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  • Maria quando concebeu Jesus era realmente virgem??
    Iniciado por AbelhaMaia
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ElFog
Tenho ideia que essa história da virgindade está intimamente ligada ao grau inferior que a mulher teve em relação ao homem. Quando este se unia a uma mulher, queria que esta fosse só sua, que mais ninguém lhe tivesse tocado... dá uma boa ideia de propriedade.

Acho que ainda hoje, se uma moça disser ao namorado que ele é o primeiro, o rapaz derrete-se ali. Já não por uma questão de propriedade, porque já é difícil encontrar alguém assim com mais de 13 anos (estou a exagerar... +/-... <_<").

Posto isto, é normal que a Igreja queira que Maria fosse virgem, porque pertence a deus, e eleva Maria à divindade, àquela mulher que é inalcançável por qualquer outra, que os homens (mesmo os homens, os gajos), consideravam pura há 1000 anos atrás.

Em suma... é uma situação só para inglês ver, porque não é possível.

Citação de: lilisoft em 31 outubro, 2011, 21:50
Eu tenho outra teoria para a Maria engravidar virgem, mas se quiserem saber perguntem-me!
Oh lilisoft .. . ainda estou à espera da resposta !  ;D
Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

TinaSol
Isto recorda-me a história de uma jovem que diz ter engravidado do Espírito Santo, a notícia saiu no jornal há já alguns anos, mas na altura ninguém acreditou... Pessoalmente até agora não consegui acreditar na história da Virgem Maria, mas passando a suposições:

Quando recebeu a notícia através do anjo, ela já tinha sido desposada por José, por isso, supostamente já devia ter feito "tentativas de procriação" (descrevo desta forma porque acho que o cristianismo defende que as relações sexuais só se devem manter com o fundamento de procriar (tenho que pesquisar sobre isto tb)).

"A Perpétua Virgindade de Maria , ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Este dogma mariano é o mais antigo da Igreja Católica e Oriental Ortodoxa, que afirma a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz o Filho de Deus feito homem."[6] Assim Maria foi sempre Virgem pelo resto de sua vida, sendo o nascimento de Jesus como seu filho biológico, uma concepção milagrosa." (in Wikipédia). 

Terá Deus restituído a virgindade a Maria? Ou terá José só tocado em Maria somente depois de ter tido Jesus, e ao contrário do exposto acima, não permaneceu virgem e Jesus teve irmãos:

" Além de Jesus, gerado de forma sobrenatural, a santa Maria teve, no mínimo, seis filhos: duas mulheres e quatro homens. Vejam:

"Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?" (Mt 13.55-56; v. 12.46; Mc 6.3; Lc 8.19-20). Considerando que "irmãs" está no plural, entende-se que no mínimo foram duas. A afirmação bíblica é clara, objetiva e precisa.

Há na Bíblia uma clara distinção entre ser discípulo e ser irmão de Jesus: "Depois disso, desceu a Cafarnaum, Ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos, e ali ficaram apenas alguns dias" (Jo 2.12; v. At 1.13-14). A Bíblia de Jerusalém, aprovada pelo Vaticano, comenta: "O apóstolo Judas é distinto de Judas, irmão de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago. Não se deve também, parece, identificar o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, irmão do Senhor (At 12.17; 15.13, etc.)". Outra distinção está em 1 Coríntios 9.5: "Não temos o direito de levar convosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os outros apóstolos e os irmãos do Senhor e Cefas?". E mais: "Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do Senhor" (Gl 1.18-20).

Os discípulos criam em Jesus, ao contrário de seus irmãos: "Pois nem mesmo os seus irmãos criam nEle" (Jo 7.5).

José só teve relacionamento físico com Maria depois do nascimento de Jesus: "E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS" (Mt 1.25)."


Ou não será uma questão de reprodução mitológica:
"Verifica-se entre as diversas religiões e lendas, como mostram os estudiosos, uma semelhança no que diz respeito aos seres míticos: são, geralmente, filhos de mães virgens, que conceberam por obra de alguma entidade superior.

