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  • A Minha Experiência
    Iniciado por tuga9890
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tuga9890
Desde que me lembro sempre tive um grande interesse pela reencarnação, um interesse que quase nasceu comigo. As únicas experiências que tive com a reencarnação são de quando eu era muito nova, talvez 3, 4 anos e acabam por ser coisas muito vagas que ficaram comigo. Para dizer a verdade, apesar do meu grande interesse, sou um pouco ceptica em relação a este tema e nunca falei destas minhas memórias ou sensações a ninguém a não ser a minha irmã que também se interessa muito pelo tema e teve também sensações semelhantes. Aqui vai uma espécie de relato daquilo que me lembro.

Lembro-me de ser muito pequena e ver numa revista fotografias antigas, de inícios do século XX. Devia ter uns 3 ou 4 anos, por isso ainda não tinha grande consciência sobre sentimentos, mas lembro-me de me sentir muito triste e saudosa quando as vi. Causaram-me uma grande impressão e lembro-me também que sonhei com fotografias a preto e branco e pessoas vestidas com roupas antigas durante muito tempo.

Também desde que me lembro tenho um medo irracional por foguetes, fogo-de-artificio e coisas do género. Tenho ainda uma impressão muito viva de um dia, quando fui a uma festa com a minha família, devia ter cerca de quatro anos, quando vi os escuteiros a desfilar e ouvi os foguetes a rebentar, tive a certeza que ia morrer e entrei em pânico completo. Nunca vi acidentes com foguetes, nem sabia até que eles podiam ser perigosos. Do que eu tinha medo era do barulho, porque o associava a algo que podia provocar a morte a alguém, quase como se fossem tiros.

Alguns meses depois, aqui já devia ter cinco anos, lembro-me claramente de estar a brincar normalmente no poço da minha casa quando tive uma espécie de flashback repentino de que estava numa sala escura com uma porta dupla branca atrás de mim e comecei a ficar muito agitada porque sabia que me tinha acontecido alguma coisa má, mas não me conseguia lembrar o quê.

Depois disso essas "experiências" acabaram, com duas excepções: uma vez, quando tinha sete anos, estava a ver o noticiário com os meus pais quando deram uma notícia sobre a estreia do filme "Anastásia". O jornalista estava a dizer que, no filme, ela tinha sobrevivido à Revolução Russa e, ainda antes de contarem o resto da história, lembro-me de pensar imediatamente: "Não, ela morreu, morreram todos". Como já tinha dito, tinha sete anos e nunca tinha ouvido falar dos Romanov antes. Depois, ao longo da reportagem, contaram a história deles, mas este pensamento veio-me à cabeça ainda antes disso. Mais tarde acabei por atormentar a minha mãe durante muito tempo para ter o filme em cassete e acabou por se tornar rapidamente num dos meus filmes preferidos. Sentia uma alegria indescritível sempre que via que a protagonista sobrevivia e que tudo lhe corria bem, mas, nesta parte, não digo nada, porque qualquer criança pode ficar feliz a ver um filme de desenhos animados.

Há que notar que a minha espécie de "fanatismo" pelo filme aconteceu numa altura em que ainda não havia acesso à internet, por isso tudo o que eu sabia dos Romanov vinha do filme e daquela reportagem que ficou sempre na minha cabeça. Nunca vi uma fotografia da Anastásia nem da família até muito mais tarde.

Essa é a última experiência. Quando tinha acabado de fazer 17 anos e fui buscar os meus livros para um novo ano escolar, decidi ir folheando o livro de História que sempre foi a minha disciplina preferida. Logo que abri o livro vi uma foto a preto-e-branco de uma família em inícios do século XIX. Soube logo quem eles eram, nome por nome, sem nunca ter feito qualquer tipo de pesquisa sobre o assunto. Tinha até a vaga impressão de que tinha acontecido algo engraçado antes de tirar aquela fotografia e comecei a rir sozinha.

Estas são apenas impressões que me ficaram. O mais provável é que não signifiquem nada e que cada uma delas tenha uma explicação lógica. Sempre evitei pôr este assunto em palavras porque o que não falta por aí são relatos de pessoas que afirmam ser reencarnações dos Romanov (algumas delas com relatos bem ridículos), por isso nunca quis que o meu ficasse associado ao delas. No fim de contas, penso que é tudo uma questão de perspectiva. :)

Gostei de ler a tua história :) Agora com a internet procuraste informação sobre a família? MAs a tua sensação é que pertenceste à família, mas consegues ter alguma "visão" específica da pessoa que foste?

tuga9890
Tenho um grande carinho pela família e desde há muitos anos que me dedico à pesquisa sobre eles e posso dizer que hoje em dia estou muito bem informada em relação a eles, no entanto, como já disse, esse é um sentimento partilhado por muita gente. Desde criança, com a excepção daquele momento quando tinha 17 anos, que aquelas impressões desapareceram. Se estas memórias não me tivessem impressionado tanto naquela altura, o mais provável era nem sequer me lembrar de nada. Até penso que é isso que acontece com a maioria das pessoas. :)