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  • Materialização de espíritos
    Iniciado por Clária
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Boa tarde,
Venho deixar um testemunho na 1ª pessoa. Em criança, costumava passar os Sábados em casa dos meus avós. Esta casa, que ainda existe e pertence à família, terá cerca de 200 anos. É uma casa com um historial um tanto ao quanto peculiar, pois veio ter à minha família através do 2º casamento do meu bisavó paterno, que ficou viúvo com um filho de 2 anos (o meu avó) e voltou a casar com a dona da casa em questão.
Este relato passou-se quando eu tinha 5 anos. Era uma tarde de Verão, muito quente, e como sempre acontecia, os meus avós punham-me a dormir a sesta na cama deles -entre os dois-. Sendo eu uma criança muito mexida e irrequieta, nunca conseguia dormir de tarde, e como não estava autorizada a levantar-me, ficava deitada a olhar para os quadros e fotos que se encontravam nas paredes do quarto, sempre com especial atenção, para uma fotografia de corpo inteiro, da minha bisavó paterna (que tinha falecido, no seguimento de uma septicemia, resultante de um parto de gémeos que correu mal. Ambas crianças faleceram e semanas depois, faleceu também a minha bisavó, com apenas 20 anos de idade, deixando uma criança de cerca de 2 anos, o meu avó). Essa foto em questão, era uma cópia manipulada de outra, em que ela posava descontraidamente com o braço sobre o ombro do meu bisavô. Após o casamento com a 2ª mulher, o meu bisavô, mandou um fotógrafo cortar essa foto, separando-os um do outro, fazendo então a 2ª fotografia (esta de que falo), em que ela  (a minha bisavó), está agora sozinha, já sem o braço apoiado no ombro do marido (meu bisavô), e sim, apoiado numa pequena prateleira. Essa foto encontrava-se emoldurada na parede, junto à porta do quarto e media cerca de 30 cm de altura.
Nessa tarde, não sei porquê, fixei-me naquela imagem sem conseguir tirar de lá os olhos, como que se alguma coisa me atraísse para ela, e de repente, a imagem começou a tomar forma e volume, tornando-se tridimensional e aumentando até chegar ao chão, assumindo o tamanho real de uma pessoa. Lentamente deslocou-se para os pés da cama e ficou ali, olhando-me, estática, sem qualquer tipo de ruído, sem qualquer tipo de expressão no rosto, sem se movimentar. Ficou ali por uns segundos, fitando-me, impávida e serena. Lembro-me de não sentir medo, nem ansiedade. Estava muito calma e relaxada e de repente, fechei os olhos com muita  força e voltei a abrir, para ver se o vulto ainda lá estava ou se alguma coisa mais acontecia, e ela, simplesmente regressou à moldura do quadro, muito devagar, voltando ao seu estado inicial.
Nota: Quando regressava à posição inicial, olhei par o caixilho na parede, e o fundo estava em branco, sem a foto.
Esta experiência acompanha-me desde sempre, com uma nitidez que não se esfuma com o passar dos anos (tenho 41). Lembro-me como se fosse hoje. Todos os detalhes estão lá. É uma memória que não se turva com o tempo. Durante cerca de 30 anos guardei este acontecimento só para mim. Não conseguia divulgar, com receio que me achassem insana.
Tenho lido, pesquisado, procurado saber mais acerca deste tipo de fenómenos, mas não consigo encontrar uma reposta que me satisfaça. Penso tratar-se de uma materialização, mas não consigo perceber com que intenção sucedeu e o porquê de ter sido comigo. E é esta dúvida que me assola constantemente, que me deixa frustrada e confusa...
Agradeço todas as informações e todas as dicas que me possam ser dadas, sobre assuntos do género.
Obrigada.

