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  • Telepatia, vultos e vozes
    Iniciado por Beatriiz
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Olá!!  ;D
Eu não sei se isto é algo de paranormal ou se é da minha cabeça. Ultimamente, quando estou por exemplo na escola a ter aulas e isso, parece bastante que alguém está a ler os meus pensamentos... Quando eu penso mal de alguém parece que os atos dessa pessoa ficam mais tristes. E tenho uma impressão esquisita na cabeça. Porém, normalmente, quando estou em casa essa impressão desvanece-se... Raramente a sinto em casa. Mas na escola sinto-a bastante. Não dá bem para explicar como é. Tenho uma amiga minha que diz que também já lhe aconteceu.
Já aconteceu a alguém?? Será algo de paranormal (telepatia por exemplo)??

Mais uma coisinha: Quando eu era mais pequenina (com uns 4 ou 5 anos), eu via vultos pretos muito rápido a passar e pensava: Bolas, outra vez. Volta e meia vejo isto. Mas para mim era natural. Para mim era da minha cabeça, os meus olhos a pregarem partidas. Mas agora fiquei na dúvida se era a minha cabeça ou não. Pode-se dizer que eu via uma mancha preta a "fugir". Depois às vezes, por exemplo, no centro comercial, não muitas vezes mas algumas, ouvia a minha mãe ou a minha irmã mais velha a chamarem por mim, mas depois apercebia-me que elas não tinham dito nada. Agora já não acontece. Isto também será algo de paranormal ou apenas da minha cabeça??

Obrigada desde já.  :D
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

Ceinwyn
Citação de: Beatriiz em 13 janeiro, 2013, 12:46
Olá!!  ;D
Eu não sei se isto é algo de paranormal ou se é da minha cabeça. Ultimamente, quando estou por exemplo na escola a ter aulas e isso, parece bastante que alguém está a ler os meus pensamentos... Quando eu penso mal de alguém parece que os actos dessa pessoa ficam mais tristes. E tenho uma impressão esquisita na cabeça. Porém, normalmente, quando estou em casa essa impressão desvanece-se... Raramente a sinto em casa. Mas na escola sinto-a bastante. Não dá bem para explicar como é. Tenho uma amiga minha que diz que também já lhe aconteceu.
Já aconteceu a alguém?? Será algo de paranormal (telepatia por exemplo)??

Olá Beatriiz :)

Não acho que seja nada de paranormal, em primeiro lugar se sentes que alguém está a ler os teus pensamentos, então alguém de fora terá essa suposta «capacidade»... e não tu ;)

Quanto a pensares mal de alguém e achares que os actos dessa pessoa ficam mais tristes, possivelmente é apenas a tua  pessoa a avaliar os actos de outras pessoas com base naquilo que pensas delas...nada mais.

Quanto á impressão esquisita na cabeça...terás de explicar melhor! ;)

O facto de te sentires bem e sem essas sensações em casa, parece-me normal, pois estás no teu «meio», no teu lugar seguro, mais descontraída e sem as «avaliações» constantes que se «sofre» na escola...

Acho que quando estás no meio escolar estás apenas mais «ligada», mais atenta aos teus colegas ao que se passa com eles e consegues por observação perceber o que se passa...mas isso nada tem de paranormal, todos temos essa capacidade ;)
Quando paramos para olhar atentamente á nossa volta, quando prestamos atenção ás pessoas que nos rodeiam e como seres espirituais que somos vemos claramente se estão bem/mal, felizes/infelizes...hoje em dia infelizmente estamos mais centrados nos nossos «umbigos» e damos pouca atenção a quem nos rodeia...

Citação de: Beatriiz em 13 janeiro, 2013, 12:46

Mais uma coisinha: Quando eu era mais pequenina (com uns 4 ou 5 anos), eu via vultos pretos muito rápido a passar e pensava: Bolas, outra vez. Volta e meia vejo isto. Mas para mim era natural. Para mim era da minha cabeça, os meus olhos a pregarem partidas. Mas agora fiquei na dúvida se era a minha cabeça ou não. Pode-se dizer que eu via uma mancha preta a "fugir". Depois às vezes, por exemplo, no centro comercial, não muitas vezes mas algumas, ouvia a minha mãe ou a minha irmã mais velha a chamarem por mim, mas depois apercebia-me que elas não tinham dito nada. Agora já não acontece. Isto também será algo de paranormal ou apenas da minha cabeça??