As lendas sobre filhos gerados por mulheres virgens são numerosas, constituindo tal mito uma idéia corrente já muito antes do cristianismo, que, portanto, a copiou de tradições mais antigas. Em países do Extremo Oriente, como China, Tibete e Índia, 2 mil ou 3 mil anos antes de Cristo, entidades mitológicas e fundadores de religiões eram considerados "filhos de mães virgens e puras", informa outro erudito.
Citam-se ainda como exemplos de concepção virginal ou "nascimento sobrenatural" em épocas anteriores ao advento do cristianismo: Buda e Zoroastro, fundadores, respectivamente, do budismo e do zoroastrismo; Orus, divindade egípcia, filho de Ísis; na mitologia romana, Baco, filho de Ceres, a quem os antigos gregos chamavam de "santa virgem"; na mitologia grega, um deus concebido por uma virgem divina tinha sua data de nascimento comemorada no solstício de inverno do hemisfério Norte. Ou seja, o dia 25 de dezembro...

A cidade francesa de Chartres, sede da famosa catedaral de mesmo nome, era o lugar em que se reuniam os druidas, dois séculos antes de Cristo, para venerar a Virgem-Mãe numa gruta situada no local onde se ergue atualmente a catedral." (in http://www.valdiraguilera.net/historia-do-racionalismo-21.html)


Uff.. extenso mas queria colocar a variedade de informação.

Ou seria do signo Virgem? uma pessoa deste signo é e será eternamente virgem....  ::) ;D

#18
O conceito de Virgem Mãe, Terra Mãe, ou somente Mãe, é antigo mesmo, e aparece em diversos casos como bem referiste.

A meu ver pode muito bem, ser a base para mais um ...
A imagem de Mãe, desde sempre esteve ligada à criação, ao contrario de Pai, que está mais afastado dessa imagem...

Citação de: TinaSol em 01 fevereiro, 2012, 12:40

Uff.. extenso mas queria colocar a variedade de informação.

Ou seria do signo Virgem? uma pessoa deste signo é e será eternamente virgem....  ::) ;D

Andas a trabalhar muito não é ?? Nota-se !!  ;D  ;D

Ainda bem que vais partilhando, assim enriquece a cultura ... ;)

Signo Virgem é eterno ?? onde ??   :o  

Bom post
Causa Debet Praecedere Effectum -  ( Não há efeito sem causa )

De Nihilo Nihil - ( Nada vem do nada )

TinaSol
Citação de: Seth em 01 fevereiro, 2012, 13:19
Andas a trabalhar muito não é ?? Nota-se !!  ;D  ;D
Ninguém me manda ser curiosa... ;D

Citação de: Seth em 01 fevereiro, 2012, 13:19
Signo Virgem é eterno ?? onde ??   :o 
Era uma piadola ;D, quem nasce do signo virgem é sempre virgem, nem que seja virgem só de signo  ;) 

Já agora acrescento, segundo me parece, Maria nasceu a 08 de Setembro, logo seria do signo Virgem, a história do signo faz alusões a Maria...

chacalnegro
Citação de: TinaSol em 01 fevereiro, 2012, 12:40
Isto recorda-me a história de uma jovem que diz ter engravidado do Espírito Santo, a notícia saiu no jornal há já alguns anos, mas na altura ninguém acreditou... Pessoalmente até agora não consegui acreditar na história da Virgem Maria, mas passando a suposições:

Quando recebeu a notícia através do anjo, ela já tinha sido desposada por José, por isso, supostamente já devia ter feito "tentativas de procriação" (descrevo desta forma porque acho que o cristianismo defende que as relações sexuais só se devem manter com o fundamento de procriar (tenho que pesquisar sobre isto tb)).

"A Perpétua Virgindade de Maria , ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Este dogma mariano é o mais antigo da Igreja Católica e Oriental Ortodoxa, que afirma a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz o Filho de Deus feito homem."[6] Assim Maria foi sempre Virgem pelo resto de sua vida, sendo o nascimento de Jesus como seu filho biológico, uma concepção milagrosa." (in Wikipédia). 

Terá Deus restituído a virgindade a Maria? Ou terá José só tocado em Maria somente depois de ter tido Jesus, e ao contrário do exposto acima, não permaneceu virgem e Jesus teve irmãos:

" Além de Jesus, gerado de forma sobrenatural, a santa Maria teve, no mínimo, seis filhos: duas mulheres e quatro homens. Vejam:

"Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, e José, e Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?" (Mt 13.55-56; v. 12.46; Mc 6.3; Lc 8.19-20). Considerando que "irmãs" está no plural, entende-se que no mínimo foram duas. A afirmação bíblica é clara, objetiva e precisa.