Citação de: Clária em 27 março, 2013, 13:15
Boa tarde,
Venho deixar um testemunho na 1ª pessoa. Em criança, costumava passar os Sábados em casa dos meus avós. Esta casa, que ainda existe e pertence à família, terá cerca de 200 anos. É uma casa com um historial um tanto ao quanto peculiar, pois veio ter à minha família através do 2º casamento do meu bisavó paterno, que ficou viúvo com um filho de 2 anos (o meu avó) e voltou a casar com a dona da casa em questão.
Este relato passou-se quando eu tinha 5 anos. Era uma tarde de Verão, muito quente, e como sempre acontecia, os meus avós punham-me a dormir a sesta na cama deles -entre os dois-. Sendo eu uma criança muito mexida e irrequieta, nunca conseguia dormir de tarde, e como não estava autorizada a levantar-me, ficava deitada a olhar para os quadros e fotos que se encontravam nas paredes do quarto, sempre com especial atenção, para uma fotografia de corpo inteiro, da minha bisavó paterna (que tinha falecido, no seguimento de uma septicemia, resultante de um parto de gémeos que correu mal. Ambas crianças faleceram e semanas depois, faleceu também a minha bisavó, com apenas 20 anos de idade, deixando uma criança de cerca de 2 anos, o meu avó). Essa foto em questão, era uma cópia manipulada de outra, em que ela posava descontraidamente com o braço sobre o ombro do meu bisavô. Após o casamento com a 2ª mulher, o meu bisavô, mandou um fotógrafo cortar essa foto, separando-os um do outro, fazendo então a 2ª fotografia (esta de que falo), em que ela  (a minha bisavó), está agora sozinha, já sem o braço apoiado no ombro do marido (meu bisavô), e sim, apoiado numa pequena prateleira. Essa foto encontrava-se emoldurada na parede, junto à porta do quarto e media cerca de 30 cm de altura.
Nessa tarde, não sei porquê, fixei-me naquela imagem sem conseguir tirar de lá os olhos, como que se alguma coisa me atraísse para ela, e de repente, a imagem começou a tomar forma e volume, tornando-se tridimensional e aumentando até chegar ao chão, assumindo o tamanho real de uma pessoa. Lentamente deslocou-se para os pés da cama e ficou ali, olhando-me, estática, sem qualquer tipo de ruído, sem qualquer tipo de expressão no rosto, sem se movimentar. Ficou ali por uns segundos, fitando-me, impávida e serena. Lembro-me de não sentir medo, nem ansiedade. Estava muito calma e relaxada e de repente, fechei os olhos com muita  força e voltei a abrir, para ver se o vulto ainda lá estava ou se alguma coisa mais acontecia, e ela, simplesmente regressou à moldura do quadro, muito devagar, voltando ao seu estado inicial.
Nota: Quando regressava à posição inicial, olhei par o caixilho na parede, e o fundo estava em branco, sem a foto.
Esta experiência acompanha-me desde sempre, com uma nitidez que não se esfuma com o passar dos anos (tenho 41). Lembro-me como se fosse hoje. Todos os detalhes estão lá. É uma memória que não se turva com o tempo. Durante cerca de 30 anos guardei este acontecimento só para mim. Não conseguia divulgar, com receio que me achassem insana.
Tenho lido, pesquisado, procurado saber mais acerca deste tipo de fenómenos, mas não consigo encontrar uma reposta que me satisfaça. Penso tratar-se de uma materialização, mas não consigo perceber com que intenção sucedeu e o porquê de ter sido comigo. E é esta dúvida que me assola constantemente, que me deixa frustrada e confusa...
Agradeço todas as informações e todas as dicas que me possam ser dadas, sobre assuntos do género.
Obrigada.


Olá Clária, muito bem vinda  :)

Depois de ler o teu relato, fiquei com a sensação que a tua bisavó te apareceu por (talvez) teres sido uma criança curiosa e com vontade de saber mais acerca daquela "personagem" que só a tinhas conhecido por retratos antigos.
Foi, hipoteticamente, uma maneira da tua bisavó se dar a conhecer... repara que durante toda a situação que presenciaste, não sentiste medo ou ansiedade, o que me leva a crer que era ela a tranquilizar-te. :)
Pensa assim.. foste a única pessoa da família a conhecer a tua bisavó, à excepção do teu bisavô e avô.  :)
Quanto a relatos parecidos, apenas conheço um que se passou com um familiar próximo...
Esta pessoa estava deitada no sofá a tentar fazer uma sesta e fixa o olhar na parede que era toda branca, pouco tempo depois, começa a surgir na dita parede a imagem de um homem, idêntico às imagens de jesus ( jovem, com barba e vestes brancas) a caminhar em direcção a ela. Como se a própria imagem aparecesse em perspectiva... ao longe e a aproximar-se a cada passo que a figura dava. Nada foi dito mas o meu familiar conta que sentiu sempre uma sensação de paz e conforto durante aquela visão.
A imagem voltou a diminuir progressivamente, como se a figura se afastasse e por fim desapareceu.


Obrigada Hoopsy!

A sensação com que fiquei na altura, foi que, se não tivesse fechado os olhos naquele momento, uma mensagem iria talvez ser-me passada. Senti que aquela entidade ia tentar comunicar comigo. Apesar de só ter 5 anos, lembro-me de me ter arrependido de ter fechado os olhos e de sentir que tinha perdido uma oportunidade de saber mais  acerca daquilo que estava a acontecer. Hoje chego a pensar que fui usada como um canal, para que aquela mãe pudesse rever o seu filho (meu avó), que dormia mesmo a meu lado, e talvez até despedir-se dele... Não voltei a presenciar a minha bisavó. Experimentei, de facto, outro tipo de sensações, aquando do falecimento desse meu avô, e também da minha avó materna, mas nada que se compare àquela experiência. Estas sensações a que me refiro, foram presenças a velarem o meu sono, imediatamente a seguir ao falecimento de ambos. Nunca vi nada, mas senti muitas vezes que alguém estava sentado na beira da minha cama. E esta sensação era de tal forma tangível, que conseguia sentir a sua respiração sobre a minha face. Claro que tudo isto acabou por passar num espaço de um ano, e nunca mais voltei a sentir nada do género, e até fico grata por isso, porque de facto estas coisas, acabam por se tornar um pouco avassaladoras e até bastante desagradáveis, quando se projectam no nosso dia-a-dia...

Grata pelo vosso tempo.

Eu acho é que uma criança, tem acesso direto ao sentimento, a sabedoria e à coisa melhor do mundo... A inicência...
Sendo assim, não diria não a nada nem se fecharia perante um espirito, uma entidade do outro lado, sendo assim, acredito facilmente no seu relato... É preciso um espírito muito aberto para o conseguir...
"Eu não preciso dos padres do mundo, porque não preciso do Deus do céu. Isto quer dizer, que tenho meu Deus dentro de mim" - Eça de Queirós