Obrigada desde já.  :D

Existem teorias que defendem a existência em todos nós de mediunidade e que na infância essa é mais forte pois nos primeiros anos de vida ainda nos encontramos bastante ligados ao «mundo espiritual»....mas como digo sempre são teorias... ;)

Eu, pessoalmente, acredito que a nossa imaginação misturada com o medo caracteristico dessa fase da vida, faz-nos ver muita «coisa». Todos nós temos memorias infantis de medos, sombras, vultos, vozes etc, etc. E isso não é mediunidade ou muito menos paranormalidade....é crescer ;)

Obviamente existem excepções, raríssimas excepções, de crianças e adultos que tem mediunidade, mas essa mediunidade ou mesmo falarmos em algo paranormal, só pode existir e ser  verdadeiramente respeitada, depois de uma grande quantidade de factos e actos serem apurados como verdadeiros e inexplicáveis...e mesmo assim tendo em conta a matéria restam sempre muitas duvidas :)

Sempre soube que se alguém tivesse essa 'capacidade' não seria eu. Mas é tão estranho. É que às vezes eu estou a pensar algo sobre alguém e essa pessoa do nada olha para mim. Às vezes parece que as pessoas param só para ouvir o que me vai na cabeça. Claro que pode ser só impressão, por isso é que vim ser esclarecida. (: A sensação é mais ou menos, hum... Imagina que estás a pensar tranquilamente nas coisas e sentes um impressão de que está tudo a sair cá para fora, de que as pessoas te podem ouvir mesmo sem abrires a boca. Uma sensação de que te invadem a cabeça. ;D (eu sei que o meu jeitinho para explicar sensações é nulo) Tenho uma amiga minha (deinolima aqui no PP), que diz que às vezes também lhe parece estar a ser ouvida.

Sobre os vultos e as vozes, ah, ok, obrigada. Eu lembro-me de ser muito pequena e de ver um vulto a correr para um canto e quando tinha 'coragem' ía lá ver o que era. Mas chegava lá e não via nada. Ficava um pouco confusa.  ;D Mas agora já sei que tanto vozes como vultos podem ter sido fruto da minha imaginação.

Obrigada. =D
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

HoneyBrun
Citação de: Ceinwyn em 13 janeiro, 2013, 13:39
Olá Beatriiz :)

Não acho que seja nada de paranormal, em primeiro lugar se sentes que alguém está a ler os teus pensamentos, então alguém de fora terá essa suposta «capacidade»... e não tu ;)

Quanto a pensares mal de alguém e achares que os actos dessa pessoa ficam mais tristes, possivelmente é apenas a tua  pessoa a avaliar os actos de outras pessoas com base naquilo que pensas delas...nada mais.

Quanto á impressão esquisita na cabeça...terás de explicar melhor! ;)

O facto de te sentires bem e sem essas sensações em casa, parece-me normal, pois estás no teu «meio», no teu lugar seguro, mais descontraída e sem as «avaliações» constantes que se «sofre» na escola...

Acho que quando estás no meio escolar estás apenas mais «ligada», mais atenta aos teus colegas ao que se passa com eles e consegues por observação perceber o que se passa...mas isso nada tem de paranormal, todos temos essa capacidade ;)
Quando paramos para olhar atentamente á nossa volta, quando prestamos atenção ás pessoas que nos rodeiam e como seres espirituais que somos vemos claramente se estão bem/mal, felizes/infelizes...hoje em dia infelizmente estamos mais centrados nos nossos «umbigos» e damos pouca atenção a quem nos rodeia...