Há na Bíblia uma clara distinção entre ser discípulo e ser irmão de Jesus: "Depois disso, desceu a Cafarnaum, Ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos, e ali ficaram apenas alguns dias" (Jo 2.12; v. At 1.13-14). A Bíblia de Jerusalém, aprovada pelo Vaticano, comenta: "O apóstolo Judas é distinto de Judas, irmão de Jesus (cf. Mt 13.55; Mc 6.3) e irmão de Tiago. Não se deve também, parece, identificar o apóstolo Tiago, filho de Alfeu, com Tiago, irmão do Senhor (At 12.17; 15.13, etc.)". Outra distinção está em 1 Coríntios 9.5: "Não temos o direito de levar convosco, nas viagens, uma mulher cristã, como os outros apóstolos e os irmãos do Senhor e Cefas?". E mais: "Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão do Senhor" (Gl 1.18-20).

Os discípulos criam em Jesus, ao contrário de seus irmãos: "Pois nem mesmo os seus irmãos criam nEle" (Jo 7.5).

José só teve relacionamento físico com Maria depois do nascimento de Jesus: "E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS" (Mt 1.25)."


Ou não será uma questão de reprodução mitológica:
"Verifica-se entre as diversas religiões e lendas, como mostram os estudiosos, uma semelhança no que diz respeito aos seres míticos: são, geralmente, filhos de mães virgens, que conceberam por obra de alguma entidade superior.

As lendas sobre filhos gerados por mulheres virgens são numerosas, constituindo tal mito uma idéia corrente já muito antes do cristianismo, que, portanto, a copiou de tradições mais antigas. Em países do Extremo Oriente, como China, Tibete e Índia, 2 mil ou 3 mil anos antes de Cristo, entidades mitológicas e fundadores de religiões eram considerados "filhos de mães virgens e puras", informa outro erudito.
Citam-se ainda como exemplos de concepção virginal ou "nascimento sobrenatural" em épocas anteriores ao advento do cristianismo: Buda e Zoroastro, fundadores, respectivamente, do budismo e do zoroastrismo; Orus, divindade egípcia, filho de Ísis; na mitologia romana, Baco, filho de Ceres, a quem os antigos gregos chamavam de "santa virgem"; na mitologia grega, um deus concebido por uma virgem divina tinha sua data de nascimento comemorada no solstício de inverno do hemisfério Norte. Ou seja, o dia 25 de dezembro...

A cidade francesa de Chartres, sede da famosa catedaral de mesmo nome, era o lugar em que se reuniam os druidas, dois séculos antes de Cristo, para venerar a Virgem-Mãe numa gruta situada no local onde se ergue atualmente a catedral." (in http://www.valdiraguilera.net/historia-do-racionalismo-21.html)


Uff.. extenso mas queria colocar a variedade de informação.

Ou seria do signo Virgem? uma pessoa deste signo é e será eternamente virgem....  ::) ;D
Excelente post!!!!!! ;)

Estou a ler e observar, muito interessante.  ::)
Antes de Julgar, procura ser justo; antes de falar, aprende. Eclesiástico cap 18 verc 19

#22
Gostei do facto de aqui se ponderar a hipótese da partenogénese, mas eu também já estive a pensar nisso, e partenogénese seria bem difícil...pois para isso o óvulo tem de sofrer clivagem sem a intervenção de um espermatozóide, ou seja, sem mistura de qualquer outra informação genética proveniente de um pai, ora, e sendo deste o papel principal na definição do sexo da criança (pois depende do facto do gâmeta masculino possuir o cromossoma x ou y) seria difícil nascer um menino,e não me parece muito provável que os cromossomas sexuais no bendito óvulo que deu origem a Jesus sofressem uma mutação  (já que é raro e demasiado complicado um cromossoma sexual x passar a y e vice-versa, sem existir outras implicações nefastas noutros cromossomas).


Resumindo se fosse partenogénese, no mínimo, Maria teria de ter tido uma filha! e não pensem que esta teria de ser igualzinha a ela! como nos seres que apenas se reproduzem desta forma, em que os descendentes são uma espécie de clone do progenitor (salvo a ocorrência de algumas mutações e afins...) pois nos óvulos de Maria, havia toda uma mistura da informação genética dos seus antecessores tal como nos óvulos de qualquer mulher, em que cada óvulo tem informação genética diferente...
Mas para ser partenogénese humana seria mais provável que fosse uma menina. :)
"É sinal de uma mente educada, ser capaz de entreter uma ideia sem necessariamente aceitá-la."-Aristoteles

#23
Olá Firefight,

Gostei muito da tua resposta.

