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  • O Caso de Emilie Sagée
    Iniciado por Zühl
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Um dos mais fascinantes relatos de um doppelganger, um fenómeno vivido até pela Rainha Elizabeth I.

Será que existe um clone seu em algum lugar do mundo ? Uma pessoa pode estar em dois lugares ao mesmo tempo? Existem muitos casos intrigantes ao longo da história, de pessoas que afirmam ter deparado-se com aparições de si mesmo - seus doppelgangers - ou sofreram o fenómeno da bilocação/desdobramento, estar em dois locais distintos ao mesmo tempo.

"Doppelganger" é um termo alemão para algo que dificilmente teríamos uma boa tradução para o português; uma sombra/espírito que se pensa poder acompanhar cada pessoa e que têm sua aparência exacta, embora sua imagem não tenha reflexos. Tradicionalmente, diz-se que só o dono do doppelganger pode ver este auto-fantasma, e que ele pode ser um prenúncio de morte. Ocasionalmente, no entanto, um doppelganger pode ser visto por uma pessoa da família ou amigos, resultando em casos muito confusos.



Um dos mais fascinantes relatos de um doppelganger vem do escritor americano Robert Dale Owen, que ouviu a história de um Doppelganger por Julie von Güldenstubbe, a segunda filha do barão von Güldenstubbe. Em 1845, quando von Güldenstubbe contava 13 anos de idade, ela foi enviada ao Pensionato von Neuwelcke, um colégio exclusivo para meninas; perto de Wolmar no que é agora a Letónia. Um dos seus professores era uma francesa de 32 anos chamada Emilie Sagée.

Embora a administração da escola estivesse muito contente com o desempenho de Sagée junto aos alunos, ela logo se tornaria objecto de rumores e especulações estranhas. Sagée, ao que parece, possuía um Doppelganger que a perseguia por todos os lugares. O caso deixou de ser tratado como insanidade quando os próprios alunos de Sagée puderam ver ambas ao mesmo tempo, o que não é o mais comum, já que alguns estudiosos têm a opinião de que somente o próprio dono pode vê-los.

Um dia, no meio da turma na sala de aula, enquanto Sagée estava escrevendo no quadro negro, seu Doppelganger apareceu precisamente ao lado dela; copiando cada movimento da professora tal como ela escrevia, com a excepção de que não detinha qualquer pedaço de giz entre os dedos. O evento foi testemunhado por 13 alunos na sala de aula. Um incidente semelhante foi relatado num jantar na qual seu Doppelganger foi visto em pé atrás dela, mimetizando os movimentos de sua alimentação, embora não utilizasse nenhum dos utensílios como garfos ou facas.



No entanto, o Doppelganger nem sempre retrata o eco dos seus movimentos. Em várias ocasiões, Sagée seria vista em uma parte da escola, quando era conhecido de que ela estava em outro lugar, no exacto mesmo horário. O mais espantoso exemplo do caso Sagée teve lugar em plena vista de todo o corpo estudantil de 42 alunos em um dia no verão 1846. As meninas estavam todas acomodadas no hall da escola para suas aulas de costura e bordado. A medida que sentaram-se ao longo das mesas de trabalho, elas podiam ver claramente Sagée no jardim da escola colhendo flores.

Um outro professor foi supervisionar as crianças. Quando este professor deixou a sala para falar com a directora, o Doppelganger de Sagée apareceu em sua cadeira - enquanto a verdadeira Sagée ainda podia ser vista no jardim. As alunas observaram que os movimentos de Sagée no jardim pareciam muito cansados enquanto o doppelganger continuava sentado e imóvel na mesa da professora. Duas meninas munidas de uma coragem incomum para suas idades abordaram o "fantasma" na tentativa de tocá-lo, mas sentiram uma estranha resistência do ar em torno dela; quando finalmente conseguiram "tocá-la", o Doppelganger então desapareceu lentamente.
Sagée alegou nunca ter visto seu próprio Doppelganger, mas que sempre era tomada por um extremo cansaço, como se suas forças estivessem sendo drenadas para fora de seu corpo; ela empalidecia e sentia fome, apesar de jamais conseguir comer após essas aparições.


Outros casos



John Donne, poeta Inglês do século XVI, cujo trabalho muitas vezes aflorou assuntos voltados para metafísica, foi visitado por um Doppelganger enquanto ele estava em Paris - e não o seu, mas o de sua mulher. Ela apareceu-lhe para mostrar um bebé recém-nascido. Sua esposa estava grávida na época, mas a aparição foi um sinal de grande tristeza. Ao mesmo momento que o Doppelganger apareceu, sua esposa havia dado à luz um filho nati-morto.