Existem teorias que defendem a existência em todos nós de mediunidade e que na infância essa é mais forte pois nos primeiros anos de vida ainda nos encontramos bastante ligados ao «mundo espiritual»....mas como digo sempre são teorias... ;)

Eu, pessoalmente, acredito que a nossa imaginação misturada com o medo caracteristico dessa fase da vida, faz-nos ver muita «coisa». Todos nós temos memorias infantis de medos, sombras, vultos, vozes etc, etc. E isso não é mediunidade ou muito menos paranormalidade....é crescer ;)

Obviamente existem excepções, raríssimas excepções, de crianças e adultos que tem mediunidade, mas essa mediunidade ou mesmo falarmos em algo paranormal, só pode existir e ser  verdadeiramente respeitada, depois de uma grande quantidade de factos e actos serem apurados como verdadeiros e inexplicáveis...e mesmo assim tendo em conta a matéria restam sempre muitas duvidas :)

Não teria dito melhor ..  :P é mesmo isso ! Mas explica melhor essa sensação que te dá a cabeça :D

Eu na minha resposta anterior já tinha tentado explicar a sensação, mas vou tentar explicar-me melhor: Estou eu a pensar numa coisa, mas sinto que está a sair para fora, que muita gente consegue ler esse pensamento, mesmo sem eu falar. Às vezes eu penso em alguém e a seguir, do nada, essa pessoa (nem que disfarçadamente) olha para mim... Pronto, a única coisa que posso dizer é que sinto que que não sou só eu com acesso ao que eu penso. :\ Pode-se dizer que é assim uma sensação "pesada e leve".
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

anokidas
Não será um espírito baixo a brincar contigo? não é muito comum,o comum seria ao contrario tu escutares os pensamentos das outras pessoas.Fizeste algum jogo que provocasse algum espírito ? 

Não... Nunca joguei ao jogo do copo, nem a jogos que provoquem espíritos. :\
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

Existe também a possibilidade de que voce seja uma "transmissora de energia" e assim seus pensamentos são propagados junto.

Na verdade todos temos essa característica, só que alguns mais que outros.

Eu cheguei a fazer experiências de influenciar pessoas usando a voz.
Mas usava a mente junto.

Posteriormente cheguei a dar comandos mentais, sem a voz e que eram atendidos.

Era coisa simples como "se coça" hehe
O universo é tão grande, que tudo que possa imaginar, deve existi

Citação de: Xevious em 17 janeiro, 2013, 13:40
Existe também a possibilidade de que voce seja uma "transmissora de energia" e assim seus pensamentos são propagados junto.

Na verdade todos temos essa característica, só que alguns mais que outros.

Eu cheguei a fazer experiências de influenciar pessoas usando a voz.
Mas usava a mente junto.

Posteriormente cheguei a dar comandos mentais, sem a voz e que eram atendidos.

Era coisa simples como "se coça" hehe


É o poder da mente, também fiz o mesmo, em que eu pensava numa coisa ou acção e a outra pessoa respondia e vice versa.  ;)

Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti!

Hum... E quando se faz isso sente-se algo na cabeça?? Todos temos essa capacidade??  ::)

Obrigada (:
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

Citação de: Beatriiz em 17 janeiro, 2013, 19:22
Hum... E quando se faz isso sente-se algo na cabeça?? Todos temos essa capacidade??  ::)

Obrigada (:

Se temos todos essa capacidade não sei porque nunca questionei, mas já aconteceu eu pensar numa coisa e essa coisa acontecer mesmo, é como se entrasses na mente da outra pessoa. Vou te dar um  exemplo muito simples, no outro dia fui buscar o meu namorado ao trabalho e quando ele entra no carro começo a ter um pensamento na minha cabeça a dizer vamos ao centro comercial, então começo a fazer lhe perguntas do tipo "queres ir a algum lado?" e ele responde "sim, queria dar um salto no centro comercial", antes de ele dizer já eu estava a caminho do centro comercial, isto é um exemplo entre muitos, e posso dizer que isto acontece diariamente. Tipo telepatia. O que sentes na cabeça são pensamentos que tu sabes que não são teus e sim são da outra pessoa.

Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti!

Também eu tenho, de facto, muitos exemplos deles... às vezes penso numa coisa ou numa resposta e passado uns segundos ou uns minutos alguém diz isso. Mas isso é comum?? Calma, então esse pensamentos não são meus?? É que normalmente eu penso em alguma coisa e passado um bocado as outras pessoas é que dizem... :O
A vida é curta, aproveita-a a seres quem és.

Citação de: Beatriiz em 18 janeiro, 2013, 21:09
Também eu tenho, de facto, muitos exemplos deles... às vezes penso numa coisa ou numa resposta e passado uns segundos ou uns minutos alguém diz isso. Mas isso é comum?? Calma, então esse pensamentos não são meus?? É que normalmente eu penso em alguma coisa e passado um bocado as outras pessoas é que dizem... :O


Encontrei um texto que explica muito bem este fenómeno.

"Ao contrário do que normalmente se pensa, ler pensamentos não é algo difícil, mas justamente o contrário; é algo não apenas fácil mas virtualmente inevitável. Deepack Chopra afirma em seus livros que, embora nosso cérebro seja definido no espaço e no tempo, restrito dentro de nossa caixa craniana, nossa mente não é. Segundo ele aquilo que nós somos de fato, nossa consciência ou, como diria Gurdjief, o observador, é não-temporal e não-espacial, não limitado nem pelo espaço nem pelo tempo. Assim, a consciência está em todo lugar e em todo tempo.

Diariamente estamos imersos em um mar de ondas-pensamentos onde nossos cérebros funcionam como receptores e transmissores. Ao mesmo tempo que somos influenciados por esse mar de ondas-pensamento também somos seus criadores e mantenedores. Aldous Huxley deixa claro em "As portas da percepção" que a função essencial de nosso cérebro é filtrar a infinidade de estímulos que nos cerca, deixando passar para o nível consciente (para o observador) apenas aquilo que é importante para a sobrevivência biológico do organismo. Se assim não fosse nossa consciência estaria tão saturada com percepções que a vida, tal como a conhecemos, seria impossível.

Ao mesmo tempo em que essa filtragem é necessária e benéfica, também é nosso grande obstáculo. Castaneda fala da necessidade de transcender a realidade cotidiana para conseguir ver o mundo como ele é de fato, sem limitações, ou ao menos sem as limitações com que estamos habituados, consequências de nossos sentidos de percepção. Em seus livros Dom Juan, ao ensinar seu aprendiz de feiticeiro, resume todo seu ensino numa única frase: todo o treinamento consiste em desaprender o que você aprendeu. James Redfield, em A profecia celestina, faz referência a característica que possuímos de desenvolver respostas automáticas para estímulos externos, criando, ao longo dos anos, uma espécie de couraça mental onde a maioria das nossas reacções são respostas automáticas. É como se funcionássemos, a maior parte do tempo, em piloto automático.

Isso ocorre porque, desde nosso nascimento, nossa consciência é progressivamente treinada para se enquadrar nos padrões presentes neste mundo e que são conhecidos como a realidade comum. Assim nos habituamos a focar nossa atenção, e consciência, em apenas alguns elementos que são, segundo Huxley, necessários a nossa sobrevivência e para manter nossa relação com o meio em que nos encontramos. O lado ruim desse treinamento é que, quanto mais nos embrenhamos na realidade comum e nos entrosamos a ela, mais limitamos nossas percepções sensoriais e nossas possibilidades de perceber o mundo. Quando Dom Juam diz que devemos desaprender ele quer dizer que devemos deixar de lado nossos padrões mentais de reconhecimento e resposta que fazem nossa ligação com o mundo exterior.

