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  • Espiritismo e Terapia de Vidas Passadas
    Iniciado por Faty Lee
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Espiritismo e Terapia de Vidas Passadas

A temática da Terapia de Vidas Passadas - TVP – tem sido, ultimamente, muito abordada. Como todos os temas polémicos também ela é alvo de grandes debates e opiniões. De um lado, temos os defensores de que a TVP é um processo perigoso que não deve ser realizado e do outro, aqueles que defendem a TVP como uma das técnicas possíveis de aliviar o sofrimento de alguém.

E o Espiritismo? Como é que ele encara a TVP?

Uma das principais polémicas gravita em torno da questão da reencarnação. Pelo lado da ciência, a reencarnação ainda é vista como um tema religioso ou místico, que não pode ser objeto de estudo. Para a doutrina espírita, apesar de defender a reencarnação como processo natural na vida do ser humano, a questão está na utilização da regressão de memória às nossas vidas passadas.

Um fórum espírita realizou um estudo com 500 pessoas relativamente às principais preocupações com a TVP. Os resultados mostraram que essas preocupações giram em torno da necessidade do esquecimento do passado, na não interferência no processo de sofrimento causado por problemas no passado e a realização da regressão por curiosidade.

A TVP insere-se na abordagem da Psicologia Transpessoal, um ramo mais recente da Psicologia que considera a componente espiritual como uma das dimensões do ser humano, que interfere no entendimento do homem e dos seus sofrimentos.

Porém, na TVP considera-se a hipótese de trabalho da reencarnação como base de explicação do conteúdo obtido no processo de regressão de memória, i.e., julga-se que os relatos obtidos com os indivíduos em estado alterado de consciência se referem às suas experiências vividas em outras encarnações.


Para a TVP, a maioria dos problemas que temos na vida atual decorrem de situações traumáticas ou bastante desequilibradas que foram vividas pelo indivíduo no passado e que deixaram marcas profundas no seu psiquismo.
O primeiro passo do processo está em tornar consciente esse conteúdo do passado. É nesse momento que podemos utilizar a regressão de memória na identificação da situação do passado causadora do sofrimento atual. Posterior e concomitantemente a essa identificação, teremos que utilizar diversas intervenções específicas para cada caso, visando dissociar a personalidade atual daqueles traumas vividos no passado. Dai a necessidade de uma auto-regressão utilizar a técnica de dissociação, que permite que o sujeito observe as informações de forma dissociada, separada, enquanto observador. 

Mas, não basta apenas lembrar o passado. Há a necessidade de um acompanhamento terapêutico criterioso do conteúdo emocional e psíquico que surge do processo de regressão.


Mas, a questão mais delicada do espírita parece ser a de se "levantar o véu que encobre o passado" já que seria uma "dádiva divina". Se observarmos no contexto da doutrina, as principais referências sobre o assunto encontram-se no "Livro dos Espíritos" na parte 2a., cap. VII, num item que engloba as perguntas 392 à 399, com o título: O esquecimento do passado. Nesse ponto os espíritos alertam para os inconvenientes que a lembrança do passado teria para os indivíduos.

Diversas obras na literatura espírita defendem a utilização da TVP. Dos autores aqui inseridos, citamos o psiquiatra e pesquisador do psiquismo profundo e da reencarnação com vasta contribuição nessa área, Dr. Jorge Andréa. Mesmo entre os desencarnados, através das obras psicografadas, não há uma contraindicação à utilização da TVP nos casos em que verificamos graves problemas psíquicos, emocionais, físicos ou de comportamento. Pelo contrário. Espíritos como Joanna de Ângelis e Bezerra de Menezes têm ressaltado, através de algumas de suas obras, a importância deste tipo de abordagem científica na minimização do sofrimento humano. Mas é claro que a TVP não é uma panaceia capaz de resolver todos os problemas. Como toda abordagem terapêutica tem as suas limitações e dificuldades que somente uma atuação séria e criteriosa poderá superar, ampliando o potencial de cura de sua aplicação.


