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  • [Ecossistema/Ambiente] Gelo do Ártico poderá desaparecer nos próximo 4 anos
    Iniciado por Ligeia
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Ligeia
Se estas "previsões" se confirmarem estamos todos muitíssimo tramados...  :-\



"O gelo do Ártico poderá desaparecer nos próximo quatro anos. A causa é o aquecimento global, e quem o diz é Peter Wadhams, um dos especialistas mundiais em círculos polares, defende que o gelo que se encontra concentrado no mar Ártico «vai desaparecer nos próximos quatro anos».
O aviso chegou ao The Guardian pela voz do professor da Universidade de Cambridge, ao lembrar que, a cada ano que passa, menos gelo se forma no Inverno mas cada vez mais se derrete durante o Verão.
Wadhams urgiu aos governos de todas as nações para que «reduzam as suas emissões de CO2 – dióxido de carbono – e examinar outras formas de abrandar o aquecimento global».
Em 2007, a área total de gelo presente no mar do Ártico estendia-se por 4,17 milhões de quilómetros quadrados. Este ano, a marca reduziu para os 3,5 milhões, uma perda de cerca de 500 mil quilómetros quadrados.
A explicação, segundo Wadhams, é simples: «A principal causa é simplesmente o aquecimento global: com o clima a aquecer, tem-se registado uma menor formação de gelo no Inverno e um maior derretimento durante o Verão».
Abordando os dados recolhidos nesta estação, o professor explicou que «com os primeiros dados recolhidos, previa-se que o gelo durasse ainda outros 50 anos». Porém, «o gelo que derreteu» no fim deste Verão «superou a formação que se registou no Inverno».
«[O calor] fará com que todo o manto de gelo do Ártico derreta ou quebre», acrescentou, prevendo que tal aconteça «em 2015 ou 2016, numa altura em que o Verão no Ártico, de Agosto a Setembro, ficaria sem gelo».
Peter Wandhams avisa que esse «colapso final já está a acontecer»
."
Fonte: Sol

E para os que ainda acreditam que o nosso país está sempre a salvo dos açoites da Mãe Natureza:

"A redução do gelo no Oceano Ártico devido ao aquecimento global pode provocar um aumento de invernos secos e mais frios em Portugal, disse hoje à Lusa Pedro Viterbo, do Instituto de Meteorologia (IM).
Pedro Viterbo chegou a esta conclusão depois de analisar um estudo realizado por vários cientistas, entre os quais a presidente da Escola das Ciências Atmosféricas no Instituto de Tecnologia da Geórgia, Judith Curry.
«A verificar-se aquilo que os autores dizem, haverá tendência a haver mais invernos como este. Portanto, mais invernos com menos depressões [atmosférica] a chegar ao nosso país e mais depressões a ir para norte. Portanto, Invernos secos e frios», explicou o coordenador científico de estudos sobre o clima do IM.
Segundo o estudo, divulgado pela Academia de Ciências dos Estados Unidos, a redução do gelo no Oceano Ártico devido ao aquecimento global pode explicar a neve e o frio acima do habitual nos invernos dos últimos anos em certas zonas do hemisfério Norte.
«Há uma indicação de que poderá haver maior frequência destas situações de invernos secos e de secas, mas não sei até que ponto posso dar significância estatística a isto», sublinhou Pedro Viterbo.
De acordo com os cientistas, os dados recolhidos desde 1979 – início das observações por satélite – até 2010 mostram uma diminuição da superfície do gelo no Oceano Ártico em um milhão de quilómetros quadrados no Outono, o que representa 29,4 por cento da sua superfície e equivale a duas vezes [o território] da França.
«O nosso estudo demonstra que a diminuição dos gelos do Oceano Ártico está ligada a mudanças na circulação atmosférica do hemisfério Norte no Inverno», afirmou Judith Curry.
O especialista considera que o estudo estabelece uma tendência, mas não consegue explicar «o facto de os dois últimos anos terem sido muito chuvosos», sendo que o de 2009/2010 foi mesmo o «mais chuvoso de sempre» em Lisboa.
Pedro Viterbo admite que o «gelo do Ártico está a diminuir a uma taxa muito superior àquilo que os próprios modelos de clima dizem» e considera que «as previsões de um grande decréscimo na segunda metade do século XXI, provavelmente vão já acontecer na primeira metade do século XXI».
O especialista do IM explicou que o que acontece quando desaparece o gelo no Ártico é que o contraste térmico entre as latitudes, subtrópicos e pólos «diminui qualquer coisa como quatro graus».
De acordo com o estudo, desde que a superfície do gelo caiu para um nível recorde, em 2007, quedas de neve nitidamente mais abundantes do que o normal foram observadas em vastas regiões norte-americanas, na Europa e na China.
Nos invernos de 2009-2010 e 2010-2011, o hemisfério Norte registou a segunda e terceira acumulações de neve mais fortes desde o início dos registos
."
Fonte: Lusa/Sol


