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  • Como se faz pactos com diabo?
    Iniciado por ANA18
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fialves
Talvez o tenha encontrado, com outro nome...


Citação de: joao lourenco em 30 julho, 2013, 13:04
Olá, em relação ao que expõe, apenas e em poucas palavras, direi em relação a toda a minha vida nesta área que isso são opiniões e nomes que se dá, primeiro em enormes quantidades de trabalho de estudo e relação com os espiritos nunca encontrei esse dito espirito ou entidade, tem como base uma crença religiosa.
Poderei continuar a minha explicação mediunica, que se torna longa mas fico por aqui.

Shammash Ha-Chayim
Lila Tov (Boa noite),

Um espírito como o supra mencionado, não se encontra por aí, numa mesa espírita. Felizmente, por muito que um leigo chame "o diabo", Azazel (eu não considero espírito nenhum como "o diabo" que é uma figura mitológica, mas a considerar, seria esse) não aparece assim. Se numa mesa de jogo do copo chamar o "diabo" vão haver "mil e um" espíritos a responder, mas o mais grave e perigoso que pode aparecer é uma entidade maléfica habitante dos Kelipphot de baixo grau. Já será mau quanto baste, mas um ser como o supra citado não tem qualquer interesse em vir e quando vem, estão condições muito específicas reunidas para que tal aconteça. Não é fácil chamar um espírito desta natureza e menos ainda fazer um pacto com ele. Não vejo interesse em debater mais este assunto.

Shalom ub' Baracha

Shammash ha-Chayim

A sério????:o
Fazer pactos com o diabo????  :o :o :o
Patrícia

fialves
#33
Boa noite,

Creio que a discussão está dominada por aspectos semânticos, deixando de lado a questão de fundo, que é definir o que é um demónio. E creio que é possível fazê-lo unindo os pontos em comum entre a tradição cristã, a Kabala e a doutrina espírita (tal como codificada por Kardec).

Acredite-se ou não na reencarnação e na possibilidade de os demónios evoluírem espiritualmente, creio que podemos dizer que um demónio é um ser espiritual que renegou Deus. Os Espíritas chamar-lhe-iam um espírito imperfeito. Os cristãos e os cabalistas chamar-lhe-ão um anjo renegado, que já não tem qualquer hipótese de ser perdoado por Deus, porque O rejeitou. Porém, a essência é a mesma, nestas três doutrinas: um demónio será uma entidade espiritual que renegou Deus e que tenta influenciar negativamente os 'vivos' (os espíritos encarnados).

Não existe apenas um demónio, mas sim imensos. Com eles, a servi-los, estão os espíritos dos humanos que morreram renegando Deus, que eram más ou que se entregaram voluntariamente a entidades malignas, através dos tais pactos que fazem parte de rituais de magia negra e afins.

Neste ponto, os Espíritas poderão argumentar: "isso não pode ser, porque os "demónios" e os espíritos dessas pessoas más são exactamente a mesma coisa, isto é, espíritos imperfeitos". Porém, permitam-me que desmonte este argumento: no Espiritismo, acredita-se que existem vários mundos e que os espíritos reencarnam sucessivamente nesses vários planos de existência. Ora, por esta ordem de ideias, um demónio -- ou espírito imperfeito -- pode actuar neste mundo sem nunca cá ter estado encarnado. Logo, a própria doutrina espírita admite a existência de entidades espirituais que nunca foram humanas, a actuarem no nosso plano de existência, procurando influenciar negativamente as pessoas encarnadas.

Por fim, num sentido lato, para fazer pactos com demónios basta renegar Deus e fazer o mal. Os demónios não precisam de se manifestarem para nos arrastarem para o seu lado, porque infelizmente o Homem é pecador por natureza. Aliás, os demónios têm mais a ganhar se nos convencerem de que não existem. Como disse João Paulo II, a maior astúcia do demónio é fazer crer que não existe.

Pessoalmente, creio que os demónios são anjos que renegaram Deus, porque quiseram ter a liberdade de se governarem a si próprios. Daí que os ideais satânicos atraiam muitas pessoas. A nossa sociedade é, de resto, cada vez mais satânica, porque o Homem quer, cada vez mais, substituir Deus. Isso, a meu ver, será trágico, porque Deus é a razão de ser de todas as coisas e fora Dele só existe dor e sofrimento, como os próprios demónios testemunham, quando são interrogados em sessões de exorcismo.

