BourbonSilk
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Olá a todos!

Após ler o tópico aberto pelo IceBurn a propósito de premonições, gostava de partilhar convosco 2 episódios que me aconteceram e que na altura me deixaram muito perturbada.

Só para contextualizar: desde pequena que sempre quis saber o que existia para além "deste mundo"; era frequentemente elogiada pelos adultos por ser tão sensível e observadora; ainda em pequena, em minha casa, muitas vezes era confrontada com uma sensação de medo muito intensa (principalmente quando ia ao quarto dos fundos) e sonhava com frequencia que alguém queria fazer mal à minha família e eu era a única que sabia; foi-me dito por familiares do lado da minha mãe que havia "bruxas" na família, mas ninguém parecia querer revelar muito mais do que isso, com a excepção de uma tia minha que diz ser médium. Cheguei mesmo a ser abordada na rua por uma mulher que me disse que eu tinha uma alma muito antiga e possuia capacidades mediunicas.

Nunca prestei grande atenção a esta questão de ser medium ou não. Não acredito que seja. Sei que sou muito observadora e que por isso apercebo-me de coisas que alguns mais desatentos possam não perceber, mas não acho que isso faça de mim medium.

Durante a minha adolescência li e pesquisei muito sobre espiitualidade e religião.
Para além de ler muito e de ter aprendido a deitar cartas, não desenvolvi mais do que isso nem nunca procurei nenhum caminho para a mediunidade ou algum tipo de contacto com espíritos ou entidades.

Agora sim, o relato...

Quando tinha 18 anos (tenho agora 32), passei por 2 experiências verdadeiramente assustadoras, para mim, e para o meu companheiro da altura que assistiu a ambas.

Sempre me senti extremamente desconfortável no Cabo da Roca e no Guincho. Sempre que lá ia em passeios, sentia-me pesada, triste e nervosa. Evitava ir para estes locais.

Certa noite, estava a passear de carro com o meu namorado - que é a pessoa mais céptica que eu conheço neste mundo - e passamos pelo Cabo da Roca. Comecei a sentir-me fisicamente muito mal disposta e com dificuldade em respirar e pedi que ele parasse o carro. Por esta altura já me sentia muito fraca, como se estivesse  prestes a desmaiar.

Comecei lentamente a perder a consciência até que deixei por completo de "estar neste mundo". Vi-me a mim própria como sendo outra pessoa e sentia dores violentas nas costas como se estivesse a ser chicoteada. Estava a chorar e a gritar. Lembro-me de muito pouco do que aconteceu dentro da minha cabeça, fiquei foi com as sensações que me provocou: medo, dor física intensa, tristeza e injustiça. Lembro-me também de uma sensação como se estivesse a sufocar ou a afogar-me.

Para mim, pareceram 5 minutos, mas quando finalmente abri os lhos, o meu companheiro estava em estado de choque, pois o que ele viu de fora foi bem diferente.

Segundo ele, a experiência durou quase uma hora. Eu fiquei imóvel durante muito tempo e a minha respiração tornou-se muito fraca e compassada. Ele chamava-me, abanava-me e eu não respondia. A partir de determinada altura, por não compreender o que se passava comigo, ele dedicou-se simplesmente a segurar a minha mão e a controlar a minha pulsação e respiração.
Diz, que de repente, eu comecei a ofegar, a apertar a mão dele com uma força extrema e comecei com espasmos e a gritar. Depois, acalmei novamente e acordei.
Eu não me lembro de nada da experiência externa que ele relata, mas não dúvido das palavras dele, até porque, quando acordei, ele tinha a mão marcada e eu estava cheia de dores no peito e nas costas.

Uns meses depois, o irmão mais velho do meu namorado morreu devido a uma queda no Guincho. As seguradores deram a causa da morte como inconclusiva e muitos apontaram para suicidio em vez de acidente.

No dia seguinte à morte dele, tive - novamente junto do meu namorado - um episódio semelhante. Desta vez, lembro-me de estar pendurada, de me doerem as mãos e não me conseguir segurar. Por fora, o meu namorado diz-me que eu gritava e chorava como uma doida, que fiquei estendida no chão e ninguém me conseguia levantar e que novamente, agarrava a mão dele com uma força anormal. Quando acordei disse: "Ele não queria morrer. Ele não queria!" No entanto não me lembro de ter dito isto.

Depois destes 2 episódios, afastei-me por completo de qualquer teoria, pessoa ou assunto relacionado com o sobrenatural. Deixei de deitar cartas e decidi que não acreditava em nada para além daquilo que conseguia tocar ou ver, numa tentativa de "fechar o cofre".
Só recentemente comecei novamente a procurar a espiritualidade e quem sabe, explicação para isto me ter acontecido, até porque, por muito que tenha querido ignorar este assunto durante anos, ele permaneceu como uma dúvida e um medo muito grande em mim. Medo que volte a acontecer.

Gostava de ouvir as vossas opiniões.
Obrigada por me "ouvirem".
**

BourbonSilk, parabéns pelo seu tópico, foi intenso, na verdade.

Que explicações você encontra para o sucedido?

Eu tenho uma opinião, que vale o que vale, mas antes de a expressar gostava de saber que interpretação atribui a uma experiência que foi sua. :)
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#2
Obrigada Faty Lee.