"O degelo do Ártico tem consequências "enormes" para o planeta, como condições climáticas extremas, mas também "misteriosas", como a possível liberação de grandes quantidades de metano, gás causador de efeito estufa mais nocivo para a atmosfera que o CO2, advertem especialistas.
Na quarta-feira, a Universidade de Columbia e a organização ambientalista Greenpeace organizaram duas conferências em separado em Nova York para discutir as consequências do nível historicamente baixo da superfície de gelo do Ártico, anunciado pelas autoridades americanas.
As imagens de satélite mostram que o gelo recuou até 3,4 milhões de quilômetros quadrados em 16 de setembro, o que parece ser o registro mais baixo do ano, segundo o Centro Nacional de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês).
"Entre 1979 e 2012 tivemos uma redução de 13% por década na calota de gelo do Ártico, uma aceleração com relação aos 6% registrados entre 1979 e 2000. Se a tendência continuar, não haverá placa de gelo até o fim desta década", disse Wieslaw Maloswski, da escola de pós-graduação da Marinha americana, em alusão a estes dados.
Malowski lembrou, durante a conferência do Greenpeace, que em 1979 a superfície da calota polar era de 8 milhões de quilômetros quadrados, com uma média de 6,8 milhões nos anos seguintes, demonstrando uma queda de 50%.
Se estas cifras são piores do que as estimativas, não foram surpresa para a comunidade científica, informou outro especialista presente no encontro, James Hansen.
"Estamos diante de uma emergência planetária", afirmou Hansen, lembrando que o degelo do Ártico está agravando as consequências do aquecimento global que a Terra vem registrando por causa dos gases de efeito estufa produzidos pela ação do homem.
Entre estas consequências estão condições climáticas extremas em diferentes partes do mundo, como a seca e a onda de calor registrados este verão nos Estados Unidos ou o lento mas contínuo aumento do nível dos oceanos que ameaça as zonas costeiras baixas.
Outro resultado deste fenômeno é a possível liberação de grandes quantidades de metano - gás causador de efeito estufa - preso na crosta terrestre debaixo do gelo eterno da Groenlândia.
"As implicações são enormes e também misteriosas", concordou Bill McKibben, co-fundador da ONG 350.org, em alusão a estes cenários.
Para Peter Schlosser, especialista do Earth Institute da Universidade de Columbia, o impacto no Ártico é difícil de estabelecer, pois no que diz respeito às mudanças climáticas, esta região "possivelmente vai responder de forma mais rápida e severa do que outras partes do planeta".
"As mudanças do aquecimento global induzido pelo ser humano são cada vez mais visíveis e se esperam impactos maiores no futuro", afirmou Schlosser.
-- Recursos naturais, rotas marítimas --
Por outro lado, o degelo do Ártico é considerado por muitos uma grande oportunidade para explorar recursos naturais e utilizar novas rotas marítimas abertas pela ausência de placas de gelo durante o verão, que encurtarão as distâncias entre portos da América do Norte, da Europa e da Ásia.
Segundo as autoridades americanas, no Ártico há reservas petrolíferas da ordem de 90 bilhões de barris, além de gás e minerais, o que já motivou grandes grupos energéticos como a britânico-holandesa Shell a fazer fortes investimentos na região.
Para Kimi Naidoo, diretor executivo da organização Greenpeace International, este interesse do setor petroleiro e sua enorme influência sobre os governos é uma das razões da falta de ações concretas para deter o degelo do Ártico.
"Por que nossos governos não adotam ações? Porque foram capturados pelos mesmos interesses da indústria energética", afirmou.
"Tenho uma sensação de 'dejà vu'. O mesmo aconteceu com a Aids", acrescentou, em alusão à lentidão para reagir a esta epidemia e aos milhões de mortes que causou antes de ser enfrentada corretamente pelos governos.
As rotas marítimas são uma "tentação", embora os riscos e os custos sejam muito importantes, advertiu por sua vez Anne Siders, pesquisadora da Universidade de Columbia.
Entre estes problemas, Siders enumerou as placas de gelo à deriva, a escassa infaestrutura em caso de acidente, os custos de projeto dos barcos e os seguros especiais.
Siders também se referiu às possibilidades que se abrem para a indústria pesqueira e a ameaça que representa: "a pesca se moverá para o norte, o que significa que mais peixes serão tirados do seu ecossistema", disse.
Neste sentido, Caroline Cannon, líder da comunidade Inupiat (nativos nômades) do Alasca (noroeste dos EUA), que tem 9 filhos e 25 netos, lembrou que seu povo "depende" da pesca e da caça no Oceano Ártico para sobreviver.
"Estamos vendo mudanças terríveis. Dá medo pensar no nosso abastecimento de comida", destacou, em alusão ao futuro do ecossistema na região.
"
Fonte: Mariano Andrade (AFP, New York)