Saudações

P.S:O João Lourenço e outros Espíritas poderão argumentar que nunca receberam comunicações de demónios nas suas sessões. Diria que estão enganados. Os demónios ocultam a sua presença e fazem-se até passar por santos. Há imensos casos de comunicações ou de visões em que os demónios se fazem passar pelo próprio Cristo e por Nossa Senhora. Há uma multidão de forças espirituais malignas ou imperfeitas que enganam as pessoas que recorrem a médiuns, frequentemente tirando proveito da vaidade e do orgulho dos mesmos.

Poderão argumentar: "podes provar isso?" Claro que não. No fundo, tudo se resume a uma questão de fé. A minha "prova" é semelhante, em termos de validade, à vossa. Da mesma forma que vocês acreditam que a entidade X ou Y é "da Luz", por causa do que vos diz ou da vibração que vos transmite, também eu acredito nas comunicações que dizem o oposto. Vejam os relatos de 20 séculos de exorcismos, em que os demónios admitem que enganam os homens através dessas comunicações. E confessam que estão em sofrimento, mas que preferem estar nessa situação do que submeterem-se a Deus. Dizem ainda que compreendem a vontade do Homem de se livrar de Deus, porque também eles fizeram o mesmo. A este respeito, recomendo a leitura dos livros do Padre Fortea.


Citação de: Shammash Ha-Chayim em 31 julho, 2013, 02:56
Lila Tov (Boa noite),

Um espírito como o supra mencionado, não se encontra por aí, numa mesa espírita. Felizmente, por muito que um leigo chame "o diabo", Azazel (eu não considero espírito nenhum como "o diabo" que é uma figura mitológica, mas a considerar, seria esse) não aparece assim. Se numa mesa de jogo do copo chamar o "diabo" vão haver "mil e um" espíritos a responder, mas o mais grave e perigoso que pode aparecer é uma entidade maléfica habitante dos Kelipphot de baixo grau. Já será mau quanto baste, mas um ser como o supra citado não tem qualquer interesse em vir e quando vem, estão condições muito específicas reunidas para que tal aconteça. Não é fácil chamar um espírito desta natureza e menos ainda fazer um pacto com ele. Não vejo interesse em debater mais este assunto.

Shalom ub' Baracha

Shammash ha-Chayim

Há espíritos.

Podem estar encarnados ou não, são exactamente a mesma coisa, diferem apenas no grau de evolução.

Os menos evoluídos ainda praticam o mal; sentem orgulho, vaidade, ódio, raiva, inveja, são egoístas, têm sede de vingança, sentem apenas como alegria o mal estar dos outros, provocam os bons e arrastam os maus... São eles os demónios, tenham corpo ou não!

Os evoluídos são aqueles que já sentiram isso tudo e se libertaram, podem estar encarnados ou não.

Depois há os espíritos ainda mais evoluídos, que estão acima das nossas mesquinhices e nos guiam.
Se estamos em constante evolução, acima dos melhores tem de haver outros, tal como abaixo dos "demónios", pois existem aqueles que nem do mal ainda se apercebem, como os espíritos recém-nascidos.

No intermédio existem sempre outros, logo, não há sequer uma tabela onde possamos medir o grau "demoníaco" das pessoas, mas pelas acções e pensamentos mostram-nos qual o seu grau evolutivo, para que assim nos aproximemos ou afastemos dos que não fazem parte do nosso círculo, se vierem ter connosco não os devemos "sacudir" devemos é ajudar porque eles são... Nós próprios!

Os bons ajudam os maus, é um bom resumo, melhor do que dizer; Os bons aniquilam os maus, porque aí estaríamos a ser pior que eles!

É tudo igual, mais dia menos dia todos nós deixaremos de ser "demónios".

Se ainda não temos "estrutura" para ajudar, devemos apenas afastar-nos e deixar isso para quem pode, se formos bons eles não nos afectam, por isso se não queremos que os "demónios" nos atrapalhem deixemo-nos de acreditar em magias, feitiçarias, possessões e sejamos bons, só os atrai quem acredita neles, pois é apenas essa "Fé" que lhes dá crédito!

