Sabedoria interna

Sobre estes assuntos espirituais, existe actualmente tanta informação, bombardeia-nos vinda de todos os lados e para quem pretende compreender algo mais irá com certeza ficar com um nó na cabeça. São religiões, irmandades, fraternidades, profecias, canalizações, rituais, cursos e workshops de tudo e mais alguma coisa, hierarquias terrestres, extraterrestres, intraterrenas, seres de Luz com nomes complicados, uns da antiguidade, outros modernos, os que vieram, os que estão para vir e os que já por aqui andam. Enfim, um corrupio interminável de conhecimentos, todos com a sua respectiva validade.

Está tudo correcto, cada um pode e deve procurar e expressar as suas convicções, crenças ou religião na forma com que mais se identifica. Mas, para mim em certa altura chegou a um ponto de grande confusão, cheguei a desanimar pois não conseguia encontrar o "fio da meada". Foi então que parei...e senti a cada momento onde estava a minha realidade. Era apenas eu, com o meu sentir que tinha de encontrar a primeira peça do puzzle. E descobri que esse pedacinho de conhecimento, afinal, esteve sempre guardado no meu coração, só não o tinha ainda encontrado pois procurava-o com a mente, a análise, a lógica, focada unicamente no exterior, pondo de parte o fundamental, a busca interior.

Foi só parar, atenta e consciente do que sentia a cada momento, em cada situação, em cada experiência de vida, estava tudo ali. E foi assim que aos poucos, com grande simplicidade que fui juntado outras peças ao puzzle, compreendendo a minha realidade, as fundações da própria criação, Deus, mas o mais surpreendente foi a Paz por onde este processo me conduziu, a naturalidade com que tudo o que sei me foi revelado, a consciência de que ainda falta tanto e nunca vou saber tudo.

Hoje percebo que a Sabedoria vem do interior, das profundezas do nosso Ser, está lá toda e vai-nos ser revelada à medida do nosso merecimento, do nosso trabalho interno, da eliminação dos egos e fundamentalmente da capacidade de sentir e viver a simplicidade do Amor.

A verdade é isso mesmo! A nossa realidade interior, em toda a sua simplicidade.

O resto são artefactos que apenas fornecem tonalidades daquilo que sentimos. Por isso, tonalidades claras, outras vezes confusas e vazias de sentido.

Bom tópico de reflexão!