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  • [outro]Seus relacionamentos só vão até à página dois?
    Iniciado por Anitacleo
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Já ouviu essa expressão: "até a página dois"? Pra quem não ouviu, vou explicar: é quando uma regra ou uma tendência só funciona em teoria ou até certo ponto. Depois, a gente nunca sabe o que pode acontecer! Exemplo: os políticos devem trabalhar pelo povo! Ok, mas trabalham apenas quando lhes interessa. Outro: as pessoas tendem a se comprometer depois de algum tempo num relacionamento! Ok, mas muitas não passam de uma fraca tentativa!

É justamente sobre essas pessoas que quero falar! Sobre você ou alguém com quem você tem se relacionado que, apesar de dar todos os indícios de que o relacionamento "vai muito bem, obrigado", não avança, não se aprofunda, não sai do namorico.

Se você é do tipo que começa um flerte, uma paquera, uma sedução... e depois até emenda um encontro daqui, um cinema dali, liga de vez em quando, até arrisca uma rotina, mas, quando a situação começa a ficar séria e o outro se mostra comprometido, gostando cada vez mais e, pior, demonstra que espera o mesmo de você, pronto! Você dá um jeito de desaparecer, seja saindo de fininho, aos poucos, seja sumindo de uma vez, como se tivesse sido abduzido!

A pergunta que fica martelando na cabeça do outro e, quero acreditar, também na de quem repete esse comportamento há anos, é: por quê??? Aquele que foi abandonado "no meio do caminho" se questiona "por que a pessoa sumiu? Será que fiz algo errado?" E a que fugiu se questiona "por que não consigo me entregar? Por que não sei amar ninguém?".

No final das contas, é claro que é sempre possível tirar algum aprendizado de uma situação como essa, entretanto, será mesmo que tem de ser assim, pagando esse preço, fazendo alguém e também a si mesmo sofrer, indefinidamente? Será que o melhor não seria encontrar um modo de agir e sentir que fosse mais coerente e mais fluido com o ritmo do seu próprio coração?

Quem foge da entrega está sendo comandado por uma razão imperativa, uma razão que contraria o desejo, porque se uma pessoa desiste de um relacionamento por descobrir que não gosta do outro, ou porque a relação ia tão mal que não valia a pena continuar, tudo bem. É compreensível e até louvável, afinal, o que existe do lado de dentro está em sintonia com o que existe do lado de fora!

Porém, quando a pessoa vai embora simplesmente porque se vê diante do convite para se entregar, amar, aprofundar-se em seus sentimentos, assumir compromissos, fazer escolhas que incluam o outro, enfim, do convite para viver uma relação de gente grande, então, talvez esteja na hora de amadurecer.

E o amadurecimento inclui a busca do entendimento de si, o autoconhecimento, a tentativa de compreender por que essa dinâmica se repete sem que a pessoa tenha a chance de se questionar se quer ficar, ou se quer mesmo ir embora. Certamente, tem aí algum "nó", algum medo terrível de sofrer ou alguma crença limitante, daquelas que ditam nosso comportamento sem sequer percebermos.

Crenças como "nenhum homem presta" ou "as mulheres são todas interesseiras" ou "casamento nunca dá certo" ou ainda "amor sempre acaba em sofrimento", entre outras, são nefastas e podem destruir completamente a possibilidade de realização e satisfação de uma pessoa. Em geral, essas crenças são resultado de experiências vividas ainda na infância. E o medo, na maioria das vezes, tem a ver com o fato de a pessoa ter presenciado alguma relação muito importante sendo desfeita brutalmente, com muita dor e sofrimento para os envolvidos.

O fato é que, em última instância, o que todos nós queremos é viver de forma sincronizada com o que sentimos, deixando a vida fluir e tentando fazer valer a pena. Portanto, se essa harmonia ainda não está rolando nos seus relacionamentos, o melhor é aproveitar a chance de olhar para si e refletir: "o que eu realmente sinto?", "o que eu realmente quero?". E com coragem e sinceridade para arriscar uma nova atitude, é certo que o amor deixará de ser uma ameaça e passará a ser uma deliciosa e imperdível experiência!

Fonte:Somostodosum
Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é irrelevante!

Inominado
#1
Segundo a Pordata em 2010 houve 68,9 divórcios por cada 100 casamentos, ou seja, hoje em dia é preciso ser afoito para se casar  ;D

Agora mais a sério, a questão das pessoas fugirem dos compromissos prende-se, na minha opinião, com o facto de muita gente começar uma relação porque quer sexo com essa pessoa ou porque não tinha mais nada para fazer na vida e então pensou que namorar seria um bom passamento.