Percy Bysshe Shelley, ainda considerado um dos maiores poetas da língua Inglesa, encontrou seu doppelganger na Itália. O fantasma silenciosamente apontou em direção ao Mar Mediterrâneo. Pouco tempo depois, e pouco antes de seu trigésimo aniversário, em 1822, Shelley morreu num acidente na pequena vela em que navegava - morrendo afogado no mesmo mar Mediterrâneo.



Rainha Elizabeth I da Inglaterra ficou chocada ao ver seu Doppelganger repousando em seu leito. A rainha morreu pouco tempo depois. A ocasião foi assunto dos jornais da época.
Believe to see...

 :o Brutal! :o
;)
muito interessante!bom post! ;)

''A tradição é a personalidade dos imbecis"

Já tinha ouvido falar desse termo mas não me lembro onde. Bom post!  ;)
"Extraordinary claims require extraordinary evidence" - Carl Sagan

"Just 'cause you feel it doesn't mean its there." - Radiohead

Fantástico, não fazia ideia destes fenómenos..! :)

 :o
pelos vistos é mais comum esse tipo de fenomenos do que se pensa.  :o
"Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana." Teilhard de Chardin

Ou seja ou eu tenho um espírito a fazer-me ver coisas para brincar comigo ou então já vi várias vezes o doppelganger do meu avô :-\
"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..." - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Raedon
WoW não fazia ideia deste fenómeno! Bom post  ;D

AndreiaLi
Não acredito na mitologia "comum" em torno disto. Nem sempre é um pressagio de morte, por vezes o doppelganger até nos pode "ajudar" no nosso mundo interior.

Citação de: AndreiaLi em 07 março, 2010, 17:11
Não acredito na mitologia "comum" em torno disto. Nem sempre é um pressagio de morte, por vezes o doppelganger até nos pode "ajudar" no nosso mundo interior.

concordo, especialmente porque nem eu nem o meu avô morremos ainda :angel:
"Porque eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura..." - Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Excelente post, não conhecia este fenómeno aqui relatado. Pareçe que estes casos de "doppelganger" não são assim tão invulgares, parece que à muita gente que consegue ver o seu. Mas houve uma coisa que me deixou uma dúvida: Se apenas o dono do "doppelganger" o pode ver, como é que 13 alunos viram o de Sagée?

Cumprimentos,

Giles.

Citação de: Giles em 29 maio, 2010, 09:01
Excelente post, não conhecia este fenómeno aqui relatado. Pareçe que estes casos de "doppelganger" não são assim tão invulgares, parece que à muita gente que consegue ver o seu. Mas houve uma coisa que me deixou uma dúvida: Se apenas o dono do "doppelganger" o pode ver, como é que 13 alunos viram o de Sagée?

Cumprimentos,

Giles.

estas coisas nunca são muito certas, penso eu.. e o mais estranho é que Sagée nunca chegou a ver o seu doppelganger...
mas é um optimo post, muito interessante!
"O futuro está oculto atrás dos homens que o fazem."

Gislaine Oliveira
Uáal, mtto boom o poost'   
eu nunca iria imaginar isso.
mtto boom o sitee' :o

Bem...aconteceu-me certa noite uma coisa deveras estranha:

Eu estava a dormir e a dada altura acordei (sei mesmo que acordei, não estava a ter um sonho dentro de um sonho, como me acontece muitas vezes) e mal olho para o lado vejo a minha namorada em pé, a sorrir. Do nada, apontou para a mesinha de cabeceira, pois o meu candeeiro estava ligado (adormeci com ele ligado) e ela desde sempre me chamou à atenção para esse facto. Eu sem dizer nada virei-me, desliguei o candeeiro, e quando me voltei ela já tinha desaparecido. (ela ainda está viva, claro, nem estava a dormir ao pé de mim, nem na mesma localidade que eu).

Agora, suponho o seguinte:

1 - Que foi um Doppleganger;
2 - Que, tal como eu e ela já desconfiamos, somos almas simpáticas e estavamos a falar um com o outro espiritualmente, e quando acordei a imagem dela manteve-se na consciência (se bem que não creio nada que ela estivesse, espiritualmente, a falar do candeeiro);
3 - Ou não sei :p


Alguem quer adivinhar?

Abraço!

Então isso trata-se de um "Eco" ou de um prenuncio de morte? é que não entendi bem =/
Se bem que trata-se de um fenómeno super interessante alguém sabe dizer se este,passo a redundância,"eco" ao ser visto por 3ºS (como o caso dos 13 alunos) é um ser físico,palpável? ou meramente eterio?

Obrigado
Cordialmente,Phantom