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  • A Inquisição Católica
    Iniciado por ricardocosta28
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ricardocosta28
Bem para quem não conhece a inquisição deixo aqui algumas informações sobre a mesma,a quantidades de crimes cometidos pela igreja católica, para converter fieis e que muitos ainda no mundo moderno a seguem sem saber nem metade da historia


Fogueiras, forcas e instrumentos de tortura. Morte aos hereges. Morte aos judeus, homossexuais, bruxas e qualquer um que não aceitasse que os ideais do Cristianismo Católico guiassem sua vida.
Dos últimos séculos da Idade Média aos primeiros séculos da Idade Moderna a Igreja Católica promoveu inúmeras mortes e torturas por meio da Inquisição. Impulsionada pela tentativa de combater as heresias, a Inquisição acabou se tornando um meio político-social de coerção. Causou as mais diversas desgraças na Europa, América, África e Ásia.
Embora a história da Inquisição seja muito conhecida, há muitos erros divulgados junto com ela. Achar, por exemplo, que a Igreja promoveu diretamente todas as mortes na Inquisição é um dos equívocos comuns. Na verdade, geralmente as torturas mais desagradáveis e as mortes eram executadas pelo poder temporal. Como a Igreja e o Estado estavam intimamente ligados, atentar contra a estabilidade da Igreja era o mesmo que atentar contra a estabilidade do Estado, por isso o poder civil também interferia nas inquisições, tendo sido o executor das sentenças. Isso não quer dizer que a Igreja não fez o mesmo. Ela apenas não o fez com muita regularidade, pois derramar sangue era contrariar seus princípios básicos e o Manual do Inquisidor (Directorium Inquisitorum, escrito por Nicholas Aymerich por volta de 1376).
O intuito básico da Inquisição era combater as heresias, estando incluídas nesse grupo todas as seitas religiosas, cristãs ou não (herege vem do grego hairetikis, que significa "aquele que escolhe"). Mas ela também serviu para dar suporte a empreendimentos políticos e econômicos, mascarados pelo suposto ideal cristão. Convenciona-se dividir a Inquisição Católica em dois momentos básicos: Inquisição Medieval e Inquisição Moderna.

As fogueiras da Idade Média

A Inquisição Medieval ocorreu entre os séculos XIII e XIV e teve como fator impulsionador o desejo do Papa Inocêncio III de combater os Cátaros, componentes de uma seita religiosa que predominou entre o norte da Itália e o sul da França e que teve início oficial a partir de 1120. Em 1215 o Papa convocou o 4º Concilio de Latrão, onde foi decidido que qualquer um que negasse a fé católica seria excomungado e entregue ao poder secular para que fossem tomadas as medidas consideradas necessárias. Essa Inquisição ocorreu principalmente na França, Itália, Alemanha e Inglaterra.
Os primeiros a usar táticas violentas para combater as heresias foram os componentes da chamada Milícia de Jesus Cristo, comandada pelo sacerdote espanhol Domingos de Gusmão (também criador da ordem dos dominicanos, em 1205).
O Papa Inocêncio III morreu sem ter conseguido exterminar os Cátaros. A tarefa de findar com a heresia ficou nas mãos do novo Papa, Gregório IX, que assumiu em 1227. Como os hereges estavam misturados em meio ao povo, a Igreja lançou mão de uma nova tática de ataque: as inquisições. Em 1231 o Papa Gregório IX emitiu a bula Excommunicamus, criando a Santa Inquisição. A tortura passou a ser usada como um meio de arrancar confissões a partir de 1252, por ordem papal.
O período de inquisição em um determinado local começava com o Período de Graça. Um grupo de monges do Tribunal do Santo Ofício chegava à aldeia e reunia a população na igreja. Os hereges confessos dentro de um período de um mês se livravam das penas mais severas. Após o Período de Graça começavam as denúncias. Qualquer um era um suspeito em potencial, pois a veracidade das delações não era conferida. Os acusados eram convocados a se defenderem no tribunal. O suspeito era interrogado por três inquisidores, sendo que o inquisidor-mor dava a sentença final. Para arrancar confissões o Santo Ofício se utilizava de espiões e da prática de torturas.