Para surpresa, nesse estudo realizado, muitos espíritas responderam afirmativamente à questão: "o sofrimento é a melhor forma de pagarmos os erros do passado". Isto pode levar a um entendimento distorcido da finalidade da vida e do sofrimento. A doutrina espírita deixa bem claro qual é o objetivo das encarnações sucessivas: o desenvolvimento moral e espiritual do ser. O sofrimento representa um desequilíbrio resultante de um comportamento inadequado do passado que ainda mantém caraterísticas na personalidade atual. Na medida em que se resolvam as causas cessam-se os efeitos. No "Livro dos Espíritos", questão 1004, Kardec pergunta sobre o critério de duração dos sofrimentos a que os espíritos respondem ser função da melhoria do indivíduo. Na resposta fica clara a finalidade pedagógica do sofrimento, pois quando a pessoa melhora o aspeto desequilibrado o sofrimento perde o sentido, modificando-se ou extinguindo-se.

No livro "Evangelho Segundo o Espiritismo", no capítulo 5, há a orientação dos espíritos de que devemos empreender todos os nossos esforços no sentido de minimizar o sofrimento dos homens. Ora, se a TVP desponta como um instrumento da ciência que pode ajudar nesse processo de aprimoramento do ser humano pela duração de alguns dos seus sofrimentos, por que não utilizá-la?

Será que não poderíamos utilizar a TVP para ajudar uma pessoa a superar sua Síndrome do Pânico ou de uma depressão profunda por exemplo, simplesmente porque utilizaremos de suas lembranças pretéritas?

Parece-nos que se a TVP é uma conquista da Ciência e ela está consoante os desígnios de Deus para o progresso da Humanidade. A ciência avança no sentido da confirmação do espírito, como origem e princípio básico da vida, e da reencarnação como mecanismo natural fundamental para o entendimento do homem e de seus sofrimentos.


A TVP demonstra ser um instrumento legítimo deste movimento. Como resultado desta aplicação o indivíduo reconhece-se como ser espiritual eterno, numa passagem temporária de aprendizagem pelo corpo. Ao verificar as consequências dos seus atos passados nos seus problemas atuais, pode refletir e decidir sobre quais são os valores existenciais essenciais para o seu espírito hoje e descobrir a necessidade de desenvolver o abrandamento das suas tendências negativas e a aceitação dos problemas que enfrenta. No final, perceberá a necessidade de reclamar menos e Amar mais, a si mesmo e aos outros.

Neste sentido, obviamente que a regressão e a auto-regressão a vidas passadas devem ser realizadas quando a pessoa sente, neste mundo de incertezas, que a deve realizar, porque se identificou com ela, sentindo que esta a poderá ajudar. Não podemos esquecer que os nossos sentimentos e pensamentos são o que materializa todas as coisas em nossas vidas, sejam elas positivas ou negativas.


Fonte: Adaptado de Fórum Espírita
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

Citação de: Faty Lee em 21 fevereiro, 2015, 20:30
Espiritismo e Terapia de Vidas Passadas

Para surpresa, nesse estudo realizado, muitos espíritas responderam afirmativamente à questão: "o sofrimento é a melhor forma de pagarmos os erros do passado". Isto pode levar a um entendimento distorcido da finalidade da vida e do sofrimento.


Fiquei confuso.
Se o sofrimento é a melhor forma de pagarmos os nossos erros passados, porque insistimos em saber as causas e eliminar o "problema". Não estaremos a desviar-nos da ordem natural das coisas?


Em relação ao tópico no geral, acho as TVP uma experiência que toda a gente devia experimentar, infelizmente falta confiança e alguma "competência" por quem realiza essas sessões.
Adorava fazer uma/várias sessões :)

Reencarnação, é possível escolher não reencarnar? Ou é algo que nos seja impossível de "escolher"?

Parabéns pelo tópico :)

Parabéns pelo tópico, Faty. :)
De facto, é um tema com o qual não estou minimamente familiarizada, mas de uma coisa estou totalmente de acordo: é fonte de muito debate e das mais variadas opiniões! :)

Bom tópico.

A TVP funciona como terapia para resolver os problemas da vida actual. Vejamos os livros de Brian Weiss.
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: R.P. em 23 fevereiro, 2015, 11:21
Fiquei confuso.
Se o sofrimento é a melhor forma de pagarmos os nossos erros passados, porque insistimos em saber as causas e eliminar o "problema". Não estaremos a desviar-nos da ordem natural das coisas?
Reencarnação, é possível escolher não reencarnar? Ou é algo que nos seja impossível de "escolher"?