Imaginem se todo os seres conseguissem ignorar os demónios (o mal), deixava de haver demónios, não é essa a nossa missão?
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Então e um pacto dessa natureza é de facto um pacto? Não é ingenuidade pensar nisso? Se os demonios são anjos caídos porque não quiseram honrar a obra humana de deus (de acordo com a história biblica), iam estar interessados num pacto com um ser humano? O que se deve pensar é a troco de quê? Obviamente que a unica coisa que há a perder é a unica coisa que é realmente nossa, a alma, a liberdade de ser, o livre arbítrio.
"Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio. Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega à minha porta....
Que o lugar onde habito seja como uma floresta. Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros, todos conhecidos e por mim reverenciados com amor." A Bruxa, Rae Beth

Shammash Ha-Chayim
#36
Tsohora'im Tovim (good afternoon),

Discutir o que é um demónio é algo muito complexo. Está bem definido, mas é necessária uma base teórica sólida para o compreender. Basicamente, um demónio é um ser NÃO HUMANO que perverteu a sua natureza existencial.
O sincretismo que fazes, fialves, é interessante, mas nem tudo é igual.
Repara:
Se chamares um demónio pelo método próprio, geralmente usas determinados métodos e forças para o fazer.
Há uma disposição ritual, toda ela própria, na qual preparas uma sala com as condições físicas mais semelhantes à esfera de onde esse demónio provém, isto para que seja possível que ele se apresente com mais facilidade no Plano físico. Para tal, necessitas de preparar a luz, da sala, em cor e tonalidade, o odor, com um perfume específico, os objectos, com uma carga simbólica representativa e depois, necessitas de dar a esse espírito uma forma de se tornar visível (chamada materialização) para que o possas ver e conversar com ele sem que necessites de capacidades especiais. Isto é o corpo-base de uma evocação ao Plano Físico.
Existem questões e métodos importantes para garantires a tua segurança. O mais conhecido é o círculo mágico, se não estiveres a trabalhar com uma representação angular. Este círculo, para te proteger terá de ter Nomes de Forças, inscritos nele, que sejam especificamente direccionados tanto para controlar, como para te proteger face ao que estás a chamar.
Geralmente existe um local específico onde comandas ao espírito que apareça, na tradição mágica europeia existe algo a que chamam triângulo de manifestação. Este é o local onde o espírito chamado toma corpo e de onde não pode sair. Ele pode tomar corpo usando o incenso, ou perfume que queimas, já que usará um gás, ou matérial vaporizado para assumir uma forma que possas ver.
A variante mais elevada, que um Mago Checo deixou consiste em usares um espelho mágico com a propriedade de ceder determinada propriedade ao espírito que ele denomina por elemento Terra. (Pratica da Evocação Mágica, Franz Bardon). Na Kabbalah, o método inclui as duas variantes entre muitas outras.
Cumpriste as preparações e requisitos pré-ritualísticos, preparaste tudo criteriosamente e és bem sucedido.
Consegues chamar esses espírito que se materializa diante de ti. Sendo que estás a chamar um espírito habitante dos Kelliphot (sub-dimensões), tens que te assegurar que consegues que ele te obedeça e que não te engane. Para isso existem várias afirmações ou conjurações que enquadram na classe de "Juramentos e submissões". Cada espírito tem um selo particular que fará gravar numa caixinha de areia fina, traçará no incenso, ou materializará pelo espelho, de acordo com a técnica que estiveres a utilizar. Se não o fizer, será banido imediatamente, ou compelido a fazê-lo. Fazendo-o, esses espírito está-te temporariamente submetido e será forçado a cumprir o que lhe digas dado que esses Juramentos e submissões, contêm Nomes e Forças Divinas às quais ele não se pode esquivar, tal como tu não te poderias esquivar a uma Polícia que soubesse sempre onde estás e tivesse meios de te prender imediatamente se não cumprisses a lei.
Ok, vamos supor um caso prático:

