Alterações de comportamento perante a doença

Bom, embora isto me diga respeito muito directamente e é um assunto que me afecta profundamente, vou tentar generalizar o mais possível, considerando que não sou, com toda a certeza, a única a passar por isto.

Vim a aprender (fruto de muitas pesquisas e leituras na tentativa de perceber o melhor possível) de que muitas doenças, nomeadamente as do foro neurológico (AVC, tumores, demências, etc) provocam alterações no comportamento do doente, contagiando, naturalmente, o cuidador e os mais próximos.
O doente que sempre fora dócil, meigo, inteligente, brincalhão, amigo, companheiro, perante a adversidade da doença com a qual tem de viver, com as incapacidades físicas, motoras, cognitivas que estão inerentes, torna-se agressivo, violento, mal educado e normalmente "descarrega" numa só pessoa: o seu cuidador. E esse, fica exausto, perdido por não reconhecer a pessoa que trata com tanto carinho trabalho e esforço físico excessivo. Acaba por ser vítima de maus tratos, psicológicos e físicos (quando a saúde que resta ainda permite). É o chamado "síndrome do cuidador", a exaustão, a depressão de quem dedica a vida a cuidar de alguém. Alguém que retribui com insultos, maus tratos, reflexos da frustração de já não poder fazer nem ter a vida que havia tido em tempos.
Existe acompanhamento médico para estes casos, assim como medicação que ajuda o doente a gerir e controlar um pouco melhor este comportamento. O mesmo para o cuidador, mas sabemos que "o mal" está lá...

Paralelamente, será que existe alguma ajuda "paranormal" para estes casos? Orações? Defumações? Rituais?...Feito por quem? Por alguém da família?

Que opiniões há aqui pelo PP?

Bom Tema e diz-me muito directamente cepticooucrente...
sou cuidadora...da minha própria mãe  
tem demência com grande possibilidade ser Alzheimer.
Está numa fase intermédia...para além de mim tenho o meu irmão mais velho que também cuida dela...
Digo-lhe que o cuidador por vezes sofre em duplicado...é extenuante e muito triste olhar a minha própria mãe, ela perguntar quem sou?...isto tem fases umas melhores outras piores...
o antes e o depois...uma diferença brutal por vezes ainda fico a pensar no que a minha mãe era, agora um ser totalmente dependente que na sua mente vive o passado distante e esquece o recente.
Em termos de paranormal, há coisas que já fiz que não são assim tão paranormais, mas desde cristais energizantes, a alguns rituais que pessoalmente eu faço, como transmutar boas energias a ela , nada de extraordinário portanto, mas que sempre é bom em alguma medida...
Recentemente pedi uma cirurgia espiritual...não sei se vai resultar em alguma coisa mas porque não tentar.
o que eu puder fazer...sempre por ela farei ...como tenho feito...apesar de estar cansada, continuo sempre...
mas é triste mesmo muito triste...há dias que sózinha choro porque ...é simplesmente a minha mãe... a minha base , uma mulher outrora forte e despachada, agora o oposto...

Sofiagov, tens toda a minha solidariedade... Eu sei, é tão triste que as palavras são poucas para explicarmos o que sentirmos. Eu tive o meu pai com saúde até à adolescência, e sinceramente acho que é por isso que tenho tantas (mas tantas) saudades da minha infância e digo que tive uma infância tão feliz... porque tive mesmo. Já disse aqui no fórum, quem tem saúde e cabeça, é rico.
Também dou por mim a observar o meu pai e a perguntar quem é a pessoa que está naquela cadeira de rodas. Umas vezes eufórico (verborreico até), outras vezes triste, ou zangado. Onde está o meu pai? O meu super protector? Então quando o vejo de olhar vazio... fico para morrer.
Só que eu ainda vou trabalhar, tenho aulas de dança e embora vá lá a casa todos os dias, no fim do dia vou para minha casa e descanso (às vezes). A minha mãe não. Tem aquilo 24h/dia, 365 dias/ano. "Envelheceu muito", dizem os vizinhos. E é verdade. Estávamos habituados a que ela não aparentasse nunca a idade que tem, agora vê-se, está velhinha, triste, e acima de tudo, muito, muito cansada. Esquece-se das coisas. Toma antidepressivo, mas acho que não está ajudar muito. Porque ele vinga-se nela. Porque só metade do corpo dele existe, não consegue fazer absolutamente nada, nem se segura de pé sozinho. Está frustrado, zangado com a vida e com a condição dele. E vinga-se na pessoa que lhe é mais próxima. A que cuida. A todos os níveis e mais algum. Eu às vezes também me zango, discuto, berro, choro. Mas não adianta, é uma questão de dias e tudo volta ao mesmo...