Aquilo que entendi, segundo o estudo realizado, foi a maior parte dos espíritas que participaram no estudo, referiram que o sofrimento é a melhor forma de pagarmos pelos nossos erros passados, aceitando-o de forma passiva. No entanto, essa não é a posição espírita. Estes defendem que o sofrimento é uma realidade e devemos, tal como refere o Livro "Evangelho Segundo o Espiritismo", no capítulo 5, empreender todos os nossos esforços no sentido de minimizar esse sofrimento. Na verdade, concordo com essa posição, pois o sofrimento não deixa de fazer parte da natureza humana, ao encontrarmos algumas das causas que podem estar na origem desse sofrimento, podemos dar um passo na nossa evolução, já que aceitaremos esse sofrimento de forma diferente, aceitando-o e integrando-o  no nosso conhecimento e aprendizagem. As pessoas "resignadas" perante o sofrimento, continuam a sofrer, mas também nada fazem para que a sua evolução ocorra. Deleitam-se, muitas vezes nesse sofrimento e assumem-se como vítimas das situações.

Relativamente à reencarnação, do pouco que sei e li, temos escolha sim. Ou seja, podemos escolher ou não reencarnar... Você já viu o filme brasileiro "o nosso lar"? Se não o fez, sugiro que o faça. Ele está no youtube completo. Este filme mostra que o reencarnar é uma escolha para uma das personagens. Ela não teria mais necessidade de o fazer e optou por fazê-lo para ajudar uma sobrinha que não aceitava a morte e ainda se encontrava muito presa à existência.

Bem-Haja

..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

#5
Quando diz que temos escolha e que uma das personagens do "Nosso Lar" tem essa opção isso não significa que todas as almas tenham essa opção.

Isto porque, e como diz "..não teria mais necessidade de o fazer.". Optou por ajudar a sobrinha. Até tudo bem. Mas a reencarnação não se trata de evoluir o espírito através de várias vidas para atingir uma patamar de quase perfeição e ganhar o direito de não voltar a reencarnar?

Eu comprei o livro "o nosso lar" (mais um passo na minha descoberta) e até onde o li, capitulo 18 «Amor, alimento das almas», fiquei com a sensação de que seria assim.

Logo na página 13 do livro, em que lemos a mensagem de André Luiz, podemos ler o seguinte:

"...Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem a ver com as soluções profundas do destino e do ser.
Ó caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da vida eterna.
É indispensável viver o vosso drama(...) no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!"


É de facto um tema super interessante e com contornos delicados: Reencarnação.
E para quem já leu Brian Weiss, ainda mais desconcertante se torna. Não pode ser tudo imaginação ou produto de um cérebro fantasticamente imprevisível  :)

Dou outro ponto de discussão: Revelações de Chico Xavier para 2019. Mais uma prova de fogo para os mais cépticos ;)

Eu acredito, mas não faz mal nenhum desafiar a nossa crença ;)

Tudo de bom!

"Mas a reencarnação não se trata de evoluir o espírito através de várias vidas para atingir uma patamar de quase perfeição e ganhar o direito de não voltar a reencarnar?"

Pois eu acredito que sim. Ou seja, a reencarnação, termos novamente um corpo, é uma oportunidade para evoluirmos... há muitas histórias budistas que falam de seres muito iluminados e que reencarnaram novamente com um propósito específico... acho que deve ser apenas condição para determinados patamares de evolução.

Reencarnar é, para mim, uma oportunidade frágil", pois um ser que já evoluiu espiritualmente ao regressar com o véu do esquecimento, poderá "perder-se, ou não?".... esta sempre foi a minha dúvida... não sei se há ou não "involução". Será que existe?

O Budismo acredita que sim... e o espiritismo? Será que podemos involuir?

Brian Weiss é um senhor da TVP. Ele próprio sabia que iria ter alguns dissabores ao afirmar tudo aquilo que afirmou no seu primeiro livro. Mas, mesmo assim o fez. Durante a TVP pode haver, sem dúvida falsas memórias... memórias inventadas... acho que isso é legítimo. O problema ou a questão coloca-se quando essas falsas memórias não existem e são simplesmente reais.

Se você tiver interesse em ler sobre isso, pesquise na net, Ian Stevenson e colaboradores, pois estes senhores têm desenvolvido ao longo de muitos anos, estudos com crianças em todo o mundo que supostamente se lembram de vidas passadas. Este autor e seus colegas, optaram por estudar crianças devido à quase "inexistente" falsas memórias, o que acaba por tornar o processo mais acurado.