Queres convocar, ou evocar (NUNCA, JAMAIS, INVOCAR) o demónio Bartzabel.
Neste caso, esse espírito é correspondente à Esfera regida por Gevurah (Poder e Justiça) na Etz Chayim (Sistema Cabalístico Representativo de Clissificação de estados e locais dos vários Planos, chamada árvore da vida). A Sephirah Gevurah está associada às forças regidas por Meadim Ayish, que chamam na Astrologia Europeia Marte, sendo que na Kabbalah se compreende que não é O planeta, mas forças associadas ao tempo em que ele se eleva no quadrante celeste correspondente, que governam determinados espíritos. Estas influências estão tripartidas em três estágios que a Kabbalah afirma serem: o que governa, a sua inteligência e o espírito (que contém uma legião) subjugado.
Para convocares Bartzabel, um espírito tremendamente poderoso e formidável (não no bom sentido), tens que ter o Poder para o fazer. Como humano, vais buscar esse poder às forças Divinas que te assistem. Neste caso, só terás poder sobre um espírito destes e ele só será compelido a ouvir-te e obedecer-te se usares forças às quais ele seja forçado a obedecer.
Assim, existe um pedido de permissão à Divindade, ou seja a Deus, como Centro de toda a Criação para poder fazer a Operação Evocatória. Há um Método e um Nome para este conceito, segundo a Kabbalah. Usas esse método, no qual infundes em ti mesmo essa Força e Poder.
Em seguida, dado que Deus é demasiado Grande e Incompreensível, vais usar um dos Seus atributos para poderes trabalhar com algo que possas compreender. Escolherás o Atributo, ou Nome Divino que rege as Forças e Influências supra mencionadas: Elohim Gibor, que significa Senhor das Hostes. (Ou Senhor dos Exércitos).
Estando investido por esse Poder Divino através de um método próprio, vais convocar as Autoridades Superiores que controlam todos os espíritos sob essas influências específicas. Vais pedir a sua assistência, pois só pelo seu Poder poderás fazer com que Bartzabel te escute, seja compelido a vir e não te destrua imediatamente. A Ordem de Seres Superiores (que erradamente chamam anjos... chamam anjos a tudo, quando anjos são Malachim , Malach no singular) que rege a Esfera de Gevurah é Seraphim, Seraph, no singular, logo, Chamarás o Poder do maior deles que rege esta esfera quando a mesma é associada às forças de Meadyim Ayish, chamarás então o poder do Seraph Khamael, utilizando uma técnica e um método para o fazer (chamar e ler uma oração de um velho livro, por muito apelativo que seja na tela de um filme, é COMPLETAMENTE INÚTIL), no qual tens que adquirir um estado específico, um verdadeiro estado alterado de consciência, no qual usas visualizações e carga simbólica para fazer isso (o mesmo se aplica a todos os que mencionei antes). Depois de estabeleceres o poder dessa força, irás chamar e investir-te do Poder da força imediatamente inferior, Seraph Azrael, Seraph Samael. Estes regem o Poder de Meadim Ayish e para os convocares usarás métodos em tudo semelhantes, estabelecerás o seu poder e autoridade na tua Evocação Estas ultimas forças são tão ferozes que os leigos as confundem com demónios, sendo que são forças de combate, muitíssimo ferozes, mas que, usando a tua expressão, não renegaram a Deus, são os Seus soldados. Tendo estabelecido a autoridade destas forças, é a altura de convocar a Inteligência, ou seja uma força organizadora que compilará, alinhará e direccionará a Força, Autoridade e Poder da tua Evocação, para que os mesmos cumpram a sua função: Compelir Bartzabel a vir e a não te fazer mal. O nome desta Inteligência é Graphiel, um Malach (este sim, seria um anjo) que transporta a informação.
Bartzabel não tem opção e é forçado a vir. mas raramente fica satisfeito com isso e quer regressar rapidamente à sua esfera. Por muito que prepares a tua sala evocatória, mesmo usando poder pessoal que modifique a magnésia (Ohr  ha-Chayim), i.e. ambiente subtil da sala, nunca a consegues transformar completamente. Numa metáfora, estás a por um peixe de água doce em água salobra. Então, tens que o compelir a ficar. Usas métodos e técnicas para reduzir o seu desconforto, e finalmente, tens que o fazer:
1º- confirmar a sua identidade sem que te possa mentir. Embora Graphiel entregue e direccione a força correctamente, Bartzabel pode, embora compelido, estar presente sem se manifestar (não consegue evitá-lo) e compelir outro espírito mais fraco que ele governe a falar como se fosse ele, logo, antes da confirmação, nada se faz.
2º- Usar a Força, Poder e Autoridade com que o chamaste para o compelir a obedecer-te,  tal como obedece àquelas Potências. Usaste forças que não são tuas para convocar o espírito, até agora, mas isso não significa que o controles. Ele é forçado a vir e estar ali, é forçado a não te atacar, mas ainda não tem que te obedecer. Usando técnicas e fórmulas próprias usadas e desenvolvidas, comentadas e actualizadas de há milhares de anos até hoje, forçarás este espírito a obedecer-te e a dar-te as informações que lhe perguntares e que sejam do seu foro de actividade e conhecimento, já que fora disso, como ele é uma força criada com um propósito (pervertido, ou não), não pode actuar fora do seu âmbito.