Eu estava a ler o tópico e lembrei-me de um caso de uma senhora que teve que fazer um teste, não sei se foi por causa de alguma doença da filha, e com esse teste acidentalmente descobriram que elas eram geneticamente iguais. Não me lembro do caso, mas é como tu dizes e já tinha pensado nisso, tinha que ser menina.

Um abraço
"Don't become a monster in order to defeat a monster" - Bono Vox U2

Eu por acaso já vi um documentário sobre este e outros "erros" da Bíblia e este da virgem Maria que afinal não era virgem foi um erro de tradução. O Antigo testamento foi escrito na língua de Jesus (Aramaico) e em Hebraico, mas o novo testamento foi redigido em grego. O problema é que a traduzirem as palavras (e isto também está no "Ultimo Segredo" de José Rodrigues dos Santos) traduziram uma que significava mulher jovem para virgem! Erros de tradução  ;) fora que Marcos, João e Paulo nunca referiram que Maria era virgem.. Um pequeno lapso que se tornou milagre  :P

Acho que o posto faz todo o sentido. A suposta virgindade de Maria sempre foi contestada
Iei Or (faça-se luz)
Shalom Aleichem

Citação de: cleopatra em 02 setembro, 2012, 10:54
Acho que o posto faz todo o sentido. A suposta virgindade de Maria sempre foi contestada

Claro, certas coisas têm mesmo de ser postas em causa.
"É sinal de uma mente educada, ser capaz de entreter uma ideia sem necessariamente aceitá-la."-Aristoteles

Ceinwyn

Para mim a questão da virgindade de Maria só surgiu muito depois.
Situando a questão tendo em conta a perspectiva da igreja acerca do sexo, que durante séculos o considerou um pecado, um acto obsceno e demoníaco, em especial quando efectuado fora do matrimónio e tento como fim o prazer carnal.
Posso imaginar que não quereriam que o nascimento de Jesus o Messias, o criador da  sua igreja associado a um simples acto de sexo/procriação entre dois seres humanos.

Aos olhos do povo da época isso retirar-lhe-ia muito da sua «divindade».

Sem querer ferir susceptibilidades ou crenças e sendo esta apenas a minha opinião, acho que Maria na época, localização e sociedade em que vivia como judia que era, engravidar fora do casamento ou sequer a admissão de sexo sem o matrimónio era já visto como um acto condenável e sujeito a julgamento do grupo e igreja onde estava inserida.

Perante esta situação levanto a possibilidade (muitos poderão considerar blasfémia) de Maria ter uma gravidez que ocorreu da forma que todos sabemos (sexo) e  perante tal situação, para não ser «julgada» pelo seu povo contou a história do anjo...caso fosse aceite, alias como foi, manter-se-ia virgem e a sua gravidez seria aceite.
è uma hipótese.

Existe uma aversão da igreja católica para com o acto sexual que até hoje não compreendo.
Algo que é tão natural ao ser humano como beber e comer. Uma aversão que não possibilita a hipótese de Jesus ter nascido do Amor dos seus pais.

Podem «condenar-me» por isto, mas Maria foi uma grande mulher que passou a perna ao preconceito que existia na época, seu filho Jesus um grande Homem, um visionário, um humanista, mas somente isso.

Já agora Maria Madalena a grande mulher ao lado de um grande homem. Para mim só foram isso grandes homens e mulheres.

A mim não me interessa se eram virgens, se tinham sexo, interessa-me sim a mensagem deixada, uma mensagem tão forte que permanece até aos nossos dias.



chacalnegro
"Jesus tinha irmãos e irmãs, como foi reportado nos Evangelhos de Hebreus, em Marcos [2] 6:3 [nota a] e Mateus 13:55-56 [nota b]. Eles também aparecem no trecho conhecido como verdadeiros parentes de Jesus, em Marcos e Mateus.

Os evangelhos canônicos nomeiam quatro irmãos, mas apenas Tiago, é conhecido historicamente. Após a morte de Jesus, Tiago, o "irmão do Senhor" [nota c] era o líder da congregação em Jerusalém [2] e os parentes de Jesus parecem ter tido posições de autoridade nas redondezas da cidade [3].