A Matança Moderna

A Inquisição Moderna teve início no século XV, em Portugal e na Espanha. Seu alvo eram os judeus, condenados pela Igreja desde o Concílio de Nicéia em 325 d.C., quando foram acusados pelos líderes católicos de serem os responsáveis pela morte de Jesus de Nazaré. O 4º Concílio de Latrão culminou com a proibição do casamento entre judeus e não-judeus, na privação do direito deles de exercerem funções públicas e na obrigação de que eles usassem distintivos sobre as roupas para fins de identificação.
Por muito tempo, judeus e cristãos conviveram muito bem na Espanha e em Portugal. A perseguição aos judeus na Península Ibérica começou após o casamento de dois reis católicos. Para se garantir como rainha de Castela, Isabel, herdeira do trono, se casou com Fernando, príncipe de Aragão, em 1469. Eles intencionavam expulsar os mouros do reino de Granada, ao sul da Espanha, e para isso precisavam de dinheiro. A solução foi simples: arranjar um jeito de confiscar os bens dos judeus, o povo mais rico e bem-sucedido da região.
Para manter a cooperação entre a coroa e a Santa Sé, o Papa Xisto IV acabou cedendo ao desejo dos reis de criar o Tribunal da Inquisição na Espanha, em 1478. Desejosos de ficar com todos os lucros da empreitada, o casal de reis espanhóis manteve a Inquisição Espanhola apartada da Igreja. O primeiro auto-de-fé ocorreu em Sevilha, em 1481. Em 1483 Xisto IV autorizou a criação de tribunais em Valência, Aragão e Catalunha.
O inquisidor-geral nomeado foi Tomás de Torquemada. Ele baseava seus julgamentos em delações sem nenhum fundamento conferido, que muitas vezes ocorriam por carta. Os crimes contra a fé – praticar qualquer outra religião – eram punidos com a morte. Os crimes contra a moral – que incluíam sodomia, bigamia, homossexualismo e bruxaria – recebiam penas mais leves. Todos tinham seus bens confiscados.
Com o dinheiro arrecadado na Inquisição, Fernando e Isabel conseguiram conquistar Granada em 1492 e tomaram posse do palácio mouro de Alhambra, onde Cristóvão Colombo foi declarado Almirante do Mar Oceano. Aos judeus foi decretado um prazo máximo de três meses para deixar o país. Cerca de 150 mil judeus fugiram para Portugal.
O casamento do rei português dom Manuel I com Isabel, filha dos reis espanhóis, incluía uma cláusula de compromisso com a expulsão dos judeus de Portugal, o que deu início a introdução da Inquisição Portuguesa. Os judeus foram forçados ao batismo em 1497, mas persistiram com seus hábitos normais, dentro de sua religião materna. Isso culminou em uma onda de acusações contra os cristãos-novos. Em 1506, em uma missa de Páscoa no mosteiro de São Domingos, em Lisboa, teve início uma carnificina de três dias contra os judeus convertidos, iniciada pela raiva contra um cristão-novo que negou um milagre. A Inquisição começou, de fato, em Portugal, em 23 de Maio de 1536, quando o Papa Paulo III cedeu ao pedido do rei D. João III de instaurá-la no reino. Sua primeira sede foi Évora, onde em 22 de Outubro do mesmo ano foi emitida pelo Papa a bula Cum ad nihil magis, que incitava a população a denunciar as heresias.
A Inquisição teve seu fim oficialmente em 1821 em Portugal e em 1834 na Espanha. O Santo Ofício mudou de nome em 1965, quando passou a ser chamado de Congregação para a Doutrina da Fé.

Os veredictos

Existiam três sentenças comuns. O Auto-da-Fé era uma cerimônia pública considerada importante, geralmente com a presença do rei, onde se emitiam as punições, das mais brandas às mais severas. A execução na fogueira estava a cargo do poder secular. Caso o réu se arrependesse no último momento, mesmo ao pé do fogo, era devolvido aos inquisidores e poderia trocar a morte na fogueira pela prisão perpétua. O lançamento de um corpo na fogueira era um símbolo de livramento dos pecados, fosse para os vivos ou para os mortos. Alguns poderiam sofrer simples humilhações, que iam desde o subir ao palco para trajar-se com vestes difamatórias (às vezes chegando a serem agredidos pelo povo), até o ato de segurar velas na missa enquanto o padre os chicoteava.