Muito dos problemas dos casais de hoje em dia deve-se à forma como estes casais se relacionam com o sexo.
Muitos casais namoram com o intuito de terem sexo e não com o intuito de construírem as bases de uma relação de futuro baseada em sentimentos. Por isso, é que assim que o sexo se torna rotina ou a relação se torna mais séria e exigente, o casal se separa.

Se numa relação não houverem sentimentos a alimenta-la esta relação vai acabar, dependendo de quando termina vai ser mais ou menos traumático para os membros do casal.

Resumindo, as relações não falham por causa de medos limitantes ou nós, falham porque as pessoas não sabem estar numa relação, não sabem para que uma relação sentimental serve, nem sabem ter uma atitude digna e responsável perante o sexo. O que as pessoas procuram hoje é o prazer imediato...

Pois, desde que o sexo ficou fácil de se conseguir, que o amor ficou difícil de se encontrar.
"É sinal de uma mente educada, ser capaz de entreter uma ideia sem necessariamente aceitá-la."-Aristoteles

Citação de: Inominado em 01 outubro, 2012, 16:20
Resumindo, as relações não falham por causa de medos limitantes ou nós, falham porque as pessoas não sabem estar numa relação, não sabem para que uma relação sentimental serve, nem sabem ter uma atitude digna e responsável perante o sexo. O que as pessoas procuram hoje é o prazer imediato...

Concordo com vocês até certo ponto, mas não na íntegra: o problema está em cada um de nós sim. Há pessoas que arranjam alguém só por medo de ficarem sozinhas, há pessoas que precisam que alguém faça o trabalho e tenha as responsabilidades por elas, há pessoas que querem determinada vida com certos luxos que nunca poderiam conseguir ter sozinhas... por isso não me parece que a culpa seja maioritariamente do sexo.


Actualmente, à mínima contrariedade no casamento o casal divorcia-se. ::)
É normal nos primeiros anos do casamento haverem diferenças de opinião, pois o casal veio de famílias distintas, com educações diferentes, por isso, de vez em quando podem entrar em choque, mas em vez de partirem logo para o divórcio deviam tentar superar as suas diferenças e salvar o casamento.

Inominado
Citação de: romi em 01 outubro, 2012, 20:42
Actualmente, à mínima contrariedade no casamento o casal divorcia-se. ::)
É normal nos primeiros anos do casamento haverem diferenças de opinião, pois o casal veio de famílias distintas, com educações diferentes, por isso, de vez em quando podem entrar em choque, mas em vez de partirem logo para o divórcio deviam tentar superar as suas diferenças e salvar o casamento.

É num namoro sério com pés e cabeça, que as diferenças de opiniões e as visões do mundo são discutidas. Assim, não poupavam-se muitos, mas não todos, choques depois no casamento propriamente dito. Mais, num namoro sério o casal tem a possibilidade de descobrir eventuais diferenças irreconciliáveis, podendo terminar a relação antes da fase do casamento.

Se um namoro não serve para se discutir diferenças e preparar o futuro, então não sei para que serve o namoro...

Citação de: Inominado em 02 outubro, 2012, 01:41
É num namoro sério com pés e cabeça, que as diferenças de opiniões e as visões do mundo são discutidas. Assim, não poupavam-se muitos, mas não todos, choques depois no casamento propriamente dito. Mais, num namoro sério o casal tem a possibilidade de descobrir eventuais diferenças irreconciliáveis, podendo terminar a relação antes da fase do casamento.

Se um namoro não serve para se discutir diferenças e preparar o futuro, então não sei para que serve o namoro...

Isso é mesmo muito relativo, pois é durante o casamento, totalmente por sua conta e risco que muitas pessoas se desvendam. Há situações, como a paternidade, que só passas por elas após o casamento. E a vida dá muita volta e leva as pessoas a mudar. Tive um namoro sério durante 2 anos e um casamento cujo único sentimento que tenho é que estive morta durante aquele tempo.
Poderia dizer que sou a favor que as pessoas se juntem primeiro, mas união de facto ou casar, é a mesma coisa, por isso acho que se investirmos no nosso bem estar, o que ajuda a ter paciência, tolerância, respeito... vai reflectir na relação. E escutar sempre os pressentimentos... ;)