Um dom que nunca quis desenvolver

17 outubro, 2012, 23:52

Boa Noite, peço desculpa se me alongar, mas para ficar tudo compreensível é imperativo recorrer ao detalhe. A minha mãe sempre me contou, que eu com 1 ou 2 anos comecei a ter umas atitudes estranhas, nomeadamente levantar-me da cama e apontar para o ar como se estivesse a ver algo, fazendo gestos aflitos e tentando dizer que estava ali algo. E os acontecimentos não se ficaram por aí, comecei por essa altura a ter o sono inconstante, mal dormia, fartava-me de acordar durante a noite a chorar, actuando como em cima já referi. Os meus pais estranharam, principalmente porque após algumas consultas de pediatria veio a confirmar-se que felizmente estava tudo bem comigo. Acontece que a minha avó tinha uma amiga que conhecia uma senhora velhota curandeira que vivia numa aldeia em Vilar de Perdizes, e sugeriu que os meus pais fossem lá comigo. E o que essa tal curandeira já idosa disse aos meus pais foi verdadeiramente surpreendente. Segundo a senhora havia um familiar da minha mãe que tinha falecido ainda não há muito tempo e que estava atormentado por não ter cumprido uma promessa em vida, em relação à minha mãe, e que por essa razão surgia-me a mim, porque eu tinha algo que o atraía. A minha mãe lá puxou pela memória e rapidamente se lembrou que de facto o padrinho dela, de baptismo, tinha falecido há não muito tempo, e que tinha morrido sem cumprir uma promessa que tinha feito, durante a infância da minha mãe, numa altura em que ela esteve bastante doente com uma febre estranha e que os médicos não conseguiam curar. Durante esse período em que a minha mãe em criança esteve bastante doente o padrinho dela prometeu caso ela se curasse, oferecer duas garrafas de azeite a nossa senhora. Mas infelizmente o tempo foi passando e a promessa ficou subjugada á desmemória. A senhora aconselhou a minha mãe a mandar rezar umas missas em honra do padrinho dela, assim como a comprar um ramo de rosas para oferecer a nossa senhora. Para além disso a senhora sugeriu fortemente que um padre me fechasse o cofre (termo que sempre me fez bastante confusão), para que tais situações não voltassem a acontecer. E assim foi, nessa mesma aldeia a minha mãe levou-me a um padre que lá fez o que tinha que ser feito. Ah um pormenor engraçado...quando os meus pais se despediram da tal velhota a minha mãe quis pagar á senhora pela ajuda, mas esta ficou bastante furiosa até ofendeu a minha mãe e tudo lol, quase que lhe ia batendo

. Mas pronto desde esse episódio em tenra idade nunca mais me aconteceu nada do ramo da paranormalidade, pelo menos até aos 16 anos. Por esta idade comecei a ter umas dores bastante fortes nas costas, sem razão aparente, dores musculares de tal forma fortes e intensas que me provocavam o vómito e mal me deixavam dormir (cheguei a perder 10 kilos). Consultei médicos, ortopedistas, osteopatas, massagistas, e tudo parecia ser apenas uma pequena inflamação muscular, algo que não seria suposto causar tal desconforto. Cheguei mesmo a andar na fisioterapia dos 16 aos 19 anos, mas sem grandes melhoras. Lá havia um dia ou dois em que me sentia ligeiramente melhor mas sem grandes efeitos significativos. A situação era insuportável, as dores já se arrastavam por 3 anos, assim como os tratamentos, de modo que tentei uma ajuda alternativa, consultei uma curandeira amiga da minha tia, que segundo ela seria credível, pois não cobrava nada pela ajuda que prestava ás pessoas. E o que essa senhora me disse foi incrível. Segundo a curandeira eu tinha um dom bastante forte, algo que não estava desenvolvido e que se me abrisse o cofre que me tinha sido encerrado em criança (fiquei arrepiado quando ela me disse isto porque lembrei me da história que os meus pais me tinham contado e que já referi neste texto) poderia ajudar-me a treiná-lo e a apurá-lo. E segundo ela, as dores que eu tinha, eram provocadas por esse dom mal aproveitado, porque eu como não sabia reagir perante isso, todo o mal que rodeava as pessoas que se davam comigo era transferido para mim, manifestando-se em dor física. Eu naturalmente disse á senhora que não queria apurar qualquer dom e que queria manter-me tal e qual, sem conseguir ver nada ou comunicar com o que quer que fosse. Ela ficou um bocadito triste porque dizia que eu tinha algo bastante forte, bem mais forte do que o dom que ela tinha e que era uma pena não ser aproveitado. A senhora até me deu um livro sobre radioestesia assim como um pêndulo todo giro que nunca o usei lol. Mas pronto foi simpático da parte dela . Bem mas o que interessa é que depois dos "trabalhos" que essa senhora me fez, as dores foram desaparecendo gradualmente e fui ficando bem, e hoje cá estou. Há dias em que me dói um bocado, mas sempre que tal sucede leio umas orações que essa curandeira me entregou, para utilizar assim que me sinta menos bem.
Interesso-me pelo paranormal, e admito que inicialmente encarei com relutância todas estas histórias, desde a velhota de vilar de perdizes a esta curandeira...Mas o que me interessava era ficar bem, acima de tudo, não me interessaram os métodos, o que importa é que estou bem Há por aí alguém que se identifique com a minha história, ou que lhe tenham aberto ou fechado o dito cofre? Beijos e abraços.

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25 outubro, 2012, 12:41

Olá Boa tarde

Identifico-me totalmente com a sua história mas a minha é um pouco diferente... tenho 26 anos desde miúda que sempre me aconteceram coisas estranhas... sentir presenças no quarto, barulhos intermináveis no tecto, e por toda a casa, mas tudo foi evoluindo... ver vultos é constante... sentir-me doente ao ponto de mal me conseguir levantar para ir trabalhar... problemas com ansiedade...que ansiolíticos e antidepressivos não resolvem... (o que resolve é ir ao medium e ele me 'tirar' quem está comigo)... já fui a um padre que faz exorcismo que supostamente me fecharia o cofre mas.. nada... não consegue... diz que sou muito 'sensível', já fui a uma igreja no alentejo em que supostamente se conseguisse lá entrar e beijar um pedaço da cruz de cristo que lá está fecharia o cofre... mas nada....um medium que também não me cobra nada apenas me consegue ajudar tirando de mim os espíritos que me acompanham.. apanho-os de outras pessoas, de pessoas que me querem mal e também simplesmente porque segundo eles passo por eles e sou um alvo fácil apanho-os em estradas e cruzamentos... isto causa-me um sofrimento que sou incapaz de descrever... Quero muito fechar o tal cofre estou esgotada e farta disto... mas já estou a perder a esperança... O medium já me disse que deveria ir a um centro espírita para aproveitar as minhas 'capacidades', e aprender a controlar isto a que chamam dom mas que para mim é algo horrível do qual me quero livrar e não consigo.. se alguém souber de um local onde me possam livrar deste maldito problema que tenho, por favor digam-me... sou da zona de lisboa se for perto, melhor... de qualquer forma já estou por tudo...