Ele, pesquisou as "supostas" vidas recordadas e conseguiu um arquivo imenso de provas das suas existências. Paralelamente, começou a perceber que muitas das vidas passadas, em função das mortes acontecidas, deixavam marcas ainda visíveis nos corpos das crianças atuais. Numa vida passada um ser, por exemplo, foi apunhalado por uma espada. Nesta vida, a criança relata o acontecimento de sua vida passada e mostra a marca de nascença no peito, extamente onde fora apunhalado em outra vida. Incrível, não?
..."no woman no cry... cause when one door is closed, many more is open"...
Membro nr. 34334

"O Budismo acredita que sim... e o espiritismo? Será que podemos involuir? "

Aos olhos do Budismo, podemos reencarnar num calhau...isso é involuir. No espiritismo isso não acontece.Não podemos retroceder o nível evolutivo onde nos encontramos


Eu li dois livros do Brian Weiss e...acho incrível tudo. Seja em adultos ou crianças... :)

#8
Olá a todos,

  Este texto é de 1998 do Milton Menezes, um psicologo com Mestrado, e um dos fundadores de uma Instituição, a IBRAPE-TVP.
  O estudo realizado às 500 pessoas é da parte deles e não do Forum Espirita.

  Mas os questionamentos deste senhor são válidos.

  Na altura, foi-lhe indicado, o porquê de a não inclusão dessa Terapia nos Centros.
  Há 2 aspectos.
  O 1º, porque nas actividades espiritas não era necessário, pois a "equipa espiritual" dos centros conseguem ter acesso imediato e profundo a todas as nossas existências pretéritas, e que se houver alguma situação em que seja necessário revelar, para tratar uma fobia, ou numa outra situação decorrente da mesma, será feito.
 
  E o 2º motivo, e o mais importante, é porque, sendo o Espiritismo algo sério, e não algo criado pelos humanos com tendências aproveitadoras, não deve assimilar algo para si, que é, para auxilio e acessivel a todos. Ninguém, numa religião,corrente, ideologia, deve tomar como sua, uma terapia, que pertence à Ciência, mais propriamente à Psicologia. Não deve a TVP ser um ramo da árvore do Espiritismo, mas um ramo da Humanidade. Esta atitude altuista o wilson não tinha percebido.

  E é sempre com agradável prazer, ver esta terapia crescer continuamente, e com esperança de uma certeza que mais tarde, terá seu espaço, dentro da Ciência que estudará a nossa parte espiritual.

  Sabem também, os espiritas, que aquando do uso desta Terapia, apenas as vivências passadas "mostradas" aos pacientes que tenham utilidade para a existência actual, são as que realmente serão reveladas, dando um aspecto justo à sua existência( a TVP), e aniquilando a nossa curiosidade humana. ;)

Citação de: R.P. em 23 fevereiro, 2015, 11:21

Reencarnação, é possível escolher não reencarnar? Ou é algo que nos seja impossível de "escolher"?


  Olá R.P.

  Na verdade, não. Não será possivel escolheres não-reencarnar. Mas podes adiar, no entanto, quando estamos "por lá", percebemos o porquê da reencarnação, e mudamos o ponto de vista.

Citação de: R.P. em 23 fevereiro, 2015, 16:35
Quando diz que temos escolha e que uma das personagens do "Nosso Lar" tem essa opção isso não significa que todas as almas tenham essa opção.

Isto porque, e como diz "..não teria mais necessidade de o fazer.". Optou por ajudar a sobrinha. Até tudo bem. Mas a reencarnação não se trata de evoluir o espírito através de várias vidas para atingir uma patamar de quase perfeição e ganhar o direito de não voltar a reencarnar?


Olá R.P.,

  Sem dúvida. Quando tivermos já, a não necessidade de reencarnar, podemos realmente, não faze-lo. No entanto, quando tens alguém que precise de ajuda, também podes ou não ajudar? Não podes tu parar o teu caminho para o trabalho e ajudares alguém numa certa situação, e depois retomares o teu caminho para o trabalho?:) Existe reencarnação para evolução do próprio, mas existe outras como Missão, afim de ajudar os outros, tais como os vários profetas,humanistas,cientistas, e até pessoas simples que passam despercebidas, que passaram por este planeta. :)
  No caso desse relato no "Nosso Lar", embora ela não necessitasse reencarnar num planeta de provas e expiações, como a Terra, ela teria sempre a necessidade de reencarnar em Mundos mais evoluídos. Mas preferiu ajudar alguém por uns 80,90 anos, como missão, e tal foi-lhe concebido.