Tentando responder à sua questão, acho que na altura fiquei demasiado assustada para procurar uma resposta ou interpretação.
Simplesmente convenci-me que não podia deixar que voltasse a acontecer. Para ser sincera, no que diz respeito ao episódio que aconteceu após a morte do meu amigo, atribuí a minha reação ao choque e à dor. Quanto ao primeiro que aconteceu, não sei...
Na altura debati com o meu namorado (que foi a única pessoa até hoje que soube do sucedido, porque viu, nunca contei a mais ninguém com medo que chamassem maluca) que me poderia ter conectado com alguma energia residual daquele sítio.

Há um lado de mim que quer aprofundar e ter respostas e há o outro lado que sente que mais vale não brincar com o fogo e tentar simplesmente esquecer.

Gostava muito de ouvir a sua opinião :)

A minha opinião vale o que vale, ok? Não sou detentora da verdade e ainda bem, pois acho que ia ser uma "seca" ;)

Na minha opinião foram dois episódios diferentes, não os consigo colocar no mesmo prisma de análise. O primeiro, para mim, foi sem dúvida um episódio de mediunidade... intuitivamente consigo perceber por tudo aquilo que escreve e que li com atenção, que conseguiu captar o "sofrimento" de alguém que desencarnou por ali perto e por ali ainda andava... naturalmente que estes episódios são sempre muito marcantes em termos emocionais, mesmo não se recordando completamente de tudo, não deixam de ter uma valência de desgaste emocional e de tristeza associada.

O segundo episódio coloco-o mais dentro de uma catarse emocional. Talvez porque se disse que se tinha tratado de um suicídio e isso não foi ao encontro daquilo que sentia. Sabe porque razão penso assim? Por um único dado que me fez pensar... no dia seguinte... Este indicador temporal parece-me muito precoce para quem parte poder comunicar... aliás a consciência de morte nem sempre é inteligível rapidamente e a "permissão" de contacto carece de outros contornos evolutivos que não poderiam ser processados de forma automática :(

Faz-lhe sentido?
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Oh cara Faty Lee, faz todo o sentido. Como disse, acho que o que aconteceu após a morte do meu amigo foi mesmo só choque.

O que me perturba é, porque aconteceu o primeiro episódio e porque é que nunca mais voltou a acontecer.
Não me estou a queixar por isso, pelo contrário, pois assustou-me muito na altura. Mas por não compreender o que está por trás, receio que aconteça novamente e que eu não esteja preparada.

Será que a minha intenção interior, a minha vontade de me "desconectar" foi o suficiente para fazer com que nunca mais acontecesse?

E será que eu estou a impedir algum tipo de dom, se é que o tenho?

Quando penso sobre este assuntos, fico um pouco assustada e triste. Gostava de ser mais forte a lidar com este tipo de situações.

Fico muito grata pelas suas palavras. É bom sentir que alguém compreende.

:) **

Citação de: BourbonSilk em 04 março, 2015, 10:57
Será que a minha intenção interior, a minha vontade de me "desconectar" foi o suficiente para fazer com que nunca mais acontecesse?
E será que eu estou a impedir algum tipo de dom, se é que o tenho?
:) **
BourbonSilk... nada na vida se perde, tudo se transforma. Você era nova, sentia as coisas de forma "espontânea", "livre" e sem grandes críticas, por isso naturalmente, tudo acontecia de forma "natural"... à medida que foi "crescendo" fortaleceu determinadas questões, colocou outras de lado e isso, por si só, funciona como "panaceia" para que outras condições se desenvolvam... não me acredito que tenha perdido, acho que tudo o que é seu, o seu dom, permanece em si, agora de uma outra forma. Tente encontrar outras expressões do seu dom na sua vida... Há uns tempos atrás, a "incorporação" era tida como um "sofrimento" e isso não deixa de ser verdade, não lhe parece? Será mesmo necessário incorporar para "conectar-se" com qualquer energia? Talvez não... veja se esse dom não foi transformado num dom de "canalização"... procure interiormente a resposta. Nós não temos "capacidade" para "impedir" a expressão do dom, quando ele existe. Temos é que encontrar a forma mais adequada, para nós, de ele se expressar.

Vou contar-lhe um pouco do que já me aconteceu e que me parece relevante aqui neste contexto. Quando tinha 12 anos os meus problemas de "incorporação" surgiram... era terrível pela incapacidade de lidar com a situação e pela incapacidade dos meus pais também o fazerem... A "incorporação" foi algo que persistiu e ainda persiste em minha vida. No entanto, hoje em dia, já não "incorporo" indiscriminadamente... nem em qualquer lugar ou momento. Há muito pouco tempo tive uma consulta com uma pessoa que quando entrou no meu escritório, fez com que eu me "desequilibrasse" energeticamente. Parei por momentos e consegui o controlo da situação... disse-lhe que ela tinha uma "entidade" enforcada com ela... descrevia-a, falei mentalmente com a entidade e quando ela a identificou, tudo desapareceu... repare que numa outra altura a "incorporação" era uma realidade... hoje em dia já não tem que ser dessa forma. Porque a vibração em que me encontro não é mais compatível com isso. Existem é outras formas de continuar a estabelecer o contacto... canalizando, meditando, sonhando, tendo premonições, etc... compreende?
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