Por isso te digo, cara sofia, podes tratar da tua mãe, ainda bem que ela tem filhos para cuidarem dela, não há melhor, mas tens de tratar também de ti. Não te esqueças disso. Ainda bem que podes dividir com o teu irmão, a minha mãe não divide com ninguém porque ele só é assim com ela. Cuida-te, para teres a força e aquela dose de paciência e boa vontade que são necessárias nestes casos.

Falaste em cirurgia espiritual... não conheço... será que ajuda?

Muita força e um grande bem haja para ti!

Não sei qual será, na verdade o pior papel... se o do doente se o do cuidador. Existem diversos apoios que vocês podem solicitar enquanto cuidadores, pois na verdade o desgaste físico, emocional e psicológico é muito grande. E há instituições que apoiam os cuidadores, porque estes precisam de se fortalecer para continuarem a ser cuidadores...

Aquilo que o cuidador pode fazer, não é muito, mas tentar fortalecer o doente espiritualmente, através de orações, de reiki, etc... mas tudo depende do seu estado cognitivo e emocional... não me parece, nestes casos, que a cirurgia espiritual funcione. Já tive conhecimento de duas e que não foram muito bem-sucedidas, não sei se foi pela distância, mas não foram muito bem-sucedidas.

Têm que ter muita paciência, ouvir, calar, não levar a peito e preferencialmente ter descanso... ou seja, estar com um doente o dia todo não é nada funcional... A sua mãe cepticooucrente deveria ter algum tempo para não estar a cuidar do seu pai, pois certamente que ela precisa de um apoio, precisa de tempo para ela, de carregar baterias, etc...

Tudo de bom para vocês e muita força, pois acho que é nestas alturas que o Amor Incondicional é imparável!

Não posso deixar aqui o link, mas pesquisem em Gabinete de Apoio ao Cuidador (GAC), no google!

Deve ser horrível

Sofia e cepticooucrente faço-vos uma vénia pelo que fazem pelos que amam, não há nada tão bonito como amor

Muita força para vocês, Sofia e Cepticooucrente. Esse é uma das situações mais difíceis pela qual uma pessoa pode passar. Muitas bênçãos para vocês e os vossos familiares.

São situações muito difíceis, mas se vos coube essa tarefa é porque têm capacidade para a superar.
Antes de mais há que ter a consciência que essas alterações de comportamento são sintomas da própria doença, é a resposta do organismo ao desconforto e desequilíbrio em que se encontra, não porque deixou de vos amar mas porque a doença a isso implica. Se olharem para o doente e não considerarem que é a mãe ou o pai a ter aquele comportamento mas sim a doença que os controla, será mais fácil enfrentar.

Tentem manter o ambiente limpo de más influências, que sabe um musica calma, um cheirinho agradável, umas flores frescas, acho os cristais uma excelente opção. Não forcem situações, não lhes apetece falar, deixem estar não contrariem, se iniciam uma discussão, não a alimentem, etc. Se aceitarem Reiki é uma óptima ferramenta para todos os envolvidos na situação, ajuda a todos os níveis. E lembrem-se que aquela atitude não é do vosso ente querido mas sim da doença que os consome.

Não posso falar em relação ao Alzheimer porque nunca convivi com alguém a sofrer dessa doença mas com pessoas em cadeira de rodas ou acamadas, sim. Quando as pessoas foram saudáveis e agora vêm-se presas a uma doença, é normal que tenham raiva e desespero por estarem naquela situação. Então se a pessoa era independente e "senhora do seu nariz", é pior. Depender de alguém é sempre triste...
Entendam que a raiva não é com quem cuida mas sim com a doença.
Claro que quem está a cuidar acaba por ser maltratado, mesmo que involuntariamente. Eu já vi isso de perto e sei como é, por isso falo com conhecimento de causa. É preciso ter muita paciência e tentar não se exaltar (e contar até 1000 se for preciso), mesmo quando o cuidador faz tudo para garantir o bem-estar do doente e ele não lhe dá valor. 

Não posso falar em relação ao Alzheimer porque nunca convivi com alguém a sofrer dessa doença mas com pessoas em cadeira de rodas ou acamadas, sim. Quando as pessoas foram saudáveis e agora vêm-se presas a uma doença, é normal que tenham raiva e desespero por estarem naquela situação. Então se a pessoa era independente e "senhora do seu nariz", é pior. Depender de alguém é sempre triste...
Entendam que a raiva não é com quem cuida mas sim com a doença.
Claro que quem está a cuidar acaba por ser maltratado, mesmo que involuntariamente. Eu já vi isso de perto e sei como é, por isso falo com conhecimento de causa. É preciso ter muita paciência e tentar não se exaltar (e contar até 1000 se for preciso), mesmo quando o cuidador faz tudo para garantir o bem-estar do doente e ele não lhe dá valor.  

precisamente anascorpion...
obrigado pela vossa força e cepticooucrente é uma luta...não estamos sós...