As torturas e execuções mais comuns

1.  Touro de Falaris: o acusado era trancado num touro de metal aquecido por uma fogueira. O som de mugido produzido pelos gritos da vítima divertia os espectadores.
2. Dama-de-Ferro: trancava-se a vítima numa espécie de sarcófago com rosto de mulher que era dotado de espinhos. Braços e pernas eram perfurados repetidamente nos mesmos locais.
3. Berço-de-Judas: o acusado era suspenso pela região entre a genitália e o ânus (períneo) numa pirâmide de madeira que lhe causava grande dor, perfurando lentamente a pele. Esse método costumava durar várias horas.
4. Garrote: a vítima era presa a um poste por uma colar de ferro posto no pescoço. O carrasco girava o torniquete até estrangular o indivíduo.
5. Guilhotina: execução geralmente ocorrida em praça pública que consistia em cortar a cabeça do acusado com uma lâmina de metal.
6. Cadeira da Inquisição: método de tortura que consistia em introduzir a vítima numa cadeira de metal dotada de várias pontas cortantes. Enquanto a pressão sobre os membros causava perfurações sangrentas, o aquecimento da cadeira causava ferimentos cauterizados cujas cicatrizes seriam perpétuas.
7. Potro: consistia em amarrar a vítima a uma estrutura de madeira e pressionar ferozmente seus pulsos e tornozelos com cordas enroladas em orifícios no instrumento.
8. Extensão: método de tortura que se baseava em amarrar os membros da vítima a cordas que seriam puxadas em sentidos opostos, o que deslocava os ombros e causava grande dor.
9. Estrapado: consistia em suspender o acusado pelas mãos, estando estas atadas atrás das costas por uma corda que passava por uma roldana no teto e findava numa manivela de madeira. O acusado sofria de terríveis dores durante a suspensão e poderia ter seus membros superiores definitivamente lesionados pela solta repentina da corda.
10. Roda: consistia em amarrar a vítima a parte externa de uma roda e inserir brasas em baixo dela. O corpo ia queimando e as juntas iam sendo lesionadas à medida que a roda girava.

Fonte:http://historiaereligionis.wordpress.com/2011/03/17/a-inquisicao-catolica/

Didakus89
Muito interessante. Eu ando a frequentar um seminário sobre História da inquisição e estou a gostar bastante! Cumps

ricardocosta28
#2
Acresento esta informaçao que encontrei agora
Censura literária
O Index ou Index Librorum Prohibitorum era a lista de livros proibidos cuja circulação tinha de ser controlada pela Inquisição. Os livros autorizados eram impressos com um "imprimatur" ("que seja publicado") oficial. Assim era evitada a introdução de conteúdo considerado herege pela Igreja.
Em 1558 foi introduzida na Espanha (pela própria Coroa Espanhola, à revelia da Igreja) a pena de morte para quem importasse livros estrangeiros sem permissão ou para quem imprimisse sem a autorização oficial. Um exemplo desta desconfiança dos espanhóis perante as ideias que lhes chegavam da Europa no século é-nos dado pela estatística dos alunos espanhóis da Universidade de Montpellier. Esta universidade costumava receber estudantes de medicina espanhóis. Eles deixaram de ir. Entre 1510 e 1559 foram 248. Já entre 1560 e 1599 foram apenas 12 (Goodman).
Extinção da Inquisição
A Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais.

fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisição

chacalnegro
Caro Ricardo, em vez de publicares aquilo que sai na imprensa, sugiro-te que faças uma ficha de leitura aos livros: BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições – Portugal, Espanha e Itália. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994. e História da Inquisição em Portugal, de Oliveira Marques.