Huxley realizou diversas experiências com substâncias alucinogénas a fim de ultrapassar os limites comuns de percepção. Castaneda também, num primeiro momento, utilizou a Erva do Diabo, passando depois a adotar outros exercícios com a finalidade de quebrar o padrão de respostas automáticas citado por Redfield, tais como, a técnica no "não fazer", a espreita (ou observação atenta), o "andar do guerreiro", dentre outras. O objectivo de tais exercícios é fazer com que o sujeito mude seus padrões mentais e consequentemente seus padrões de percepção, saindo do piloto automático, a aprendendo a ver aquilo que sempre esteve diante de seus olhos, mas nunca foi percebido de forma consciente.

Um exemplo: você vai a uma feira de frutas e diz para seu acompanhante procurar uma fruta do conde. Andando pela feira ele irá procurar a tal fruta de barraca em barraca, focando sua atenção nisso. Chegando no final da feira, tenha ele encontrado ou não a fruta, pergunte-lhe se ele viu, por acaso, os kiwis que estavam em uma determinada barraca. Provavelmente ele dirá que não os viu. Porque? Pelo simples fato de que não os estava procurando. As imagens dos kiwis ficaram gravadas em seu subconsciente, e poderão ser a cessadas por algum processo de hipnose, mas ele não lhes tomou conhecimento a nível consciente. Da mesma forma, muitas informações que chegam a nossos sentidos de percepção, nos passam despercebidos, simplesmente porque nossa atenção não estava dirigida a elas.

Da mesma forma os pensamentos das pessoas a nossa volta, próximas ou distantes, estão o tempo todo a atravessar nosso cérebro e sensibilizar nossos sentidos de percepção, só que nós nos habituamos a ignorar esses sinais, focando nossa atenção naquilo que nos é mais essencial para nosso nossa sobrevivência ou nosso prazer imediatos. O grande segredo para se ler pensamentos então, não é capta-los, pois isso é coisa não só possível como inevitável, mas sim, desenvolver a habilidade de, conscientemente, conseguir distinguir, dentre a massa de ondas-pensamentos que nos abordam todo o tempo, aquelas ondas específicas que são de nosso interesse.

Para tanto, o primeiro passo a ser dado é perceber que nós não somos os nossos pensamentos, mas estes são parte de nós. Pensamentos e consciência são coisas distintas, mesmo que se influenciem mutuamente e se entrelacem a tal ponto em que se tornem praticamente inseparáveis. Nesse sentido algum método de meditação, como o adotado por Gurdjief, praticantes budistas ou outros, que focam a importância do observar atentamente e do não-pensar, pode ser muito útil. A medida que se habitua a observar os próprios pensamentos percebe-se que eles são quase como entidades próprias, vagando por nossas mentes como folhas sopradas pelo vento. A partir do momento em que se consegue distinguir os pensamentos como elementos relativamente distintos de nós mesmos, conseguimos diferenciar melhor o que é onda-pensamento do que é a consciência (o observador) que percebe as ondas-pensamento.

O segundo passo é aprender a diferenciar pensamentos internos de pensamentos externos. Pensamentos internos são aqueles cuja origem são nossa própria mente, resultado de nossos desejos, medos, vontades, alegrias, tristezas, etc., normalmente guardados em nosso subconsciente, de onde ecoam em todas as direcções e ajudam a compor o mar de ondas-pensamentos em que estamos mergulhados. Pensamentos externos são aqueles cuja origem são as mentes de outras pessoas, que chegam até nós por telepatia. Ainda aqui a técnica meditativa de observar, com uma pequena adaptação, pode ser de grande utilidade. Observando os pensamentos que passam por nossa percepção, com o tempo, começamos a perceber padrões que se repetem. Esses padrões vão nos indicar as origens mais prováveis dos pensamentos, se externas ou internas.