Só posso agradecer as palavras de todos. Nem imaginam o bem que soube ligar o PP de manhã e ler as vossas mensagens. Obrigada mesmo.
Nós bem tentamos que a minha mãe tenha algum tempo para ela, mas efectivamente não conseguimos dar resposta às necessidades que ela tem de se dedicar a si. Ele não faz nada sem ela, e quer-la sempre perto dele, embora estejam sempre pegados. Claro que ela tem o seu feitio, e não consegue calar ou fingir que não ouve as más palavras que ele lhe profere, conciliando com a privação de sono... pronto, dá discussão. Já há algum tempo que andavam mais sossegados, mas de há duas semanas para cá estão a voltar ao mesmo... Ontem por acaso ele abraçou-a e deu-lhe um beijinho, ficámos todos de boca aberta. Foi um momento...

Podem indicar-me onde arranjo esses cristais (se é permitido, perdão)?

Obrigada a todos.

sofia, força aí!

Sofiagov, como te percebo, não tenho a minha mãe, mas a minha sogra que tenho uma mãe e que sofre de Alzheimer.
O meu sogro, que passa o tempo com ela, não entende a doença, nem como desenhos lá chega.

Cepticooucrente, em qualquer loja esotérica podes comprar cristais. Se não, podes optar por comprar pela net, mas tens de ter cuidado para não comprar gato por lebre.

Para o teu pai podes comprar uma labradorite e uma pirita. Tenta que elas estejam na cadeira de rodas.
Para a tua mãe podes comprar uma jaspe-leopardo e uma goldstone e pedes à tua mãe que ela ande sempre com elas.
Na casa podes colocar uma ametista e um olho-de-tigre.

Sofiagov, como te percebo, não tenho a minha mãe, mas a minha sogra que tenho uma mãe e que sofre de Alzheimer.
O meu sogro, que passa o tempo com ela, não entende a doença, nem como desenhos lá chega.

Cepticooucrente, em qualquer loja esotérica podes comprar cristais. Se não, podes optar por comprar pela net, mas tens de ter cuidado para não comprar gato por lebre.

Para o teu pai podes comprar uma labradorite e uma pirita. Tenta que elas estejam na cadeira de rodas.
Para a tua mãe podes comprar uma jaspe-leopardo e uma goldstone e pedes à tua mãe que ela ande sempre com elas.
Na casa podes colocar uma ametista e um olho-de-tigre.

VodGas, muita força, paciência e calma...

Obrigada, vou comprar sim. Não deve com certeza haver problema se for à loja onde o meu marido se sentiu mal, pois não?... Foi ele, não fui eu...

VodGas, muita força, paciência e calma...

Obrigada, vou comprar sim. Não deve com certeza haver problema se for à loja onde o meu marido se sentiu mal, pois não?... Foi ele, não fui eu...

Obrigado Cepticooucrente.

Não deve haver problema por causa disso, até porque sabemos que este tipo de lojas é frequentada por gente de bem e gente que nos quer menos bem. O que importa é a intenção com que lá vai.

Em relação ao cristais, eu poria uma drusa de quartzo limpa e programada no quarto do doente, pois as suas características são: Aliviar o corpo físico, harmoniza e equilibra energias do ambiente, promove a cura, inspira claridade mental. Uma drusa é uma pedra bruta, natural e grandinha, com várias pontas.



Colocaria junto á pessoa (ou numa mesa de cabeceira, pendurado na cama, por ex.) um cristal rosa, polido, se for em forma de coração melhor ainda, cria uma atmosfera de Paz e compreensão entre o casal, alivia sentimentos de mágoa.



Como limpar, energizar e programar os cristais:

Num copo com pelo menos 10cl de água limpa junte 3 colheres de sobremesa cheias de sal grosso (pode usar sal grosso de cozinha ou marinho, se por acaso usar flor de sal basta que ponha uma colher). Mergulhe até 5 cristais nesta água com sal e deixe-as mergulhadas de um dia para o outro (8 horas são suficientes). Após este tempo passe por água corrente, enxague os cristais com um pano limpo ou, preferencialmente deixe secar à luz do sol.

Deixar as pedras ao ar livre recebendo luz directa do sol (solarização) ou da lua (lunarização), nunca por menos de 4 horas. Eu neste caso escolheria o Sol.

A programação é um tipo de intenção depositada naquela gema para devidos fins. Essa sugestão é feita através do poder da mente utilizando frases na forma afirmativa, Por exemplo: Realizar a cura, ou simplesmente curar. Os tipos de programação são os mais diversos. Depois de limpas e energizadas segure a pedra entre as mão e diga-lhe a função ou funções que ela irá desempenhar.

Estes passos devem ser usados com os cristais que referi acima, outras pedras é necessário ter atenção se as suas características permitem que se mergulhem em água, se podem estar em contacto com sal. A programação normalmente só é aplicada em quartzos, como os dois que refiro.

Espero que ajude!

Puca que linda Drusa...
Tenho uma mais pequena...lindas pedras....
obrigado pela partilha.