Experiência de Quase Morte na infância...

Olá,

o meu nome é Hannah e tenho 17 anos. Como vi muitos relatos aqui resolvi partilhar o meu também:

Quando tinha cerca 11/12 anos vivi uma experiência de quase morte (sim, a essa idade já tinha ouvido e visto relatos sobre esse tipo de experiência e como desde pequena tive algumas experiências com o paranormal sabia o significado. O programa que tinha visto sobre isso foi 1 ano antes disso e acho até que já tinha esquecido - só lembrei depois de ter passado -).

No Brasil (sou brasileira e moro a 2 anos aqui) e principalmente na Bahia temos o costume de usar redes que colocamos na varanda das casas e etc. Eu estava na casa de minha amiga com mais outra amiga e estava deitada na rede, elas tentando brincar comigo saíram para beber água e voltaram sem que eu percebesse, começando a balançar a rede com MUITA força e intensidade e eu gritava para parar (sempre tive uma intuição aguçada, parece que eu estava sentindo o que ia acontecer) até que fui projetada a uma distância que não sei ao certo a única coisa que senti foi meu corpo estar reto e bater a minha cabeça (numa zona que chamamos "moleira" é exatamente no meio na cabeça) na parede. A minha visão escureceu, os sons abafaram e eu desliguei.

Imediatamente me vi deitada no chão com elas tentando me acordar, gritando (não ouvia mas via), me balançando e logo depois tudo escureceu. Estava em um túnel com luz amena (como se estivesse iluminado pela luz do luar,não era o caso pois era um túnel fechado), bem fraca, dava para ver os tijolinhos da parede como se fosse uma sombra, era húmido, eu sentia a água no chão, sentia-me insegura pois um vento fortíssimo me impulsionava e eu só conseguia ir em frente sem enxergar nada.

Mais para frente comecei a ver "pedaços da minha vida", momentos, foi aí que comecei a entender e a tentar voltar para trás mas a rajada de vento não deixava, começou a me arrastar, em pé, como se me empurrassem, nesse momento uma porta se abriu, a porta ainda fechada emanava uma luz fortíssima, após ela abrir vi uma mulher não via a cor dos olhos ou da pele porque ela era toda branca da cor de papel e o seu vestido era longo mexia-se como uma brisa, eu apenas via as feições, era muito bonita. O fundo era quase um azul claro e via outras pessoas da mesma cor que ela passando tranquilamente por trás, uns conversavam, outros corriam. Reparei em tudo isso enquanto ela dizia, numa voz muito doce: -Hannah, chegou a hora. (Eu: Não...) -Não tenha medo, eu estou aqui (sorriu levemente). (Eu: Não quero ir, não é minha hora - gritei por minha mãe) Ela: -Vai ficar tuudo bem se despreocupe, apenas venha comigo. (Eu em desespero) Ela: - Rápido, a hora chegou. E ergueu a mão. Eu me aproximava mais e mais da porta e já em desespero comecei a visualizar o rosto da minhas amigas. Ela: - Rápido Hannah, ainda há tempo. E eu dei o último grito com toda convicção: - EU NÃO VOU! O vento começou a me empurrar no sentido contrário e ela disse: - Infelizmente nosso tempo acabou, não foi dessa vez. A porta fechou-se lentamente e enquanto ela se fechava o túnel ia ficando mais claro e eu ia sendo puxada até que eu levantei (já no corpo), num súbito e com toda força. Lembro que estava ofegante e assustada. Uma das amigas disse: - Ai que susto! Pensei que você tinha morrido. (Eu: Como assim? - ofegante -) A outra: Você não estava respirando. Eu me calei, elas me abraçaram eu meio que paralisada  perguntei: Quanto tempo fiquei desacordada? Agora digo que inacreditáveis 3 a 5min. Pode parecer surreal (e o paranormal é) mas quando saímos do corpo todo e qualquer tempo passa bem mais devagar.

Bem, naquela época parece-me que eu ia para uma boa dimensão, hoje já não sei  brincadeira.

Termido citando uma frase de Shakespeare que diz: - "Há mais coisas entre o céu e a terra, do que sonha a nossa vã filosofia".