Neste ponto um exercício que pode ajudar bastante é o que se poderia chamar de exercício de proximidade. Ele se baseia no campo de energia que normalmente rodeia as pessoas. Esse campo é mencionado por diversos místicos e esotéricos, e já foi medido por pesquisadores russos através de aparelhos electrónico sensíveis. Segundo a parapsicologia, que estuda fenómenos paranormais (alguns relacionados directa ou indirectamente com esse campo), ele se estende a cerca de 5 ou 10 metros de distância da pessoa que o gera. Pessoas com percepção bem treinada conseguem perceber esse campo a distâncias de até 15 ou 20 metros. Nele estão gravadas várias de nossas qualidades, emoções e, pensamentos. Também estão gravados nosso passado e nosso futuro, sendo justamente através dele que os videntes costumam fazer suas leituras, mas isso já é tema para outro texto. A habilidade de perceber esse campo é chamado, na parapsicologia, de Hiperestesia, e a habilidade de ler pensamentos por meio dele é chamado Hiperestesia Indirecta do Pensamento.

Gostemos ou não, percebamos ou não, nosso campo influencia as pessoas a nossa volta e é influenciado por elas. Aprender a perceber esse campo e sua influência sobre nossos pensamentos (e emoções) é muito útil no desenvolvimento da habilidade de diferenciar pensamentos internos de externos. A prática é bastante simples: quando estiver conversando com outra pessoa, ponha-se em estado receptivo e limpe a mente, tentando não pensar em nada, prática desenvolvida nas Actividades meditativas de observação. Tranquilamente observe os pensamentos que passam por sua mente, sem questionar, sem qualificar, sem criticar ou elogiar, apenas observando e registando. Num primeiro momento provavelmente não se consiga distinguir pensamentos mas apenas sensações ou emoções, elementos que são normalmente mais intensos e por isso de mais fácil percepção, tais como raiva, medo, alegria, afecto, etc. Com a prática constante e observação atenta começará a perceber, em sua mente, os pensamentos da outra pessoa, emanados pelo campo dela e induzidos no seu campo pessoal. Para esta prático, lembro, é fundamental limpar a mente da forma mais completa possível para evitar que seus próprios pensamentos, medos ou anseios, distorçam a leitura.

Depois que se conseguiu adquirir certa mestria em perceber padrões de pensamento através do exercício de proximidade podemos passar para uma actividade um pouco mais difícil, que é perceber padrões de pensamentos recebidos por telepatia, vindos de origens distantes no espaço. Uma vez que você já tenha identificado seus próprios padrões de pensamento e também as formas como outras pessoas influenciam seus padrões através da proximidade, pela observação atenciosa em momentos de prática meditativa, torna-se relativamente fácil perceber quando ocorre uma intrusão, em sua mente, de uma onda-pensamento externa. Logo que perceba o pensamento vagando em sua mente você notará que ele não segue seus padrões pessoais e, portanto, é de origem externa. Com mais prática será possível, também, identificar a origem desses pensamentos e, até mesmo,através de um estado constante de vigília, perceber qualquer onda-pensamento externa que chegue, vinda de qualquer origem e a qualquer hora.

Todo o procedimento aqui descrito é simples, embora não necessariamente fácil. Acredito não ser necessário mencionar a importância de se desenvolver tal habilidade, tanto no sentido de auxiliar a pessoas queridas, de forma próxima ou a distância, tanto quanto no sentido de autoproteção contra influências externas danosas, sejam de qual origem for. Influências insalubres pessoais, através do campo de pessoas bioenergeticamente desequilibradas, intencionais ou não, podem ser facilmente evitadas, evitando-se proximidade física com a pessoa, mas influências no campo mental, à distância, são particularmente perigosas porque são essencialmente invisíveis e não identificáveis.

Através das práticas mencionadas aqui pode-se desenvolver a habilidade de, a qualquer momento, perceber a chegada de ondas-pensamentos, e seus ecos correspondentes em nosso campo de bioenergia pessoal e nossa mente, no exacto momento em que chegam, e tomar as providências cabíveis para a protecção psíquica. Também não preciso lembrar, creio, que pensamentos, mesmo que pareçam inofensivos num primeiro momento, depois de um certo tempo ecoando em nosso subconsciente e por consequência também em nosso campo bioenergético pessoal, podem influenciar de forma desfavorável nosso equilíbrio físico, prejudicando nossa saúde, e também nosso equilíbrio e bem estar mental."

"Zhannko Idhao Tsw"
Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti!