Convento da Ordem dos Dominicanos - Serra de Montejunto, Cadaval

Venho falar-vos de um dos meus sítios favoritos para visitar. É um local calmo e com umas ruínas com uma história interessante.

A área envolvente da aldeia de Pragança e da Serra do Montejunto revela grande importância em termos de espólio arqueológico, que data desde a pré-história com a cultura castreja, vários necrópoles e grutas, existindo uma grande abundância destes vestígios recolhidos e hoje dispersos pelos museus. Do período Romano, os vestígios materiais são mais escassos, reduzindo-se a algumas moedas, fragmentos de cerâmica, um forno e uma ara, que datam no século II d.C.

Da Idade Média existem, em termos arquitectónicos, conjuntos artísticos monumentais. É o caso do primeiro convento fundado em Portugal: o da Ordem dos Dominicanos, cujo edifício remonta ao início do século XIII, sendo a data provável de construção 1218 por Frei Sueiro Gusmão, que escolheu o local para praticar uma vida ascética e a penitência da vida monástica.

Quanto à capela de Nossa Senhora das Neves, não se sabe a data da sua construção mas, quando foi fundado o Convento, esta já existia (início do século XIII).

Uma curiosidade:

Situada no extremo Sul do Concelho do Cadaval e a norte do Concelho de Alenquer, a serra de Montejunto tem cerca de 15 km de extensão e 7km de largura, com o ponto mais elevado a 666 metros.

Durante o tempo em que morei na zona, ouvi vários "diz-que-disse" sobre o local estar assombrado, especialmente de amigos meus. Falavam em estarem pouco à vontade, energias negativas e até mesmo "aparições". Sinceramente, nunca liguei muito a essas histórias porque não era comigo e também porque nunca encontrei nada documentado. Além de que, sempre que lá ia, me sentia em paz.

Excepto em noites de nevoeiro...

Se há coisa que detesto é conduzir quando está nevoeiro, porque deixo de ter noção do que me rodeia. E também por outras coisas, mas isso é outra história.

Partilho uma situação que aconteceu comigo. Uma noite que me sentia sem sono nem me apetecia estar em casa, saí para ir beber um cafézito. À volta para casa decidi prolongar o passeio e fui lá acima. Noite sem nuvens, estrelas a brilhar e a lua bem visível. Até me lembro de pensar que, se tivesse o equipamento, poderia tirar boas fotos nocturnas. Ao passar a aldeia que fica a caminho reparei que a estrada estava em obras e obrigava a um desvio por trás das casas. A estrada estava toda picada, cheia de pedra solta e gravilha. É péssimo para o meu carro por ser pesado e por ter o controlo anti-derrapagem, que há mínima coisa agarra-se à estrada e se desliga automaticamente em casos extremos, para evitar despistes mais graves. Foi complicado, até porque essa ruazita é bastante inclinada, mas com o uso do motor e do travão de mão, lá consegui passar esse troço (o truque é não usar o acelerador, e sim apenas a força gerada pelo motor).

No fim dessa ruazita, há uma curva à direita. Assim que virei fui obrigada a travar. Estava uma gata com uma cria no meio da estrada. Ora isto, para mim, é um grande sinal de alerta (mas isto é caso para discutir noutro tópico).

Decidi seguir, sempre com a ideia de chegar lá acima.

Mais à frente há um cruzamento. À esquerda dá acesso à via-rápida para Lisboa, à direita é o acesso à Serra.

Nesse cruzamento aconteceram duas coisas ao mesmo tempo: um nevoeiro cerradíssimo e o meu carro a desligar sozinho.

Bem, considerando o quanto eu realmente detesto conduzir com nevoeiro, nem pensar em ir lá acima. Tentei ligar o carro, mas não tinha resposta. O meu carro não é de chave, é de botão Start/Stop e NÃO DAVA SINAL DE NADA. O rádio deixou de tocar, as luzes apagaram-se e mesmo as luzes do painel se apagaram. Tirei o cartão, esperei dois segundos, voltei a colocar o cartão e... nada! Era como se o carro estivesse morto. Foi aqui que perdi a minha calma. Especialmente por começar a ter o carro fustigado por gravilha. Sabem aquele som característico de pedrinhas a bater na chapa? Pois, é isso mesmo. Era nos vidros, nas portas, no tejadilho.

Mandei um dos meus berros típicos: "Mas vocês importam-se de me deixar ir para casa, ca****o?", tirei o cartão, voltei a colocar e tentei ligar o carro. Após insistência, engasganços e luzes a piscar, com uns "F***-SE!" pelo meio, lá consegui que o carro ligasse. Mas não andava. Foi preciso que eu estivesse aos saltos no banco para que a pouco e pouco começasse a deslizar, ao mesmo tempo que dava toques no acelerador a ver se respondia. Às tantas, carrego no acelerador até ao red-line e o carro dá um "salto" para a frente. Foi o sinal que eu precisava: dei meia volta e vim por aí abaixo até chegar à aldeia, que não é muito longe.

Isto é um dos casos que aconteceram comigo e só de relatar aqui fiquei arrepiada por me lembrar. Eu sou muito céptica em relação a muita coisa e gosto de analisar as coisas racionalmente. Mas também tenho antecedentes e uma certa bagagem, que talvez um dia me decida a partilhar convosco num outro tópico. Irei actualizar este tópico com mais informações assim que possível.

Para já deixo a localização e algumas fotos tiradas da net.

Localização no Google Maps: https://www.google.pt/maps/place/Unnamed+Rd,+Serra+de+Montejunto,+2550/@39.1747534,-9.0596319,201m/data=!3m2!1e3!4b1!4m2!3m1!1s0xd18ce5579143297:0x741ebd6268f31542!5m1!1e4?hl=pt-PT

Foto do Google Maps:


Fotos do Google:

Que sítio soberbo!
Será que há mesmo energia "negativa"?
Que aparições aparecem na história deste local?

E também um excelente tópico....vale pacotes de bolachas aos kilos....

Energia negativa, por assim dizer, nunca senti, apenas uma sensação de algo estar errado e o instinto de sair dali. Como se algo me oprimisse. Mas só em noites de nevoeiro, já lá fui a chover torrencialmente e nunca aconteceu nada estranho.

Aparições... eu vi um gato preto com uma mancha branca na orelha, iluminado pelos faróis do carro. A nível de tamanho, parecia que era do tamanho de um labrador. A rapariga que foi comigo nesse dia viu o mesmo e ela é que fez a referência ao labrador. Assim que abrimos as portas do carro para sair e ver melhor, o gato desapareceu. Nós estávamos sempre a olhar para lá por isso não foi distracção. Nessa mesma noite, essa rapariga disse que viu um vulto, visão essa que está de acordo com um rapaz que também estava connosco. Eu não o vi por estar concentrada na condução. Não é fácil ir a acelerar por estrada de montanha abaixo, vale que a conheço muito bem. De resto, o que ouço é sempre a nível de vultos.

E também um excelente tópico....vale pacotes de bolachas aos kilos....

Yay!!  

Olá, tenho fotos do convento, estão interessados ? Já lá fui duas vezes este ano (moro no concelho ao lado).  
É um sítio que impõe respeito, da última vez vim embora em menos de 10 minutos, levantou-se uma ventania e nevoeiro de meter medo.  

Andei tanto tempo nessa zona e nunca me apercebi desse local

Vou lá em breve! Querem organizar uma excursão nocturna?

Logo agora que já não estou aí? Bah!

já la fui dezenas de vezes á noite de mota com amigos, noite de verão é certo lá ir para terminar a noite, dias que não se via um metro á frente por causa do nevoeiro e nunca vimos nada estranho, a não ser a mona

Este sítio é muito bonito!!! Nao conhecia!

Para terem um ideia do nevoeiro que se forma... e nem era dos piores. Por trás do painel de azulejos da foto, é sempre a descer, por isso há que ter cuidado e não ir parar lá abaixo




E o mesmo painel em dia de sol

É lindo!!!! E a vista é fenomenal!!!! LINDO!!!

Esta última foto, simplesmente apaixonei-me!

Então espera até veres as outras fotos

Mostra!!!!

Com calma, que é para todos verem