Isto é tramado...
O pior é que não será por falta de avisos...
Toda a gente sabe que é preciso tomar conta do planeta, que é preciso ter cuidados com o ambiente, mas são muito poucos a tentar melhorar e muitos a estragar todas as melhoras que se conseguem.
Quando acordarem, infelizmente, pode ser tarde demais.

Ligeia
ShellyTantrum penso que nesta altura do campeonato tudo o que fizermos terá apenas um efeito paliativo (mas que se faça!). Já abusamos tanto...

Isto é mais do mesmo, matérias de interesse económico... vê-se pelo protocolo de Kyoto, os dois maiores emissores de gases (a emissão de gases causa o efeito de estufa, e por sua vez o aquecimento global, consequentemente os efeitos que já estamos a sentir, as alterações climáticas é um deles), China e EUA não estão incluídos, o 1ª porque foi considerado um país em desenvolvimento e como tal não abrangido pelo protocolo, os EUA nem sequer entraram porque traria prejuízos económicos e discordaram da isenção das outras economias, o Canadá até já saiu do protocolo... Alguns países tem alguma preocupação ambiental investindo em projectos de melhoria ambiental, como a reflorestação e a busca de produtos biodegradáveis, mas pelos vistos, mesmo com investimentos, compensa mais emitir os gases ...
Depois há a situação de um produto que é proveniente destas florestas controladas e com investimentos serem mais caros, do que se for de proveniência desconhecida, e as fábricas normalmente têm dos dois, e as pessoas optam pelo mais barato... parece a história do "quer factura ou sem factura?" :-X

Poisé!
Mas o problema não é só do Árctico: todos os glaciares estão a derreter; um dos problemas mais graves e pouco falado é o degelo do planalto tibetano, com consequências gravíssimas:
- O inverno é agora tão quente quanto o verão e não há gelo;

- A grande parte da geleira Rongbuk, a maior do monte Everest, desapareceu;

- Calcula-se que em 2050, cerca de 27% das geleiras do planalto tibetano terão derretido.

E não poderemos esquecer que é no Tibete (planalto tibetano) que se encontram as maiores reservas de agua potável

Fonte: a minha filha que está a fazer doutoramento em alterações climáticas e que já está a dar conferencias (por convite) por esse mundo fora  ;D (olhem a mãe toda babáda)


"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Citação de: Ligeia em 20 setembro, 2012, 12:46
ShellyTantrum penso que nesta altura do campeonato tudo o que fizermos terá apenas um efeito paliativo (mas que se faça!). Já abusamos tanto...

Pois... Mas podiamos tentar evitar o avanço, ou pelo menos abrandá-lo... Mas não vejo ninguém a por a mão na consciencia e os governos, não ligam sequer ao assunto. Não sensibilizam as pessoas para esses problemas. Só querem saber de encher os proprios bolsos e o resto que se...
Enfim.

Se por acaso, neste momento parassem todas as emissões poluentes, só daqui a pelo menos 50 anos é que se iria sentir mudanças na Natureza.

Agora, imagina só o descalabro que seria parar assim, de repente todas as emissões poluentes: parariam todas e quaisquer industrias, meios de transporte, nas nossas casas todo e qualquer consumo energético seria abolido, ... e isto a nível mundial. Seria voltar a uma época pré industrial.

O que aconteceria?  
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Citação de: ShellyTantrum em 20 setembro, 2012, 15:32
Pois... Mas podiamos tentar evitar o avanço, ou pelo menos abrandá-lo... Mas não vejo ninguém a por a mão na consciencia e os governos, não ligam sequer ao assunto. Não sensibilizam as pessoas para esses problemas. Só querem saber de encher os proprios bolsos e o resto que se...
Enfim.

Há várias iniciativas que se realizam/realizaram com vista a chamar a atençao ás alterações climáticas: o apelo à utilização dos transportes públicos, aos domingos as capitais fechavam ao trânsito algumas ruas que normalmente têm muito movimento (a AV. da Liberdade por ex.) apelando à caminhada e bicicletas, mundialmente tens a iniciativa "a hora do planeta" em que todas as capitais apagam as luzes durante 1 hora... se formos a ver bem, pela questão do incómodo da comodidade, somos cúmplices, ainda que não se possa travar a borrada feita, ao menos abrandávamos...

Abrandar depende de nós: de TODOS nós!
Poderíamos começar pela separação do lixo, por andar mais a pé ou de bicicleta, por moderar o consumismo, evitar o consumo exagerado da água, evitar comprar produtos embalados desnecessariamente, evitar a geração do lixo, ter cuidado ao usar detergentes, sempre que possível usar produtos (detergentes, embalagens,...) biodegradáveis, ter cuidado com a temperatura da agua: sempre que possível usar agua fria em vez de quente, etc.

A este modo de viver chamo eu consciência social. Isto aprende-se nos bancos da escola; pode-se ler em muitos placars por esse país fora, existem inumeráveis blogs sobre o assunto, em quase todas as revistas há quase sempre um apontamento sobre ecologia... só não vê quem não quer. Só não liga a este assunto, quem se está nas tintas.

Se por acaso um governo multasse quem cometesse "pecados" ambientais, seria apelidado de controlador (quase, quase que aposto).


O desgoverno com que muitos de nós, "desgovernam" a vida, nunca os poderemos imputar a um qualquer governo.
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

É verdade, é quase um pau de dois bicos... Há coisas que é dificil abdicar, como a electricidade...
Mas enfim, tinhamos de ter sido educados, TODOS, de maneira a tentarmos poupar o máximo o planeta.
Sim, há algumas iniciativas, mas a meu ver, deviam haver muitas mais. em todos os lados, não só em Lisboa ou no Porto...

Pois a meu ver deveríamos ser todos multados de cada vez que:
-mandássemos lixo (qualquer tipo) para o chão;
-cada pessoa deveria ter uma quota máxima de gastos tanto de agua, como de eletricidade, se a ultrapassássemos, multados;...

Enfim deveríamos ser TODOS muito bem vigiados e só  assim acredito que rapidamente criaríamos juízo!

Mas se isto acontecesse, ... ai jasus! De certeza que haveria uma revolução, pois estariam a invadir a privacidade de cada um  ;)
"Somos seres espirituais com corpo físico, e não seres humanos que buscam a condição espiritual." (Sara Marriott).

Pois era Salomé.
por isso é que eu disse que era um pau de dois bicos.
Vamos esperar que as coisas avancem muiiito devagar.  :-X

Mephisto
Citação de: Salomé em 20 setembro, 2012, 15:44
Se por acaso, neste momento parassem todas as emissões poluentes, só daqui a pelo menos 50 anos é que se iria sentir mudanças na Natureza.

Agora, imagina só o descalabro que seria parar assim, de repente todas as emissões poluentes: parariam todas e quaisquer industrias, meios de transporte, nas nossas casas todo e qualquer consumo energético seria abolido, ... e isto a nível mundial. Seria voltar a uma época pré industrial.

O que aconteceria?  

A revolução do espermatezóide.  >:D

Espero bem que não Ligeia  ;)

Tambem não descarto a hipótese de ser um fenómeno cíclico, e a seguir passarmos a outra nova era do gelo.

Cump.
"Don't become a monster in order to defeat a monster" - Bono Vox U2

O problema das alterações climáticas acaba por ser uma não questão. A humanidade atingiu um tal desenvolvimento que estas alterações climáticas não passam de uma consequência desse mesmo desenvolvimento. Dizer que atirar lixo para o chão prejudica o ambiente é conversa da treta já que o prejuízo para o ambiente dessas acções é mínimo. Eu não deito lixo para o chão porque considero prejudicial esteticamente. O que é preciso é encontrar formas de impedir que estas alterações climáticas não prejudicam em demasia a humanidade e quanto a mim isso só será possível com tecnologia de ponta.