Citação de: Faty Lee em 23 fevereiro, 2015, 16:48

Reencarnar é, para mim, uma oportunidade frágil", pois um ser que já evoluiu espiritualmente ao regressar com o véu do esquecimento, poderá "perder-se, ou não?".... esta sempre foi a minha dúvida... não sei se há ou não "involução". Será que existe?

Abraço,

O Budismo acredita que sim... e o espiritismo? Será que podemos involuir?

Olá Faty,

  Não à que temer a reencarnação, pois como o R.P. disse, e bem, o espirito não involui. Nem na moralidade, nem na inteligência. Pode sim ter posições sociais, materiais inferiores às pretéritas, e até no campo intelectual, mas no moral, nunca involui. Eis a razão porque espiritos iluminados, nao receiam a reencarnação, pois têm essa certeza, e sabem que serão sempre amparados nas suas missões, e porque, aquando o descanso corporal, quando dormem, podem sempre ir até aos seus e recolherem e abastecerem-se de conselhos e energias como auxilio para sua jornada.

  Mas sabes porque que o Budismo indica a involução? Como auxilio, pois tens que ter em conta, a altura em que foi indicado tal ensinamento. Como auxilio, como bengala, para que tivessemos a noção que devemos ser realmente correctos, para não falirmos. Como foi indicado, por ex., «o olho por olho, dente por dente», nas antigas escrituras, por Moisés. Percebes? Como por exemplo, quando dizes uma pequena "mentira" melindrosa a um filho, sobre o papão, para não fazer isto ou aquilo.
  O Budismo é ainda hoje uma das ferramentas mais preciosas na relação de Homem-Ser espiritual.

Abraço,

Espero que esta mensagem não seja apagada, como a ultima, sobre os Mestres ascensos.




Obrigada João Paulo Soares, as suas intervenções são sempre apaziguadoras! :)

Bem-haja!
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Membro nr. 34334

#10
Citação de: João Paulo Soares em 24 fevereiro, 2015, 01:44


  Olá R.P.

  Na verdade, não. Não será possivel escolheres não-reencarnar. Mas podes adiar, no entanto, quando estamos "por lá", percebemos o porquê da reencarnação, e mudamos o ponto de vista.




Obrigado João Paulo Soares pelos esclarecimentos.

Então, vamos assumir que reencarnamos e que temos uma missão. Essa alma, quando deixar o corpo novamente vai passar pelo "limbo"? Ou seja, pode ficar "presa" antes de ser resgatada ou ajudada?

Se for afirmativo, não será injusto que assim seja? Existe explicação para isso suceder?

Permita-me uma outra questão, estendida a todos os que queiram opinar: Porque quando estamos "por lá" temos a noção de família e ela seja sempre a mesma? Reencarnamos...tivemos outra vida, outra familia, novos amigos, etc.

Por último, Pensei que a nossa alma terrena existisse e fosse uma centelha que retornava ao seu "corpo" espiritual.

Não sei se me fiz entender e perceberam onde quero chegar..., ou seja, enquanto cá estamos somos uma parte desse nosso todo que ficou  lá em "cima", logo, ter família não me faz sentido nenhum.

As minhas considerações têm como base a livro "O nosso lar". (Honestamente, ás vezes tenho "ataques" de dúvida a tanto perfeccionismo que evidencia o relato no livro)

Tudo de bom

Não sei se compreendi bem a sua questão. Mas vou tentar explicar a forma como entendo (às vezes o difícil é encontrar as palavras certas):

- Quando acabamos uma "missão" de vida... retornamos ao mundo dos espíritos. O "limbo" que fala é o quê? O bardo? O umbral que você vê no livro O Nosso Lar? Se sim, quando você desencarna vai para lá mas não fica lá... só fica nesse limbo quem não abriu a sua consciência. Veja que o André Luíz ficou lá até ser resgatado, pois ele estava ainda muito preso à sua vida terrena, às suas dores... quando ele pede ajudar, é quando ela surge e veja que mesmo assim, ele ainda foi levado para um "hospital" para se libertar das dores terrenas... Se não há involução como disse o João Paulo Soares, significa que ao passar pelo umbral, você rapidamente compreende que aquele não é o seu lugar e por isso não ficará lá preso, certo?

