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  • Idependência ou morte!
    Iniciado por Anitacleo
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Espero que D. Pedro I, esteja onde estiver, não se importe se eu lançar um segundo olhar sobre seu famoso brado daquele ato heróico às margens do Ipiranga.

Sim, porque a independência do país foi um acontecimento pacífico, muito diferente do derramamento de sangue ocorrido em outras Nações.

Talvez sua intenção não tenha sido uma incitação à guerra caso Portugal não nos concedesse a independência que, aparentemente, já estava diplomaticamente acertada. Quem sabe o Imperador estivesse apenas fazendo uma leitura da realidade, tipo assim: "Se o Brasil não se libertar agora, será um país morto no cenário internacional!". Jamais saberemos, é certo.

Mas a esta altura o leitor deve estar se perguntando "e o que isso tem a ver com o Espiritismo?". Tudo e nada. Nada do ponto de vista de relação histórica. Tudo, como metáfora da libertação. Os espíritos orientadores nos falam da irredutibilidade do Espírito. Autor, ator e portador da cultura, o Espírito é o que é como resultado de uma construção histórico-reencarnatória. Não se reduz em seu conhecimento, potencial e sabedoria. Não se reduz em seu alcance possível. Não pode ser menos do que é. Não se reduz pela imposição da vontade alheia, pois é senhor de sua vontade na livre aplicação de seu arbítrio. Este último aspecto, por sinal, é o principal argumento contra a idéia dos obsessores, sejam eles desencarnados ou encarnados.

Como assim, obsessores encarnados? Bem, eu explico! Arrisco afirmar que Espíritos que ainda não conseguiram transcender posicionamentos reducionistas para alcance das concepções de irredutibilidade e de totalidade, tem dificuldade de perceber as armadilhas do domínio social às quais se submetem num jogo de necessidade de aceitação, medo, punição e controle uns dos outros. Embora o sentido de liberdade lhes seja natural, intuitivo, não sabem como agir diante das tentações propiciadas por Espíritos dominadores, sejam eles encarnados ou não. É a morte do Espírito. Não no sentido literal, posto que ela não existe, mas no sentido de não se viver uma vida plena, íntegra, irredutível, de não se alcançar o real significado da liberdade na unidade com Deus.

É preciso conquistar tal liberdade, o que não significa luta ferrenha ou atos heróicos contra "inimigos" externos, mas uma negociação diplomática consigo mesmo, uma iluminação interior que capacite a pessoa à autonomia das próprias escolhas e evite a "morte" do Espírito. Portanto, irmãos, num ato de bravura, que exige serenidade e coragem para o autoenfrentamento, conclamo um brado às margens de um rio qualquer: Independência ou morte!

Fonte::Espiritismo na rede
Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é irrelevante!