Espero que não leves isto como uma crítica pessoal, muito menos uma ofensa, mas já começa a ser recorrente ver por aqui tópicos sobre este tema cujo rigor histórico anda por volta de 1%.
Pela ultima vez, a Inquisição estava proibida de fazer correr sangue nos interrogatórios e como tal só usava o esticamento de membros com 2 aparelhos: o potro e a polé. Usava ainda a tortura da água que consistia em tapar a cara do réu com um trapo e despejar-lhe água em cima para provocar a asfixia. Todas as pessoas que morreram durante os interrogatórios não morreram em consequência directa da tortura, mas indirectamente. Ninguém tem interesse em matar alguém a quem se pretendia extrair informações.
Já escavei uma vala comum numa das inquisições e nenhum dos esqueletos apresentava marcas de tortura compatíveis com golpes de intrumentos cortantes ou perfurantes, queimaduras ou desmembramento. O garrote não era um instrumento de tortura mas antes uma forma rápida de execução para evitar que os réus sentenciados morressem na fogueira. Recapitulando, a dama de ferro, a roda de stª. Catarina, a pêra, a famosa "cadeira da Inquisição", nunca foram hábito em interrogatórios inquisitoriais.

Digo ainda que jornalismo e documentários produzidos por leigos só servem para fazer sensacionalismo. E este é o meu último comentário sobre o assunto porque estou saturado de dizer sempre o mesmo.

Abraço

ricardocosta28
Obrigado pelo conselhos dos livros, tudo o que vejo e sei sobre a inquisição são de fontes de Internet e alguns programas de tv do discovery e historia.
Isso dos interrogatorios seria pelo estado, mas pela igreja era uma forma de converter fieis e todos aqueles que se recusavam eram torturados e mortos.Faz-me muito sentido mas vou dar uma vista de olhos ao que me recomendas-te.Não estou a dizer que o que coloquei ai será uma verdade absoluta como se sabe as coisas ao longo do tempo foram adulteradas e feitas a maneira que convém a cada instituição

chacalnegro
Citação de: ricardocosta28 em 20 outubro, 2012, 18:23
Obrigado pelo conselhos dos livros, tudo o que vejo e sei sobre a inquisição são de fontes de Internet e alguns programas de tv do discovery e historia.
Isso dos interrogatorios seria pelo estado, mas pela igreja era uma forma de converter fieis e todos aqueles que se recusavam eram torturados e mortos.Faz-me muito sentido mas vou dar uma vista de olhos ao que me recomendas-te.Não estou a dizer que o que coloquei ai será uma verdade absoluta como se sabe as coisas ao longo do tempo foram adulteradas e feitas a maneira que convém a cada instituição

Não ricardo, o Estado não interrogava pessoas por questões de consciência religiosa. A Igreja sim. Também não disse que o fizeste com má intenção ou que o que deixaste é uma verdade absoluta. Mas quando tratamos de factos históricos, nem sempre a internet é uma boa fonte, e os documentários e comentários jornalísticos valem muito pouco. Há pessoas a trabalhar anos a fio sobre estes temas e reproduzir um estudo leviano é aviltar quem faz da História uma profissão. Opiniões diferentes todos temos, até os historiadores, mas nenhum, salvo o nosso saudoso José Hermano Saraiva fazia afirmações sem fundamentação.

ricardocosta28
#6
Citação de: chacalnegro em 20 outubro, 2012, 18:45
Não ricardo, o Estado não interrogava pessoas por questões de consciência religiosa. A Igreja sim. Também não disse que o fizeste com má intenção ou que o que deixaste é uma verdade absoluta. Mas quando tratamos de factos históricos, nem sempre a internet é uma boa fonte, e os documentários e comentários jornalísticos valem muito pouco. Há pessoas a trabalhar anos a fio sobre estes temas e reproduzir um estudo leviano é aviltar quem faz da História uma profissão. Opiniões diferentes todos temos, até os historiadores, mas nenhum, salvo o nosso saudoso José Hermano Saraiva fazia afirmações sem fundamentação.

Eu não estava a dizer que o estado fazia interrogações religiosas chacal, desculpa se não me expressei bem.

chacalnegro
Na boa ricardo. Isso no meio da nossa conversa é só um fait divers. ;)

Didakus89
Citação de: chacalnegro em 20 outubro, 2012, 18:45
Não ricardo, o Estado não interrogava pessoas por questões de consciência religiosa. A Igreja sim. Também não disse que o fizeste com má intenção ou que o que deixaste é uma verdade absoluta. Mas quando tratamos de factos históricos, nem sempre a internet é uma boa fonte, e os documentários e comentários jornalísticos valem muito pouco. Há pessoas a trabalhar anos a fio sobre estes temas e reproduzir um estudo leviano é aviltar quem faz da História uma profissão. Opiniões diferentes todos temos, até os historiadores, mas nenhum, salvo o nosso saudoso José Hermano Saraiva fazia afirmações sem fundamentação.