- Na verdade, a noção de família terrena não existe no mundo dos espíritos. RP você lembra-se da mãe do André Luiz? Essa senhora, pelo que entendi, estava num plano de desenvolvimento espiritual diferente e mesmo assim, a sua compaixão e amor pelo seu filho terreno não deixou de existir. Ou seja, esse laço fica permanente em si e por isso é que espiritualmente estamos todos ligados. Os budistas dizem que todos nós, sem exceção já fomos mãe ou pai de alguém que está em nossa vida... por isso imagine a quantidade de mães e pais que já tivemos... os desta vida... apenas cumprem uma missão... não são os nossos pais em espírito... Esta noção é para mim importante pois ajuda-nos tremendamente quando temos pais tóxicos que só nos fazem sofrer... não podemos ficar "presos" a eles só pelo facto de serem nossos pais, pois na verdade, em espírito, não o são!

Não sei se consegui elucidar as suas dúvidas...

É bom que tenha dúvidas, não acha? Pois as suas poderão ser certamente as dúvidas de outros.

Bem-haja!

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Membro nr. 34334

Citação de: R.P. em 24 fevereiro, 2015, 18:50

Então, vamos assumir que reencarnamos e que temos uma missão. Essa alma, quando deixar o corpo novamente vai passar pelo "limbo"? Ou seja, pode ficar "presa" antes de ser resgatada ou ajudada?

Se for afirmativo, não será injusto que assim seja? Existe explicação para isso suceder?

Olá R.P.

  Não, não pense que todos, ao desencarnarem, tenham que passar por esse "limbo", "umbral".! Se assim fosse, realmente seria injusto, mas tal não acontece. Não temos todos, que partimos daqui, passar por essa situação. Seja os que estiverem por expiação ou missão. Credo, estas zonas é para almas extremamente cépticas, de coração. Há até pessoas que faliram muito e nem por isso, têm que passar por essa zona.
  Quanto mais a Humanidade melhorar, menos densa será essa zona, até chegar realmente desaparecer. Essa zona só existe devido à inferioridade de alguns de nós, com o nosso cepticismo e paixões materiais.


  O caso relatado no "Nosso Lar", é referente ao um caso de uma alma, que como médico, negligenciou, ou melhor, conscientemente sabendo os maleficios dos vicios no corpo (bebida e fumo em excesso) e até carnais, e principalmente, por ter tido uma postura céptica a algo Inteligente superior a ele, fez com que a sua sintonia o levasse a essa zona. 8 anos por lá andou, até ter uma "redenção" por cansaço e pedir ajuda. Rogou, a Deus, (tal coisa que rejeitava a acreditar) por ajuda.
   Na maioria dos desencarnes, a primeira coisa que vemos são os nossos familiares, amigos e almas simpaticas já desencarnados, a receber-nos em festa, analoga, por exp. como quando trabalhamos no estrangeiro e vimos em férias e temos muitos dos nossos familiares e amigos a nos receber no aeroporto.
 
Citação de: R.P. em 24 fevereiro, 2015, 18:50

Permita-me uma outra questão, estendida a todos os que queiram opinar: Porque quando estamos "por lá" temos a noção de família e ela seja sempre a mesma? Reencarnamos...tivemos outra vida, outra familia, novos amigos, etc.

   Não sei se percebi. Mas quando estamos por lá percebemos quem foi a nossa familia por um determinado de tempo, numa vivência. Como muitos desses familiares, o são, por mais que uma reencarnação, os laços familiares não são destruidos pela reencarnação, por termos mais outros "pais" e "mães", bem pelo contrário, se extendem.
   

Citação de: R.P. em 24 fevereiro, 2015, 18:50

Por último, Pensei que a nossa alma terrena existisse e fosse uma centelha que retornava ao seu "corpo" espiritual.

Não sei se me fiz entender e perceberam onde quero chegar..., ou seja, enquanto cá estamos somos uma parte desse nosso todo que ficou  lá em "cima", logo, ter família não me faz sentido nenhum.

   Não és uma parte, não deixamos uma outra lá. Estás cá, e todo cá.
   O facto de estares numa reunião, não deixas de fazer parte dessa reunião, mas a tua individualidade mantem-se, dentro dessa reunião.
   Serás sempre uma individualidade, uma alma, um Ser, que pertencerá ao conjunto com outros seres, mas sem nunca perder a identidade.
   
Abraço,