Conforme a doutrina da perpétua virgindade de Maria se desenvolveu, principalmente no oriente, os cristãos passaram a considerar os irmãos de Jesus como sendo filhos de José de um outro casamento, e Jerônimo prosseguiu argumentando que os "irmãos" e "irmãs" eram na verdade primos.[4]. Os termos "irmão" e "irmã", como utilizados neste contexto, realmente estão abertos a diversas interpretações.[5].

A conclusão mais natural do que está escrito no Novo Testamento é de que os irmãos de Jesus eram de fato os filhos de Maria e de José, como aceitavam alguns membros da igreja antiga, posteriormente rotulados como antidicomarianitas. Mas quando Helvídio propôs esta ideia no século IV, Jerônimo, que, ao que parece, já tinha expressado a opinião geral da Igreja na época, defendia que a Maria tinha permanecido sempre virgem, argumentando que os que eram chamados de irmãos e irmãs eram na verdade filhos de Cléofas, um cunhado de Maria [6]. Outras interpretações eram de que essas crianças seriam filhas de José em outro casamento, filhos de uma irmã de Maria ou de uma irmã de José [6]. Estudiosos críticos dizem que a doutrina da virgindade perpétua há muito tem impedido o reconhecimento de que Jesus tinha irmãos [7].

De acordo com o Evangelho de Marcos, a mãe e os irmãos de Jesus estavam, no começo, céticos sobre o Seu ministério, mas depois se tornaram parte do movimento cristão [8]. Tiago, o "irmão do Senhor", presidiu sobre a igreja de Jerusalém após a dispersão dos apóstolos [9]. Os parentes de Jesus provavelmente exercitaram realmente alguma liderança entre as comunidades até que os judeus foram expulsos da área com a fundação da Aelia Capitolina nas ruínas de Jerusalém [9].

Em um estágio anterior também, Tiago, irmão do Senhor [nota c], e a quem Jesus teria dado a graça especial de aparecer após a ressurreição [nota d] era, juntamente com Pedro, considerado um líder da igreja de Jerusalém e, quando Pedro partiu, Tiago se tornou a principal autoridade e era tido na mais alta estima pelos judeus-cristãos [10]. Hegésipo relata que ele foi executado pelo Sinédrio em 62 d.C.[10].

A referência de Sexto Júlio Africano aos Desposyni ficou preservada na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia (I, vii 11, 13-14):



"

Para os parentes do Senhor de acordo com a carne, seja com o desejo de se vangloriar ou simplesmente para dizer a verdade, em cada caso, chegou a nós o seguinte relato (11)....Mas como tinham sido mantidas nos arquivos até aquele tempo as genealogias dos hebreus, assim como daqueles que traçam a sua linhagem até os proselitistas, tais como Achior, o amonita, e Rute, a moabita, e àqueles que estavam misturados com os israelitas e que fugiram do Egito com eles, Herodes, mesmo que esta linhagem israelita em nada o beneficiasse, e conhecedor por si de sua própria linhagem ignóbil, queimou todos os registros genealógicos, pensando que assim ele poderia parecer de uma origem nobre se ninguém fosse capaz de, por meio de um registro oficial, traçar sua linhagem até os patriarcas ou os proselitistas e os que se misturaram com eles, que eram chamados de Georae. Uns poucos cuidadosos, porém, tendo obtido registros privados por conta própria, seja lembrando os nomes ou obtendo-os de alguma outra forma dos registros, se orgulhavam em preservar a memória de sua origem nobre. Entre estes, estavam os que já mencionamos, chamados Desposyni, por conta de sua conexão com a família do Salvador. Vindos de Nazaré e de Cochaba, vilas na Judeia, até outras partes do mundo, eles recitavam de memória e de um livro que mantinham com a maior acuracidade possível, a já citada genealogia. Se era mesmo este o caso então ou se ninguém conseguira outra explicação, como é a minha própria opinião e a de todas as outras pessoas cândidas. E que isso seja suficiente, pois, ainda que não possamos desejar um testemunho que suporte o relato, também não podemos oferecer nada melhor ou mais verdadeiro.

  Historia Ecclesiae , Eusébio de Cesareia"

fonte: Wikipedia

Em relação à posição da Igreja Católica em relação ao sexo e até de religiões como espiritismo, que já vi defenderem nalguns textos que li, exactamente o mesmo...

Eu acho que a intenção da Igreja Católica não é demonizar o sexo.  Infelizmente, creio que a maioria das pessoas que não "simpatiza" muito com ela, pelas mais variadas razões, tem esta opinião, apenas porque não passa o "cartão" da "liberdade sexual" total como é de aceitação quase global, hoje em dia...

Assim,  à primeira vista, desde que se tenham as precauções necessárias para não ameaçar a saúde, a racionalidade e o "bom senso",  parecem demonstrar que um comportamente ligeiramente ou mesmo muito promiscuo não tem grandes "contra-indicações".  Parece que a religião decidiu criar uma regra moral sem fundamento e decidiu impô-la com uma intenção opressora, de controlo, de exclusão...

Fico triste, porque este é o julgamento "rápido" que as pessoas fazem e poucas são as que saem um pouco da sua posição defensiva, arrogante e absoluta e se dedicam a perceber os verdadeiros porquês, a investigar e tentar realmente compreender os argumentos do outro lado...

Acho que a maioria das pessoas  vive, como já li por aqui, imersa na "Matrix" e não está minimamente interessada em aprofundar quaisquer tipo de conhecimentos no campo espiritual, porque poderia trazer conclusões incómodas ou que exigissem algum tipo de sacrifício...

Confesso que me deixa de algum modo "enfurecida" por vezes esta "animalidade" das pessoas, a forma como a maioria se contenta com o mundo "rasteiro" do material, da inércia da vidinha quotidiana que se limita apenas à satisfação das necessidades corporais, sem se   interrogar ou dar-se ao trabalho de procurar respostas sobre o verdadeiro propósito da vida... E rejeitam quem de alguma forma tenta "despertá-las"... Mas obviamente, não tenho outro opção senão a de respitar a sua liberdade...

Voltando ao assunto...  Das pesquisas que já efectuei, o que entendi  foi o seguinte: o que a Igreja Católica defende é a prática responsável da sexualidade, que está muito longe de ser "usar preservativo"...  Isto é reduzir o homem a um animal!! Como se o homem fosse só "físico"... Ou seja: desde que não haja consequências físicas, não terá qualquer problema... É basicamente esta a ideia subjacente à prática da sexualidade desta forma...

Justamente por não sermos animais, o sexo não tem apenas função procriativa... Tem uma dulpa função: procriativa e unitiva entre os elementos de um casal. Ou seja, tendo em conta que para estabelecer uma relação é necessário fazer cedências pessoais, sacrifícios, teria de ser atribuído algum benefício, alguma forma de prazer (entre outras, que não do domínio físico), ao facto de duas pessoas se juntarem, caso contrário, não se uniriam. E o sexo foi digamos que um "presente" dado por Deus a um casal, como forma de comunhão intima, de aproximação, doação e alegria. 

À partida, sexo praticado de forma "desvinculada" não terá nenhum destes elementos, será apenas uma busca egoísta de prazer.

Para além disso, toda a acção tem consequências. A prática da sexualidade sem vínculos, ou mesmo dentro de uma relação,  usando métodos contraceptivos, é uma forma de obter apenas egoisticamente o prazer do acto e escapar-se da responsabilidade , das consequências, sem dar nenhum contributo para o mundo... Como alguém que quer apenas obter algo, mas não quer dar nada em troca...

E perguntam vocês: e porque é que fazer algo apenas pelo prazer físico que dá há-de ser mau? Não beneficia ninguém, mas faz-me feliz a mim... Para começar é egoísmo... Depois, precisamente, porque isso é viver para satifação da necessidades corporais, que não é o nosso principal propósito de vida aqui na Terra... Quem diz isto em relação ao sexo, diz em relação a quaisquer outros "vícios" corporais/materiais: a gula, o apego excessivo a riquezas, etc...

O nosso principal e mais nobre objectivo é crescer espiritualmente... Se andamos demasiado preocupados com a satisfação do corpo, corremos o risco de nos tornarmos como a maioria das pessoas que vivem imersas na "Matrix"... Que parecem hipnotizadas e vivem uma vida mundana, sem nem se aperceberem ou quererem saber que têm um lado espiritual e um propósito maior... Que são um espírito dentro de um corpo... E não um corpo, que comanda o espírito...

Para além disso, para que uma relação funcione e seja feliz, é necessário que haja auto-controlo entre os membros do casal... Ter uma relação não significa que se pode ter sexo sempre que se quer... É preciso saber respeitar os limites do outro... O companheiro pode estar usente, doente, etc... Mesmo dentro de relações é muitas vezes preciso ser capaz de praticar a "abstinência"...

E precisamente essa "abstinência" é o método que a Igreja propõe para  não se ter um montão de filhos, porque isso seria muitas vezes incomportável (economicamente, etc.) Já que não se quer arcar com as consequências do acto, então não se pratica. A alternativa  "natural" é evitar relações sexuais no período fértil da mulher...  E a natureza é o "pseudónimo de Deus"! Não será um método muito exacto, mas certamente já dará uma boa  ajuda...

E há mil e uma outras razões:  porque praticar sexo libertinamente desvaloriza as pessoas, torna-as descartáveis, porque as reduz a objectos que procuramos para nos satisfazer, porque nos torna solitários e escravos dos nossos apetites, em vez de tentarmos construir algo com alguém, fazer cedências, doar-nos, comprometer-nos, porque a maioria dos contraceptivos tem efeitos negativos na saúde da mulher, etc...

O que a Igreja diz, é que o sexo, na sua versão "bonita e nobre" é feito para ser um "complemento do amor" e não "amor um complemento do sexo"...

Quanto ao sexo fora do casamento... Casamento não é o dia em que as pessoas sobem ao altar, ou assinam um papel... Isso é apenas uma cerimónia simbólica, uma celebração da união...  Casamento é quando 2 pessoas decidem assumir responsavelmente um compromisso, com a intenção de construir uma vida em comum e manter-se fiel a ele até à morte...
O que sucede é que a cerimónia do casamento em si, é um assumir publicamente desse compromisso, perante familiares e amigos e com a sua bênção e apoio, que muitas vezes poderá ser muito importante. E nesse caso, estaremos não só a fazer um juramento a um companheiro, mas de algum modo também a comprometer-nos com a sua família e amigos a cuidar dele... E sejamos sinceros, não que não sejamos pessoas de palavra, mas todos somos falíveis e um juramento com testemunhas será mais dificilmente quebrado... Daí a recomendação de "sexo só depois do casamento"... Quando já se assumiu o compromisso diante de tudo e todos e assim mais dificilmente se procurará escapar das consequências inerentes à prática do sexo.

Também sexo feito num relacionamento na fase de conhecimento, quando as pessoas ainda não sabem se aquele será um companheiro para a vida, vai criar um vinculo que tornará difícil e mais doloroso libertar-se da relação, caso a pessoa não seja aquilo que se esperava.

Pronto, já teorizei muito sobre o assunto e não sei se transmiti com fidelidade as ideias da Igreja Católica, mas fi-lo o melhor que soube... Muito mais haveria a dizer... Mas é só procurarem que encontrarão respostas, como eu encontrei...

Gostava que as pessoas analisassem as coisas mais a fundo, antes de emitirem julgamentos rápidos...
Admito que esta mensagem vá gerar alguma discussão (se tiverem pachorra para ler) mas infelizmente não tenho grande tempo para responder...

São livres de discordar... Creio que a maioria achará isto arcaico (eu própria o achei inicialmente) e não será receptivo a esta mensagem, precisamente porque exige sacrifícios e não permite "escapadelas"  às consequências de praticar um acto.

As únicas pessoas que me parece, serão capazes de compreender e aceitar, serão as que tiverem aspiração a uma forma de vida mais nobre, em que se sublima o espirito em detrimento do corpo...  Em que se percebe, que tudo na vida: casar, ter filhos, ter sexo, ter um emprego, não se faz realmente com o objectivo de casar, ter filhos, sexo, um emprego, mas sim, com o propósito de essas experiências nos fazerem crescer espiritualmente e ajudarem também os outros a fazê-lo.

O espirito é mais nobre que o corpo, porque é o que nos eleva acima das restantes espécies e nos aproxima da imagem de Deus.

O mérito de Maria não era ser virgem ou não, porque o sexo não é nada de condenável ou pecaminoso, desde que praticado com responsabilidade. O mérito de Maria, como de outras pessoas mais espiritualizadas que vivem e viveram na castidade, é precisamente desligar-se da parte material, dos impulsos, das exigências do corpo e viver quase apenas para o domínio espiritual...