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  • O ego no Budismo
    Iniciado por sofiagov
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sofiagov

Um ego saudável é absolutamente necessário para se funcionar direito neste mundo!
Buda falou (ou dizem que ele falou) que o apego gera sofrimento e que para acabar com o sofrimento temos que acabar com o apego, certo?
Pois bem tenho tomado consciência do meu enorme apego ao meu EGO!! É verdade! Parece que eu me dou muita importância. Pois bem, o que é que eu faço agora? Qual é o exercício para diminuir o apego ao EGO. Continuo sentando e meditando??".

Hum... que bom que você tem apego ao seu ego! Um ego saudável é absolutamente necessário para a gente funcionar direito neste mundo! Então, por favor, cuide bem de seu ego! Aí surge a questão sobre o que fazer para se ter um ego saudável. Quem teve a bênção de crescer numa família saudável, provavelmente já tem um ego saudável. Mas, dependendo da história pessoal de cada um, às vezes pode ser conveniente e apropriado fazer terapia com um bom psicoterapeuta (psicólogo ou psiquiatra) com quem se sinta afinidade. Os traumas pessoais podem prejudicar o funcionamento adequado do ego. Tem coisas que somente uma boa terapia pode resolver. A Espiritualidade não pode substituir a terapia nestes momentos. Também a terapia não pode substituir a espiritualidade, e aí vamos para a segunda resposta.

Em lugar de ficar numa dualidade de apegar-se ou desapegar-se do ego, que tal pensar em termos de "transcender" o ego, encontrar aquele espaço de não dualidade em que você possa manifestar a sua Natureza Buda naturalmente? Com isto, poderá deixar o ego cumprir o seu papel sem que ele tente ser mais do que é.

A nossa prática não é bem para "matar o ego", mas, de certa forma, domesticá-lo, deixá-lo fazer aquilo pelo qual existe, sem mais nem menos. Para isto, primeiro, temos que acolhê-lo com o mesmo carinho com que acolhemos uma criança e aceitá-lo como ele é – parar de brigar com ele. A partir desta aceitação, ganhamos espaço e tranquilidade para observá-lo e aprender como ele funciona – para depois "administrá-lo" e escolher de que forma seria mais apropriado deixar o ego se manifestar no mundo.

Temos, sim, que nos desapegar do orgulho, das raivas e ressentimentos, dos medos, e toda uma série de gostos e desgostos, opiniões, conceitos e preconceitos, e aprender a vivenciar cada momento em sua plenitude. Não vamos deixar de ter sentimentos e emoções, mas vamos aprender a não ser controlados, nem movidos pelas nossas emoções. Não vamos deixar de ter pensamentos, mas vamos aprender a não ser controlados, nem movidos pelos nossos pensamentos.

Mais ainda: não vamos interpretar mal a própria palavra "desapego" – não vamos deixar de nos relacionar com os outros, de amar e ser amados, mas vamos, sim, aprender a respeitar os outros e não ficar tentando controlá-los, nem nos deixar ser controlados.

Isshin-sensei é missionária internacional
1) Precisamos tomar cuidado de não interpretar Natureza Buda como uma espécie de "santinho onisciente e perfeito" que estaria aguardando ali dentro de nós, só precisando das condições para se expressar. A coisa não é bem assim e prefiro considerar Natureza Buda como o potencial para se iluminar e o fato de que todos os seres naturalmente procuram o bem-estar e a felicidade. Desta forma, de acordo com a interpretação Mahāyāna, mais cedo ou mais tarde, todos os seres irão buscar o Caminho e tornar-se budas.

Texto extraído e editado do livro "A Vida Compassiva – Compaixão", de autoria de Isshin-sensei.
in sobrebudismo

Ego – Embora o ego já tenha sido explicado pelo conceito da Psi-canálise de Freud, em item anterior, muitas pessoas costumam utili-zá-lo com uma conotação diversa. Geralmente no meio espiritualis-ta, espírita ou religiosa a expressão ego se refere aos defeitos, a sombra, ao lado ruim do indivíduo, materialista e vaidoso. É costu-me dizer ego da vaidade, ego do orgulho, ego da preguiça – tudo is-so pode ser generalizado na simples expressão ego, em referência a alguma pessoa e a seus defeitos.

Self - Enquanto o ego é o eu menor, o self é o eu maior, mais essencial, expandido, mais elevado, puro e divino. É o ponto central da personalidade, em torno do qual todos os outros sistemas se organizam, formando constelações. Ele sustenta a união desses sistemas, e fornece unidade, equilíbrio e estabilidade à personalidade. Equivale à expressão consciência utilizada nos meios espiritualistas. Também chamado de Eu Sou, Cristo Interno, Eu Superior, Mestre In-terno, Mestre Interior, Centelha Divina, Princípio Divino. Esse conceito (Self) foi desenvolvido por Carl Gustav Jung.

Alma – Princípio imaterial ou metafísico da vida que transcende a matéria, mais utilizado pelas religiões e por filosofias. Equivale à expressão consciência, utilizada por espiritualistas. No espiritismo alma significa o espírito encarnado (ser humano).

Espírito – Embora a expressão "espírito", no sentido vulgar, possa representar a ideia ou "sopro" de algo mais etéreo e fugaz (exem-plo: "Hoje estou com espírito de um poeta."), também pode ser in-terpretado como "fantasma", no sentido de uma aparição. Nos meios espiritualistas, de forma geral, serve de sinônimo de corpo astral, consciência desencarnada, consciência extrafísica ou como consciex (na Conscienciologia – contração da expressão consciência extrafísica). Já para os espíritas mais próximos do universalismo sig-nifica o mesmo que consciência, no sentido de essência.

Consciência – Nas ciências ortodoxas e convencionais é apenas um estado normal de percepção já explicado no item Para estes é assim: se estou consciente percebo, detecto e reparo, senão, é porque estou inconsciente ou menos consciente, portanto não re-paro, nem detecto. Para os espiritualistas, como já dissemos, é o mesmo que o eu mais profundo, íntimo, essencial, superior, divino, self, essência muito além da forma, da matéria ou mesmo da ener-gia. A energia não tem vontade própria, não organiza a si mesma e isso serve para todo tipo de energia, até onde se sabe hoje. Com is-so, podemos afirmar que deve haver algo ou alguém que manipula, organiza e utiliza a energia em seus mais variados aspectos. A essa entidade chamamos consciência.

in consciencial.org
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Para o Budismo o você não existe. Isso o que você chama de "eu" é apenas uma ilusão e o apego a esse ego é a maior fonte de sofrimento da sua vida. É o que lhe impede de alcançar a plena felicidade.
As ideias acima fazem parte – de modo simplificado – da teoria da Dissolução da Noção de Ego, um dos principais ensinamentos do Budismo. Essa teoria serve muito bem para quem tem outras crenças e religiões, ou mesmo para quem não tem crença alguma e quer apenas se tornar uma pessoa mais livre, mais feliz.
Existem diferentes interpretações sobre o que seria exactamente a Dissolução da Noção de Ego.
A lógica é a de que tudo o que existe no mundo está interligado e é interdependente. Não faz sentido, portanto, a visão dualista que normalmente temos entre "eu" e "os outros".
Quando quebramos essa visão, paramos de julgar, condenar, brigar com os demais seres. Não teríamos como prejudica-los sem prejudicar a nós mesmos. E o melhor: ajudando-os, estamos ajudando a nós mesmos.
Mas quem seria esse "eu" que ajuda ou prejudica?

você é o seu corpo? Você se definiria como um amontoado de células, ossos, músculos e pêlos?

Você é a sua mente? Por acaso você a controla? Experimente fechar os olhos por alguns segundos e prestar atenção somente na sua respiração.

Você vai notar que, após um pequeno espaço de tempo, seus pensamentos vão longe. Mas como isso acontece? Não é você que controla a sua mente e não era você quem ia focar somente na respiração?

Quem já praticou um pouco de meditação sabe que os pensamentos surgem e desaparecem num espaço amplo. Algumas vezes nos apegamos a um deles, afirmando que somos nós quem estamos o pensando. Mas não seria o contrário? Não seriam os pensamentos que pensam a si mesmo?

Sendo assim, você ainda é a sua mente?

Quanto mais você tentar observar, mais vai ver que não existe um "eu" intrínseco a quem se apegar. O personagem que construímos constrói também um mundo só dele.

"Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de Universo, é uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto ─ uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza. Ninguém pode conseguir isso totalmente, mas a luta para a realização desta façanha, em si mesma, é parte da libertação e base da segurança interior." – Albert Einstein

Entendendo que não há distinção entre o "eu" e "os outros" podemos amar incondicionalmente todas as criaturas vivas, podemos perceber que não há momentos ordinários. Por mais piegas que possa parecer, essa é uma forma ampla e sábia de se viver. A compaixão que vem dela gera altos níveis de felicidade, que é o que todos nós buscamos na vida.

Liberte-se da prisão do ego

Quando a percebemos a não-dualidade, essa percepção é libertadora, porque abre um caminho maravilhoso de novas possibilidades.
Geralmente, o que fazemos é o processo inverso. Nos martirizamos, nos culpamos por não seguirmos uma conduta que achamos que deveríamos ter, mas que não conseguimos seguir com consistência. O resultado é frustração e tristeza.

Essa é uma espécie de auto violência que encontra fundamento em várias religiões, inclusive na Católica. É a ideia de que já nascemos com pecados e devemos nos punir sempre que cometamos alguma falta que não esteja condizente com aquilo que se espera de nós.

Algumas pessoas dizem que a prática budista visa dissolver o eu. Não compreendem que não existe um eu a ser dissolvido. Existe apenas a noção do eu a ser transcendida. – Thich Nhat Hanh

A ilusão do ego é o resultado de uma visão corrompida da nossa relação com o mundo. É como uma doença que toma vida dentro de nós, que precisa ser tratada para que se restabeleça o equilíbrio da vida.

Para o budismo, essa doença é tratada através de um caminho prático de acções no quotidiano, sem nada de misticismo. Esse caminho é chamado de Nobre Caminho Óctuplo e sua prática, por si só, já é a própria libertação.

Em outras palavras, não se percorre o caminho para chegar à felicidade. A felicidade é o próprio caminho.

in mude.nu

hum...  ::)

tópico muito bom... mas o meu ego diz-me que eu tinha feito melhor...  ;D

abraço
a minha religião é a verdade...

sofiagov
#2
Citação de: incertus em 13 janeiro, 2015, 12:07
hum...  ::)

tópico muito bom... mas o meu ego diz-me que eu tinha feito melhor...  ;D

abraço

nada o impede de acrescentar o seu melhor incertus.... ;)

acrescente, opine...vá é para isso mesmo que cá estamos... :angel:

 :)

cara amiga, pouco mais consigo acrescentar do que comentário ironico que deixei.  ;)

o tópico esta excepcional, parabens.

cumps
a minha religião é a verdade...