O Prof. Hermano Saraiva fazia uma interpretação muito própria da História de Portugal, e por vezes, felizmente ou infelizmente, contava mais estórias do que histórias, daí nunca ter sido muito bem visto pelo meio académico... Pessoalmente gostava dele, mas  porque já ia com a mente preparada para o que ia ouvir, sabendo que nem tudo era veridico e cientificamente viável. Quanto aos autores que mencionaste num outro comentário, aprovo plenamente o nome OLIVEIRA MARQUES, é um senhor da História  :P e já agora aproveito para deixar outros dois nomes; Mattoso e Rui Ramos, este ultimo ainda não será eventualmente um grande nome, mas editou uma "nova" história de Portugal bastante boa, aconselho :D Cumps

chacalnegro
José Hermano Saraiva era sobretudo um grande comunicador. Além do mais ele não era um profissional da História, era um jurista e sociólogo.

Didakus89
Penso que prof. também era licenciado em ciências histórico filosoficas, mas não tenho a certeza!

chacalnegro
#11
Citação de: Didakus89 em 20 outubro, 2012, 20:06
Penso que prof. também era licenciado em ciências histórico filosoficas, mas não tenho a certeza!
Era sim senhor, que é hoje o equivalente à Sociologia. ;)

Didakus89
ah ok  :P Os meus profs. é que se fartam de falar mal do Sr., agora nem tanto como já faleceu têm respeito, mas dantes era forte e feio. Referiam-se a ele como "esse senhor" sempre num tom bastante cruel lol. Enfim

chacalnegro
Citação de: Didakus89 em 20 outubro, 2012, 20:33
ah ok  :P Os meus profs. é que se fartam de falar mal do Sr., agora nem tanto como já faleceu têm respeito, mas dantes era forte e feio. Referiam-se a ele como "esse senhor" sempre num tom bastante cruel lol. Enfim
Sim, os meus também. Em parte com razão, outra parte sem ela. ;)

Citação de: chacalnegro em 20 outubro, 2012, 18:05
Caro Ricardo, em vez de publicares aquilo que sai na imprensa, sugiro-te que faças uma ficha de leitura aos livros: BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições – Portugal, Espanha e Itália. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994. e História da Inquisição em Portugal, de Oliveira Marques.

Espero que não leves isto como uma crítica pessoal, muito menos uma ofensa, mas já começa a ser recorrente ver por aqui tópicos sobre este tema cujo rigor histórico anda por volta de 1%.
Pela ultima vez, a Inquisição estava proibida de fazer correr sangue nos interrogatórios e como tal só usava o esticamento de membros com 2 aparelhos: o potro e a polé. Usava ainda a tortura da água que consistia em tapar a cara do réu com um trapo e despejar-lhe água em cima para provocar a asfixia. Todas as pessoas que morreram durante os interrogatórios não morreram em consequência directa da tortura, mas indirectamente. Ninguém tem interesse em matar alguém a quem se pretendia extrair informações.
Já escavei uma vala comum numa das inquisições e nenhum dos esqueletos apresentava marcas de tortura compatíveis com golpes de intrumentos cortantes ou perfurantes, queimaduras ou desmembramento. O garrote não era um instrumento de tortura mas antes uma forma rápida de execução para evitar que os réus sentenciados morressem na fogueira. Recapitulando, a dama de ferro, a roda de stª. Catarina, a pêra, a famosa "cadeira da Inquisição", nunca foram hábito em interrogatórios inquisitoriais.

Digo ainda que jornalismo e documentários produzidos por leigos só servem para fazer sensacionalismo. E este é o meu último comentário sobre o assunto porque estou saturado de dizer sempre o mesmo.

Abraço

Mas isso não era só na Inquisição. Sabes o que é o sabonete adivinho?  ;D
"Don't become a monster in order to defeat a monster" - Bono Vox U2