Nesta altura perguntas-lhe tudo sobre ele, a sua criação, o que aconteceu etc. Ele usará uma linguágem muito mais forte do que a linguagem verbal para se comunicar contigo, mostrar-te-á imagens, ideias e conceitos, e, de uma forma muito eficaz e rápida para saberás tudo sobre ele.

Depois encerrarás a operação, enviando-o de volta à sua esfera de existência, libertando-o cordialmente, pelas mesmas forças que o chamaste. Agradecerás o apoio e o serviço prestado por todos quantos chamaste e terminas a operação de uma maneira própria, de forma a que feches os "véus" entre os Mundos, ou Planos.

É assim que se chama um demónio (não concordo com este termo, mas uso-o por simplicidade conceptual), se fala com ele e se lhe pergunta se ele é ou não é um humano.

A Tradição Ma'Assei Merkkabah, um ramos muito pouco conhecido do Judaísmo que actualmente detém grande parte do saber cabalístico junto com os Hassidim, tem milhares de anos, tem estudiosos profundos na sua origem, praticantes que se dedicam inteiramente a ela e investigadores que têm desenvolvido e aperfeiçoado os seus métodos.
Quem confunde um Demónio de grande escala com um espírito Humano, também pode confundir um Seraph, que na vossa tradição é um grande Anjo, um Serafim, com um espírito Humano. Quem faz esta confusão, nunca esteve com nenhum. Não são iguais, não têm as mesmas características e não há como os confundir numa forma prática, ou então tudo isto seria uma grande piada cósmica em que as forças Divinas não sabem bem o que andam a fazer quando são chamadas...

Desculpa não poder concordar com o bem intencionado sincretismo que fizeste, mas não é tudo a mesma coisa.

Teologicamente falando, um Anjo não é um Homem, no ponto de vista da Kabbalah, um Anjo não é um homem, nas tradições Orientais, os correspondentes aos Anjos, não são humanos, nas tradições Egípcias e pré-Semíticas verifica-se o mesmo.

...Mas, no Sec.XIX, aparece um senhor, muito culto, educador e tradutor de francês que se dá sob um pseudónimo, escreve 5 livros e repentinamente, milhares de anos de Tradição Teórico-Prática de diversas culturas e locais, estão todas erradas. Com todo o respeito que possuo pelos praticantes de Espiritismo, cujos feitos são notáveis, não posso concordar com que um homem invalide o que foi escrito e experimentado por todas as culturas do Mundo, inclusive as de Tradição Afro-Brasileira, parentes algo próximos do Espiritismo devido às técnicas de comunicação por possessão. (Um Exu, ou um Orixá não são humanos). Respeito muito o que alguns médiuns conseguem fazer e o gigantesco número de pessoas que têm ajudado, mas não posso concordar com o que foi escrito acima, já que eu mesmo chamo tanto seres superiores, como seres inferiores, para propósitos mágicos. Clarifico que não uso seres inferiores para praticar o Mal, mas para que os mesmos impeçam alguém de o fazer, ou para que eles mesmos cessem alguma actividade que um dos seus subordinados esteja a levar a cabo nalgum local, ou sobre alguma pessoa.

Shalom ub' Baracha

Shammash ha-Chayim

fialves
#37
Caro Shamash,

achei a tua exposição muito interessante. Só um pormenor: procurei encontrar pontos em comum entre as diferentes tradições, mas, como disse atrás, sou católico e tal como tu considero que os anjos e demónios são seres espirituais, cuja existência precede a do Homem. Logo, não são humanos. Falei do Espiritismo Kardeciano para mostrar ao João Lourenço e aos outros Espíritas que também esta filosofia admite a existência de entidades não-humanas.

Esta parte da tua exposição chamou-me a atenção:

"Para convocares Bartzabel, um espírito tremendamente poderoso e formidável (não no bom sentido), tens que ter o Poder para o fazer. Como humano, vais buscar esse poder às forças Divinas que te assistem. Neste caso, só terás poder sobre um espírito destes e ele só será compelido a ouvir-te e obedecer-te se usares forças às quais ele seja forçado a obedecer.
Assim, existe um pedido de permissão à Divindade, ou seja a Deus, como Centro de toda a Criação para poder fazer a Operação Evocatória. Há um Método e um Nome para este conceito, segundo a Kabbalah. Usas esse método, no qual infundes em ti mesmo essa Força e Poder."

Este processo é equivalente -- na consequência, não na forma -- ao do exorcismo em nome de Jesus. O exorcista pede a assistência de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), dos anjos e dos espíritos dos santos para forçar uma entidade demoníaca ou um espírito a abandonarem um corpo ou uma casa. É a autoridade divina que obriga a entidade a sair. Mas um exorcista tem de ter 'autoritas', isto é, autoridade moral para poder ser assistido por Deus e fazer-se respeitar pela entidade visada. Na Kabala acontece o mesmo?

Tendo em conta que Cristo era judeu e que, no seu tempo, também expulsou demónios (há até passagens bíblicas em que Ele dá a entender que há várias formas de com lidar com essas entidades), talvez haja mais semelhanças entre as duas tradições, do que aparenta à primeira vista.

Saudações

Citação de: Shammash Ha-Chayim em 31 julho, 2013, 15:17
(...)
Discutir o que é um demónio é algo muito complexo. Está bem definido, mas é necessária uma base teórica sólida para o compreender. Basicamente, um demónio é um ser NÃO HUMANO que perverteu a sua natureza existencial.
(...)

Tenho alguma forma inequívoca de acreditar que existem demónios?
Como sendo espíritos diferentes dos nossos, da mesma forma que não consigo duvidar que existe Deus, porque é inato em mim desde o nascimento?
O equilíbrio consegue-se entre o que é espírito e o que não o é.

Shammash Ha-Chayim
Citação de: fialves em 31 julho, 2013, 15:53
Caro Shamash,

achei a tua exposição muito interessante. Só um pormenor: procurei encontrar pontos em comum entre as diferentes tradições, mas, como disse atrás, sou católico e tal como tu considero que os anjos e demónios são seres espirituais, cuja existência precede a do Homem. Logo, não são humanos. Falei do Espiritismo Kardeciano para mostrar ao João Lourenço e aos outros Espíritas que também esta filosofia admite a existência de entidades não-humanas.

Esta parte da tua exposição chamou-me a atenção:

"Para convocares Bartzabel, um espírito tremendamente poderoso e formidável (não no bom sentido), tens que ter o Poder para o fazer. Como humano, vais buscar esse poder às forças Divinas que te assistem. Neste caso, só terás poder sobre um espírito destes e ele só será compelido a ouvir-te e obedecer-te se usares forças às quais ele seja forçado a obedecer.
Assim, existe um pedido de permissão à Divindade, ou seja a Deus, como Centro de toda a Criação para poder fazer a Operação Evocatória. Há um Método e um Nome para este conceito, segundo a Kabbalah. Usas esse método, no qual infundes em ti mesmo essa Força e Poder."

Este processo é equivalente -- na consequência, não na forma -- ao do exorcismo em nome de Jesus. O exorcista pede a assistência de Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), dos anjos e dos espíritos dos santos para forçar uma entidade demoníaca ou um espírito a abandonarem um corpo ou uma casa. É a autoridade divina que obriga a entidade a sair. Mas um exorcista tem de ter 'autoritas', isto é, autoridade moral para poder ser assistido por Deus e fazer-se respeitar pela entidade visada. Na Kabala acontece o mesmo?

Tendo em conta que Cristo era judeu e que, no seu tempo, também expulsou demónios (há até passagens bíblicas em que Ele dá a entender que há várias formas de com lidar com essas entidades), talvez haja mais semelhanças entre as duas tradições, do que aparenta à primeira vista.

Saudações

Erev Tov

Yeshua ben-Miriam ben-Joseph, o Nome de Jesus, não só era um Judeu. Esse grande Ser não precisava deste tipo de operações para expulsar um demónio, nem tampouco para o chamar. A vastidão do poder de Jesus, um Mestre cuja dimensão ultrapassa o entendimento humano era tão grande que qualquer demónio seria compelido a obedecer-lhe sem quaisquer restrições.
O Rabi Yeshua fundou uma "Igreja" em Israel, seguida pela sua família próxima, Igreja essa que foi combatida pela Igreja Romana.
Se és cristão, sabe que o ensinamento de Yeshush( nome críptico e pentagramático de Jesus) não está perdido, mas muito bem guardado fora do alcance de organizações que o possam perverter.
Tens grandes Santos na Igreja Católica e grandes abominações, como EM QUALQUER RELIGIÃO COMANDADA POR HOMENS. Conheço bem a fé que praticas e mesmo dentro da Igreja existiram grandes santos, citando Francisco de Assis como um dos meus preferidos dado o seu vasto poder, tremendo entendimento e gigantesca generosidade. Todos, ou quase todos os verdadeiros Santos foram polémicos porque as suas capacidades visionárias transcendiam as suas Religiões confortavelmente defendidas por simples homens.

O maior Mekubbal Moderno foi o Grande Rabi Yitzak Kaduri, um ser coberto de santidade que se recusou a receber a famosa cantora Madona que se diz convertida à Kabbalah. Kaduri não a recebeu e mandou-lhe dizer que a Kabbalah não era uma moda. És Cristão? Faz Google sobre Yitzak Kaduri na Net e guarda para ti o que vais ler. O Caminho de Yeshush, é o Caminho de Tipheret, do coração e do esclarecimento. Eu não sou um Judeu Messiânico, não misturo as coisas, mas concordo que ninguém tem dúvida que Yeshush foi e é um Ser Fenomenal, perante o qual qualquer demónio verga o joelho. Há, porém, que entender o que é a mensagem do Yeshush interno e de que maneira foi ensinado o Caminho pelo Grande Rabi Yeshua ben Joseph.

Shalom ub' Baracha.

Shammash ha Chayim


Como se faz um pacto com o diabo, é simples: Basta retirar o cérebro!  :P
Ashesrain

Citação de: lauviah em 02 agosto, 2013, 00:41
Como se faz um pacto com o diabo, é simples: Basta retirar o cérebro!  :P


;D ;D ;D ;D
Patrícia

Perseus
Citação de: lauviah em 02 agosto, 2013, 00:41
Como se faz um pacto com o diabo, é simples: Basta retirar o cérebro!  :P


Isso é muito agressivo... talvez seja melhor começar por adiciona-lo no Facebook, combinar um cafézinho ou cházinho, caso ele seja nervoso, após isso questiona-se:

Posso fazer um pacto contigo?

Achas mesmo que ele bebe café?  :P
Acho mais agressivo, seres apanhado numa esplanada com um bode sentado ao lado! :laugh:
Vale mais sozinho do que mal acompanhado. A minha mãe sempre me disse: "Não fales com estranhos, e não dês ouvidos a bodes.
:P
Ashesrain

Perseus
Citação de: lauviah em 26 setembro, 2013, 09:48
Achas mesmo que ele bebe café?  :P
Acho mais agressivo, seres apanhado numa esplanada com um bode sentado ao lado! :laugh:
Vale mais sozinho do que mal acompanhado. A minha mãe sempre me disse: "Não fales com estranhos, e não dês ouvidos a bodes.
:P

Nunca ninguém viu o Diabo pessoalmente para afirmar a sua real aparência. Já ouviste falar em falsos ídolos criados pelas pessoas na antiguidade, julgando eles que se tratavam de Deuses? Pois bem, na Índia por exemplo têm montes de Deuses com aparências animalescas, mas nunca as viram na vida. eh eh
Contudo Lúcifer ou Diabo, se for uma moça esbelta e que se chame LUCInda FERnanda, aceitarias a sua companhia na esplanada?  ;D